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Questões de Travessão


ID
2617
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 apóiam-se no texto
apresentado abaixo.

Rios caudalosos e lagos deslumbrantes, cachoeiras e
corredeiras, cavernas, grutas e paredões. Onças, jacarés, tamanduás,
capivaras, cervos, pintados e tucunarés, emas e
tuiuiús. As maravilhas da geologia, fauna e flora do Brasil Central
reunidas em três ecossistemas únicos no mundo - Pantanal,
Cerrado e Floresta Amazônica
?, poderiam ser uma abundante
fonte de receitas turísticas. Mas não são, e os Estados da
região agradecem.
Para preservar seus delicados santuários ecológicos, o
Centro-Oeste mantém rigorosas políticas de controle do turismo,
com roteiros demarcados e visitação limitada. Assim é feito
em Bonito, município situado na Serra da Bodoquena, cujas
belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades
do turismo.

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, Novo mapa do Brasil,
H16, 20 de novembro de 2005)

- Pantanal, Cerrado e Floresta Amazônica - (5a e 6a linhas)

Os travessões isolam, considerando-se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • Resumidamente, travessão:
    - indica a mudança de interlocutor em textos literários, quando muda a fala do narrador para um personagem;
    - reforça um enunciado no fim de uma frase (substituindo os dois pontos);
    - isolam palavras e frases explicativas (substituindo os parênteses).
  • Bom na verdade no texto há somente um travessão
    - Pantanal....

     Devo considerar que deve ser um erro de digitação da Equipe do QC ou existe possibilidade do uso de somente um travessão fora a hipótese do diálogo???

    Alguém sabe????


  • A esse respeito,"O travessão separa a inserção explicativa, que neste caso também é enumerativa. Sintaticamente falando, há um aposto enumerativo, mas esta enumeração também explica o dado anterior",segundo o Prof. Décio Terror.
    Gabarito C
    Bons estudos

  • Gab c!Função de aposto.

    Detalhe a reparar.

    Inicia-se com o travessão, mas pode terminar com vírgula.

    As maravilhas da geologia, fauna e flora do Brasil Central

    reunidas em três ecossistemas únicos no mundo - Pantanal,

    Cerrado e Floresta Amazônica, poderiam ser uma abundante

    fonte de receitas turísticas. 


ID
3592
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 31 a 41 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

O governo inglês divulgou recentemente o que é até
agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos
do aquecimento global e sobre medidas que poderiam reduzir
as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de
evitar algumas de suas piores conseqüências. Ele deixa claro
que o problema não é mais se podemos nos dar ao luxo de
fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos
nos dar ao luxo de não fazer nada.

Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o
equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais. Os custos são mais altos do que
em estudos anteriores porque levam em conta que o processo
de aquecimento é bastante complexo e não-linear, com a possibilidade
de que possa ganhar ritmo muito mais alto do que se
imaginava, além de ser muito maior do que o previsto anteriormente.
O estudo talvez esteja subestimando significativamente
os custos: por exemplo, a mudança do clima pode fazer desaparecer
a Corrente do Golfo - de particular interesse para a
Europa - e provocar doenças.

Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração
de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado
acentuadamente desde o início da era industrial, de que a
atividade humana contribuíra significativamente para esse
aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o
nível dos mares. Mas poucos previram a rapidez com que a calota
de gelo do Ártico parece derreter. Mesmo assim, alguns
sugerem que, já que não estamos seguros da extensão do problema,
pouco ou nada devemos fazer. A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos.

Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança
tributária globalmente consensual. Isso não quer dizer aumento
geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada
país de algum imposto comum por outro, específico, sobre
atividades poluidoras. Faz mais sentido tributar coisas más do
que coisas boas, como a poupança e o trabalho. A boa notícia é
que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam
reduzir as emissões. Mudanças de preços que mostrem os
verdadeiros custos sociais da energia extraída de combustíveis
fósseis devem estimular inovação e conservação. Pequenas
alterações práticas, multiplicadas por centenas de milhares de
pessoas podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo,
plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados
em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir
uma grande economia na energia consumida pelo ar
condicionado.

Só temos um planeta e devemos cuidar dele. O aquecimento
global é um risco que simplesmente não podemos mais
ignorar.

(Adaptado de Joseph E. Stiglitz. O Globo, Opinião, 19 de novembro de
2006)

- de particular interesse para a Europa - (2o parágrafo)

Os travessões isolam, no contexto,

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Separa o aposto!
    Também é possível substituir travessões por vírgulas que isolem apostos, adjuntos adverbiais ou orações adverbiais deslocados ou parênteses, conferindo maior ênfase à informação.

  • Gab a!

    É um termo explicativo, tipo um aposto grande. É possível retirá-lo sem causar falta de sentido.

    a mudança do clima pode fazer desaparecer

    a Corrente do Golfo - de particular interesse para a

    Europa - e provocar doenças.

    RETIRANDO O TERMO EXPLICATIVO:

    a mudança do clima pode fazer desaparecer

    a Corrente do Golfo e provocar doenças.


ID
4462
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 9 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções
aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco
temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes
manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a
canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando
uma densidade raramente obtida por nossos melhores
artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas
"menores", desempenham um papel fundamental na cultura
brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente
menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação
artística nem sempre observada em seus congêneres
de outros quadrantes do planeta.

Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério
de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o
romance, a sinfonia, as "belas artes" em geral. O movimento é
dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se
geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, "lá"
também - onde quer que seja esse lugar - nunca floresceu uma
canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um
elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e
de melodia no Brasil.

Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente
tudo. No conto "Um homem célebre", ele nos mostra
Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas,
desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes
de imenso apelo popular. Morre consagrado - mas como autor
pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase
desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos
grandes artistas "menores" por excelência, Caetano sempre
soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo
às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]

O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando
para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o
caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir
da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa
carioca, recebendo status de futebol-arte.

Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope
de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os
encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o
Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma
ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das
imensas "qualidades artísticas" dos desfiles nacionais...

Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em
Formação da literatura brasileira ("Comparada às grandes, a
nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos
exprime."), pode-se arriscar que muito da produção artística
brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras
paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos
Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola - produtores
de "miudezas" da mais alta estatura. Afinal são eles, e não
outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de
2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)

A afirmativa INCORRETA, considerando-se o emprego de sinais de pontuação no texto, é:

Alternativas
Comentários
  • O uso das aspas utilizado em "Um homem celebre" é a indicação de uma obra.

    Já em "qualidades artísticas" indica ironia no testemunho dos estrangeiros nas qualidades artísticas nos desfiles nacionais.

    Por isso a alternativa incorreta a se marca e a Alternativa E.

    Espero ter ajudado.
  • E como ajudou. Ainda mais que são poucos os que comentam as questões de português.

ID
9451
Banca
ESAF
Órgão
MRE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a única das substituições propostas que mantém a correção gramatical do texto abaixo transcrito.

Todo o aprendizado - raciocínio, memória, pensamento e imaginação - depende de um órgão do corpo humano que pesa mais ou menos 1,3 quilograma e é formado por cem bilhões de neurônios, que têm a capacidade de se multiplicarem mais de 250 mil vezes por minuto nos dois primeiros meses de gestação e cujos prolongamentos parecem um emaranhado de fios: o cérebro.

(Vitor F. Kümpel, "Resumos no processo do aprendizado")

Alternativas
Comentários
  • a - CORRETA
    b - o certo deveria ser A CERCA DE(aproximamente). ACERCA DE significa ´´a respeito de´´
    c - Um Quilo e TREZENTOS GRAMAS
    d - TÊM = plural. Deveria ser POSSUEM e não POSSUI.
  • O cujo não pode ser substituído por nenhum outro P. R. semanticamente. O sentido sempre muda, a correção gramatical pode aceitar.


ID
14290
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Afinal, o que vem a ser uma democracia?
Prof. Boris Fausto - Existe um consenso básico a
respeito do que seja democracia: é o regime em que aqueles
4 que dirigem a nação recebem, por meio de eleição, um
mandato popular. A idéia de que a soberania reside no povo
e é ele que elege seus representantes distingue a democracia
7 de qualquer regime autoritário, totalitário. Ela também
significa a garantia da livre expressão das idéias - não
existe democracia onde existe, por exemplo, censura à
10 imprensa. A discussão maior consiste em saber se os
aspectos sociais se incluem na definição de democracia.
Há quem entenda o conceito e diga: não, democracia sem
13 igualdade, sem maior acesso da população a todos os direitos
de educação, saúde etc. não chega a ser democracia.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

A partir do trecho de entrevista transcrito acima, julgue os itens
subseqüentes.

Na linha 8, a substituição do travessão pelo sinal de ponto-e-vírgula
manteria a correção e a coerência do texto.

Alternativas
Comentários
  • Na linha 8 o travessão introduz uma expressão enfática, ou seja, ele retifica a ideia anterior e introduz uma informação a mais.

    O ponto-e-vírgula no lugar do travessão separa orações coordenadas assindéticas, que guardam uma relação entre si.

    A substituição não acarretaria nenhum prejuízo gramatical e à coerência do texto.


ID
17269
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.
Nem o cientista mais ortodoxo pode negar que mexer
com equações é difícil e cansativo. Mas a ciência não deixa de
ser bonita ou agradável apenas por causa disso. A arte, apesar
de bela, também não é fácil: todo profissional sabe a dor e a
delícia de aprender bem um instrumento ou de dominar o pincel
com graça e precisão. É verdade que dificilmente alguém
espera encontrar numa equação ou num axioma as qualidades
próprias da arte, como a harmonia, a sensibilidade e a elegância.
A graça e a beleza das teorias, no entanto, sempre
tiveram admiradores - e hoje mais do que nunca, a julgar pela
quantidade de livros recentes cujo tema central é a sedução e o
encanto dos conceitos científicos. Exagero?
"As leis da física são em grande parte determinadas por
princípios estéticos", afirma o astrônomo americano Mario Livio,
do Telescópio Espacial Hubble, também autor de um livro em
que analisa a noção de beleza dentro da ciência. Ele afirma
que, quando a estética surgiu na Antigüidade, os conceitos de
beleza e de verdade eram sinônimos. Para ele, o traço de união
entre arte e ciência reside exatamente nesse ponto. "As duas
representam tentativas de compreender o mundo e de organizar
fatos de acordo com uma certa ordem. Em última instância,
buscam uma idéia fundamental que possa servir de base para
sua explicação da realidade."
Mas, se o critério estético é tão importante para o pensamento
científico, como ele se manifesta no dia-a-dia dos
pesquisadores? O diretor do Instituto de Arte de Chicago acha
que sabe a resposta. "Ciência e arte se sobrepõem naturalmente.
Ambas são meios de investigação, envolvem idéias,
teorias e hipóteses que são testadas em locais onde a mente e
a mão andam juntas: o laboratório e o estúdio", afirma.
Acredita-se que as descobertas científicas sirvam de
inspiração para os artistas, e as obras de arte ajudem a alargar
o horizonte cultural dos cientistas. Na prática, essa mistura gera
infinitas possibilidades. A celebração que artistas buscam hoje
já ocorreu diversas vezes no passado, de maneira mais ou
menos espetacular. Na Renascença, a descoberta da
perspectiva pelos geômetras encantou os pintores, que logo
abandonaram as cenas sem profundidade do período clássico e
passaram a explorar sensações tridimensionais em seus
quadros. Os arquitetos também procuravam dar às igrejas um
desenho geometricamente perfeito; acreditavam, com isso, que
criavam um portal para o mundo metafísico das idéias
religiosas.
No século XX, essa tendência voltou a crescer. A grande
preocupação dos pintores impressionistas com a luz, por
exemplo, tem muito a ver com as conquistas da ótica. A
matemática também teria influenciado a pintura do russo
Wassily Kandinsky, segundo o qual "tudo pode ser retratado por
uma fórmula matemática". Seu colega Paul Klee achou um jeito
de colocar em vários quadros alguma referência às progressões
geométricas. Bem-humorado, brincava com as idéias da matemática
dizendo que "uma linha é um ponto que saiu para
passear".
(Adaptado de Flávio Dieguez. Superinteressante, junho de
2003, p. 50 a 54)

Considere as afirmativas que se fazem a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:

I. O travessão que inicia o segmento - e hoje mais do que nunca (2o parágrafo) - assinala uma pausa maior no período, como ênfase para a afirmativa introduzida por ele.
II. As aspas, que abrem e fecham o segmento "As duas representam tentativas ... para sua explicação da realidade." (3o parágrafo), indicam reprodução exata das palavras de um escritor.
III. Os dois-pontos em - ... andam juntas: o laboratório e o estúdio ... (4o parágrafo) - introduzem um segmento enumerativo.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Travessão- usa-se no discurso direto para indicar a fala de personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos. Também para separar expressões ou frases explicativas intercaladas:

    ex: "E logo me apresentou à mulher - uma estimável senhora.
  • Travessão ( – )

    O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

    - no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

    Por Exemplo:

     

      • – O que é isso, mãe?
        – É o seu presente de aniversário, minha filha.

     

    - para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

    Por Exemplo:

      "E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis)

     

     

    - para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    Por Exemplo:

     

    O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron

    Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

      "Junto do leito meus poetas dormem

     

    - para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.


    Por Exemplo:

      "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)  
  • Onde que essa budega é enumerativa???
  • Dois Pontos – têm várias funções na língua:

    - introduzem citações

    Ex.: Segundo Darcy Ribeiro : “A culpa do fracasso da criança na escola não é da criança; é da escola”.

    - introduzem enumerações

    Ex.: Visitei várias cidades da Europa : Paris , Londres , Lisboa , Barcelona e Roma.

  • Dois-pontos também introduz esclarecimento, ou ainda uma síntese do que se acabou de dizer.

    O que é bem plausível no caso em tela, uma vez que é no laboratório que a ciência materializa o teoria da mente à prática com as mãos, e é no estúdio que o artista utiliza as mãos com a destreza guiada pela razão.

    Ciência e arte, mente e mãos, laboratório e estúdio. Uma grande analogia, uma síntese da metáfora mente e mãos. Não é enumeração.


ID
20227
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 17 referem-se ao
texto abaixo.
Após a I Guerra Mundial, os europeus passaram a olhar
de maneira diferente para si mesmos e sua civilização. Parecia
que na ciência e na tecnologia haviam desencadeado forças
que não podiam controlar, e a crença na estabilidade e
segurança da civilização européia revelou-se uma ilusão.
Também ilusória era a expectativa de que a razão baniria as
marcas remanescentes de escuridão, ignorância e injustiça, e
anunciaria uma era de progresso incessante. Os intelectuais
europeus sentiam que estavam vivendo num "mundo falido".
Numa era de extrema brutalidade e irracionalidade ativa, os
valores da velha Europa pareciam irrecuperáveis. "Todas as
grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas
para esta geração". As fissuras que se discerniam na civilização
européia antes de 1914 haviam se tornado maiores e mais
profundas. É evidente que havia também os otimistas
? aqueles
que encontraram motivo para esperança na Sociedade das
Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na
melhoria das condições econômicas em meados da década de
1920. Entretanto, a Grande Depressão e o triunfo do
totalitarismo intensificaram os sentimentos de dúvida e
desilusão.
(Adaptado de PERRY, Marvin, Civilização ocidental: uma
história concisa. Trad. Waltensir Dutra/ Silvana Vieira. 2ed., São
Paulo: Martins Fontes, 1999, p.588.)

É evidente que havia também os otimistas - aqueles que encontraram motivo para esperança na Sociedade das Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na melhoria das condições econômicas em meados da década de 1920.

Considerada a frase acima, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • B) Está correta, como elemento de coesão, trata-se "os otimistas" de termo síntese do que se fala na explicação.D) O pronome relativo "cujo" só pode ser usado entre substantivos.E) O sujeito (que é que havia? os otimistas) não pode ser separado do verbo por vírgula.

  • Galera,

    Como o Travessao também pode ser substituido pela vírgula nesse caso aqui o travesso tem sentido de explicativo

    É evidente que havia também os otimistas - aqueles....

    Aqueles quem? os otimistas

    bons estudos



  • Acredito que a alternativa e) trata-se de um sujeito oracional. Que é Evidente? que havia também os otimistas.

ID
20737
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 25 a 35

1 Em meio a uma crise da qual ainda não sabe como
escapar, a União Européia celebra os 50 anos do Tratado de
Roma, pontapé inicial da integração no continente. Embora
4 sejam muitos os motivos para comemorar, como a
manutenção da paz e a consolidação do mercado comum, os
chefes dos 27 Estados-membros têm muito com o que se
7 preocupar. A discussão sobre a Constituição única não vai
adiante, a expansão para o leste dificulta a tomada de
decisões e os cidadãos têm dificuldade para identificar-se
10 como parte da megaestrutura européia.

O Estado de S.Paulo, 25/3/2007, p. A20.

Com referência às estruturas e às idéias do texto, bem como a
aspectos associados aos temas nele tratados, julgue os itens
subseqüentes.

As vírgulas logo após "comemorar" (L4) e "comum" (L5) podem, sem prejuízo para a correção gramatical do do período, ser substituídas por travessões.

Alternativas
Comentários
  • CERTO 


    VÍRGULAS , TRAVESSÕES E PARÊNTESES PODEM SER SUBSTITUÍDOS DE FORMA RECÍPOCRA SEM PREJUIZO PARA A GRAMÁTICA QUANDO : 

    A) FOR UM APOSTO EXPLICATIVO(CASO ACIMA)  

    B) SE TRATAR DE ENUMERAÇÃO DE ÍTENS .



  • GABARITO: CERTO

    ACRESCENTANDO:

    Travessão:

    travessão é um sinal bastante usado na narração, na descrição, na dissertação e no diálogo, portanto, figura repetida em qualquer prova; é um instrumento eficaz em uma redação. Pode vir em dupla, se vier intercalado na frase. Veja seus usos:

    1) Indica a mudança de interlocutor no diálogo (discurso direto).

    - Que gente é aquela, seu Alberto?

    - São japoneses.

    - Japoneses? E… é gente como nós?

    - É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.

    - Mas então não são índios?

    (Ferreira de Castro)

    2) Coloca em relevo certos termos, expressões ou orações; substitui nestes casos a vírgula, os dois-pontos, os parênteses ou os colchetes.

    Marlene Pereira – sem ser artificial ou piegas – lhe perdoou incondicionalmente. (oração adverbial modal)

    Um grupo de turistas estrangeiros – todos muito ruidosos – invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados. (predicativo do sujeito)

    Os professores – amigos meus do curso carioca – vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)

    Como disse o poeta: “Só não se inventou a máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano”. (orações coordenadas assindéticas – conectivo implícito)

    A decisão do ministério foi a seguinte – que todos se unissem contra o mosquito transmissor da dengue. (oração substantiva apositiva)

    O Brasil – que é o maior país da América do Sul – tem milhões de analfabetos. (oração adjetiva explicativa)

    Meninos – pediu ela –, vão lavar as mãos, que vamos jantar. (oração intercalada)

    Ela é linda – linda! (travessão usado como mero realce)

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

  • Uma dúvida colegas: a segunda vírgula não está exercendo dupla função, ou seja, está fechando a explicação anterior e separando a oração adverbial (embora) que está antecipada? Assim, seria correto suprimi-la? Obrigado.


ID
75025
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os recifes de corais desempenham um papel vital nos
oceanos, abrigando um quarto da biodiversidade marinha. Eles
são usados pelos peixes para alimentação e reprodução, além
de servir de abrigo contra predadores. Para multiplicar esses
santuários ecológicos, tornou-se comum em muitos países a
criação de recifes artificiais - em geral, grandes navios já fora
de uso são afundados e aos poucos se cobrem de algas,
moluscos e crustáceos.

O uso de embarcações como recifes envolve desafios.
Para que a estrutura seja tomada por vegetais e peixes, é
preciso submergi-la em locais com a profundidade ideal e
condições adequadas de temperatura, luminosidade e
salinidade. Outro pré-requisito é a rigorosa limpeza de todo o
navio, para evitar a introdução na cadeia alimentar marinha de
substâncias tóxicas presentes nos óleos, nos cabos e na pintura
do casco. Os ambientalistas advertem que é necessário
monitorar constantemente os recifes artificiais. "A concentração
de peixes faz com que eles se tornem expostos à pesca
predatória, inclusive com redes", explica um biólogo, especialista
em corais.

O Brasil também tem navios usados como recifes
artificiais. Um dos casos mais bem documentados é o do
cargueiro Victory 8-B, afundado em 2003 a 8 quilômetros da
costa de Guarapari, no Espírito Santo. O navio aumentou o
turismo de mergulho na região, mas também provoca críticas de
ambientalistas por atrair barcos de pesca que lançam redes de
arrasto e gaiolas. Como não há fiscalização suficiente, as
próprias escolas de mergulho assumem a tarefa de zelar pelo
recife, retirando redes e denunciando a pesca irregular ao
Ibama.

(Adaptado de Vanessa Vieira. Veja. 10/09/2008. p. 74-75)

? em geral, grandes navios já fora de uso são afundados e aos poucos se cobrem de algas, moluscos e crustáceos. (final do 1º parágrafo) O emprego do travessão introduz

Alternativas
Comentários
  • Poderia ser utilizada a vírgula também.

ID
78337
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Durante milênios convivemos com a convicção de que
não haveria limites para a atividade humana, seja quanto ao uso
de recursos naturais, seja de energia, de praticamente tudo. O
tempo encarregou-se de mostrar o contrário - com os limites na
área dos recursos hídricos acentuados pelo crescimento da
população; com o uso de combustíveis fósseis detonando a
questão das mudanças do clima; com a insustentabilidade dos
atuais padrões de produção e consumo, além da capacidade de
reposição do planeta. Agora, mais alguns limites se esboçam no
horizonte para a fabricação e uso dos computadores, por causa
do consumo de energia; da emissão de gases em razão de seu
uso; da sobrecarga em vários tipos de utilização, que ameaça
até com um "apagão planetário"; e da geração de lixo tecnológico,
muitas vezes exportado para países pobres.

Estudo recente mostrou que o consumo de energia pelos
computadores no mundo todo mais que dobrou entre 2000 e
2005; outro estudo situa as emissões de gases poluentes
gerados pela tecnologia da informação e comunicação no mesmo
nível das emissões feitas pelo transporte aéreo no mundo.

