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ID
1801027
Banca
BIO-RIO
Órgão
ELETROBRAS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MACONHA E CLASSE SOCIAL

Em recente entrevista, o presidente Barak Obama afirmou que fumar maconha é menos nocivo do que ingerir álcool. Defensor da legalização do uso recreativo, acrescentou que a criminalização dessa droga prejudica mais os jovens negros e latinos das classes pobres do que os garotos de classe média, que raramente vão para a prisão pelo seu uso.
    Os dois argumentos revelam muito da ideologia dita progressista do presidente.
   Adepto do que se convencionou chamar de Estado-babá, ele pauta suas opiniões e decisões de acordo com o perigo que determinada atividade possa representar aos cidadãos. Assim, se a maconha é menos nociva que o tolerado álcool, pode ser liberada. Já o argumento segundo qual a legalização beneficiará os mais pobres, que costumam ser punidos com mais rigor pela lei opressora, denota sua firme adesão à teoria da luta de classes.
  O consumo e comercialização da maconha devem ser liberados sim, mas não pelos fracos argumentos usados pelo presidente. O primeiro é cientificamente controverso e o segundo, embora verdadeiro, é tosco, uma vez que, no limite, pode ser usado para defender a descriminalização de qualquer atividade ilícita, inclusive os crimes contra a vida e a propriedade. Afinal, os mais pobres costumam ser punidos com mais rigor por quaisquer crimes, e não só tráfico e consumo de drogas. A questão relevante aqui deveria ser: devemos criminalizar atividades que não prejudiquem ninguém, além dos próprios agentes?
   Ora, se uma atividade deve ser proibida ou autorizada de acordo com os níveis de risco à vida ou à saúde de seus praticantes, deveríamos aplaudir a proibição de esportes radicais, consumo de açúcares, gorduras, álcool, cigarros e, até mesmo, guiar automóveis. Se tais atividades são admitidas, malgrado todos os perigos a elas inerentes, é porque consideramos que temos o direito de escolher o nosso próprio caminho, de buscar a própria felicidade de acordo com os nossos valores e avaliações, não os do governo, dos cientistas ou de qualquer outra atividade.
João Luiz Mauad, o Globo, 19/02/2014

Observe as frases abaixo:

I. “...a criminalização dessa droga prejudica mais os jovens negros...".

II. “...a legalização beneficiará os mais pobres..."

III. “...costumam ser punidos com mais rigor pela lei..."

Sobre o emprego do vocábulo sublinhado, podemos afirmar com correção que:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    I - Valor de Quantidade: Pronome Indefinido "mais (+) jovens negros"

    II - Valor de Quantidade: Pronome Indefinido: "Beneficiará os mais (+) pobres"

    III - Valor de Intensidade: Advérbio de Intensidade: "São Punidos com mais rigor pela lei", ou seja, não são punidos apenas com rigor, e sim com mais rigor

  • Palavra "mais"

    - A palavra mais "mais" pode ser advérbio nesse caso estará modificando um adjetivo, verbo ou outro advérbio.

    •  Modificando um verbo: "precisava estudar mais.(Advérbio de intensidade)
    • Modificando um adjetivo: "a legalização beneficiará os mais pobres(Advérbio de intensidade)
    • Modificando um advérbio: Elas jogam futebol mais acima (Advérbio de intensidade)

    1. "Mais" como pronome indefinido: "fiquem os credenciados e os mais se retirem" (=outros)
    2. "Mais" pronome indefinido ligado a substantivo: "o cenógrafo precisou de mais luz" (=em maior quantidade)
    3. "Mais" como substantivo: "havendo saúde, o mais pode faltar" (vem precedido de artigo)
    4. "Mais" como preposição: "a noiva compareceu ao enterro mais a família" (=com)
    5. "Mais" como conjunção aditiva: "guardou no cofre as joias mais as barras de ouro" (= e)