Piaget postulou o desenvolvimento da moral en três etapas:
- a anomia,
em que crianças de até cinco, seis anos de idade não seguem regras coletivas, interessando-se somente pela satisfação de seus próprios interesses motores ou fantasias simbólicas,
característicos do estágio de desenvolvimento cognitivo em que se encontram: o sensório
motor (até por volta dos dois anos) e o pré-operatório ou simbólico (dos dois até cerca dos
seis anos de idade);
- a heteronomia, na qual a criança acata as regras em função do sentimento
de dever à autoridade que as impôs, não garantindo, porém, sua prática, pois ainda é centrada em satisfazer os próprios desejos e
necessidades. Crianças por volta dos seis até cerca dos dez anos, não
concebem as regras como um contrato firmado entre jogadores, mas sim como algo
sagrado e imutável, pois imposto pela tradição"; e
- autonomia, a partir dos onze anos, quando a concepção das crianças acerca das regras se assemelha a
dos adultos, assim, a criança, além de jogar seguindo efetivamente as regras, as compreende como
necessárias e decorrentes de mútuos acordos entre os jogadores, portanto, concebendo-se
como possível legislador. É a autonomia que prevalece nas relações.
Dessa forma, compreendemos a anomia como ausência de moralidade; a moral heterônoma, como a moral da obediência, da submissão e do respeito unilateral às normas impostas pelos adultos; e a moral autônoma, como a moral da cooperação, do acordo mútuo, das regras estabelecidas por consenso.
GABARITO: B