São números que começam a preocupar a própria
indústria de produção de equipamentos nessas áreas. Divulgado
o último relatório, as principais produtoras criaram um sistema
conjunto para aumentar a eficiência de hardwares e
softwares. Pensam em novas formas de suprimento de energia,
talvez a solar, em substituição ao tipo de corrente nos centros
armazenadores de informações e em avisos que advirtam sobre
os problemas de estocagem ilimitada de informações, imagens
ou som.

Há outros ângulos do problema que chegam a atingir o
campo da política, como nos EUA, em que procedimentos
antiéticos preocupam, com a divulgação de mensagens provocadoras
ou portadoras de falsas informações. Nem é preciso
falar no problema dos spams, que entopem as caixas de recepção
de mensagens no mundo, todos os dias, muitos deles
portadores de vírus extremamente problemáticos. E ainda há o
problema do lixo tecnológico (peças e pedaços de computadores,
pilhas, baterias), já tão grave que a própria ONU criou
diretrizes mundiais que apontam caminhos para ampliar a vida
dos componentes e promover a reciclagem. Especialistas
começam a perguntar se haverá um limite para a internet, em
razão dessa sobrecarga. Seus efeitos desastrosos já se fazem
sentir, em todo o mundo.

(Washington Novaes. O Estado de S. Paulo, A2, 15 de fevereiro
de 2008, com adaptações)

O longo segmento introduzido pelo travessão no 1º parágrafo remete, corretamente,

Alternativas
Comentários
  • Mesmo trecho utilizado para responder à questão anterior, prova que com uma leitura atenta você pode responder mais de uma questão sem ter que retornar ao texto.(...) convicção de que não haveria limites para a atividade humana (...)O tempo encarregou-se de mostrar o contrário - com os limites na área dos recursos hídricos acentuados pelo crescimento da população; com o uso de combustíveis fósseis detonando a questão das mudanças do clima; com a insustentabilidade dos atuais padrões de produção e consumo, além da capacidade de reposição do planeta.

ID
78349
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Durante milênios convivemos com a convicção de que
não haveria limites para a atividade humana, seja quanto ao uso
de recursos naturais, seja de energia, de praticamente tudo. O
tempo encarregou-se de mostrar o contrário - com os limites na
área dos recursos hídricos acentuados pelo crescimento da
população; com o uso de combustíveis fósseis detonando a
questão das mudanças do clima; com a insustentabilidade dos
atuais padrões de produção e consumo, além da capacidade de
reposição do planeta. Agora, mais alguns limites se esboçam no
horizonte para a fabricação e uso dos computadores, por causa
do consumo de energia; da emissão de gases em razão de seu
uso; da sobrecarga em vários tipos de utilização, que ameaça
até com um "apagão planetário"; e da geração de lixo tecnológico,
muitas vezes exportado para países pobres.

Estudo recente mostrou que o consumo de energia pelos
computadores no mundo todo mais que dobrou entre 2000 e
2005; outro estudo situa as emissões de gases poluentes
gerados pela tecnologia da informação e comunicação no mesmo
nível das emissões feitas pelo transporte aéreo no mundo.

São números que começam a preocupar a própria
indústria de produção de equipamentos nessas áreas. Divulgado
o último relatório, as principais produtoras criaram um sistema
conjunto para aumentar a eficiência de hardwares e
softwares. Pensam em novas formas de suprimento de energia,
talvez a solar, em substituição ao tipo de corrente nos centros
armazenadores de informações e em avisos que advirtam sobre
os problemas de estocagem ilimitada de informações, imagens
ou som.

Há outros ângulos do problema que chegam a atingir o
campo da política, como nos EUA, em que procedimentos
antiéticos preocupam, com a divulgação de mensagens provocadoras
ou portadoras de falsas informações. Nem é preciso
falar no problema dos spams, que entopem as caixas de recepção
de mensagens no mundo, todos os dias, muitos deles
portadores de vírus extremamente problemáticos. E ainda há o
problema do lixo tecnológico (peças e pedaços de computadores,
pilhas, baterias), já tão grave que a própria ONU criou
diretrizes mundiais que apontam caminhos para ampliar a vida
dos componentes e promover a reciclagem. Especialistas
começam a perguntar se haverá um limite para a internet, em
razão dessa sobrecarga. Seus efeitos desastrosos já se fazem
sentir, em todo o mundo.

(Washington Novaes. O Estado de S. Paulo, A2, 15 de fevereiro
de 2008, com adaptações)

(peças e pedaços de computadores, pilhas, baterias) Considere as observações a respeito do segmento do último parágrafo transcrito acima:

I. Trata-se de um segmento enumerativo, intercalado no contexto.

II. Os parênteses podem ser corretamente substituídos por travessões, sem alteração do sentido original.

III. A ausência do segmento colocado entre parênteses não alteraria a seqüência lógica nem a clareza do período.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    I-CORRETA = SEPARA ITENS DE UMA SÉRIE, ENUMERAÇÃO
    II-CORRETA = PARÊNTESES, ENTRE VÍRGULAS E TRAVESSÕES PODEM SER USADOS SEM ALTERAÇÃO NO TEXTO.
    III-CORRETA =  NÃO ALTERARIA A SEQUÊNCIA LÓGICA NEM A CLAREZA DO PERÍODO POIS APENAS EXPLICA O TRECHO ANTERIOR DA FRASE.(APOSTO)

  • Na frase I, veja que o aposto explicativo, quando recebe mais de um termo, é considerado enumerativo e continua explicando o termo anterior.
    Na frase II, se o termo está intercalado, então pode ser separado por duplo travessão, dupla vírgula, parênteses.
    Na frase III, como o segmento é explicativo, sua retirada mantém a sequência lógica e a coerência do texto. Para entender isso, basta retirar o termo e ler novamente. Por isso, todas as frases estão corretas.
    Gabarito: E
    Fonte: Prof. Décio Terror-Ponto dos Concursos
    Bons estudos

     


ID
81217
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos anos setenta, no auge dos grandes projetos de
infraestrutura implantados pelos governos militares, a Amazônia
era conhecida como o inferno verde. Uma mata fechada e
insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos,
que deveria ser derrubada a todo custo - sempre com incentivo
público - pelos colonos, operários e garimpeiros que se aventuravam
pela região. Essa visão mudou bastante nas últimas duas
décadas, à medida que os brasileiros perceberam que a região
é um patrimônio nacional que não pode ser dilacerado sem
comprometer o futuro do próprio país.

Com seus 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia
representa mais da metade do território brasileiro, 3,6%
da superfície seca do planeta, área equivalente a nove vezes o
território da França. O rio Amazonas, o maior do mundo em
extensão e volume, despeja no mar em um único dia a mesma
quantidade de água que o Tâmisa, que atravessa Londres, leva
um ano para lançar. O vapor de água que a Amazônia produz
por meio da evaporação responde por 60% das chuvas que
caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza,
a Floresta Amazônica permanece um domínio da natureza no
qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem lá 25 milhões
de brasileiros, pessoas que enfrentaram o desafio do ambiente
hostil e fincaram raízes na porção norte do país. Assusta
observar que, no intenso debate que se trava sobre a melhor
forma de preservar (ou, na maior parte das vezes, ocupar) a
floresta, esteja praticamente ausente o maior protagonista da
saga amazônica: o homem.

É uma forma atravessada de ver a situação, pois o destino
da região depende muito mais de seus habitantes do que
de medidas adotadas por autoridades do governo ou por organizações
não-governamentais. A prioridade de todas as iniciativas
deveria ser melhorar a qualidade de vida e criar condições
econômicas para que seus habitantes tenham alternativas
à exploração predatória. Só assim eles vão preservar a
floresta em vez de destruí-la, porque terão orgulho de sua
riqueza natural, única no mundo.

(O fator humano. Veja especial, São Paulo, Ano 42, Setembro
2009, pp. 22-24, com adaptações)

Considere as afirmativas seguintes, a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:

I. O emprego dos travessões no 1º parágrafo assina-la uma pausa que imprime ênfase ao comentário.

II. Os dois-pontos que aparecem no final do 3º parágrafo introduzem um esclarecimento ao que acabou de ser afirmado.

III. Na frase Só assim eles vão preservar a floresta em vez de destruí-la, ficaria correta a colocação de uma vírgula após preservar.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Regras de utilização de alguns sinais de pontuação. Com estas regrinhas e mais a regra da vírgula (que está em outro comentário meu, não a coloquei aqui por ser muito grande), você gabarita qualquer questão relacionada com pontuação:Ponto e vírgula: utilizado em períodos mais longos com presença de vírgula.1 - entre orações coordenadas assindédicas2 - entre orações coordenadas assindédicas quando for antítese, neste caso será obrigatório o uso de ponto e vírgula 3 - enumerações em linhas diferentesTravessão:1 - citação textual2 - mudança de interlocutores3 - oração subordinada substantiva apositiva4 - orações/expressões explicativas5 - aposto explicativoDois pontos: só uma observação, após os dois pontos poderemos usar letra maiúscula ou minúscula, tanto faz.1 - antes de enumeração2 - antes de citação textual (discurso direto)3 - oração apositiva4 - antes de explicaçãoAspas:1 - citação pessoal2 - palavras fora do sentido literal3 - qualquer ironia, estrangeirismo, neologismo ou gíriaParênteses:1 - comentário2 - aposto explicativo3 - orações/expressões explicativas
  • III)incorretaNão podemos separar as orações...verbo do sujeito PRESERVAR A FLORESTA

ID
93067
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Chapada do Araripe, no Ceará, abriga tesouros que
conjugam importância e poesia. Maior sítio arqueológico em
registro de peixes fósseis do mundo, suas rochas de cerca de
110 milhões de anos conservam animais nos quais é possível
pesquisar células musculares e aparelhos digestivos com as
últimas refeições. Foi também o primeiro lugar do mundo onde
surgiram flores, datadas do período Cretáceo, quando as placas
continentais do Brasil e da África ainda se separavam.
Incrustadas em rochas, as plantas fósseis são exemplares que
deram origem aos vegetais com flores atuais.

A região, que serviu de campo de estudos para a
concepção de alguns dos animais mostrados no filme Jurassic
Park, de Steven Spielberg, abriga o Parque dos Pterossauros, a
quatro quilômetros de Santana do Cariri. Ali são expostas
réplicas artísticas desses animais voadores que possuíam até
cinco metros de envergadura. Ao lado de dinossauros de cerca
de três metros de altura e oito de comprimento, disputaram
espaço na região que corresponde aos Estados do Ceará, de
Pernambuco e do Piauí há cerca de 100 milhões de anos. De
todos os exemplares fósseis dessa ave já achados no mundo,
um terço está na Chapada do Araripe.

Em 2006, foi aprovado pela Unesco um projeto para
transformar a área de pesquisas arqueológicas da Chapada no
primeiro geopark da América - uma região de turismo científico
e ecológico que propicia o autocrescimento sustentado da
população. O parque abrange 5 mil quilômetros, oito municípios
e nove sítios de observação.

(Adaptado do texto de Juliana Winkel. Brasil. Almanaque de
cultura popular
. São Paulo: Andreatto, ano 8, n. 95, março de
2007, p. 20).

O emprego do travessão isola

- uma região de turismo científico e ecológico que propicia o autocrescimento sustentado da população

Alternativas
Comentários
  • O emprego do travessão isola afirmativa de sentido explicativo.
  • Está explicando o que seria o geopark.


ID
94864
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos anos setenta, no auge dos grandes projetos de
infraestrutura implantados pelos governos militares, a Amazônia
era conhecida como o inferno verde. Uma mata fechada e
insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos,
que deveria ser derrubada a todo custo - sempre com incentivo
público - pelos colonos, operários e garimpeiros que se aventuravam
pela região. Essa visão mudou bastante nas últimas duas
décadas, à medida que os brasileiros perceberam que a região
é um patrimônio nacional que não pode ser dilacerado sem
comprometer o futuro do próprio país.

Com seus 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia
representa mais da metade do território brasileiro, 3,6%
da superfície seca do planeta, área equivalente a nove vezes o
território da França. O rio Amazonas, o maior do mundo em
extensão e volume, despeja no mar em um único dia a mesma
quantidade de água que o Tâmisa, que atravessa Londres, leva
um ano para lançar. O vapor de água que a Amazônia produz
por meio da evaporação responde por 60% das chuvas que
caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza,
a Floresta Amazônica permanece um domínio da natureza no
qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem lá 25 milhões
de brasileiros, pessoas que enfrentaram o desafio do ambiente
hostil e fincaram raízes na porção norte do país. Assusta
observar que, no intenso debate que se trava sobre a melhor
forma de preservar (ou, na maior parte das vezes, ocupar) a
floresta, esteja praticamente ausente o maior protagonista da
saga amazônica: o homem.

É uma forma atravessada de ver a situação, pois o destino
da região depende muito mais de seus habitantes do que
de medidas adotadas por autoridades do governo ou por organizações
não-governamentais. A prioridade de todas as iniciativas
deveria ser melhorar a qualidade de vida e criar condições
econômicas para que seus habitantes tenham alternativas
à exploração predatória. Só assim eles vão preservar a
floresta em vez de destruí-la, porque terão orgulho de sua
riqueza natural, única no mundo.

(O fator humano. Veja especial, São Paulo, Ano 42, Setembro
2009, pp. 22-24, com adaptações)

Considere as afirmativas seguintes, a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:

I. O emprego dos travessões no 1º parágrafo assina- la uma pausa que imprime ênfase ao comentário.

II. Os dois-pontos que aparecem no final do 3º parágrafo introduzem um esclarecimento ao que acabou de ser afirmado.

III. Na frase Só assim eles vão preservar a floresta em vez de destruí-la, ficaria correta a colocação de uma vírgula após preservar.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • ---> ITEM I - (CERTO)O uso de travessões ou parênteses serve para dar ênfase ao comentário. Não querendo enfatizá-lo é só utilizar vírgulas.---> ITEM II - (CERTO)Os dois pontos (:) anunciam e introduzem uma citação, uma enumeração ou um esclarecimento.---> ITEM III - (ERRADO) Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento.
  • GAMARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO EM RELAÇÃO AO ITEM III

    A vírgula é empregada para marcar a separação entre termos deslocados ou intercalados, quer no período simples, quer no período composto. Portanto, não havendo descolamento ou intercalação de um termo ou de uma oração, a vírgula não é compatível nos seguintes casos:

     a) entre sujeito e predicado;

    Muitos paulistanos deixam o carro na garagem.

           (Sujeito)                     (Predicado)

     b) entre verbo e complemento verbal (objeto direto ou objeto indireto);

    Os animais protegem seus filhotes.

                           (VTD)          (OD)

    As crianças necessitam de carinho.

                              (VTI)             (OI)

     c) entre substantivo, adjetivo ou advérbio e complemento nominal;

    A invenção da imprensa aproximou os povos.

      (Subst.)    (Compl. Nom.)

    O fumo é prejudicial ao organismo.

                        (Adj.)      (Comp. Nom.)

    Opinamos contrariamente ao seu projeto.

                               (Adv.)         (Comp. Nom.)

     d) entre substantivo e adjunto adnominal;

    Existirão rosas sem espinho?

                  (Subst.) (Adj. Adn.)

     e) entre oração principal e oração subordinada substantiva;

    Não me espanta que você seja tão imaturo.

         (Or. Princ.)           (Or. Sub. Subst.)

    *Exceção: Se a oração subordinada substantiva figurar antes da principal, a vírgula deverá separá-las:

    Que você é um hipócrita, todos nós sabemos.

          (Or. Sub. Subst.)              (Or. Princ.)

     f) entre oração principal e oração subordinada adjetiva restritiva;

    Você foi o único amigo que me apoiou naquele dia.

              (Or. Princ.)               (Or. Sub. Adj, Restritiva)

    g) entre oração principal e oração subordinada adverbial posposta.

    Fico tranquilo quando você volta cedo para casa.

      (Or. Princ.)          (Or. Sub. Adj. Temporal)

    FONTE: Gramática completa para concursos e vestibulares/Nilson Teixeira de Almeida. 2 ed. - São Paulo: Saraiva: 2009

     


ID
107629
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duzentos anos atrás, apenas 3% da população mundial viviam em cidades. Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% ? ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. Em algum momento deste ano, de acordo com estimativas das Nações Unidas, pela primeira vez na história o número de pessoas que vivem em áreas urbanas ultrapassará o de moradores do campo. Segundo o mesmo estudo, nas próximas décadas, praticamente todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades, nas quais viverão sete em cada dez pessoas em 2050. A população rural ainda deve aumentar nos próximos dez anos, antes de entrar em declínio gradativo.

O que move a humanidade em direção à vida de colméia? Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. Sua primeira função foi de local de proteção, de armazenagem de alimentos e de entreposto de trocas. A segurança urbana permitiu o desenvolvimento do trabalho especializado, que liberou as pessoas para se engajarem em atividades como as artes, a ciência, a religião e a inovação tecnológica. A lei é a essência da vida urbana desde os tempos babilônicos. Primeiro, porque as cidades são centros de comércio e essa atividade exige regulamentos. Segundo, porque elas atraem diferentes tipos de moradores, que precisam viver juntos e dependem de normas comuns de comportamento.

O lugar que melhor sintetiza a urbanização em escala global é a megalópole. Esse é o nome que se dá aos aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes. Um em cada 25 habitantes do planeta vive em uma das dezenove megalópoles existentes. Seus moradores desfrutam uma vasta gama de serviços especializados, comércio disponível noite e dia,
programas culturais para todos os gostos, infinitas alternativas de lazer - mas o trânsito pode ser tão congestionado que se torna difícil usufruir as ofertas, ou a preocupação com a segurança é tal que obriga os pais a criar os filhos sob um controle extenuante. Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes.

(Adaptado de Thomaz Favero. Veja. 16 de abril de 2008, p.111)

Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% ? ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. (1o parágrafo)

Considere as afirmativas a respeito da presença do travessão no período acima:

I. O travessão isola um segmento opinativo.

II. A observação introduzida pelo travessão associa-se diretamente à expressão na esteira da Revolução Industrial.

III. Estaria correta a substituição do travessão por uma vírgula, sem prejuízo da estrutura sintática e do sentido original de todo o período.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

Alternativas
Comentários
  • Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% — ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. (1o parágrafo)I. O travessão isola um segmento opinativo. (CERTA) — Emprega-se um só travessão: * para indicar mudança de interlocutor nos diálogos:— O jogo foi ótimo, disse Florentino. * para ligar grupos de palavras que não formem um substantivo composto, do tipo "no eixo Rio—São Paulo", "no sentido norte—sul" ; * para destacar (no final do período) uma EXPLICAÇÃO,ESCLARECIMENTO, SÍNTESE, CONSEQUÊNCIA OU CONCLUSÃO DO QUE FOI ENUNCIADO: II. A observação introduzida pelo travessão associa-se diretamente à expressão na esteira da Revolução Industrial. (ERRADA)A observação refere-se ao percentual de pessoas que vivem nas cidades.III. Estaria correta a substituição do travessão por uma vírgula, sem prejuízo da estrutura sintática e do sentido original de todo o período. (CORRETA).O travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colchetes, e expressões intercaladas.
  • to procurando a porcaria do travessão!


ID
119074
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              O cosmopolita desenraizado

      Quando Edward Said morreu, em setembro de 2003, após batalhar por uma década contra a leucemia, era provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo. Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno, gerou uma subdisciplina acadêmica por conta própria: um quarto de século após sua publicação, a obra continua a provocar irritação, veneração e imitação. Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada, restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova York - onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.


      Mas ele não viveu confinado. Desde 1967, cada vez com mais paixão e ímpeto, Edward Said tornou-se também um comentarista eloquente e onipresente da crise do Oriente Médio e defensor da causa dos palestinos. O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said - sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. Mas isso transformou o professor de literatura comparada da Universidade de Columbia num intelectual notório, adorado ou execrado com igual intensidade por milhões de leitores.

      Foi um destino irônico para um homem que não se encaixava em quase nenhum dos modelos que admiradores e inimigos lhe atribuíam. Edward Said passou a vida inteira tangenciando as várias causas com as quais foi associado. O "porta-voz" involuntário da maioria dos árabes muçulmanos da Palestina era cristão anglicano, nascido em 1935, filho de um batista de Nazaré. O crítico intransigente da condescendência imperial foi educado em algumas das últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos impérios europeus; por muitos anos falou com mais facilidade inglês e francês do que árabe, sendo um exemplo destacado da educação ocidental com a qual jamais se identificaria totalmente.

      Edward Said foi o herói idolatrado por uma geração de relativistas culturais em universidades de Berkeley a Mumbai, para quem o "orientalismo" estava por trás de tudo, desde a construção de carreiras no obscurantismo "pós-colonial" até denúncias de "cultura ocidental" no currículo acadêmico. Mas o próprio Said não tinha tempo para essas bobagens. A noção de que tudo não passava de efeito linguístico lhe parecia superficial e "fácil". Os direitos humanos, como observou em mais de uma ocasião, "não são entidades culturais ou gramaticais e, quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar".

            (Adaptado de Tony Judt. "O cosmopolita desenraizado". Piauí, n. 41, fevereiro/2010, p. 40-43)

Em relação à pontuação utilizada no texto, está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  •  B) Separando oração subordinada subs. adj. explicativa.

    Comentários sobre a alternativa A?

  • Alguém poderia explicar por que a alternativa A está correta???

  • As vírgulas sempre poderão substituir travessões, porém, os travessões nem sempre poderão substituir as vígulas. ok?
  • A) O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ; sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. 

    Ideia da 1º parte até o ponto-e-vírgula tem sentindo oposto à da 2ª parte após o ponto-e-vírgula. CORRETO. 

    Substitua o ponto-e-vírgula por "ao contrário". 

  • Quanto a "a",

    deveria ser errada também, considerando o histórico de cobrança da banca:

     

     

    Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Provas: FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Operação de Computador 

    Considere a frase original e a frase que a reformula. 

    Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma lhe sugeria “uma lagosta deitada de bruços”. 

    Ela dizia que tinha o telhado mais lindo da cidade, pois a forma dele lhe sugeria uma lagosta deitada de bruços. 

    Na nova redação,

    A nenhuma informação se perdeu, considerado o texto original. ERRADO

    B o emprego de “Ela” foi necessário, pois é o único modo de se saber quem é o falante. ERRADO

    Cum traço descritivo do texto original foi apresentado como o “motivo” da apreciação de Elizabeth. CERTO

    D constitui erro a palavra “pois” não vir seguida de uma vírgula. ERRADO

    E a vírgula poderia ser substituída por um ponto e vírgula, sem interferência alguma no fluxo da leitura. ERRADO


ID
121738
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De toda a água existente no planeta, apenas o percentual de 3% é doce, e sua maior parte está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem.

"O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen. "Esse é um ponto de partida para o grande dilema moderno. De preocupação de indivíduos, passou para cidades, nações e hoje é um tema global."

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos dois bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano, causadas por doenças, má nutrição, fome crônica. Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.

O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água ? incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030. Especialistas anteveem que, se nada for feito, bilhões de indivíduos se juntarão aos que já sofrem com sua falta. As decorrências disso serão doenças, fome, migrações e conflitos pela posse de água.

A má gestão da água tem reduzido os estoques aproveitáveis. Fator importante é a crença da maioria das pessoas de que a água é um bem comum, que não pertence a ninguém em especial. Há, também, uma evidente desproporção entre o que é extraído e o volume de reposição disponível, sobretudo a partir do século passado.

(Adaptado de Eduardo Araia. Planeta, março de 2009, p. 44-49)

O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água - incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. (4º parágrafo)

O comentário isolado pelos travessões se justifica, no texto, pelo fato de que

Alternativas
Comentários
  • ---------incluindo-------- aí uma atividade crucial,a agricultura - (DEMANDA ÁGUA)b) a produção de alimentos em quantidade suficiente para toda a população mundial ----exige expressivo aumento no consumo de água--------
  • Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030.

ID
121909
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De toda a água existente no planeta, apenas o percentual de 3% é doce, e sua maior parte está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem.
"O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen. "Esse é um ponto de partida para o grande dilema moderno. De preocupação de indivíduos, passou para cidades, nações e hoje é um tema global."
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos dois bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano, causadas por doenças, má nutrição, fome crônica. Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.
O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água ? incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030. Especialistas anteveem que, se nada for feito, bilhões de indivíduos se juntarão aos que já sofrem com sua falta. As decorrências disso serão doenças, fome, migrações e conflitos pela posse de água.
A má gestão da água tem reduzido os estoques aproveitáveis. Fator importante é a crença da maioria das pessoas de que a água é um bem comum, que não pertence a ninguém em especial. Há, também, uma evidente desproporção entre o que é extraído e o volume de reposição disponível, sobretudo a partir do século passado.

(Adaptado de Eduardo Araia. Planeta, março de 2009, p. 44-49)

Para responder considere o segmento reproduzido abaixo.

O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água - incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. (4o parágrafo)

O comentário isolado pelos travessões se justifica, no texto, pelo fato de que

Alternativas
Comentários
  • Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030.

    Questão repetida.

ID
130474
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O sociólogo belgo-canadense Derrick de Kerckhove
define de maneira singular o atual momento em que se dá a
evolução da tecnologia. "Vivemos em estado permanente de
inovação, e não é possível detê-la."

Discípulo do filósofo Marshall McLuhan, famoso por ter
lançado o conceito de aldeia global, Kerckhove explica seu raciocínio
mostrando que, entre a aquisição da linguagem humana
e o surgimento da escrita, houve um intervalo de 1.400 gerações.
Da escrita ao desenvolvimento da imprensa, esse prazo
sofreu uma brutal redução: passaram-se 265 gerações. Já
revoluções recentes, que disseminaram a televisão, o computador
e a internet, ocorrem em intervalos de poucos anos. E
todas têm sido vivenciadas por uma ou duas gerações. É um
ritmo estonteante de novidades.

Kerckhove define que o meio é a base para esse salto
da inovação. As sociedades orais eram mais conservadoras,
porque tinham no corpo seu limite para a difusão da linguagem.
Guardavam na memória tudo o que fosse necessário para o
bom funcionamento do grupo. Com a escrita, o aprendizado
tornou-se mais fácil. O homem pôde inovar, usando os registros
históricos. O surgimento da impressão trouxe um novo
paradigma. Outra importante etapa na escalada da evolução
tecnológica deu-se com a eletricidade. Como meio, ela passou
a transportar a linguagem - pelo telégrafo, pelo rádio e pela
televisão - e ajudou a vencer qualquer distância. Depois,
associou-se à digitalização. "Assim nasceram as condições para
o atual estado de inovação permanente", diz ele.

(Adaptado de Ana Paula Baltazar. Veja Especial Tecnologia.
setembro de 2008, p. 52)

A afirmativa INCORRETA a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto é:

Alternativas
Comentários
  • Vamos lá, para mim a letra "E" seria passível de anulação, pois certo que não altera o sentido original, mas ocasiona um erro, pois a questão deveria também dizer que a letra "E" depois do ponto deve ser substituida pelo "e" minúsculo para que o enunciado da questão fique mais completo e correto. Nesse caso então teríamos duas respostas corretas, letra "D" e "E".
  • CARO COLEGA, QUANDO A QUESTAO FALA EXCLUSIVAMENTE EM ALTERAÇAO DO "SENTIDO", PODEMOS DESCONSIDERAR DETALHES COMO ESTE POIS NAO NOS É SOLICITADO CORREÇAO GRAMATICAL.

  • Não acho que deva ser desconsiderado, pois quando se muda a pontuação é preciso adequar as letras sim em maiusculas ou minusculas.
  • A questao pede a incorreta EM RELAÇÃO AO EMPREGO DE PONTUAÇÃO. SOMENTE.
    É obvio que deveria haver a  substituição do E (maiscúlo) para o e ( minúsculo), mas não é esse o comando da questao. Não é isso que a questão pede. Então está corretissima.
  • concordo, D esta correta

     


ID
159442
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Apesar da queda relativa, a Região Sudeste ainda responde
por mais da metade do PIB nacional. O Estado de São
Paulo apresentou a maior queda relativa nos últimos anos, mas
responde por cerca de um terço da riqueza produzida no País.
Historicamente baseado na agricultura e na indústria, o Sudeste
está rapidamente descortinando sua vocação para os serviços.
O chamado setor terciário - que engloba o comércio, a
área financeira e todos os tipos de serviços - já é majoritário
nos quatro Estados da Região. Segundo o professor de
economia da Universidade de São Paulo, Carlos Azzoni, a
região está se sofisticando e se especializando na prestação de
serviços. O Sudeste está se transformando numa referência na
América Latina nas áreas de saúde, educação, tecnologia e
informática. O setor financeiro mais sofisticado deve permanecer
concentrado na região por longos anos.
Para o mercado de trabalho, a mudança da vocação
regional significa a perda de vagas fixas e a abertura de muitas
oportunidades de trabalho menos rígidas. A agricultura deverá
manter sua força na Região, mas precisa investir em culturas
extensivas para garantir a competitividade. A tendência será
concentrar a produção em culturas com maior produtividade que
se encaixam nesse perfil, como a cana-de-açúcar, a laranja e as
flores.

Embora as facilidades logísticas desobriguem as
empresas de produzir junto ao mercado, a força de consumo do
Sudeste ainda cria muitas oportunidades. Alguns centros no
interior de São Paulo e Minas Gerais têm força equivalente à de
capitais de Estados menores. Essas cidades médias possuem,
além do mercado, mão-de-obra qualificada e custos reduzidos
em relação aos grandes centros. Por isso, a interiorização do
desenvolvimento é uma tendência irreversível, segundo os
especialistas. Outra aposta recorrente está na área de logística
e distribuição, da qual as empresas dependem cada vez mais,
por ser um setor que se desenvolve necessariamente junto aos
grandes mercados.

(Adaptado de Karla Terra, Novo mapa do Brasil, O Estado de
S. Paulo,
H2, 11 de dezembro de 2005)

- que engloba o comércio, a área financeira e todos os tipos de serviços - (2º parágrafo)

Os travessões delimitam, no contexto,

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    ATENÇÃO! A FCC TAMBÉM CLASSIFICA A ENUMERAÇÃO COMO:
    ITENS DE UM SÉRIE, ELEMENTOS DE MESMA FUNÇÃO SINTÁTICA, ELEMENTOS COORDENADOS ENTRE SI.

    OU SEJA,UMA ENUMERAÇÃO PARA ADQUIRIR UM CONTEXTO DE MELHOR COMPEENSÃO.
  • Usamos o travessão nos seguintes casos:

    1.
     Iniciar a fala de uma personagem:



    Exemplo: A menina enfim disse:

    - Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

    2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

    - Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
    - Farei o mesmo.

    3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto,ou em substituição à vírgula:

    a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
    b) Luiz Inácio –  presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição!

     

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola

     

    Gabarito B 

    BONS ESTUDOS

  • por que não pode ser a "d"?

    introdução de novos dados, importantes para a clareza do contexto.


ID
164035
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A multiplicação de desastres naturais vitimando populações
inteiras é inquietante: tsunamis, terremotos, secas e inundações
devastadoras, destruição da camada de ozônio, degelo
das calotas polares, aumento dos oceanos, aquecimento do planeta,
envenenamento de mananciais, desmatamentos, ocupação
irresponsável do solo, impermeabilização abusiva nas grandes
cidades. Alguns desses fenômenos não estão diretamente
vinculados à conduta humana. Outros, porém, são uma consequência
direta de nossas maneiras de sentir, pensar e agir.
É aqui que avulta o exemplo de Hans Jonas.
Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade. A
obra mostra que as éticas tradicionais - antropocêntricas e
baseadas numa concepção instrumental da tecnologia - não
estavam à altura das consequências danosas do progresso
tecnológico sobre as condições de vida humana na Terra e o
futuro das novas gerações. Jonas propõe uma ética para a
civilização tecnológica, capaz de reconhecer para a natureza
um direito próprio. O filósofo detectou a propensão de nossa
civilização para degenerar de maneira desmesurada, em virtude
das forças econômicas e de outra índole que aceleram o curso
do desenvolvimento tecnológico, subtraindo o processo de
nosso controle.
Tudo se passa como se a aquisição de novas competências
tecnológicas gerasse uma compulsão a seu aproveitamento
industrial, de modo que a sobrevivência de nossas sociedades
depende da atualização do potencial tecnológico, sendo
as tecnociências suas principais forças produtivas. Funcionando
de modo autônomo, essa dinâmica tende a se reproduzir
coercitivamente e a se impor como único meio de resolução dos
problemas sociais surgidos na esteira do desenvolvimento. O
paradoxo consiste em que o progresso converte o sonho de
felicidade em pesadelo apocalíptico - profecia macabra que tem
hoje a figura da catástrofe ecológica. [...]
Jonas percebeu o simples: para que um "basta" derradeiro
não seja imposto pela catástrofe, é preciso uma nova
conscientização, que não advém do saber oficial nem da
conduta privada, mas de um novo sentimento coletivo de
responsabilidade e temor. Tornar-se inventivo no medo, não só
reagir com a esperteza de "poupar a galinha dos ovos de ouro",
mas ensaiar novos estilos de vida, comprometidos com o futuro
das próximas gerações.

(Adaptado de Oswaldo Giacoia Junior. O Estado de S. Paulo,
A2 Espaço Aberto, 3 de abril de 2010)

Considere as afirmativas a respeito dos sinais de pontuação empregados no texto.

I. Os dois-pontos, no 1º parágrafo, introduzem enumeração de fatos que exemplificam desastres naturais.

II. Os travessões isolam, no 3º parágrafo, um comentário explicativo da expressão imediatamente anterior a esse segmento.

III. O travessão único, no final do 4º parágrafo, pode ser corretamente substituído por uma vírgula, sem alteração do sentido original.

IV. As aspas colocadas na frase do final do texto "poupar a galinha dos ovos de ouro" têm por objetivo assinalar a ideia principal do texto.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • As aspas colocadas em "poupar a galinha dos ovos de ouro" tem a função de indicar que se trata de uma expressão idiomática, com sentido conotativo, figurado.

     

  • GAbarito letra D.

    I. Os dois-pontos, no 1º parágrafo, introduzem enumeração de fatos que exemplificam desastres naturais.CORRETO

    desastres naturais: (...) tsunamis, terremotos, secas e inundações devastadoras, destruição da camada de ozônio, ...

    II. Os travessões isolam, no 3º parágrafo, um comentário explicativo da expressão imediatamente anterior a esse segmento. CORRETO

    A obra mostra que as éticas tradicionaisantropocêntricas e baseadas numa concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das consequências danosas do progresso...

    III. O travessão único, no final do 4º parágrafo, pode ser corretamente substituído por uma vírgula, sem alteração do sentido original. CORRETO

    O paradoxo consiste em que o progresso converte o sonho de felicidade em pesadelo apocalíptico, profecia macabra que tem
    hoje a figura da catástrofe ecológica. [...]

  • Esta faltando o 3º parágrafo!!!!

  • Uma linha considera-se parágrafo.


ID
167359
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

- ou seja, as classes médias tradicionais. (1º parágrafo) (denominados fatores weberianos) (4º parágrafo)

Os sinais de pontuação que aparecem nos segmentos transcritos acima atribuem-lhes, respectivamente, noção de

Alternativas
Comentários
  • Parte 1: A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais. O trecho destacado retifica o que foi dito anteriormente. Lembrando que retificar é tornar uma coisa mais exata; corrigir, emendar.

    Parte 2: Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos. O trecho destacado explica que os fatores ligados à motivação e à autocapacitação são denominados weberianos.

    Letra D.

  • Retificar é deixar uma coisa mais exata??? Sempre soube que retificar é corrigir um dado incorreto. Achei muito confusa essa resposta. Parece que a FCC quer que a gente erre, e não testar o nosso conhecimento. Difícil saber qual resposta eles querem!
  • Se fosse "ratificar", teria marcado a D... Mas retificar?!

  • Letra D.

    Retificação e explicação.


ID
170377
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A marcha ainda é lenta, mas o caminho para a renda
mista insinua-se promissor. Analistas atestam o esforço dos
investidores em ser menos acanhados e até sua disposição
incipiente para considerar alguns riscos em troca de embolsar
ganhos mais vultosos. O ambiente, por sua vez, tem se mostrado
cada vez mais propício a uma passagem gradual.


Com a expectativa no mercado de que a elevação da
taxa Selic seja interrompida pelo Banco Central e de que a
reversão da trajetória ocorra este ano, a remuneração dos
fundos de renda fixa - que, historicamente, detêm a preferência
nacional - tende a se tornar menos atraente.

Ao mesmo tempo, especialistas sabem que a plena
inclinação à renda variável continua restrita, pois o poupador
brasileiro é carente de atrevimento. Daí se presume que a renda
mista possa seguir na conquista de mais adesões.


(Adaptado de Estadão Investimentos, abril 2005, p. 42)

- que, historicamente, detêm a preferência nacional - (2º parágrafo)

Considerando-se o contexto, os travessões

Alternativas
Comentários
  • Correta letra E

    também poderia ser usado o parênteses, porque no texto está com função explicativa, e os parênteses se encaixariam bem.

    Bons Estudos !!
    Feliz Ano Novo.


ID
178108
Banca
FGV
Órgão
MEC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atentado à Democracia

Um relatório da Associação Nacional de Jornais (ANJ)
revelou que, nos últimos doze meses, foram registrados no
Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes,
dezesseis são decorrentes de sentença judicial - em geral,
proferida por juízes de primeira instância. Trata-se de uma
anomalia e de uma temeridade. Anomalia porque há muito o
Judiciário tem mostrado seu compromisso com a defesa da
liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio
fundamental dos regimes democráticos e cláusula pétrea da
Constituição. A derrubada, pelo Supremo Tribunal Federal, da
Lei de Imprensa, instrumento de intimidação criado no regime
militar, é só um exemplo recente dessa convicção. Assim, um
juiz que, de forma monocrática, decide impor a censura a um
veículo passa a constituir uma aberração dentro do poder que
ele representa. A frequência com que esse tipo de atitude tem
se repetido é uma ameaça aos valores democráticos do país e
tem como consequência prática e deletéria o prejuízo do
interesse público, já que se priva a sociedade do direito à
informação.

(Veja, 26/08/2009)

"Um relatório da Associação Nacional de Jornais (ANJ) revelou que, nos últimos doze meses, foram registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância."

Nesse segmento inicial do texto, o travessão é empregado para:

Alternativas
Comentários
  • O travessão pode substituir o parentese ou a virgula em um texto, nesse caso ele foi uzado para acrescentar uma informação a mais no texto, poderia ter uzado a vírgula, mas como já tem muitas o travessão foi utilizado.
  • Só para complementar: uSado é com "S" e não com "Z" como colocou o colega Bonifácio!


ID
207958
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A mulher pobre que chega ao caixa de um banco e não
consegue fazer entender sua situação - ela deve pagar uma
fatura de cartão de crédito que lhe foi enviado sem que pedisse,
e que jamais utilizou - é um exemplo corriqueiro do poder das
palavras e da fragilidade de quem não as domina. A mulher
acabará sendo despachada, sem resolver seu problema, pela
impaciência do bancário e de todos os que estão na fila. Duas
carências na mesma pessoa: a de recursos econômicos e a de
linguagem. Nem o conforto de um status prestigiado, nem a
desenvoltura argumentativa de um discurso.
Graciliano Ramos, no romance Vidas secas, tratou a
fundo dessa questão: suas personagens, desamparados retirantes
nordestinos, lutam contra as privações básicas: a de água, a
de comida... e a de linguagem. O narrador desse romance é um
escritor ultraconsciente de seu ofício: sabe que muito da nossa
identidade profunda e da nossa identificação social guarda uma
relação direta com o domínio que temos ou deixamos de ter das
palavras. Não há, para Graciliano, neutralidade em qualquer
discurso: um falante carrega consigo o prestígio ou a humilhação
do que é ou não é capaz de articular.
Nas escolas, o ensino da língua não pode deixar de
considerar essa intersecção entre linguagem e poder. O professor,
bem armado com sua refinada metalinguagem, pode,
evidentemente, reconhecer que há uma específica suficiência
na comunicação que os alunos já trazem consigo; mas terá ele
o direito de não prepará-los para um máximo de competência,
que inclui não apenas uma plena exploração funcional da
língua, mas também o acesso à sua mais alta representação,
que está na literatura?
(Juvenal Mesquita, inédito)

O emprego de travessões no primeiro parágrafo justificase porque o autor do texto pretendeu, com eles,

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA B

     

    Travessão é também usado para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    Por Exemplo:
    "Junto do leito meus poetas dormem

    – O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron –

    Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)
     

  • realçar uma informação oportuna ( REALÇAR O QUE FOI DITO DENTRO DOS PARÊNTESES), que suspende uma sequência sintática ( INTERCALAÇÃO ), mas não impede sua retomada. (O verbo após os travessões se referem ao que foi dito antes dos travessões.) .... A mulher pobre que chega ao caixa de um banco e não consegue fazer entender sua situação  - INTERCALAÇÃO  -    é um exemplo corriqueiro do poder das palavras e da fragilidade de quem não as domina.


ID
219553
Banca
FCC
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A região da Chapada Diamantina, Bahia, pode ficar sem onças-pintadas em um prazo de nove anos e meio. Já para a área de Bom Jesus da Lapa, o prognóstico é ainda pior: a extinção da espécie pode ocorrer em aproximadamente três anos. Para evitar um destino trágico, é preciso proteger mais áreas e tentar conectar, por meio de corredores ecológicos - ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência da espécie -, os grupos que hoje estão isolados.
      Os dados são do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. O Cenap avalia que a onça-pitada está criticamente ameaçada na Caatinga. A estimativa é de que existam no bioma 356 animais, divididos em cinco áreas. Desse total, apenas cerca da metade está em idade reprodutiva (descontam-se os animais mais jovens e os muito velhos). Dessa forma, o número restante, 178, deixa a espécie em situação crítica - um dos critérios para a classificação é haver menos de 250 animais. 
      Uma analista ambiental afirma que a situação na Mata Atlântica é também extremamente grave. Uma estimativa preliminar, baseada em informações de diversos pesquisadores, indica a existência de 170 indivíduos maduros no bioma. Ela conta que é muito difícil encontrar vestígios do animal e mais raro ainda vê-lo.
      Os estudos confirmam que a população de onças-pintadas vem caindo a cada ano. Entre as ameaças, tanto na Caatinga quanto na Mata Atlântica, estão a alteração e a perda de hábitat, provocadas pelo desmatamento e a falta de alimento. Na Caatinga, parte da população se alimenta de tatus e porcos-do-mato e acaba havendo competição por essas presas. Também faltam matas contínuas para garantir a sobrevivência da onça-pintada. Outro conflito é que, ao matar rebanhos, elas podem incomodar fazendeiros e serem perseguidas.
      Para o Ibama, a espécie é considerada vulnerável, porque sua situação é melhor em outros biomas e regiões. O quadro é mais tranquilo no Pantanal e na Amazônia. É por isso que o presidente do Instituto Onça-pintada defende ações regionalizadas. "Cada bioma tem um problema diferente". A onça, explica, é uma espécie guarda-chuva. Ao fazer um esforço para sua preservação, várias outras espécies que estão no mesmo ecossistema se beneficiam. Ele acredita ser melhor investir na Amazônia onde, por haver grandes áreas de floresta intocadas, as populações de onças-pintadas conseguiram se manter, para garantir a sobrevivência do animal. Por isso, é importante evitar a degradação e o desmatamento.

(Afra Balazina. O Estado de S. Paulo, Vida&, A26, 24

de janeiro de 2010, com adaptações)


Considere as afirmativas sobre o emprego de sinais de pontuação no texto:

I. O segmento isolado por travessões no 1º parágrafo tem função explicativa, em relação à expressão que o antecede.

II. Os parênteses que isolam segmentos no 2º parágrafo indicam, respectivamente, a sigla de um órgão federal e uma observação que complementa o sentido do que vem sendo desenvolvido.

