SóProvas


ID
1825699
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O drama é uma espécie de fonte inspiradora da narrativa cinematográfica: no final das contas, quase todos os filmes − até mesmo as comédias e os longas-metragens de animação − poderiam, sem grande dificuldade, ser encaixados nessa categoria. O drama filmado é uma das respostas à nossa fome ancestral por catarse − queremos, precisamos ver o pior que acontece aos personagens para encontrarmos algum conforto no nosso inventário de tormentos e perdas.
Aristóteles, no ano 335 a.C., dissecou princípios e práticas da arte dramática em sua Poética. Para o filósofo, mestre supremo dos roteiristas, a tragédia era a forma mais perfeita e exaltada da arte dramática, a única capaz de proporcionar lições duradouras e catarses poderosas.
As tramas dramáticas, segundo ele, devem incluir elementos essenciais: um grande obstáculo ou reversão de fortuna, e uma lição a ser extraída da provação do protagonista. A reversão da fortuna deve provir de um erro do protagonista. Aristóteles usa a palavra grega hamartia − que vem da prática do arqueirismo e significa, literalmente, “errar o alvo” − para qualificar esse erro ou falha. Há algo de subjetivo, algo que vem da própria personalidade do protagonista, que o faz errar o alvo e, dessa forma, reverter sua fortuna. Ele é otimista demais, talvez altivo e arrogante, julgando-se, quem sabe, com o direito nato ao alvo. Nesse sentido, drama e comédia são os dois lados do mesmo espelho em que se debruça a alma humana. Nós, na plateia, que conhecemos bem flechas e alvos, somos purificados, do mesmo modo, por lágrimas ou risos.

(Adaptado de: Ana Maria Bahiana. Como ver um filme, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, formato ebook, 2012) 

que vem da prática do arqueirismo e significa, literalmente, "errar o alvo"

Na frase acima, os travessões isolam uma

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra a).

     

    Aristóteles usa a palavra grega hamartiaque* vem da prática do arqueirismo e significa, literalmente, “errar o alvo” − para qualificar esse erro ou falha.

    *Pronome relativo "que" está retomando "hamartia". Basta trocar por "a qual" que manterá o sentido.

     

    Nesse caso, a oração entre parentêses desempenha a função de Oração Subordinada Adjetiva Explicativa (DICA: PONTOU = EXPLICOU). Já que está no meio da oração, podem ser usados vírgulas, parentêses ou travessões, para separar a oração.

     

    Percebe-se que a oração está explicando a palavra "hamartia", acrescentando uma informação dela ao texto. Logo, os travessões estão isolando uma explanação.

     

    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint36.php

     

     

     

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