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ID
1814836
Banca
FGV
Órgão
DPE-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em 1932, o psicólogo suíço Jean Piaget publicou "O Juízo Moral na Criança", um dos primeiros trabalhos que traziam a preocupação com a moralidade das crianças. Baseado nos seus estágios de desenvolvimento cognitivo, Piaget teorizou que o comportamento moral da criança só poderia ser compreendido no contexto do seu estágio atual de desenvolvimento cognitivo. A etapa de submissão e obediência da criança à autoridade e às normas adultas é conhecida como:

Alternativas
Comentários
  •  b)

    conservação, classificação e seriação.

  • De acordo com Piaget, há três dimensões do desenvolvimento moral: Anomia, heteronomia e autonomia. Na fase de anomia (até 5/6 anos) a criança não tem consciência da obrigatoriedade. A regra é puramente motora. A fase de heteronomia (entre 6 e 9 anos) a criança passa a ter interesse em participar de atividades coletivas e regradas. As regras são absorvidas como imutáveis e intangíveis. O período de autonomia (10 anos em diante) a criança começa a perceber que determinadas regras podem ser nidificadas a partir de acordos sociais.
  • Há três regras:  regra motora: pré verbal da crianca; regra coercitiva:  a criança compreende as regras como imutáveis; regra racional (as regras não são mais aceitas como dadas, a menos que atendam o desejo do outro e desde que haja decisão grupal). 

    A pesquisa de Piaget definiu a existencia de 2 períodos da experiência do indivíduo em relação a moralidade:  período do controle externo feito por um adulto, chamado moral heterônoma e moral autônoma resultado do desenvolvimento psicológico. 

  • Piaget postulou o desenvolvimento da moral en três etapas:

    - a anomia,  em que crianças de até cinco, seis anos de idade não seguem regras coletivas, interessando-se somente pela satisfação de seus próprios interesses motores ou fantasias simbólicas,  característicos do estágio de desenvolvimento cognitivo em que se encontram: o sensório  motor (até por volta dos dois anos) e o pré-operatório ou simbólico (dos dois até cerca dos 
    seis anos de idade);
    - a heteronomia, na qual a criança acata as regras em função do sentimento  de dever à autoridade que as impôs, não garantindo, porém, sua prática, pois ainda é centrada em satisfazer os próprios desejos e  necessidades. Crianças por volta dos seis até cerca dos dez anos, não  concebem as regras como um contrato firmado entre jogadores, mas sim como algo  sagrado e imutável, pois imposto pela tradição"; e
    - autonomia, a partir dos onze anos, quando a concepção das crianças acerca das regras se assemelha a  dos adultos, assim, a criança, além de jogar seguindo efetivamente as regras, as compreende como  necessárias e decorrentes de mútuos acordos entre os jogadores, portanto, concebendo-se  como possível legislador. É a autonomia que prevalece nas relações.

    Dessa forma, compreendemos a anomia como ausência de moralidade; a moral heterônoma, como a moral da obediência, da submissão e do respeito unilateral às normas impostas pelos adultos; e a moral autônoma, como a moral da cooperação, do acordo mútuo, das regras estabelecidas por consenso.

    GABARITO: B