III. As aspas na frase contida no 5º parágrafo indicam tratar-se de afirmativa de uma autoridade no assunto apresentado no texto.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I - A região da Chapada Diamantina, (...). Para evitar um destino trágico, é preciso proteger mais áreas e tentar conectar, por meio de corredores ecológicos ? ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência da espécie ?, os grupos que hoje estão isolados.

    Aqui apareceram duas interrogações(?), mas assumi que eram os travessões. Podemos perceber que o elemento isolado pelos travessões fornece uma explicação para a idéia já contida no texto.

    II - Os dados são do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), (...) Desse total, apenas cerca da metade está em idade reprodutiva (descontam-se os animais mais jovens e os muito velhos).

    Na primeira ocorrência dos parênteses é representado uma sigla e na segunda uma explicação a mais para o que o texto já apresentava.

    III - Para o Ibama, (...). É por isso que o presidente do Instituto Onça-pintada defende ações regionalizadas. "Cada bioma tem um problema diferente". A onça, explica, é uma espécie guarda-chuva.

    Podemos perceber aqui que o termo destacado entre aspas representa a fala do presidente citado anteriormente.

     

  • Para quem teve dificuldade como eu para localizar os travessões, no site, eles estão representados por pontos de interrogação.

     ? ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a
    sobrevivência da espécie ?
  • Já vi outras questões nas quais isso acontece. O ? significa travessão. Deve acontecer algum erro qdo eles digitam..

    Bons estudos! Não desanimem!

ID
254020
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até alguns anos atrás, a palavra biodiversidade era
quase incompreensível para a maioria das pessoas. Hoje, se
ainda não chega a ser um tema que se discuta nos bares, vem
se incorporando cada vez mais na sociedade em geral. Tudo
indica que a variedade de espécies de plantas, animais e
insetos de uma determinada área começa a ser uma
preocupação geral ? a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano
Internacional da Biodiversidade.
Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular,
convencer governos e sociedades de que a biodiversidade tem
importância fundamental para a espécie humana e para o
próprio planeta é uma perspectiva remota. Afinal, a quantidade
de espécies aparentemente não influencia a vida profissional,
social e econômica de quem está mergulhado nas decisões
mais prosaicas do dia a dia.
Como diz Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da 10a
Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica, o objetivo desse encontro é "desenvolver um novo
plano estratégico para as próximas décadas, incluindo uma
visão para 2050 e uma missão para a biodiversidade em 2020."
Talvez seja um discurso um pouco vago devido à
urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se
um número tão grande de espécies ameaçadas. Diariamente,
100 delas entram em processo de extinção e calcula-se que nos
próximos 20 anos mais de 500 mil serão varridas definitivamente
do globo. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à
intervenção humana.
Nessas espécies encontra-se um vasto e generoso
banco genético, cuja exploração ainda engatinha, capaz de
fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas
eminentes. Esse fato poderia constituir argumento suficiente
para a preservação das espécies e das áreas em que elas se
encontram. No entanto, o raciocínio conservacionista tem sido
puramente contábil: quanto vale a biodiversidade, qual é o
prejuízo que representa sua diminuição e que investimento é
necessário para mantê-la. Nessa contabilidade, o que entra é
um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas
oferecem - como a purificação do ar e da água, o fornecimento
de água doce e de madeira, a regulação climática, a proteção a
desastres naturais, o controle da erosão e até a recreação. E a
ONU avisa: mais de 60% desses serviços estão sofrendo
degradação ou sendo consumidos mais depressa do que
podem ser recuperados.

(Roberto Amado. Revista do Brasil, outubro de 2010, pp. 28-
30, com adaptações)

Considere as afirmativas a respeito da pontuação nos trechos transcritos abaixo:

I. Tudo indica que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral - a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. O travessão introduz um argumento que justifica o que acaba de ser afirmado.

II. Talvez seja um discurso um pouco vago devido à urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. Os dois pontos introduzem segmento explicativo para a expressão anterior a eles, urgência dos fatos.

III. Nessa contabilidade, o que entra é um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas oferecem ... O emprego das aspas busca chamar a atenção para um sentido particular atribuído ao vocábulo serviços.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • resposta correta letra 'E' 
    para facilitar a visualização no insiso I, no lugar da interrogação seria travessão, provavelmente erro de digitação.
  • Errei em achar que era uma interrogação na letra A.
    Obrigado Aroldo!
  • Duvidosa a assertiva no ítem I.

    Sob a minha interpretação, a justificação incide justamente na via inversa à ora proposta: a consideração, pela ONU, consistente em 2010 representar o Ano da Biodiversidade justifica-se pela realidade de a variedade de espécies, etc, começar a ser uma preocupação geral, E NÃO O INVERSO. A mensagem que sucede o travessão não justifica a que o antecede, mas se apresenta como sua consequência. "Justificar" traz em si uma ideia de anterioridade (a intensidade das tempestades justifica as acentuadas enchentes, por exemplo), e não o inverso, conforme disposto no ítem em questão.
  • Caro Jorge, concordo plenamente contigo. O que justifica o fato de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade é que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral, e não o inverso.

ID
262423
Banca
FCC
Órgão
TRE-RN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas ilhas Mascarenhas - Maurício, Reunião e Rodriguez -, localizadas a leste de Madagáscar, no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direto ou indireto da atividade humana. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não voavam - o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790; o solitário da ilha Reunião, desaparecido por volta de 1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela última vez no início da década de 1680 e quase certamente extinto antes de 1690.
Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo menos no que diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, em ninhos construídos no chão.
Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os primeiros navegadores trouxeram porcos e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram de maneira prodigiosa. Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão - e muitos naturalistas
atribuem um número maior de mortes à chegada desses animais do que à ação humana direta. De todo modo, passados os primeiros anos da década de 1680, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo na ilha Maurício. Em 1693, o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local, empenhou-se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.


(Extraído de Stephen Jay Gould. “O Dodô na corrida de comitê”, A montanha de moluscos de Leonardo da Vinci. São
Paulo, Cia. das Letras, 2003, pp. 286-8)

Leia as afirmações abaixo sobre a pontuação utilizada no texto.

I. Em - Maurício, Reunião e Rodriguez -, os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase.

II. O travessão empregado imediatamente depois de voavam (1o parágrafo) pode ser substituído por dois pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase.

III. Em o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local, empenhou-se na procura dos dodôs, a retirada das vírgulas não implica prejuízo para o sentido e a correção da frase.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • obs1: com relaçao ao item III, deve-se ficar atento ao fato de que a retirada das duas virgulas juntas, nao altera a correção gramatical da frase, pois o termo interferente, pode ou nao vir separado por virgulas, no entanto, a retirada de apenas uma, a deixaria incorreta,

    obs2: com relaçao a alteraçao de sentido, o fato de remover-se ambas as virgulas, trasforma o termo interferente, de explicativo, para restritivo do sujeito em questão...

    espero ter ajudado.... qualquer incoereência, por favor, me corrijam... abrç...
  • A retirada das vírgulas no item III não interfere na correção gramatical, mas muda o sentido da frase, transformando-a de oração adj. explicativa em restritiva.
  • Qual e o erro do item II 
  • ASSERTIVA B

    Nenhum Gabriel, os itens I e II estão corretos!
  • olá, alguem pode tirar minha duvida?? o travessao a que se refere o item II nao está fechando a explicaçao desse trecho do texto:  ...correu nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não voavam - o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790;. 
    entao nao serio errado colocar dois ponto?
  • Não entendi o item II. Se alguém puder explicar, agradeço.
    Bons estudos!
  • Na minha opinião o travessão do item II tem o sentido de enumerar, explicar "as espécies de uma família singular de pombos que não voavam" (a explicação vai até o final do parágrafo). 
    Por isso pode ser substituído por dois pontos.
  • 1. Para, nos diálogos, indicar o início da fala de um personagem. Se houver a intervenção esclarecedora do narrador, repete-se antes dos verbos dicendi (dizer, perguntar, responder e seus equivalentes) e ao terminar a intervenção, se a fala prossegue.  Neste caso, no interior da frase, pode ser substituído pela vírgula. Porém, o travessão, simples ou repetido, tem a vantagem de distinguir mais claramente os comentários do narrador das falas das personagens:
    — Você é daqui mesmo? — perguntei.
    — Sou sim senhor — respondeu o garoto. (Aníbal Machado)

    — Talvez o mais certo — concluiu Tibério, pensando na sabedoria dum ditado gaúcho — seria apostar no “cavalo do comissário”, que nunca perde
    carreira. (E. Veríssimo)

    2. Para, nos diálogos, indicar a mudança de interlocutor:
    Um dia o telefone de sua casa tilintou, e ele pegou o fone, já irritado, como sempre, pois não se havia habituado ainda àquela engenhoca, pela qual tinha uma má vontade atávica.
    — Pronto! — gritou como quem espera ouvir e dizer desaforos.
    — É o Coronel Tibério? — perguntou uma voz malíflua de mulher.
    — Quem deseja falar com ele?
    — É a Venusta. (E. Veríssimo)

    3. Para, no período, intercalar, isolar uma expressão explicativa, apositiva ou destacar alguns termos da oração, equivalendo, conforme o caso, ao mesmo papel da vírgula ou parênteses. Neste caso, quando coincidir com o fim do período, o travessão não se repete:
        Uma das glórias — e tantas são elas! – da nossa Literatura, é Gonçalves Dias.
        Aceitaram tudo — e começo minha tortura.

    4. Para Substituir os dois-pontos, a vírgula e o parênteses em alguns casos:
       Eram assim seus dias – muito trabalho, pouco descanso.
        Eis o autor das denúncias – o próprio ministro.

    5. Para, no período, introduzir uma pausa mais forte ou destacar a parte final de um enunciado:
        Vi luta de bravos / Vi fortes - escravos! (G. Dias, I Juca-Pirama)
        Estava estudando a vida de Átila — ele mesmo, o rei dos hunos.
        O cineasta atacou a platéia de “intelectuais adultos" — suposta nata da crítica mundial           

    http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1497421


  • "Nas ilhas Mascarenhas - Maurício, Reunião e Rodriguez -, localizadas a leste de Madagáscar, no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direto ou indireto da atividade humana. "
    I. Em - Maurício, Reunião e Rodriguez -, os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase. CERTO
    ------------------------------------------
    "Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não voavam - o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790; "
    II. O travessão empregado imediatamente depois de voavam (1o parágrafo) pode ser substituído por dois pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase. CERTO
    --------------------------------------------
    III. Em o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local, empenhou-se na procura dos dodôs, a retirada das vírgulas não implica prejuízo para o sentido e a correção da frase. ERRADO
    Oração explicativa- vírgula obrigatória.
  • No item III a retirada das vírgulas não causa qualquer prejuízo para correção gramatical da frase, no entanto muda o sentido. A frase passa de Oração Subordinada Adjetiva Explicativa pra Restritiva. 

    todos os outros itens estão corretos.

    Letra B
  • Peço licença aos colegas para fazer minha observação quanto à alternativa III:

    Os comentários anteriores afirmam não haver erro na referida alternantiva. Ocorre que se omitirmos as vírgulas enunciadas na questão, estaremos por consequência alterando a função gramatical do "que". Como no texto o autor atribuiu ao "que" a função explicativa,  se assim não fizermos incorreremos em erro de ordem também gramatical (enão apenas semântica), uma vez que no caso apresentado a expressão deve estar isolada por vírgulas.
    O estudo sobre as função restritiva e explicativa das vírgulas auxilia essa compreensão.
  • ainda nao entendi a 3ª
    alguem poderia me mandar uma mensagem por favor

ID
263641
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para a filosofia, o conceito de belo liga-se, de maneira in-
dissociável, ao de verdadeiro - e, por extensão, ao de bom e
justo. Isso ecoa no cotidiano quando classificamos um bom ges-
to de "belo" ou recriminamos uma criança que cometeu peralti-
ce, dizendo que ela fez uma "coisa feia". Estamos, aí, ainda que
nos aspectos mais comezinhos da vida, no terreno da metafísi-
ca, a subdivisão do conhecimento filosófico que se debruça so-
bre tudo aquilo que ultrapassa a experiência sensível. Há, de fa-
to, na beleza - de uma flor, de uma pessoa, de uma obra de ar-
te - algo que parece transcender o aspecto físico e que se co-
necta ao que há de idealmente mais perfeito e, até mesmo, ao
que é considerado divino.
Mas, independentemente de estar associada a outros
conceitos sublimes, a beleza requer definição concreta - o que
nos ajuda, inclusive, se nem sempre a nos tornarmos mais ver-
dadeiros, bons ou justos, pelo menos mais agradáveis ao es-
pelho. Não basta, portanto, intuir que algo é belo. É preciso en-
tender por que desperta em nós essa percepção deleitosa.
De acordo com o estudo das proporções e da biologia
evolutiva, a beleza não é apenas questão de gosto: é a reunião
feliz, e não muito comum, de simetria, harmonia e unidade. Uma
forma de inteligência biológica com evidentes vantagens adap-
tativas. Em outras palavras, a beleza paira acima das aprecia-
ções meramente pessoais.
A progressiva compreensão das formas de beleza e as
tecnologias dela surgidas produziram uma grande conquista:

hoje, talvez não sejamos intrinsecamente mais belos do que ou-
tras gerações - mas podemos ficar mais bonitos do que nunca.
Tudo que nos permite explorar nossos pontos fortes e driblar
nossas fraquezas genéticas é resultante da combinação entre
os avanços nos cuidados com a aparência física e o estilo, a
possibilidade de envelhecer com saúde e, não menos essencial,
a valorização de atributos sociais como autoestima, simpatia, cul-
tura e expressividade. "É o equilíbrio dessas qualidades que tor-
na um indivíduo mais ou menos atraente", diz o cirurgião plás-
tico Noel Lima, do Rio de Janeiro.

(Adaptado de Anna Paula Buchalla. Veja, 12 de janeiro de 2011,
p. 79)

Considere, nas frases abaixo, as afirmações sobre o em- prego de sinais de pontuação.

I. Há, de fato, na beleza - de uma flor, de uma pessoa, de uma obra de arte - algo que parece transcender... (1o parágrafo) O travessões podem ser corretamente substituídos por parênteses, sem alteração do sentido original.

II. ...a beleza não é apenas questão de gosto: é a reunião feliz, e não muito comum, de simetria, harmonia e unidade. (3o parágrafo) O emprego dos dois pontos realça uma afirmativa cujo sentido se contrapõe, de modo claro, ao exposto na afirmativa anterior.

III. "É o equilíbrio dessas qualidades que torna um indivíduo mais ou menos atraente" As aspas isolam transcrição exata das palavras do médico citado no 4o parágrafo.

Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • Item I correto: 
    Um parêntese ou parêntesis é uma palavra, expressão ou frase que se interpõe num texto para adicionar informação, normalmente explicativa, mas não essencial. A característica fundamental dos parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido.
  • Os dois pontos são usados para:
    1. Enumeração
    2. Antes de um citação
    3. Quando se quer esclarecer algo
    E naõ como forma de realçar uma afirmação.
  • A vírgula, o travessão e os parênteses, quando isolam um termo explicativo dentro de um contexto podem ser trocados um pelo outro sem acarretar problema à frase.

    E os dois-pontos só são usados em:
    - Explicação
    -Numeração
    -Citação direta 
  • Resposa letra "C" ...

    Não existe contraposição das afirmativas como é afirmado. Mas os 02 pontos sevem para dar  à explicação ,de forma mais detalhada,um certo realce à explicação.

    Aí o erro é quanto a interpretação.

    Bons estudos a todos!!!!
  • dois pontos é usado quando há um esclarecimento ou explicação. e na frase II para mim se faz um esclarecimento ou explicação.ainda não entendi o erro dessa questão.
  • Jonatas,
     Acredito que a explicação da colega Sonia esclareça a sua dúvida, pois como ela entendo que o erro está na contraposição, entre o que está antes e depois dos dois pontos, trazida na assertiva.
  • Michelle, leia até o final do texto, por favor!

ID
352894
Banca
ESAF
Órgão
SEFAZ-CE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o trecho inteiramente correto quanto à pontuação, grafia e estruturação morfossintática.

Alternativas

ID
361930
Banca
FUNRIO
Órgão
FURP-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Ex-fumantes já superam fumantes no Brasil
Pesquisa do IBGE mostra que o número de dependentes de cigarro caiu pela metade nos últimos 15 anos no país.
Ao revelar, ontem, que o índice de fumantes no Brasil teve uma queda surpreendente nos últimos 15 anos – ele caiu pela metade –, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou também um estudo inédito: um perfil detalhado daqueles que ainda
não conseguiram largar o vício.
A equipe que percorreu o País de cima a baixo em setembro de 2008, para produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab),
registrou um segundo detalhe igualmente extraordinário: o número de ex-fumantes (26 milhões de pessoas) passou a ser maior do
que o de fumantes (24,6 milhões). Dessa forma, os que deixaram o cigarro são equivalentes a 18,2% da população com mais de 15
anos de idade; e os que continuam fumando representam 17,2%.
Ao receber as informações, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, exaltou o êxito da intensa campanha antitabagista
desenvolvida ao longo de uma década e meia. Afinal, 65% dos fumantes disseram que as advertências nos maços de cigarros
fizeram com que eles pensassem em parar de fumar. No entanto, logo em seguida, ele disse que os brasileiros não devem esperar
quedas tão significativas daqui por diante.

PASSOS, José Meirelles. Jornal O Globo, Caderno O País, 28 nov. 2009, p.13. (Fragmento)

No primeiro parágrafo do texto, os travessões foram empregados para

Alternativas
Comentários
  • Letra: E

    Geralmente, duplo travessão, para isolar palavras ou orações que se quer realçar
    ou enfatizar, ocupando o lugar da vírgula, dos dois-pontos ou dos parênteses, e ainda para separar expressões ou frases apositivas, explicativas ou intercaladas que se deseja salientar.

  • Letra E

    Travessão ( – )

    O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

    - no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

    Por Exemplo:

    – O que é isso, mãe?
    – É o seu presente de aniversário, minha filha

    - para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

    Por Exemplo:

    "E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis)

    - para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    Por Exemplo:

     O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byro

    Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

     

    "Junto do leito meus poetas dorme   - para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.

    Por Exemplo:

    "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)

ID
362935
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Vários estudos têm alertado que tanto a população da
Terra quanto os níveis de consumo crescem mais rapidamente
do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um
dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo elaborado pela ONG
internacional WWF, estima que atualmente três quartos da
população mundial vivem em países que consomem mais
recursos do que conseguem repor.
Só Estados Unidos e China consomem, cada um, 21%
dos recursos naturais do planeta. Até 1960, a maior parte dos
países vivia dentro de seus limites ecológicos. Em poucas
décadas do atual modelo de produção e consumo, a humanida-
de exauriu 60% da água disponível e dizimou um terço das
espécies vivas do planeta.
"O argumento de que o crescimento econômico é a
solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o
crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica
sempre ignorou essa verdade elementar", afirma o ecoecono-
mista Hugo Penteado. Ele não está sozinho. A urgência dos
problemas ambientais e suas implicações para a economia das
nações têm sido terreno fértil para o desenvolvimento da
ecoeconomia, ou economia ecológica, que não é exatamente
nova. Seus principais expoentes começaram a surgir na década
de 1960. Hoje, estão paulatinamente ganhando projeção graças
à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou.
Para essa escola, as novas métricas para medir o cres-
cimento não bastam, embora sejam bem-vindas em um proces-
so de transição. Para a ecoeconomia, é preciso parar de cres-
cer em níveis exponenciais e reproduzir – ou "biomimetizar" – os
ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve cami-
nhar para ser cada vez mais parecida com os processos
naturais.
"A economia baseada no mecanicismo não oferece mais
respostas. É preciso encontrar um novo modelo, que dê res-
postas a questões como geração de empregos, desenvolvi-
mento com qualidade e até mesmo uma desmaterialização do
sistema. Vender serviços, não apenas produtos, e também pro-
duzir em ciclos fechados, sem desperdício", afirma o professor
Paulo Durval Branco, da Escola Superior de Conservação
Ambiental. De acordo com ele, embora as empresas venham
repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pou-
quíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos
de negócio. O desperdício de matérias-primas, o estímulo ao
consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados
com data certa para serem substituídos) ainda ditam as re-
gras.


(Texto adaptado do artigo de Andrea Vialli. O Estado de S.
Paulo,
H4 Especial, Vida &Sustentabilidade, 15 de maio de 2009)

Em relação aos sinais de pontuação empregados no 4o parágrafo do texto, está INCORRETO o que se afirma em:

I. Os travessões em – ou "biomimetizar" – salientam um determinado sentido, especificado pelo verbo.

II. As aspas em "biomimetizar" indicam intenção específica no uso desse verbo, cujo sentido vem explícito no mesmo parágrafo.

III. Os dois-pontos introduzem um segmento explicativo, correspondente à afirmativa anterior.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Letra E.  É importante atentar para o sentido do termo "biomimetizar", o qual pode ser equiparado ao sentido: imitar a natureza

    I. Os travessões em – ou "biomimetizar" – salientam um determinado sentido, especificado pelo verbo.
    O travessão presente no excerto objetiva oferecer clareza, ou seja, especificar o sentido do verbo. Saliente-se que o travessão poderá ser substituído pela vírgula quando vier isolando termo cuja função sintática seja de aposto explicativo. (CORRETA)

    II. As aspas em "biomimetizar" indicam intenção específica no uso desse verbo, cujo sentido vem explícito no mesmo parágrafo.
    A utilização das aspas objetiva enfatizar um termo, o qual, de fato, tem o seu sentido expresso no mesmo parágrafo: a economia deve ser transformada conforme os ciclos da natureza. (CORRETA)

    III. Os dois-pontos introduzem um segmento explicativo, correspondente à afirmativa anterior.
    De fato, os dois pontos anunciam um segmento explicativo, o qual vem expresso no texto da seguinte forma: Para a ecoeconomia, é preciso parar de crescer em níveis exponenciais e reproduzir – ou "biomimetizar" – os ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve caminhar para ser cada vez mais parecida com os processos naturais.  (CORRETA) 

    Bons estudos!
     
