SóProvas


ID
1761349
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

I. Fabiano estava de bom humor. Dias antes a enchente havia coberto as marcas postas no fim da terra de aluvião, alcançava as catingueiras, que deviam estar submersas. Certamente só apareciam as folhas, a espuma subia, lambendo ribanceiras que se desmoronavam.
Dentro em pouco o despotismo da água ia acabar, mas Fabiano não pensava no futuro. Por enquanto a inundação crescia, matava bicho, ocupava grotas e várzeas. Tudo muito bem. E Fabiano esfregava as mãos. Não havia o perigo da seca imediata, que aterrorizava a família durante meses. [...]
II. O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavamse nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como não havia comida, seguiam viagem para o sul. O casal agoniado sonhava desgraça. O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado.

Ramos, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Editora Record. 2011, p. 65 e 109

Os fragmentos I e II, retirados da obra de 1938, do autor alagoano Graciliano
Ramos, retratam a vida num domínio natural presente no território brasileiro.
É nesse ambiente que o personagem Fabiano e sua família representam o
homem comum, próprio da época da concepção do livro, que tem uma vida
marcada pelas condições ambientais.
Seus conhecimentos sobre o quadro natural e a organização do espaço
brasileiro permitem afirmar que,

Alternativas
Comentários
  • imigração é a entrada!!

  • Exatamente por isso que a questão está correta

  • Exatamente por isso que a questão está correta

  • Continua sendo prevista a pena do mesmo crime, porém aumentada até metade, da forma que está a redação da questão está ambígua, dá a entender que ele responderá pela pena do crime mais grave

  • Entendi dessa forma também.

  • A redação não é ambígua.

    "caso um dos agentes participe apenas de crime menos grave, será aplicada a ele a pena relativa a esse crime"

    Está correto. O agente que apenas participa do crime menos grave sofrerá a pena apenas desse crime. Qual crime? O crime menos grave.

    Como você disse, o pronome "esse" é anafórico, e refere-se ao termo "crime menos grave".

    Pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente.

    Logo, a assertiva torna o pronome demonstrativo "esse" anafórico, não havendo qualquer possibilidade de interpretá-lo como um pronome catafórico, ou seja, referir-se a "resultado mais grave", termo que só consta da oração subsequente.

  • Discordo Caetano.

    Atente-se: desde que não seja previsível resultado mais grave.

    Não há o que se falar em desde que, pois mesmo que o resultado fosse previsível, ainda assim seria aplicado a pena do crime menos grave.

    Onde houver trevas que eu leve a LUZ!

  • Acertei essa questão porque imaginei o que o examinador queria saber. Entretanto, também considero que seja passível de anulação.

    Se o agente pratica crime menos grave, será aplicada a ele a pena desse crime, independentemente se o resultado era previsível ou não. Se era previsível, a única diferença é que a pena será aumentada pela metade.

    Como o colega "O Mago" bem pontuou, condicionar a aplicação da pena menos grave - por meio da expressão "desde que" - à ausência de previsibilidade do dito resultado é simplesmente errado. A lei não traz essa condição.

    Mas deixem seus corações em paz. Essa questão é de 2013. De lá para cá, as redações dos enunciados das bancas melhoraram muito, assim como a análise e correção dos recursos. Dificilmente essa questão teria sido considerada correta em uma prova atual.

  • "SEU entendimento" não vale de nada, com todo respeito, colega. Você tem que se passar pelo examinador. Você viajou bastante e procurou coisa onde nem tinha rsrs. Numa boa. Abraços!!

  • "SEU entendimento" não vale de nada, com todo respeito, colega. Você tem que se passar pelo examinador. Você viajou bastante e procurou coisa onde nem tinha rsrs. Numa boa. Abraços!!

  • Uma dúvida sempre tem seu valor caro Zozep, respeite o colega, ou você vai me dizer que nunca ficou insatisfeito com alguma questão?! Se a dúvida apresentada aqui não valesse de nada, não haveria quase 400 curtidas, acho que é o seu comentário grosseiro que não vale de nada.

  • Concordo com a falha de clareza da questão.

    Ela dá a entender que a aplicação da pena do crime menos grave está condicionada a imprevisibilidade do crime mais grave, quando, na verdade, A IMPREVISIBILIDADE APENAS TERÁ INFLUÊNCIA NO QUANTUM DO AUMENTO DA PENA, pois, o agente responderá pelo crime menos grave de qualquer jeito.

    O §2º do artigo 29 fala: "Se algum dos concorrentes quis participar do crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; (PONTO E VÍRGULA)

    (...) essa pena será aumentada (A PENA DO CRIME MENOS GRAVE) até 1/2, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave."