- ID
- 1782973
- Banca
- FAFIPA
- Órgão
- Prefeitura de Pinhais - PR
- Ano
- 2014
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Uso em excesso do fone de ouvido com som alto causa
danos à saúde
Médico de Itapetininga (SP) orienta sobre cuidados
com o uso do fone. Dependendo da intensidade os
problemas podem ser irreversíveis.
O uso em excesso do fone de ouvido com som alto
causa danos à saúde, segundo o médico de Itapetininga
(SP), José Otávio Ayres. Ele explica que o sintoma de uma
lesão auditiva por exposição a ruído alto é zumbido. “É
um alerta que a pessoa está tendo uma perda de audição.
Se o zumbido for intermitente, sumir, for temporário,
a lesão em parte reverteu. Mas se ele for permanente a
lesão provavelmente também é."
O limite de tolerância ao ruído está relacionado ao
tempo de uso e à intensidade do som. Quanto mais alto,
menos tempo deve-se ficar com o fone. Se estiver a 85
decibéis, por exemplo, é possível ficar 8 horas com o
equipamento. Já 100 decibéis desce para uma hora o
tempo máximo recomendado de exposição. Com 115
decibéis são apenas 7 minutos.
Para o otorrinolaringologista Ayres, para utilizar os
fones é preciso ter bom senso. “Não escutar com o volume
muito alto, escutar no menor possível que ele seja capaz
de compreender. E não fazê-lo por muito tempo seguido,
ter horas de descanso."
Os fones em formato de concha são mais
recomendados do que aqueles posicionados no interior
do ouvido, de acordo com o médico. Esses maiores
vedam o som ambiente e impedem o externo. Mas
independentemente do formato ou da cor é preciso então
se preocupar com os efeitos a longo prazo que os fones
podem trazer.
O DJ Michel Max depende dos fones, são horas
de trabalho com o som alto nos ouvidos. Além disso,
quando não está em eventos e baladas está no estúdio.
“Única coisa que eu percebo geralmente é quando acaba
o evento e na hora de dormir que eu percebo um pouco de
zumbido, um incômodo, mas no outro dia está normal",
conta.
O cantor João Hernani também usa os fones na hora
de gravar as músicas e até mesmo no palco quando se
apresenta pra se comunicar com a produção. “Deixo alto
porque a gente tem uma cozinha com a bateria atrás, e a
gente precisa ouvir muito bem a voz para gente poder cantar
sem forçar", explica.
Já o Professor José Ricardo Favoretto costuma ouvir
músicas na hora de malhar, ele diz que ajuda no
desempenho. “Sempre que você está fazendo um
exercício, às vezes uma série mais pesada que você
precisa de um pouco mais de energia, normalmente o
som ajuda. Eu tenho preocupação, sei que com o som
muito alto os danos aos ouvidos são irreversíveis."
Em “Se o zumbido for intermitente...", a palavra em destaque tem o mesmo sentido de