     
     Os O

  • Estao todas corretas?
    Cadê o q pede a questao?
    Em relação aos sinais de pontuação empregados no 4o parágrafo do texto, está INCORRETO o que se afirma em:
  • O gabarito está certo sim..

    A questão q se enrola! Ela pergunta o incorreto, mas antes das assertivas pergunta: Está correto o que se afirma em.

    Vai entender...

    Bons estudos! Não desanimem!
  • Essa questão foi anulada!
  • Todos os itens estão corretos. Essa questão foi anulada pela FCC pois o enunciado num primeiro momento pede os itens incorretos e depois pede os itens corretos.


ID
507991
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PGE-PA
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o trecho apresentado atende às regras de concordância e de pontuação.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - D

    A ) O mais opressivo dos pesadelos, que assombraram o nosso século, notório por seus horrores e terrores, por seus feitos sangrentos e tristes premonições, foi mais bem captado na memorável imagem de George Orwell da bota de cano alto( , ) pisando uma face humana.

    Não se separa sujeito do verbo por meio de virgula.

    ------------'zzxzzx

    B ) Nenhuma face estava segura — cada uma delas estavam sujeitas a ser culpadas do crime de violar ou transgredir. E, uma vez que a humanidade tolera mal todo o tempo de reclusão, os seres humanos que transgridem os limites se convertem em estranhos.

    -------------------------xxx

    Cada uma delas estava sujeita ...

    -----------------

    C ) E, uma vez que a humanidade tolera mal todo o tempo de reclusão, os seres humanos que transgridem os limites se convertem em estranhos. Cada um deles tiveram motivos para temerem a bota de cano alto feita para pisar no pó, a face do estranho, para espremer o estranho do humano e manter aqueles ainda não pisados prestes a vir a sê-lo, longe do dano ilegal de cruzar fronteiras.

    Cada um teve ...

    ----------------

    Bons estudos!


ID
607993
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Congonhas - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde fica o gol?

   Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que, por causa dessas incertezas, perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou:
   − Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar. Isso que você nem é muito fã do esporte. − Comentei.
   − Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando.
    Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda: onde é que é o gol?
   Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todos os lados, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.
   Goal, em inglês significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar dos seus pais. Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola dentro da rede ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir nenhum resultado.
   Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde, e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até meio-dia: significa dormir no ponto, comer mosca. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo.
   Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar talvez seja justamente aprender a ter um dia a dia mais calmo, mais focado em seus reais prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode ser um “quem sabe”, tem que ser um gol feito.
   Esta é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando.
(Revista O Globo, 04 de julho de 2010, Martha Medeiros)  

“- Sabe por que eu sempre gostei do Pelé?” O sinal de pontuação travessão ( - ) foi utilizado anteriormente para:

Alternativas
Comentários
  • O Travessão é usado para indicar:

    1) a fala dos personagens nos diálogos:
    Ex : "A caisinha de costura continha de tudo um pouco: tesoura, botões, fita métrica e, logicamente, agulha e linha.
    O diálogo começou quando a linha disse para a agulha: -- Então, você veste os outros e anda nua?"

    2) uma curta intervenção do narrador para, por exemplo, esclarecer qual é a personagem que fala:
    Ex  -- Estou muito apressado-- diz Tonhão-- Deixem-me entrar!

    3) para isolar palavras ou frases, como se as colocasse entre parênteses ( neste caso usa-se palavrão duplo):
    Ex: Um dos pliciais--solteiro e jovem--começou a se insinuar para a filha mais velha do delegado.

  • Uso do travessão:

    Num texto literário, um travessão indica que não é o narrador quem está a falar, mas uma das personagens.

    Vários travessões indicam a mudança de interlocutor entre as várias personagens.

    — Bom dia, nhá Benta. — Bom dia, meu filho. — Vai precisar de mim, sinhá? — Preciso sempre, toda hora. (Monteiro Lobato) No meio de uma frase de uma personagem os travessões indicam uma curta intervenção do narrador para, por exemplo, esclarecer qual é a personagem que fala. — Matei um homem — diz Mylia. — Deixam-me entrar? (Gonçalo M. Tavares, Jerusalém, Caminho 2005, p. 251) Em qualquer texto, o travessão pode isolar e reforçar a parte final de um enunciado, como se fosse dois pontos. "Um mundo todo vivo tem grande força — a força de um inferno." (Clarice Lispector) "Quero espalhar perfumes — perfumar sua alma" (Cecília Meireles) Ou pode isolar palavras ou frases, como se fosse parêntesis (daí o nome de "expressão parentética"). Nesse caso usa-se travessão duplo. "A sua vista não ia além Dos quatro muros que a enclausuravam E ninguém via — ninguém, ninguém — Os meigos olhos que suspiravam." (Manuel Bandeira)


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Travessão
  • Interessante esse texto, vale uma reflexão!

     

  • c-

    o travessão é usado em linguas originadas do latim para expressar discurso direto, como fala de personagens.

  • Gab.: C

    Indicar que alguém está falando de viva voz (discurso direto).


ID
619126
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa que apresenta pontuação INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A vírgula está separando o sujeito do verbo . Erro grosseiro.          

    QUANDO NÃO USAR A VÍRGULA?


    1. A relação mais comum entre os termos em uma frase é o que chamamos de ordem direta.

    Neste caso, a vírgula não é utilizada entre os termos. Observe:





     





     

  • Letra a- vírgula não separa sujeito do resto da oração
  • Não se separa o sujeito do verbo com vírgula!
  • Olá pessoal!!

    Resposta: "A" de avião...
         
           Vou passar-lhes uns bizus sobre o uso da tão temida, a vírgula!!


          A vírgula é usada para marcar uma pequena pausa,
    normalmente, nos seguintes casos:
    1º) Nas datas, para separar o nome da
    localidade.
    Ex.: Uruoca, 30 de novembro de 2011.

    2º) Depois do sim e do não, usados como
    resposta, no início da frase.
    Ex.: - Você vai estudar hoje?
    - Sim, eu vou

    3º) Para indicar a omissão de um termo (elipse ou
    zeugma), geralmente de um verbo.
    Ex.: Na sala, muitos alunos interessados. (há)
    - elipse
    Muitos preferem cinema; eu, teatro.
    (prefiro) - zeugma

    4º) Para separar termos de mesma função
    sintática | termos semelhantes | termos coordenados
    assindéticos | itens de uma enumeração.
    Ex.: Primos, tios, sobrinhos e netos viajaram.
    Mauro comproubalas, pirulitos, doces e
    pipocas.

    5º) Para separar o vocativo.
    Ex.: Senhor, livrai-nos de todo o mal!
    Júnior, minha senhora, é um bom rapaz.

    6º) Para separar o aposto.
    Ex.: Brasília, capital do Brasil, é belíssima.
    (explicativo)
    Meu coração, uma nau ao vento, está sem
    rumo. (comparativo)

    Ainda há mais casos em que a vírgula pode ser usada gente, mas meu comentário ficará muito prolixo, então optei por  colocar só alguns casos...

    Ahhh, ia esquecendo... Não se separa sujeito de predicado, foi o que houve na assertiva "A"!

    Abraço gente!!
  • Não se separa  o sujeito do verbo, gabartito a
  • Tudo bem, concordo que a alternativa "a" está incorreta. Mas eu nao sabia que se podia usar o travessão seguido de vírgula (alternativa "c").
    Alguem pode explicar?
  • Olá, pessoal!

    Essa questão foi anulada pela organizadora.


    Bons estudos!

ID
664978
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um peixe 

            Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?...

        Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a.

– E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?...

Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa.

        – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?...

    O peixe, quieto num canto, parecia escutar.

    Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi.

        Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 

        Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado.

        Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. 

A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou...

– Você viu?

– Uma beleza... Tem até uma trairinha.

– Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada.

– Traíra é duro de morrer, hem?

– Duro de morrer?... Ele parou.

        – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. 

    – E aí?

    –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? 

– Por nada.

– Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro.

– Vou ficar aqui mais um pouco

– disse a empregada.

– depois vou arrumar os peixes, viu?

– Sei.

    Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.

 

(VILELA, Luiz. . O violino e outros contos 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.) 

VOCABULÁRIO:

Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo. 

Footing :passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).

Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.

Vozerio: som de muitas vozes juntas. 

Os travessões, utilizados em “(...) Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela.(...)”, têm a finalidade de:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta, Letra B.

    b) isolar enunciado intercalado em outro enunciado.
  • travessão (ou risca) é um sinal de pontuação que serve para indicar mudança de interlocutor e para isolar palavrasfrases ou expressões parentéticas, semelhante ao parêntese.
  • Complementando o comentário do amigo. O travessão foi usado aqui para se evitar o uso de muitas vírgulas no período.
    Toda manhã, ia pensando, de volta para casa, ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela...
  • “(...) Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela.(...)”

    Travessões, assim como parênteses, isolam  ideias. Nesse contexto não é "essencial" ao texto. (c), nem faz o texto "intrigante" (d).
  • Olá pessoal!!
    Questão massa...!
    Letra "B" de Banimento.
    Em “(...) Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela.(...)”, os travessões isolam enunciado intercalado em outro enunciado..... Percebam a enunciação: "Ele ia pensando, de volta para casa: toda manhã ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela."... Mas o termo entre o travessão-duplo nada mais é do que mais uma informação, só que colocada justamente dentro de outra fala.... O que houve foi só uma troca de posição.
    Aproveito para lhes passar umas dicas sobre aluguns usos do travessão. Ele pode ser usado:
    A) nos diálogos, indicando que alguém está falando de viva voz (discurso direto), marcando a mudança de interlocutor (turnos de fala).
    Ex.: – Olá! Como vai? 
    – Vou bem. E você? (...)
    B) como ‘duplo travessão’ para substituir a ‘dupla vírgula’.
    Ex.: Castro Alves – poeta romântico – foi abolicionista.
    Eu – afirmou o acusado – sou inocente.
    C) diante de enumeração, substituindo os dois pontos.
    Ex.: Apesar da imensa crise financeira por que passou, decidiu comprar tudo – roupas, sapatos, toalhas etc.
    Forte abraço e ótimos estudos!
  • Obrigado John, muito bom!!!
  • Por nada, irmão! Eu é quem agradece! Se precisar, é só falar!
    Abraços!

ID
665122
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Um peixe 

Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?... Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a. – E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?... Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa. – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?... O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi. Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 
Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado. Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou... – Você viu? – Uma beleza... Tem até uma trairinha. – Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada. – Traíra é duro de morrer, hem? – Duro de morrer?... Ele parou. – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. – E aí? –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? – Por nada. – Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro. – Vou ficar aqui mais um pouco – disse a empregada. – depois vou arrumar os peixes, viu? – Sei. Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.
(VILELA, Luiz. . 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.)

VOCABULÁRIO:
Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo.
Footing: passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).
Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.
Vozerio: som de muitas vozes juntas

Os travessões, utilizados em “(...) Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela.(...)”, têm a finalidade de:

Alternativas
Comentários
  • O travessão é um sinal de pontuação que serve para indicar mudança de interlocutor e para isolar palavras, frases ou expressões prentéticas, semelhante ao parêntese.
    Num texto literário, um travessão indica que não é o narrador quem está a falar, mas uma das personagnes.
    Vários travessões indicam a mudança de interlocutor entre as várias personagens.

     

  • b-

    um dos usos do —

    demarcar informação de modo isolado para explicar sintagma da oração em questao.


ID
673918
Banca
UFAC
Órgão
UFAC
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas sentenças “Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante”, o travessão encerra uma relação íntima com a natureza ao mesmo tempo assustadora, já que ela:

Alternativas

ID
693463
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 

Com relação à leitura do Texto 3 e do conto O espelho, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
697579
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: As dez questões que seguem, em seu conjunto de alternativas, compõem passagens retiradas da revista Veja, edição especial de 11 de dezembro de 2011. Leia atentamente o enunciado de cada questão e escolha a alternativa que melhor responda ao que se pede.

ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

Para cada segmento do texto que compõe as alternativas da questão há uma afirmação. Está incorreta a da alternativa:

Alternativas

ID
697600
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: As dez questões que seguem, em seu conjunto de alternativas, compõem passagens retiradas da revista Veja, edição especial de 11 de dezembro de 2011. Leia atentamente o enunciado de cada questão e escolha a alternativa que melhor responda ao que se pede.

ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

Assinale a passagem que apresenta ERRO por falta, excesso ou inadequação de sinais de pontuação. Atente para o fato de que o conjunto de alternativas forma uma passagem de texto.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. A frase, adequadamente, ficaria: "Segundo afirmam os especialistas, se o problema do lixo já estivesse resolvido no Brasil, 10% da sua energia poderia ter como fonte o biogás.


ID
697966
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere as propostas de alteração de pontuação para a passagem abaixo.
Embora as chances de subir na carreira sejam praticamente nulas – para isso é preciso prestar novo concurso público –, os salários vão subindo gradativamente ao longo dos anos. No funcionalismo federal, o servidor é avaliado a cada doze ou dezoito meses, dependendo da repartição pública. Seu chefe imediato analisa critérios como pontualidade, assiduidade, empenho e relacionamento com os colegas de trabalho.

I) A vírgula depois do travessão poderia ser excluída sem prejuízo gramatical ao texto.
II) Os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo qualquer à passagem.
III) Se a expressão sublinhada for deslocada para depois de SERVIDOR, deveria ficar entre vírgulas.
IV) Dois-pontos poderiam ser inseridos depois de CRITÉRIOS sem prejuízo gramatical ao texto.

Quais as modificações propostas mantêm o texto correto?

Alternativas

ID
701677
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O uso de sinais (aspas e travessão) está adequado à norma-padrão, que deve ser observada em uma correspondência oficial, na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • As aspas foram usadas para marcar a expressão estrangeira. 
  •  a)O artigo sobre o “processo de desregulamentação” foi publicado na Follha de São Paulo.ERRADO
     b) As chuvas de verão — fenômenos que se repetem desde há muito tempo podem ser previstas.ERRADO
     c) “Mutatis mutandis”, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas.CERTO Poque as aspas é usada para expressões estrangeiras.
     d) O cuidado com a saúde — meta prioritária do governo, será ainda maior.
    ERRADO 
     e) — O diretor disse: Demita-se o funcionário ERRADO Porque quando o narrador fala pelo personagem o travessão não é utlizado.

    CONCLUSÃO:

    ASPAS _ (" ") 
    • Emquadrar uma citação_Ex: Está no acordo: " Terão direito à licença-prêmio somente os funcionários com mais de dez anos de empresa"
    • Em expressões estrangeiras, arcaicas, vulgarismos, neologismos, gírias etc.
    TRAVESSÕES (__)
    • Discursos direto, os personagens participam da histórias e suas falas são introduzidas por travessões.
    • No discurso indireto, o narrador fala pelo personagens e o travessão NÃO É UTILIZADO
    • Destacar palavras, expressões ou frases.
  • Que eu saiba, palavras em latim vem em itálico e não em aspas.
    Alguém explicaria melhor?
  • a letra D também está correta.         
  • Concordo que a   D   também esteja correta.

     

  • d) O cuidado com a saúde — meta prioritária do governo, será ainda maior.

    A letra d) não está correta porque a sentença mistura travessão com vírgula de forma inadequada, pois no caso em questão, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, a qual deve ser separada por vírgulas ou mesmo travessões. As duas redações possíveis para essa questão seriam:

    1. O cuidado com a saúde - (QUE É UMA... O QUAL É UMA) meta prioritária do governo - será ainda maior.

    2. O cuidado com a saúde, (QUE É UMA... O QUAL É UMA) meta prioritária do governo, será ainda maior.


    Bons estudos a todos!
  • a) O artigo sobre o “processo de desregulamentação” foi publicado na Follha de São Paulo.


    No caso da letra a), temos o seguinte erro: 


    Não se coloca entre aspas um elemento do texto corrido que não indica uma citação textual ou que não mencione expressões estrangeiras ou gírias
  • “Mutatis mutandis”, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas. Correto- aspas são usadas para fazer citações, destacando, por exemplo, o status diferenciado que uma palavra traz em um contexto ou para palavras estrangeiras.
  • Usa-se negrito, itálico ou aspas para estrangeirismos.
  • A assertiva letra B está errada por quê?

    Tive dúvida.

    Obrigado;
  • As chuvas de verão — fenômenos que se repetem desde há muito tempo podem ser previstas.

    A alternativa B estaria correta caso estivesse assim escrita:

    As chuvas de verão fenômenos que se repetem desde há muito tempo podem ser previstas.
                                                                        OU
    As chuvas de verão, fenômenos que se repetem desde há muito tempo, podem ser previstas.

    "fenómenos que se repetem desde há muito tempo" dá uma explicação acerca das chuvas de verão. Portanto, teria que vir entre travessões ou vírgulas, e não com apenas 1 como foi apresentado na questão.
  • Muito obrigado Bianca, não havia conseguido me atentar para esse detalhe.
  • Usamos o travessão nos seguintes casos:

    1.
     Iniciar a fala de uma personagem:

    Exemplo: A menina enfim disse:

    - Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

    2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

    - Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
    - Farei o mesmo.

    3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

    a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
    b) Luiz Inácio –  presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição!

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola
     

    Usam-se aspas

    a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos. 

    Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências. 
    Por favor, antes de sair, faça um “backup”! 
    Ele mora lá nos “cafundó do Judas”! 

    b) Antes ou depois de citações. (*) 

    Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas". 

    "É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém. 

    textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online. 

    c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas. 

    Exemplos: Eles se comportaram “super” bem. 
    Sim, porque são uns “anjinhos”.

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola

    Com isso temos que a Letra D está errada e C correta


    Fonte: www.brasilescola.com

  • Para a letra D ficar correta:

    O cuidado com a saúde — meta prioritária do governo — será ainda maior.
  • É incorreto usar aspas para destacar uma expressão? Caso da letra "a".

  •  Corrigindo :

     a) O artigo sobre o processo dedesregulamentação foi publicado na Follha de São Paulo. Por que: Não se coloca entre aspas um elemento do textocorrido que não indica uma citação textual ou que não mencione expressõesestrangeiras ou gírias

     b) As chuvasde verão — fenômenos que se repetem desde há muito tempo — podem ser previstas.


    c) “Mutatis mutandis”, as novasdiretrizes da direção em nada alteram as antigas.CERTO :Por que as aspas são usadas paraexpressões estrangeiras.


    d) O cuidado com a saúde — metaprioritária do governo —será ainda maior. 

    Ou : O cuidado com a saúde, meta prioritária do governo, seráainda maior.

     

    e) O diretor disse:

     — Demita-se o funcionário.


  • Na letra c) “Mutatis mutandis”, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas.

    Por que dessa virgula? 
  • "Mutatis mutandis" é uma expressão em latim (por isso as aspas) que significa "mudando o que tem que ser mudando". Então...

    Mudando o que tem que ser mudado, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas. A expressão precisa ficar isolada pelo seu sentido.

  • Por que se usa virgula depois do "mutatis~"?

  • O normal seria usar o itálico para expressões em latim, como acontece em todos os vestibulares nas questões de filosofia e história.


ID
708553
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Um dos poemas mais notáveis da língua inglesa é dedicado por Edgar Allan Poe a uma mulher a quem deu o nome de Helena. Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação da princesa homérica? Seja qual for a resposta, em seu poema ele lhe dizia que sua beleza era maior do que a de uma mortal. Ao contemplá-la, ele tinha consciência de reviver acontecimentos passados, que ainda lhe eram presentes e familiares, pois assim se via transportado de volta “à glória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”.
     Esses versos tornaram-se um clichê usado para exprimir o que se considera um irreversível compromisso entre o passado e o presente. Eis aí duas culturas, a grega e a romana, que na Antiguidade se reuniram para criar uma civilização comum, a qual continua existindo como um fato histórico no interior de nossa própria cultura contemporânea. O clássico ainda vive e se move, e mantém seu ser como um legado que provê o fundamento de nossas sensibilidades. Poe certamente acreditava nisso; e é possível que isso em que ele acreditava ainda seja por nós obscuramente sentido como verdadeiro, embora não de modo consciente. 
     Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa, em cujos familiares cômodos ele gostava de morar, se Roma e Grécia têm ainda alguma realidade atual para nós, esse estado de coisas funda-se num pequeno fato tecnológico. A civilização dos gregos e romanos foi a primeira na face da terra fundada na atividade do leitor comum; a primeira capaz de dar à palavra escrita uma circulação geral; a primeira, em suma, a tornar-se letrada no pleno sentido deste termo, e a transmitir-nos o seu conhecimento letrado. 


                                                                 (Fragmento adaptado de Eric A. Havelock. A revolução da
                                                               escrita na Grécia e suas consequências culturais
. Trad. de
                                                                                    Ordep José Serra. São Paulo: Editora da UNESP;
                                                                                               Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.45-6) 



Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada em segmentos transcritos do texto.

I. Eis aí duas culturas, a grega e a romana, que na Antiguidade se reuniram para criar uma civilização comum...
A substituição das vírgulas por travessões redundaria em prejuízo para a correção e a lógica.
II. Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa...
A retirada simultânea das vírgulas não implicaria prejuízo para a correção e a lógica.
III. ... a primeira, em suma, a tornar-se letrada no pleno sentido deste termo, e a transmitir-nos o seu conhecimento letrado.

A vírgula colocada imediatamente depois de termo é facultativa.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a afirmativa III a vírgula depois desse termo não seria obrigatória??? 
  • E eu não entendi porque a II não acarretaria prejuízo na frase.
  • Não entendi o porquê dessa resposta na questão. Será que alguém poderia ajudar-me.
  • I. Eis aí duas culturas, a grega e a romana, que na Antiguidade se reuniram para criar uma civilização comum...
    A substituição das vírgulas por travessões redundaria em prejuízo para a correção e a lógica.
    errado- , a grega e a romana, é um aposto, o qual tb pode vir isolado por travessões- sem prejuízo para a frase.

    II. Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa...
    A retirada simultânea das vírgulas não implicaria prejuízo para a correção e a lógica. Correto- trata-se de aposto explicativo e as vírgulas podem ser omitidas, já que não há risco de ambiguidade no período.

    III. ... a primeira, em suma, a tornar-se letrada no pleno sentido deste termo, e a transmitir-nos o seu conhecimento letrado.
    A vírgula colocada imediatamente depois de termo é facultativa. correto- a vírgula pode ser retirada sem prejuízo para o período. Na verdade, não sei porque a vírgula foi usada. Há 2 orações coordenadas e o sujeito é o mesmo. Conferindo com a informação em:
    http://www.portuguesfacil.net/regras-simples-faceis-usar-virgula

    Quando se usa vírgula antes de “e”?Tem só um caso em que vai vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:

    O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)

    Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula. Outro exemplo:

    A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)

    Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.


    http://www.mundovestibular.com.br/articles/7768/1/Dicas-de-Portugues-Virgula/Paacutegina1.html

    http://www.portuguesfacil.net/regras-simples-faceis-usar-virgula
  • alguns professores dizem que a virgula é utilizada por motivo  de Ênfase .
  • III - O uso de vírgulas entre orações de período composto pode ser dispensada antes da oração coordenada aditiva sindética, quando o seu sujeito é diferente do sujeito da oração anterior, desde que não gere ambiguidade.
  • III - Não se usa vírgula em oração coordenada sindética aditiva quando a conjunção aditiva for o "e". Porém, há casos em que se é possível usar vírgula com a conjunção "e". Como em oração coordenada sindética conclusiva. Quando o "e" funciona como conjunção conclusiva.
    Não entendi o porquê da dois estar correta.




  • O Item II, com a retirada das vírgulas poderia implicar mudança semântica, mas lógica e gramatical o item permacece correto.
    Usa-se vírgulas para separar as orações coordenadas adversativas, conclusivas e explicativas, no caso das aditivas ligadas pelo conectivo " e " a vírgula é facultiva que é o caso do item III.
  • Olá pessoal,
    Lendo alguns comentários, observei algumas dúvidas em relação a vírgula no item III, espero que ajude. Segundo o professor Marcos Pacco, a vírgula antes do "e", mesmo que tenha o mesmo sujeito referencial, pode ser colocada para dar ênfase. Neste caso, deu-se ênfase a transmissão do conhecimento.
    Bons estudos!
     


  • No caso da III, observem que há dois verbos (TORNAR E TRANSMITIR), o que torna a vírgula facultativa.
  • Aprendi que a vírgula deve ser usada quando algum termo ou expressão da frase estiver deslocado. Na assertiva II, vejamos a frase:  Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa...
    A frase na ordem direta seria: Se a Grécia e roma foram uma espécie de casa para Poe... Neste caso, não há que se falar em vírgula, mas na assertiva II, acredito que o o deslocamento de para Poe faz com que seja imprescindível o uso da vírgula. Não concordo com o gabarito, mas se foi considerado correto, devo estar errada. Alguém poderia ajudar nessa questão? Favor postar como mensagem no meu mural de recados, se possível. Obrigada!
  • Comentário do item II

    Pessoal, eu estava entendo o item II da mesma forma que a colega Synara. Pois a regra  diz que no caso de termo deslocado (nesse caso adjunto adverbial deslocado) a vírgula é obrigatória.

    Então, pedi ao John Carneiro para dá uma olhadinha nessa questão e ele respondeu o seguinte: “A vírgula é, de fato, facultativa! Quando o adjunto adverbial é pequeno, o uso de vírgulas para se isolar é facultativo. Assim, as duas frases estão corretas e têm os mesmos sentidos: Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa... Se Grécia e Roma foram para Poe uma espécie de casa... Se precisar, conte sempre comigo, viu?”

    Pois é, estava esquecida dessa outra regra. Quando o adjunto adverbial for pequeno a vírgula é facultativa. Obrigada Mestre John ;)
  • De nada, Rogéria Ribeiro! :D
  • o comentário desses professores não acressenta em absolutamente NADA....

  • INCRÍVEL! Cada um traz uma explicação diferente para a possibilidade da vírgula na assertiva III

    Não há sequer 2 comentários que concordem um com o outro kkkk

    Rapaz... eu mesmo não sei.

    Nas minhas anotações, só pode vírgula antes do "e" nestes casos:

    1- sujeitos diferentes (não é o caso)

    2- polissíndeto (não é o caso)

    3- quando a conjunção "e" não tem valor de adição (o colega Carlos Eduardo até falou que há um valor conclusivo nesse caso aí, mas sinceramente não consigo ver dessa forma - a expressão conclusiva "em suma" vem antes de ambas as orações e a conjunção "e", em si, não pode ser substituída por "portanto" nem qualquer qualquer outra expressão de valor conclusivo)

    Felizmente, eliminando a assertiva I, restaram apenas D e E. Não foi necessário julgar a III.

    Se alguém puder explicar melhor, por favor comenta aqui e me avisa no privado para eu ver!

  • Mas a lógica não seria afetada na ll? o grande problema são esses termos '' lógica'' , ''sentido''...nunca há um consenso da banca!


ID
762508
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aponte a frase em que a pontuação NÃO foi corretamente utilizada:

Alternativas

ID
904981
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

1 Conquista recente dos brasileiros, em fase de consolidação desde o
2 restabelecimento da democracia, a liberdade de expressão ainda se vê às voltas com
3 ameaças frequentes no mundo real e, mais recentemente, no virtual. Como a internet,
4 com seu dinamismo, se constitui hoje num meio pelo qual circulam todas as mídias –
5 do rádio à televisão, passando pelo jornal –, as tentativas de cerceamento só podem
6 ser recebidas com rechaço, como se constatou na última semana durante a realização
7 da sexta edição da Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão. A tentação
8 de cercear o direito dos cidadãos à informação livre, por meio de restrições a mídias
9 tradicionais ou novas, não é exclusividade de governos autocráticos. Neste mês, uma
10 manifestação do governo britânico surpreendeu o mundo. Pressionado pelo uso
11 massificado das novas tecnologias na convocação de recentes distúrbios registrados
12 na Inglaterra, o primeiro-ministro David Cameron não hesitou em defender o
13 bloqueio do acesso às redes sociais. Repetiu, assim, o posicionamento adotado por
14 governantes de países descompromissados com a democracia, como Egito, Síria,
15 Irã e Líbia. O equívoco, no caso, é responsabilizar a internet e não os indivíduos que
16 dela fazem mau uso. Esses, sim, merecem ser responsabilizados e, quando for o
17 caso, punidos na forma da lei. (Diário Catarinense, 28/8/2011)

Considerando o texto I, assinale a proposição errada:

Alternativas
Comentários
  • c)As duas vírgulas na linha 13 isolam um adjunto adnominal. Errado - As duas vírgulas na linha 13 isolam uma conjunção coordenativa conclusiva.

  • Linha 13 - Repetiu, assim, o posicionamento adotado por governantes de países...........

    Errado letra C - a palavra assim no texto exerce a função de uma conjunção coordenada conclusiva:Logo, pois (depois do verbo), então, portando, assim, enfirm, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso.

    EX: O concursado estudou muito, assim, deverá conseguir seu cargo. 

          É professor, assim deve saber explicar o conteúdo.

     

     


ID
910138
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como centro de amplo sistema de estradas expandindo-se rumo ao sertão e à costa. Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem pretenda servir-se desses documentos para a elucidação de algum ponto obscuro de nossa geografia histórica. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. 
      Neste caso, como em quase tudo, os adventícios deveram habituar-se às soluções e muitas vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas veredas e atalhos que estes tinham aberto para uso próprio, nada acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos. Para o sertanista branco ou mamaluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos. 
      Eram de vária espécie esses tênues e rudimentares caminhos de índios. Quando em terreno fragoso e bem vestido, distinguiam- se graças aos galhos cortados a mão de espaço a espaço. Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista. Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta. Era o processo chamado ibapaá, segundo Montoya, caapeno, segundo o padre João Daniel, cuapaba, segundo Martius, ou ainda caapepena, segundo Stradelli: talvez o mais generalizado, não só no Brasil como em quase todo o continente americano. Onde houvesse arvoredo grosso, os caminhos eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos. Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza. Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí: constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais, a maior metida na terra, e a outra, em ângulo reto com a primeira, mostrando o rio. Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal. 

      (Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. 3.ed. S. Paulo: Cia. das Letras, 1994. p.19-20)

Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada em segmentos do texto.

I. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. (1o parágrafo)

A vírgula colocada imediatamente depois de Piratininga poderia ser retirada sem alteração de sentido.

II. Eram de vária espécie esses tênues e rudimentares caminhos de índios. (3o parágrafo)

A inversão da ordem direta na construção da frase acima justificaria a colocação de uma vírgula imediatamente depois de espécie, sem prejuízo para a correção.

III. Era o processo chamado ibapaá, segundo Montoya, caapeno, segundo o padre João Daniel, cuapaba, segundo Martius, ou ainda caapepena, segundo Stradelli: talvez o mais generalizado, não só no Brasil como em quase todo o continente americano. (3o parágrafo)
Os dois-pontos poderiam ser substituídos por um travessão, sem prejuízo para a correção e a clareza.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Explicando o Item: III
    O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:
    1 - no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.
    — O que é isso, mãe?
    — É o seu presente de aniversário, minha filha.
    2 - para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.
    "E logo me apresentou à mulher, — uma estimável senhora — e à filha." (Machado de Assis)
    3 - para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.
    "Junto do leito meus poetas dormem — o Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron — na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

    4 - para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos. (Hipótese da questão)
    "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana — acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)

    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono34.php
  • Olá, pessoal!!
    Primeiramente, quero agradecer à Elaine o seu ótimo comentário!


    Vou explicar por que os itens I e II estão errados! ;)
    I. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. (1o parágrafo) 
    A vírgula colocada imediatamente depois de Piratininga
    poderia ser retirada sem alteração de sentido. Errada. Apesar de não se prejudicar a correção gramatical com a retirada da vírgula, mudar-se-ia o sentido. Sem vírgula(s), temos uma oração adjetiva restritiva. Com vírgula(s), temos uma oração adjetiva explicativa.

    II. Eram de vária espécie esses tênues e rudimentares caminhos de índios. (3o parágrafo) 
    A inversão da ordem direta na construção da frase acima justificaria a colocação de uma vírgula imediatamente depois de espécie, sem prejuízo para a correção. Errada. Caso a vírgula fosse colocada,
    separar-se-ia o sujeito do predicado. O que pode ser colocado entre vírgulas é o adjunto adverbial, mas este não existe na frase.

    Espero que tenham entendido! ;)
    Abraços, amigos!


    http://concurseiro24horas.com.br/curso/50/simulado-com-questoes-de-portugues-para-tribunais.html 
  • no item 2 o erro está no verbo, pois é verbo de ligação.
    segundo a gramática, ao inverter a ordem direta da frase, pode-se colocar a vírgula entre o predicado e o sujeito, porém essa regra nao cabe quando o verbo for de ligação.

    exemplo:
    Triste com a notícia, o rapaz deixou a sala em silêncio. (aqui pode-se colocar a vírgula depois do predicativo deslocado, VEJA QUE O VERBO NÃO É DE LIGAÇÃO)

    ou seja, se for verbo de ligação não se pode fazer este esquema de uso da vírgula.
  • Vem cá: no item II, "vária espécie" foi grafado corretamente? Na prova está escrito assim mesmo?

    Considerei-a errada por isso, pelo erro de concordância. Já que devia estar grafado várias espécies.
  • GABARITO: LETRA "A", de aprovação! :)

    I. Como cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico é uma oração subordinada adjetiva explicativa, a retirada da vírgula antes dela a tornaria restritiva, alterando seu sentido original.

    II. O termo esses tênues e rudimentares caminhos de índios é o sujeito da frase, logo não pode ser antecedido de vírgula.

    III. Os dois-pontos iniciam uma explicação. Como o travessão também cumpre essa função, a substituição de um sinal por outro está correta.
  • Não deveria ser duplo travessão?!

  • Elaine Santos, quando é final de frase pode colocar apenas um travessão.

  • Gabarito A   (mas...)

     

    A lagoa que a meninada esperta do bairro costumava visitarfoi aterrada.  

    Gramática de J Nicola e Infante​

    As gramaticas divergem-se.

     

    "Só tem poder quem age"

     

     

  • I. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. Aqui o sentido é da importância das estradas para Piratininga

    I. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. Aqui o sentido é de as estradas estão representadas num parorama simbólico.

    o resto já foi explicado em outros comentários.

    gabarito A.

  • “Às vezes, para dar maior realce a uma conclusão, que

    representa a síntese do que se vinha dizendo, usa-se o travessão

    simples em lugar dos dois pontos.

    Ex.: Deixai-me chorar mais e beber mais,

    Perseguir doidamente os meus ideais,

    E ter fé e sonhar — encher a alma.” (CUNHA, 1985)


ID
1044316
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

      Deixando de lado nosso medo da solidão, a verdade é que nossa mente é única. Isso significa que todo empenho de comunicação entre duas mentes esbarrará com obstá- culos intransponíveis. Não é assim que sentimos, pois temos a impressão de nos comunicarmos uns com os outros o tempo todo. Mas ela é falsa e deriva apenas de usarmos os mesmos símbolos − as palavras, ordenadas de uma mesma forma e regidas pela gramática de cada língua. O cérebro é geneticamente diferente, a não ser no raro caso de gêmeos idênticos, e nossas experiências de vida também o são; as formas como registramos e decodificamos tais experiências são absolutamente pessoais, não são sequer influenciadas de forma direta pela família que tivemos ou pelo meio social em que crescemos. Mesmo que as famílias queiram influenciar ao máximo seus descendentes, cada criança conclui de modo próprio sobre os fatos que observa e sobre tudo que ocorre a ela. Suas conclusões, algumas equivocadas, determinarão suas futuras ações e influirão em seus pensamentos subsequentes. Somos seres únicos e deveríamos nos orgulhar disso. Porém, ao contrário, nos sentimos profundamente solitários em virtude dessa verdade que, em certo sentido, nos faz menos insignificantes justamente por sermos únicos.

(Adaptado de: Flavio Gikovate, Ensaios sobre o a amor e a solidão.
São Paulo, MG Editores, 2006, 6. ed.)

Considere as afirmações abaixo a respeito do trecho:

Não é assim que sentimos, pois temos a impressão de nos comunicarmos uns com os outros o tempo todo. Mas ela é falsa e deriva apenas de usarmos os mesmos símbolos - as palavras, ordenadas de uma mesma forma e regidas pela gramática de cada língua.

I. Sem prejuízo para a correção e sem que nenhuma outra alteração seja feita, o sinal de travessão pode ser suprimido, e o segmento as palavras isolado por parênteses.

II. Uma vírgula pode ser inserida imediatamente após falsa, sem prejuízo para a correção.

III. O termo que pode ser colocado imediatamente após a palavra pois, sem prejuízo para a correção e o sentido original.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    I - Incorreta. Se isolarmos o termo "as palavras", ORDENADAS se referirá a simbolos, o que não faz sentido pelo fato de uma estar no masculino e a outra no feminino.

    II- Correta. Virgula nesse caso é facultativa.

    III - Correta. Eu particularmente não sabia, mas a conjunção "pois que" existe, é causal e equivale a pois, porque, ja que,...
  • Não entendi o item II...

    Não se utiliza a vírgula, em orações coordenadas aditivas, somente quando os sujeitos forem diferentes ou quando tiver orações sucessivas com o conectivo "e"? Não entendi o porquê de ser facultativa.

    Que regra é essa?

    Se alguém puder ajudar.

    Obrigado.
  • Pessoal, alguém fez essa prova? Já temos o gabarito oficial?

    Abc,
  • Que história é essa de "vírgula facultativa"? Alguma novidade da língua que esqueceram de me avisar? Ainda dei uma checada agora no google e as coisas não mudaram, estão como eu tinha estudado: em coordenadas aditivas só se usa vírgula quando se tem mais de um sujeito OU quando o "e" se repete.

    Se alguém souber de algo, por favor, nos conte. Preferencialmente, se não for pedir demais, me mande por mensagem.

  • Discordo da resposta como letra B, para mim seria C. Para a questão ficar correta o "e" deveria ser suprimido.

    Quando se usa vírgula antes de “e”?

    Como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Tem só um caso em que vai vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:

    O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)

    Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula. Outro exemplo:

    A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)

    Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.

    Existem casos em que a vírgula é opcional?

    Existe um caso.  Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase. Exemplos:

    Depois vamos sair para jantar.
    Depois, vamos sair para jantar.

    Geralmente gosto de almoçar no shopping.
    Geralmente, gosto de almoçar no shopping.

    Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
    Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.

    Vê como sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado se você omitir a vírgula.

    http://www.portuguesfacil.net/regras-simples-faceis-usar-virgula/


  • Segue a explicação para a faculdade no emprego da vírgula na frase II:

    Destaque de oração ou expressão intercalada – Exemplos: “Esse eixo semântico, e trata-se exatamente disso, possui grande generalidade”, “O padre repreendeu, e era perfeitamente o caso, o comportamento impróprio de alguns paroquianos” e “O aluno foi chamado e, aparentando tranqüilidade, apresentou-se ao diretor”. Pode-se retirar a oração ou a expressão encaixadas sem prejuízo do sentido da oração principal. Observe que, como se trata de intercalação, há duas vírgulas, uma antes e outra depois do elemento intercalado. Vírgula facultativa.

  • II -

    Conjunções. 

    Conjunção aditiva "e": facultativa a vírgula.

    vírgula obrigatória somente nas conjunções:

     - explicativa (porque, visto que, na medida em que...)

    - conclusiva (Portanto, por conseguinte...)

    - opositiva (mas, porém, e(sentido de mas)...)


    Se eu estiver errado, por favor me avisem.

  • Não entendi o item II

    Pois, no caso da conjunção aditiva "e" , será facultativa o uso da vírgula anteposto em alguns casos , entre eles, o de dar ênfase , porém muda o sentido original .

    Corrijam , se estiver errado ..

  • Não tem como o item II está correto! Não se usa vírgula em orações coordenadas aditivas. Se alguém puder esclarecer, agradeço!

  • Eu concordo com os colegas Isaías, Igor, Luceli, Benedito e Felipe: o item II está errado!. Não se separa orações coordenadas aditivas quando há o síndeto "e" ,a não ser nas hipóteses excetivas que os colegas citaram. Nada de vírgula facultativa!. Pessoal, tanto esse item está errado que nele nem se separou o "mas" em: Mas, ela é falsa e...(é uma adversativa e, portanto, deve ser separada)
  • Perguntei para um professor de português e ele me confirmou que as alternativas corretas são I e III e o gabarito então é a letra e). Na alternativa II, a vírgula não pode ser usada após a palavra falsa.
  • a vírgula só é admitida entre orações coordenadas aditivas quando o sujeito da segunda oração é diferente do da primeira. caso o sujeito seja o mesmo, não há hipótese de vírgula, como a propõe o ítem II. 

  • O gabarito oficial já foi lançado >> http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_gabarito/32800/fcc-2013-mpe-se-analista-direito-gabarito.pdf . Manteve-se a letra B.

    Prova: http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_prova/32800/fcc-2013-mpe-se-analista-direito-prova.pdf

    Obs.: Questão 11 - de CONHEC. GERAIS/CONHEC. ESPECÍFICOS/DISCURSIVA- ANALISTA MP - DIREITO

    Encaminhei o questionamento de todos para o professor Fernando Pestana. Caso ele responda, compartilharei a informação.



  • Olá pessoal, tudo bem ? Segue a resposta do professor Fernando Pestana do site EVP referente a questão. "Esta questão é ultrapolêmica, pois NADA justifica a vírgula depois da palavra falsa".  É isso ai galera...viva FCC, rs. Abracos

  • Gabarito B

    Item I - Incorreta. Não cabe isolar "palavras" com vírgulas por dois motivos: 1º - ela se tornará um termo intercalado e, como já disse o amigo Rodrigo, Ordenadas irá se referir a símbolos. Tente fazer e veja como ficará sentido.  2º - travessão serve, também (dentre várias outras utilidades), para dar ênfase a determinada palavra ou pensamento. Nesse caso, há a intenção de dar essa "chamada de atenção" para o seu próprio pensamento/entendimento. 

    Item II - Correta. O uso da vírgula após orações Coordenadas Aditivas é facultativo. Somente gramáticas muito tradicionais são contra essa possibilidade. ESAF E FCC são favoráveis ao uso ou não. Salvo os casos que podem ser explicados gramaticalmente (ex. vírgula não separa sujeito e verbo), a VÍRGULA É UMA QUESTÃO DE ESTILO E POR ISSO INDEPENDE DE EXPLICAÇÕES. O dono do texto, exatamente por ser o dono, a coloca onde bem quiser.


    Item III - Correto. Pois que é uma conjunção de valor causal e corresponde ao sentido de porque, por exemplo. Aprendi com o amigo Rodrigo lá no primeiro comentário.
  • A assertiva III jamais pode ser considerada correta, porque não tem sentido, vejamos: ..."Não é assim que sentimos, pois temos a impressão de nos comunicarmos uns com os outros o tempo todo". Da forma em que proposta, assim ficaria: "não é assim sentimos, pois que... A frase fica sem sentido!

  • Bruno Cavazzani,

    Na verdade, o item III não fala em tirar o termo "que", da oração anterior, para colocá-lo após a palavra pois, ou seja, não pede para deslocá-lo. O que é pedido no item é simplesmente a inserção (e não o deslocamento) do termo "que" após a palavra pois. Isso é permitido porque não muda o valor da conjunção. O item ficaria desta forma: Não é assim que sentimos, pois que temos a impressão....;


  • Se os sujeitos forem iguais: sem vírgula.

    EX: O Brasil exporta carne e importa trigo argentino. Quem exporta e importa é o mesmo sujeito (Brasil) então não tem vírgula.

    Sujeitos diferentes: vírgula facultativa

    EX: Eu comprarei um carro novo, e iremos para o norte. Sujeito de comprarei (eu) e sujeito de iremos (nós). Se os sujeitos forem diferentes a vírgula é facultativa.


    Na questão os sujeitos de falsa e deriva são iguais e isso tornaria a II errada.


    Eu aprendi desse jeito mas agora vocês me confundiram. Alguém já ouviu falar dessa explicação?

  • Também fiquei na dúvida, mas segundo os comentários do professor Arenildo Santos na questão, a vírgula neste caso é apenas desaconselhada, não chegando a constituir um erro gramatical, podendo ser usada diante do "e" aditivo se a intenção for evidenciar o elemento subsequente, por exemplo:
    "Eu estudei muito, e passei." Note que a vírgula tem a função de evidenciar "eu passei".
    Espero ter ajudado, bons estudos a todos!
     
  • Acredito que a FCC assinalou como correta a assertiva II porque entendeu que se tratavam de dois sujeitos distintos. Vejamos: "Mas ela (se referindo à impressão - suj) é falsa e deriva apenas de usarmos os mesmos símbolos (suj)". Portanto, se aplica a regra de uso facultativo da vírgula antes do "E" (oração coordenativa aditiva).

  • musiquinha: A vírgulA após orações Aditivas é facultativA

     

  • Por umas e outras , que eu não entendo quem gosta de português !!! 

  • E mais uma pessoa enganada!

     

    Questão dificílima. Itens II e III fizeram muitos caírem.

  • Quanto ao item II:

     

    Vírgula antes do conector "e" :

     

    1. Mesmo sujeito ==> não é recomendada, mas se utilizada não é considerado como erro: O governo investe em educação, e aguarda resultados.

     

    2. Sujeitos distintos ==> recomendada: O governo investe em educação, e a população aguarda resultados.

     

    3. Valor adversativo ==> facultativa: O governo prometeu que viria, e não veio.

     

    4. Polissíndeto: repetição do mesmo conector. Usada para enfatizar: Ela chorava,e  gritava, e pedia, e clamava por solução.


ID
1049377
Banca
FCC
Órgão
AL-RN
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pontuação está correta em:

Alternativas
Comentários
  • UFA! Que questão longa!


    As velhas regrinhas: não separa sujeito de predicado e verbo de seu complemento.


    " O inesperado precisa de uma longa preparação!"

  • A letra "a" é a que está menos incorreta ao meu ver. Mas ainda tem um erro gritante: letra minúscula depois do ponto de exclamação?

    "! deem..."

  • Alguns erros:

    b)...à notícia,de...(vírgula separando termo regente do seu complemento nominal) Jamais separar tais termos!


    c)...os parlamentares,cancelaram...(vírgula separando sujeito do verbo) Jamais separar sujeito do verbo!


    d)...se refere,à notícia...(vírgula separando verbo do seu complemento) Jamais separar verbo do seu complemento!


    e)...cancelaram,seu encontro...(vírgula separando verbo do seu complemento) Jamais separar verbo do seu complemento!


    Alternativa: a)

  • Galera de boa.. Desculpem, mas da para matar a questão só observando o termo destacado:

    O áspero comentário, que se refere à notícia de que os parlamentares cancelaram seu encontro com o papa, foi realizado por uma pessoa descontente com o tratamento dado à saúde pública que assim se pronunciou: 
    – Tem de cancelar mesmo! deem as verbas para as santas casas e hospitais públicos, nada de fazer média à custa de quem não tem como tratar da saúde, devido a hospitais sem leitos, sem médicos. 


  • Gabarito:Letra A

    A vírgula entre os termos não torna o período errado pois transforma a oração em subordinada restritiva explicativa, que é aquela que sempre vem separada por vírgulas.

  • Há um erro na alternativa A: como pode uma oração começar com letra minúscula?

    – Tem de cancelar mesmo! deem as verbas para a...

    Porém, a pontuação está correta. O que está errado é a ortografia, e não é isso que está sendo solicitado no enunciado.

  • Opção certa é A.


    O primeiro par de vírgula isola uma oração subordinada adjetiva explicativa. As últimas vírgulas são usadas para separar termos da mesma função sintática. e.g.: Tivera pai, mãe, marido, dois filhos etc ( LISPECTOR, Clarice)

  • Errei pq achei que o deem depois da exclamação estava com letra minúscula... putz... 

  • gabaritei

     

  • a.

    As virgulas estao isolando oração subordinada adjetiva explicativa porque descreve o sujeito da oração principal. Outra indicação é a presença do pronome relativo "que", o qual indica existência da oração subordinada, e a obrigação de usar virgulas para demarcar o segmento oracional.

  • QUANTO AO QUE SE PEDE - GABARITO A

     

    Só abrindo um parenteses :

    Não teria um erro na assertiva "A" ? no trecho :[...]devido a hospitais sem leitos, sem médicos.[...] (não seria "DEVIDO AOS HOSPITAIS" ?)

     

    ALGUÉM?


ID
1071271
Banca
IDECAN
Órgão
Banestes
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Fecomércio: classe C irá impulsionar crescimento de 40% do PIB até 2020

     Um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) divulgado nesta quarta-feira aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 40% até 2020 e dos R$ 2 trilhões adicionados ao PIB até a data, cerca de R$ 1,4 milhão virá do consumo das famílias, principalmente da classe C (com rendimentos entre R$ 1,4 mil e R$ 7 mil), responsáveis por 51% do consumo total e que abrange 54% da população brasileira atualmente. 
     Entre 2011 e 2020, o consumo per capita deve aumentar 30% para as faixas A e B e cerca de 50% para as demais. De acordo com a instituição, as mudanças já estão visíveis. Um dos exemplos é a alimentação. O brasileiro passou a comer mais vezes fora de casa, e com isso, o gasto com bares, restaurantes e lanchonetes apresentou alta de 26,6%, passando a R$ 145,59 por mês no período entre 2003 e 2009. Além disso, o consumo de carne bovina de boa qualidade subiu 4,2%; já o consumo de frango teve queda de 11,8%. O consumo de azeite de oliva cresceu 13,8% no mesmo período. 
     Para o diretor executivo da entidade, Antônio Carlos Borges, além de consumir mais, as famílias estão gastando melhor e, com mais recursos, as famílias brasileiras passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e a inclusão. 
     De acordo com a Fecomércio, os gastos das famílias brasileiras – que possuem rendimento médio de R$ 2,9 mil entre todas as classes – com aparelhos celulares demonstram as transformações na sociedade do País. Ao todo, estes gastos apresentaram alta de 63,3% entre 2003 e 2009. Porém, na análise entre as faixas de renda, a classe C ampliou os recursos destinados em 70%; já a classe E (rendimento familiar até R$ 900) apresentou alta de 312%. “Com mais recursos, as famílias brasileiras não se ativeram, simplesmente, à melhora do que já possuíam, mas passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e inclusão”, afirmou Borges.
(http://economia.terra.com.br, 29/02/2012)

“De acordo com a Fecomércio, os gastos das famílias brasileiras – que possuem rendimento médio de R$ 2,9 mil entre todas as classes – com aparelhos celulares demonstra as transformações na sociedade do País.” O uso do duplo travessão no trecho destacado tem como justificativa

Alternativas
Comentários
  • se o termo entre o travessão começar por : que, qual,quem,onde e cujo e se referir a um substantivo, então o trecho isolado é uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa!

  • IDECAN é uma mãe né.. mamão demais

  • Para não errar mais!!

    Explicativa = Entre vírgulas

    ReStritiva = Sem vírgulas

    Gabarito: B

    Obs >> Os travessões podem ser substituídos por vírgulas.

  • - Em frases de natureza explicativa e orações coordenadas as trocas são equivalentes sem mudar o sentido da frase.

    * no bigode chinês não tem problema se trocar (-,,,,-) vírgula, travessão e parênteses uns pelos outros.


ID
1086316
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao ler o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) muitas pessoas podem achar óbvio e desnecessário um artigo determinando que os carros devam trafegar pelo lado direito das ruas.
Também parece claro que os pedestres devem ter uma área específica para atravessar (as faixas), que os veículos precisam ter cintos de segurança e as vias tenham de ser sinalizadas.
Mas o trânsito que vemos hoje é justamente o resultado de avanços de uma legislação que chegou aos 100 anos.

      A primeira legislação nacional de trânsito foi assinada em 1910, pelo então presidente Nilo Peçanha, e tinha o objetivo de traçar regras para o transporte de passageiros e de cargas.
Tudo isso em uma época em que os carros particulares eram raridade, assim como as ruas e avenidas. Por isso, um dos artigos previa justamente formas de concessão das vias para a iniciativa privada e como elas deveriam ser construídas.

      Em 1928, uma nova legislação buscou colocar ordem no trânsito. Nessa época foi determinado o lado de circulação dos veículos e exigiu-se a instalação de placas com números para identificá-los – e as ruas ganharam sinalização.

      Depois disso, houve quatro códigos de trânsito, o atual datado de 1997. A cada novo código, surgia a obrigação de novos equipamentos de segurança, como espelhos retrovisores e indicadores de direção (setas). No código de 1966 já estavam presentes o cinto de segurança e as faixas de pedestres. Até hoje, as autoridades lutam para que pedestres sejam respeitados nessas faixas.


(Adaptado de: Renato Machado. O Estado de S. Paulo, Cidades/Metrópole, C7, 20 de junho de 2010)

Considere as afirmativas seguintes, a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto.

I. ... é justamente o resultado de avanços de uma legislação que chegou aos 100 anos. (1o parágrafo)

Estaria correta a colocação de um sinal de dois- pontos após a palavra legislação, para separar o segmento que chegou aos 100 anos.

II. Os parênteses empregados em (as faixas) – 1o parágrafo – e em (setas) – último parágrafo – isolam elementos de natureza especificativa.

III. ... e exigiu-se a instalação de placas com números para identificá-los – e as ruas ganharam sinalização. (3o parágrafo)

O travessão poderia ser corretamente substituído por uma vírgula, sem prejuízo da correção e da clareza.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • O travessão pode substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos, sem prejuízo da correção.

  • O item III, a meu ver, está correto, pois nas coordenadas aditivas ligadas pela preposição "E", usa-se a vírgula se ligar orações com sujeitos diferentes. 

    Não sei explicar o erro do item I, se alguém puder ajudar.



  • Acredito que a I seja uma Oração subordinada adjetiva restritiva. Logo, ao colocar qualquer pontuação antes do que passaria a ser explicativa, mudando completamente o sentido. A fcc adora essa diferença entre as orações restritivas e explicativas!!

  • Gab: b) II e III, apenas. 

  • GABARITO B
    I
    : Esta errado porque a oração em que se propõe o uso dos "dois pontos"é uma Oração subordinada Adjetiva restritiva , e caso troca-se passaria a ser Explicativa.
    Oração Adjetiva ,porque 1°-vem introduzo pelo pronome relativo QUE (oração adjetivo SEMPRE VEM COM PRONOME RELATIVO ),
    2°-A  parte  sublinhada :  de uma legislação que chegou aos 100 anos .
    poderia ser substituído por
    : de uma legislação centenária (centenária é adjetivo de legislação)

    e a diferença , RESTRITIVA = sem vírgula  e EXPLICATIVA = com virgula.
    II: Esta correto, as faixas  esta especificando (área específica para atravessar)  e a setas os (indicadores de direção)

    III. Certoa troca da vírgula por travessão não mudaria o sentido do texto!

  • Não entendi o erro do item I. A questão pede se estaria correto, não pede se alteraria o sentido. Logo, está correta.

  • Como a FCC colocou apenas "Estaria Correta" mas não especificou se era a correção gramatical ou o sentido, eu analisei os dois

    Assim como explicou o colega Denis, colocando-se dois pontos na "I", a frase perderia seu sentido original


ID
1103299
Banca
UFCG
Órgão
TJ-PB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho abaixo e marque a(s) afirmação(ões) correta(s) sobre o uso da pontuação adequada.

A prisão de Márcio Toledo em São Paulo rendeu à polícia um dos mais aterrorizantes retratos da ação de pedófilos no Brasil com crianças brasileiras apreensões de computadores em outras operações desvendaram cenas igualmente hediondas mas a maioria provinha do exterior. A polícia passou apenas quatro dias interceptando seus telefonemas.

I) A expressão “em São Paulo” deve vir entre vírgulas por se tratar de um adjunto adverbial de lugar deslocado.
II) As palavras “brasileiras” e “apreensões” podem ser separadas por um travessão, pois “apreensões” inicia uma informação relacionada à anterior .
III) O termo “mas” pode ou não vir entre vírgulas por se tratar de uma conjunção.
IV) A seqüência “exterior. A polícia” não permite o uso do ponto por haver uma continuação do mesmo assunto.

Está(ão) correta(s)

Alternativas
Comentários

  • III) O termo “mas” pode ou não vir entre vírgulas por se tratar de uma conjunção. - alguém me explica essa, ao meu ver era obrigatório a vírgula

  • Achava que era obrigatório nas coordenadas sindéticas (exceto o "e").

    Respondi a menos errada.

    Gabarito: E

  • A expressão “em São Paulo” deve vir entre vírgulas por se tratar de um adjunto adverbial de lugar deslocado.

    Até onde eu sei, Adjunto Adverbial Deslocado com até 3 palavras - vírgula facultativa.

  • Eu acho que essa questão está incorreta.

    - Adj Adv deslocado até 2 palavras é facultativo;

    -A conjunção "MAS" não pode vir entre vírgulas, a vírgula seria apenas antes da conjunção.

    Não entendi esse exercício.

  • Questão antiga, de 2008. Alternativas comprometedoras.


ID
1130221
Banca
ISAE
Órgão
PM-AM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na pele do outro (adaptação)


O cotidiano parece se repetir conforme o previsto até que você é empalado por uma cena. Eu saía da loja de um shopping de São Paulo, na tarde de sábado, quando ele passou por mim. Não sei se era a forma como o ar se deslocava de outro jeito ao redor dele, mas eu ainda não o tinha visto e minhas mãos já se estendiam no ar para ampará- lo. Ou talvez fosse só impressão minha, uma vontade estancada antes do movimento. Era um homem velho. Mas mais do que velho, era um homem doente. Cada um dos seus passos se dava por uma coragem tão grande, porque até o pé aterrissar no chão me parecia que ele podia retroceder ou cair. Mas ele avançava. E porque ele avançava na minha frente eu pude ver aquilo que outras partes de mim já haviam percebido antes. Sobre a sua cabeça havia uma peruca tão falsa que servia apenas para revelar aquilo que ele pretendia esconder. E de uma cor tão diferente do seu cabelo branco que parecia descuido de quem o amava ou não amava. Aquilo doía porque havia uma vaidade nele, a preocupação de ocultar a nudez da cabeça. E a peruca mal feita a expunha como um fracasso. A cada um de seus passos de epopeia sua camisa subia revelando um largo pedaço da fralda geriátrica. E assim ele avançava como uma denúncia claudicante da fragilidade de todos nós. Atravessando o corredor do shopping, lugar onde fingimos poder comprar tudo o que nos falta, consumidos pelo medo dessa vida que já começa nos garantindo apenas o fim.

Eu o seguia nesse balé sem coreografia quando ouvi os risinhos. Olhei ao redor e vi as pessoas se cutucando. Olha lá. Olha lá que engraçado. Ele tinha virado piada. Aquele homem desconhecido deixara a sua casa e atravessava o shopping. Para isso empreendera seus melhores esforços. Tinha vestido a peruca para que não percebessem sua calvície. Tinha colocado a fralda para não se urinar no meio do corredor. E caminhava podendo cair a cada passo. E as pessoas ao seu redor riam. E por um momento temi uma cena de filme, quando de repente todos começam a gargalhar e há apenas o homem em silêncio. O homem que não compreende. Até enxergar seu reflexo no olhar que o outro lhe devolve e ser aniquilado porque tudo o que veem nele não é um homem tentando viver , mas uma chance de garantir sua superioridade e sua diferença.

Quando entrevisto algum escritor costumo perguntar: por que você escreve? Alguns me respondem que escrevem para não matar. Eu também escrevo para não matar. Acho que na maior parte das vezes a gente escreve, pinta, cozinha, compõe, costura, cria, enfim, porque não sabe o que fazer com as pessoas que riem enquanto alguém tenta atravessar o corredor do shopping sem ter forças para atravessar o corredor do shopping. O que me horroriza, mais do que os grandes mas sacres estampados no noticiário, são essas pequenas maldades do cotidiano. E só consigo compreender os grandes massacres a partir dos pequenos massacres de todo dia. Os risinhos e dedos que apontam, os cotovelos que se cutucam.

Quem pratica os massacres miúdos do dia a dia é gente que se acha do bem, que não cometeu nenhum delito, que vai trabalhar de manhã e dá presente de Natal. Gente com quem você pode conversar sobre o tempo enquanto espera o ônibus, que trabalha ao seu lado ou bem perto de você, e às vezes até lhe empresta o creme dental no banheiro. É destes que eu tenho mais medo, é com estes que eu não sei lidar.

Entrevistei muitos assassinos sem sobressalto, porque estava tudo ali, explícito. Era uma quebra. O que me parece mais difícil é lidar com o mal rotineiro e persistente, difícil de combater porque camuflado. O mal praticado com afinco pelos pequenos assassinos do cotidiano que nenhuma lei enquadra. E quando você os confronta, esboçam uma cara de espanto

O pequeno mal está por toda parte. Possivelmente sempre esteve. Apenas que cada época tem suas peculiaridades. E na nossa somos cegados o tempo inteiro por imagens que nos chegam por telas de todos os tamanhos. E cada vez mais escolhemos as cenas que veremos, com quais nosso cérebro decidirá se comover. E as dividimos com os amigos no twitter, enviamos por email e parece até que há uma competição sobre quem consegue enviar mais rápido as imagens mais impactantes. Mas não sei se isso é ver. Não sei se isso nos coloca em contato de verdade.

Penso nisso porque acho que o mundo seria melhor - e a vida doeria um pouco menos - se cada um se esforçasse para vestir a pele do outro antes de rir, apontar e cutucar o colega para que não perca a chance de desprezar um outro, em geral mais vulnerável. Antes de julgar e de condenar. Antes de se achar melhor, mais esperto e mais inteligente. Vestir a pele do outro no minuto anterior ao salto na jugular. (...)

Quais são as razões delas, então? Por que ao testemunhar o homem que atravessa o shopping em passos trôpegos elas riem, se cutucam e apontam? Fiquei pensando se estas pessoas estão tão cegas pela avalanche de cenas em tempo real que para elas é apenas uma imagem da qual podem se descolar. É só mais uma cena que, como tantas a que assistimos todos os dias, não sabemos mais se é realidade ou ficção. Não é que não sabemos, apenas que parece que não importa, agora que os limites estão distendidos. Por que apenas assistimos às cenas - não as vemos nem entramos em contato.

erá que era por isso que podiam rir? Por que não tinham nenhuma conexão com aquele outro ser humano? É curioso que agora o verbo conectar é mais usado para nos ligarmos a uma máquina que nos leva instantaneamente para a vida dos outros. Pela primeira vez somos capazes de nos conectar ao mundo inteiro. O que é mais fácil do que se conectar a uma só pessoa - ao homem doente que atravessa o corredor do shopping diante de nós. É curioso como agora podemos nos conectar - para nos desconectarmos.

E se, ao contrário, riam porque se sentiam tão conectadas a ele que precisavam rir para suportar? Pensei então que talvez pudesse ser esta a razão. Aquelas pessoas realmente enxergavam aquele homem - e por enxergar é que precisavam rir, se cutucar e apontar. Porque a fragilidade dele também é a delas, a de cada um de nós. (...)

Talvez seja esta a razão, pensei. Essas pessoas precisaram rir, cutucar e apontar para ter a certeza - momentânea e ilusória - de que ele não era elas. Não seria nunca. Só apontamos para o outro, para o diferente, para aquele que não somos nós. E quando apontamos para alguém é justamente para denunciar que ela não é como nós.

Neste caso, teria sido para se certificar. Elas diziam: Olha que peruca ridícula. Ou: Você viu que ele está de fralda? Mas na verdade estavam dizendo: O que acontece com ele nunca acontecerá comigo. Ou: Ele não tem nada a ver comigo. Por que deixam gente assim entrar num shopping? Riam, cutucavam e apontavam por medo do que viam nele - de si mesmas.

São hipóteses, apenas. Uma tentativa de entender - de pensar e escrever em vez de responder com violência à violência que presenciei. E que me aniquila tanto quanto um massacre reconhecido no noticiário como massacre. Talvez não seja nada disso. No Natal minha filha me deu de presente uma camiseta em que a Mafalda, a personagem do cartunista argentino Quino, dizia: “E não é que neste mundo tem cada vez mais gente e cada vez menos pessoas?”. Talvez ali, no corredor do shopping, não fossem pessoas - só gente. Porque nascemos gente - mas só nos tornamos pessoas se fizermos o movimento.

) “Penso nisso porque acho que o mundo seria melhor — e a vida doeria um pouco menos — se cada um se esforçasse para vestir a pele do outro antes de rir, apontar e cutucar o colega para que não perca a chance de desprezar um outro, em geral mais vulnerável.”

É possível substituir corretamente os travessões do período acima sem qualquer prejuízo sintático-semântico na seguinte alternativa:

Alternativas

ID
1141078
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

                              O Brasil como problema

Ao longo dos séculos, vimos atribuindo o atraso do Brasil e a penúria dos brasileiros a falsas causas naturais e históricas, umas e outras imutáveis. Entre elas, fala-se dos inconvenientes do clima tropical, ignorando-se suas evidentes vantagens. Acusa-se, também, a mestiçagem, desconhecendo que somos um povo feito do caldeamento de índios com negros e brancos, e que nos mestiços constituíamos e cerne melhor de nosso povo.

Há quem se refira à colonização lusitana, com nostalgia por uma mirífica colonização holandesa. É tolice de gente que, visivelmente, nunca foi ao Suriname. Existe até quem queira atribuir o nosso atraso a uma suposta juvenilidade do povo brasileiro, que ainda estaria na minoridade. Esses idiotas ignoram que somos cento e tantos anos mais velhos que os Estados Unidos. Dizem, também, que nosso território é pobre - uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada - outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.

Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites. Muita gente boa, porém, em sua inocência, o interioriza e repete. De fato, o único fator causal inegável de nosso atraso é o caráter das classes dominantes brasileiras, que se escondem atrás desse discurso. Não há como negar que a culpa do atraso nos cabe é a nós, os ricos, os brancos, os educados, que impusemos, desde sempre, ao Brasil, a hegemonia de uma elite retrógrada, que só atua em seu próprio benefício.


RIBEIRO, Darci. O Brasil como problema. Brasília: Editora da UnB, 2010. p. 23-24. [Adaptado]


Considere o trecho abaixo, extraído do texto 2.

Dizem, também, que nosso território é pobre – uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada – outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edifcamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.”

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:E

    No 3º parágrafo temos: "Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites" 

    Bons Estudos !


  • Vamos lá amigos, analisando:

    a) INCORRETA. Devemos recorrer ao texto , o parágrafo 2ª  em "[..] Existe até quem queira atribuir o nosso atraso a uma suposta juvenilidade do povo brasileiro, que ainda estaria na minoridade. Esses idiotas ....( =eles) .  Podemos verificar que de fato eles é um pronome substantivo de valor anafórico ( retomando um termo ANTERIOR), porém essa retomada faz menção a essas pessoas citadas nesse período transcrito acima ( pessoas que querem atribuir o atraso do país a uma suposta juventude ...........)


    b) INCORRETA. Não tem sentido de outra pessoa do discurso. Apenas um comentário, uma enfatização a mais por parte do locutor. Poderia ser substituído por uma vírgula. Balela = sinônimo de Falsidade, mentira.


    c)INCORRETA  . Existe uma relação de supremacia ou superioridade do Brasil em relação a América do Norte. "[..] Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte 


    d) INCORRETA. Novamente  a palavra balela  que refere-se á = MENTIRA, FALSIDADE


    e) CORRETO, observe o ultimo parágrafo ... o início do mesmo tem valor anafórico, ou seja o leitor determina quem são os sujeitos dos verbos na 3ª pessoa do plural. " Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites."


    DEUS NOS ABENÇOE!!!

  • Acabei de fazer essa mesma questão (Q433653) e o gabarito é "c". Errei porque achei que o gabarito era realmente "e".

    E agora, nessa questão, o gabarito é "e".

     

    E ai QC, qual o gabarito?

  •  E a questao Q383426, o gabarito é A. Afinal, qual é a resposta certa?

  • A) ERRADA - não falou nada de portugueses do período colonial no texto.
    B) ERRADA - não tem segunda voz estranha ao texto
    C) ERRADA - COMPARAÇÃO e não conformidade
    D) ERRADA - como que você vai trocar balela por traição?
    E) CORRETA - olha pro último parágrafo, tá falando sobre elites e tal, dai se vc for lendo o texto, vc percebe que tá falando neles várias vezes...


ID
1145281
Banca
FUNRIO
Órgão
DEPEN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

QUALIFICAÇÃO


Não existe um consenso sobre se a elite também vai para a cadeia nos países desenvolvidos porque as cadeias são melhores ou se as cadeias são melhores porque a elite as frequenta, Não importa. O fato é que se pode prever um sensível aprimoramento de instalações e serviços nas nossas prisões com a qualificação progressiva da sua população.
Um sistema de cotações - cinco estrelas para prisões com celas executivas, por exemplo - e a possibilidade de o condenado escolher sua penitenciária assegurariam o funcionamento do sistema em bases saudavelmente empresariais. As empreiteiras teriam interesse redobrado em construir boas penitenciárias, e as financeiras em financiá-las, para garantir sua participação num novo e lucrativo mercado e porque a qualquer hora elas poderiam receber seus executivos, para os quais reservariam as coberturas.
O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter desdobramentos inesperados. A inevitável melhora dos serviços penitenciários serviria como incentivo para confissões voluntárias. Acabariam as lutas jurídicas, a indústria de liminares e a proliferação de habeas-corpus, desafogando o nosso sistema judiciário, já que muitos acusados prefeririam reconhecer sua culpa e ir logo para a cadeia, escolhendo a que tivesse melhor bar ou ginásio, ou de acordo com a programação da TV a cabo.
Conhecendo-se a nossa indústria construtora, haveria o risco de as construções de luxo excluírem as construções populares, como já acontece no mercado de imóveis, e de os criminosos comuns ficarem sem cadeia, o que aumentaria a insegurança das ruas. Mas dentro dos muros de penitenciárias modernas e confortáveis, a elite brasileira viveria o seu sonho de segurança total: guardas 24 horas por dia e o convívio exclusivo dos seus pares.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando. “O Globo”, 2/7/2000.)

“Um sistema de cotações – cinco estrelas para prisões com celas executivas, por exemplo – e a possibilidade de o condenado escolher sua penitenciária (...).” O trecho entre travessões mantém com o termo anterior uma relação

Alternativas
Comentários
  • Explicativa.


ID
1158058
Banca
FAFIPA
Órgão
UFFS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Frio congelante e calor fatal: quando temperaturas
                                        extremas podem matar?


           A costa leste dos Estados Unidos enfrentou ontem seu dia mais gelado em quatro décadas, com uma queda histórica das temperaturas que, aliada ao intenso vento, provocou sensação térmica de até -50ºC em alguns pontos. A intensa onda de frio foi provocada por um “vórtice polar” - uma massa de ar densa e fria que gira no sentido anti-horário -, e Estados como Minnesota viram descer seus termômetros até -48ºC, batendo recordes de duas décadas, acompanhada de neve e chuvas de granizo. Tais temperaturas são difíceis de imaginar no Brasil, onde no mesmo período foi registrado calor de quase 40ºC no sul do Brasil, onde o clima costuma ser mais ameno.
          O “vórtice polar” que atingiu os Estados Unidos esta semana é um ciclone de ar extremamente frio situado normalmente no norte do Canadá, mas que se deslocou para o sul acompanhado de fortes rajadas de vento. O fenômeno ligou o alarme no nordeste e meio-oeste do país, onde escolas foram fechadas, milhares de voos cancelados e recomendado que os cidadãos, na medida do possível, não saiam de suas casas. O frio é tanto que inclusive os ursos polares e os pinguins dos zoológicos de algumas cidades como Chicago foram cobertos.
          O frio registrado em boa parte dos EUA foi tão intenso que a água quente, em ponto de fervura, de um copo lançado ao ar congela quase instantaneamente, passando a se transformar automaticamente em neve. A severa frente fria afeta 140 milhões de pessoas de 26 Estados e provocou milhares de atrasos e cancelamentos de voos, além de cortes de luz em diversas regiões. Existe risco de hipotermia, e não é recomendado permanecer parado à intempérie durante muito tempo. Combinadas com rajadas de vento, temperaturas tão baixas são potencialmente fatais. Mais de uma dezena de mortes foram registradas, de maneira direta ou indireta, devido ao mau tempo e baixas temperaturas nos Estados Unidos.
          Quando a temperatura fica abaixo dos -25ºC, a pele exposta fica congelada em questão de minutos e a hipotermia não demora a surgir. O frio intenso pode provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre. As autoridades recomendam usar manoplas ao invés de luvas, não permanecer na rua molhados e, se as circunstâncias permitirem, não ir para as ruas de modo algum. Os habitantes são convocados a permanecer em suas casas e a fazer estoques de alimentos.
          Os sintomas do congelamento são a perda da sensibilidade e a palidez nos dedos, orelhas e nariz. A hipotermia se manifesta com perda de memória, desorientação, fadiga e calafrios. Neste caso, deve-se levar a vítima a um lugar coberto, fornecer bebidas quentes e depois ir ao médico. Autoridades pediram aos americanos que fiquem dentro de casa e estoquem alimentos e remédios. Especialistas alertam à população que a pele exposta a tais condições pode sofrer queimaduras em menos de cinco minutos.
          Se o frio intenso pode causar queimaduras, imagine se expor a temperaturas muito quentes. Na segunda-feira, enquanto os Estados Unidos registravam temperaturas entre 11 e 22 graus abaixo da média, a temperatura chegava aos 41,1°C em Santa Rosa, cidade argentina na província de La Pampa. O país registrou a pior onda de calor em seu território no último século. A umidade relativa do ar era de apenas 9%, uma situação de emergência pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ficar em um ambiente muito quente (com temperaturas acima de 40ºC) por períodos prolongados dificulta o controle térmico do corpo e pode causar a condição conhecida como hipertermia.
          Se houver exposição prolongada ao calor em excesso, é possível aparecerem sintomas como aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração. Sintomas mais graves, como desidratação, insolação e cãibras, estão entre os principais indícios do calor extremo no organismo, que também costuma causar náuseas, vômito e suor intenso. Aumenta ainda o risco de câncer de pele - o mais frequente na população - e há a possibilidade de ocorrer queimaduras solares que, se não tratadas, podem evoluir para um câncer de pele.


Disponível em: http://noticias.terra.com.br/educacao

No primeiro parágrafo, o emprego de dois travessões poderia ter sido substituído, sem alterar o sentido do texto, por:

Alternativas

ID
1195381
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRT - 13ª Região (PB)
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Em “Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo - há amor.", o uso do travessão justifica-se por

Alternativas
Comentários
  • Funções do travessão:

     

    Travessão [ - ]:

    Atribui-se a este sinal a função de: 

    * Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos: 

    - Quando voltarás para cá?
    Seu amigo respondeu:
    - Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional. 

    * Enfatizar uma palavra, frase ou expressão.

    Ex: Era somente este o objetivo de Carlos – concluir sua graduação e seguir carreira militar. 

    * Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses.

    Ex: São Paulo – considerada a maior metrópole brasileira – enfrenta problemas de naturezas distinta

     

  • Travessão ( — ): utilizado para dar início à fala de um personagem, indicar mudança do interlocutor nos diálogos, unir grupos de palavras que indicam itinerários (A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.), em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas (Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.), realçar um sintagma (Esses apps não são produtivos - e sim, distrativos).

    Quanto à questão:

    (A) ERRADA: Não há mudança de interlocução.

    (B) CORRETA: Realce do sintagma "há amor".

    (C) ERRADA: Não cabe parênteses, pois não há a intenção de se isolar o último termo.

    (D) ERRADA: "há amor" compõe a oração e não está isolada.

    (E) ERRADA: Não se utiliza travessão para imprimir pausas.


ID
1200295
Banca
SHDIAS
Órgão
CEASA-CAMPINAS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das frases abaixo, qual delas, emprega INCORRETAMENTE os sinais de pontuação?

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    Desertos, irão aumentar. Nunca se separa sujeito de predicado.


  • Separou-se sujeito do verbo na alternativa A. Além disso, como pode a alternativa B não ter pontuação alguma no final e estar correta?

  • essa banca é paraguaia, os caras tem um em cada 5 questões anuladas... 


ID
1200829
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

[...] Aos meus olhinhos infantis, o mundo se dividia entre as forças bandidas exaladas pelo fígado de bacalhau - só a ingenuidade das mães para acreditar em fígado de animal que sequer cabeça tinha - e, do outro lado do ringue, capitaneando as noites de lua romântica que um dia iluminariam de felicidade minha existência, lá estava o casal dançarino do rótulo do Sonho de Valsa. Uma vida é feita de gente, livros, músicas, cenas - e produtos do armazém da esquina. O casal elegante e apaixonado, o violino, o sax e o bongô desenhados ao redor deles, aquilo era mais que um papel defendendo o bombom das formigas. Era um projeto de vida.

                        SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Na pista do sonho. O que as mulheres procuram na bolsa. Rio de Janeiro: Record, 2003.


Dadas as afirmações seguintes, acerca da pontuação do fragmento de texto anterior,

I. As reticências foram empregadas para indicar hesitação ou a suspensão de uma ideia que fica a cargo do leitor completar.
II. A primeira vírgula, empregada no fragmento, indica que há um termo fora de posição habitual, ou seja, um termo deslocado.
III. O travessão duplo foi utilizado para indicar o discurso direto.
IV. Usou-se o travessão duplo para isolar enunciado intercalado em outro enunciado.
V. Os dois primeiros travessões isolam enunciado intercalado, finalizando o primeiro.

assinale

Alternativas

ID
1201066
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 16 a 20 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

     Enquanto o desmatamento da Amazônia é motivo de clamor internacional, a devastação do cerrado passa quase despercebida, até mesmo no Brasil. O segundo maior bioma do país já perdeu 40% de sua cobertura original. Se forem contadas as áreas de pastagem manejadas, que utilizam o capim nativo em vez do plantado, o índice de ocupação chega a 56%.
     Estudo da Universidade Federal de Goiás prevê redução de 40 mil km do bioma por década, se for mantido o ritmo atual de avanço da fronteira agrícola e pecuária. Isso trará consequências socioeconômicas e ambientais, como maior comprometimento das bacias hidrográficas de todo o bioma, com prejuízos diretos para os recursos hídricos, o solo e a biodiversidade da região. Os cálculos, feitos com base em imagens de satélites, sinalizam uma expansão da fronteira agrícola no cerrado em direção às regiões Norte e Nordeste, sobretudo Bahia, Piauí e Maranhão, onde é crescente o plantio de soja.
     O cerrado se espalha por dez Estados e Distrito Federal. É considerado uma das savanas mais ricas do mundo devido ao contato biológico com biomas vizinhos. Em áreas do cerrado estão nascentes de importantes rios da Bacia Amazônica, do Prata e do São Francisco. Só os 40% já significam 800 mil km de devastação - uma área equivalente aos territórios de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São 100 mil quilômetros a mais do que já foi desmatado na Amazônia. Ainda assim as savanas do cerrado estão longe de receber a atenção, a proteção ou os recursos destinados às florestas tropicais.
     Parte da indiferença, segundo ambientalistas, nasce de uma percepção equivocada de que o cerrado é um bioma "pobre". Pesquisas recentes, entretanto, mostram tratar-se de uma savana riquíssima em espécies da fauna e da flora. Apesar de sua grande extensão, o bioma está na lista dos hotspots - as áreas de grande biodiversidade mais ameaçadas do planeta.

(Adaptado de João Domingos e Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, 1 de março de 2009, Vida&, A21)

Só os 40% já significam 800 mil km de devastação - uma área equivalente aos territórios de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (3o parágrafo)

Apesar de sua grande extensão, o bioma está na lista dos hotspots - as áreas de grande biodiversidade mais ameaçadas do planeta. (final do texto)

Considerando-se o emprego dos travessões nas frases acima, está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Letra e. 

    Acho que traz sentido explicativo. E não, restritivo.


ID
1237489
Banca
FCC
Órgão
TCE-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


        A pregação de um sermão e a publicação de uma ordem de delação faziam parte da rotina dos inquisidores medievais quando chegavam a uma nova localidade em seu itinerário. A ordem de delação, embrião do futuro édito da fé, não era tão minuciosa na descrição dos crimes - em uma sociedade onde predominava a comunicação oral, os inquisidores consideravam fundamental o papel do sermão. É apenas mais tarde que se inverte essa relação de dominação do édito pelo sermão - tendência tornada irreversível com a fundação da Inquisição espanhola. Com efeito, o édito não era apenas lido depois do sermão: ele era afixado à porta da igreja. Como suporte de comunicação, ele se torna cada vez mais importante, pois assegura uma definição clara dos delitos sob alçada da Inquisição. Não é surpreendente que, em uma sociedade onde as elites urbanas são progressivamente alfabetizadas, a publicação do édito se torne o ato central da fundação dos novos tribunais e das visitas de distrito, um ato que adquire uma tal autonomia que é utilizado todos os anos para reafirmar os contornos da jurisdição inquisitorial. Mas a publicação do édito, embora breve e subordinada nos séculos XIII e XIV, era acompanhada pela proclamação de um "tempo de graça" de que podiam se beneficiar todos os culpados dos delitos de heresia que se apresentassem espontaneamente para confessar suas faltas aos inquisidores. A publicação do tempo de graça, que se estendia geralmente até um mês, adquire uma tal rotina que é frequentemente incluída no protocolo final do édito - nesse caso, o édito passa a ser designado por "édito da graça".

(BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições: Portugal,
Espanha e Itália - séculos XV-XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 155 e 156)

As orientações da gramática normativa legitimam o que se afirma na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADO. Não se separa sujeito do predicativo do sujeito, a não ser que este venha deslocado. É possível colocar entre vírgulas um advérbio, entretanto, não é o caso da questão. Logo, neste caso esta sim comprometendo a correção da frase. Contudo, pode-se sim substituir os dois pontos por um travessão sem prejudicar a correção da frase, pois este pode substituir aquele quando há o intuito de destacar uma palavra, frase ou expressão

    b) CORRETO. ''os inquisidores consideravam fundamental quaisquer que fossem os temas do sermão''. A oração sublinhada é uma oração subordinada adjetiva restritiva e a função sintática do pronome relativo ''que'' é de predicativo do sujeito. Neste caso, quaisquer equivale a adjunto adnominal o qual deverá concordar com o núcleo do sujeito, para evidenciar isso, basta colocar na seguinte ordem : Quaisquer temas do sermão fossem...''. 

    c) ERRADO. Pois, o núcleo do sujeito é ''publicação'' e é com este que o verbo deve concordar.''A publicação dos éditos se torne o ato central..''

    d) ERRADO. O correto seria inclui

    e) ERRADO. Pois, o sujeito é ''essa relação de dominação do édito pelo sermão'' e se o núcleo do sujeito -relação- passar para o plural, o verbo deverá concordar com o mesmo. ''que se invertem essas relações...''


    Caso tenha algo errado, retifiquem por favor!

    Bons estudos!

  • Conforme comentário da Patrícia a resposta A também está certa porque uma das alterações está comprometendo a correção da frase e é justamente isto que o enunciado afirma: a inclusão de vírgula depois da palavra apenas e a substituição dos dois-pontos por um travessão comprometeriam a correção da frase.

    Questão deveria ser anulada.
  • Abrão, 

    Para a assertiva a estar correta  os dois casos deveriam comprometer a correção da frase, entretanto, não é isto que ocorre. 

    A conjunção e é aditiva, ou seja, há a necessidade das duas coisas acontecerem. Agora, se fosse utilizado a conjunção ou que é alternativa, a assertiva estaria correta pois bastaria apenas que um caso comprometesse a correção da frase.

  • Gabarito da questão: letra A

  • GABARITO DA BANCA: B)


ID
1263625
Banca
FUNCAB
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Inauguração da Avenida

      [...]
      Já lá se vão cinco dias. E ainda não houve aclamações, ainda não houve delírio. O choque foi rude demais. Acalma ainda não renasceu.
      Mas o que há de mais interessante na vida dessa mó de povo que se está comprimindo e revoluteando na Avenida, entre a Prainha e o Boqueirão, é o tom das conversas, que o ouvido de um observador apanha aqui e ali, neste ou naquele grupo.
      Não falo das conversas da gente culta, dos “doutores” que se julgam doutos.
Falo das conversas do povo - do povo rude, que contempla e critica a arquitetura dos prédios: “Não gosto deste... Gosto mais daquele... Este é mais rico... Aquele tem mais arte... Este é pesado... Aquele é mais elegante...”.
      Ainda nesta sexta-feira, à noite, entremeti-me num grupo e fiquei saboreando uma dessas discussões. Os conversadores, à luz rebrilhante do gás e da eletricidade, iam apontando os prédios: e - cousa consoladora - eu, que acompanhava com os ouvidos e com os olhos a discussão, nem uma só vez deixei de concordar com a opinião do grupo. Com um instintivo bom gosto subitamente nascido, como por um desses milagres a que os teólogos dão o nome de “mistérios da Graça revelada” - aquela simples e rude gente, que nunca vira palácios, que nunca recebera a noção mais rudimentar da arte da arquitetura, estava ali discernindo entre o bom e o mau, e discernindo com clarividência e precisão, separando o trigo do joio, e distinguindo do vidro ordinário o diamante puro.
      É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens - tem uma inteligência nativa, exuberante e pronta, que é feita de sobressaltos e relâmpagos, e que apanha e fixa na confusão as ideias, como a placa sensibilizada de uma máquina fotográfica apanha e fixa, ao clarão instantâneo de uma faísca de luz oxídrica, todos os objetos mergulhados na penumbra de uma sala...
      E, pela Avenida em fora, acotovelando outros grupos, fui pensando na revolução moral e intelectual que se vai operar na população, em virtude da reforma material da cidade.
      A melhor educação é a que entra pelos olhos. Bastou que, deste solo coberto de baiucas e taperas, surgissem alguns palácios, para que imediatamente nas almas mais incultas brotasse de súbito a fina flor do bom gosto: olhos, que só haviam contemplado até então betesgas, compreenderam logo o que é a arquitetura. Que não será quando da velha cidade colonial, estupidamente conservada até agora como um pesadelo do passado, apenas restar a lembrança?
      [...]
      E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio, voltei-me, e contemplei mais uma vez a Avenida, em toda sua gloriosa e luminosa extensão. [...]

Gazeta de Notícias - 19 nov.1905. Bilac, Olavo. Vossa Insolência: crônicas. São Paulo: Companhia de Letras, 1996, p. 264-267.

Vocabulário:
baiuca: local de última categoria, malfrequentado.
betesga: rua estreita, sem saída,
: do latim “mole” , multidão; grande quantidade,
revolutear: agitar-se em várias direções,
tapera: lugar malconservado e de mau aspecto

A língua escrita não dispõe dos inumeráveis recursos rítmicos e melódicos da língua falada. Para reconstituir aproximadamente o movimento vivo da elocução oral, serve-se da pontuação.

Nessa perspectiva, assinale a alternativa correta quanto à justificativa do uso dos travessões em: “É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens — tem uma inteligência nativa...” (texto 1 — § 6)

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me explicar o por que de ser a letra C?

  • O que está dentro dos travessões é uma "informação extra", um "complemento". Ou seja, um adendo. E essa é uma das funções da vírgula, ou nesse caso, uma das funções do travessão também. Aquilo que está delimitado pelos travessões não é mais que uma mera explicação sobre "nosso povo" que aparece escrito na frase.

  • Só para complementar:


    Adendo significa aquele que é somadoadicionado, acrescido em algo que já havia sido feito anteriormente, por exemplo, um texto. É uma palavra de origem no latim (addenda). Adendo é um complemento de um livro, contrato, docies etc.

    Adendo significa aquilo que se ajunta a uma obra para complementá-la. É o mesmo que aditamento, complemento, apêndice, cuja finalidade é acrescentar informações ou retificar dados.

    Adendo é algo que deve ser acrescentado.

    Fonte: http://www.significados.com.br/adendo/

  • a letra "A" está errada porque quem faz o papel de destacar e enfatizar é o sinal de Aspas

  • Gente, como é difícil estudar português viu! 

  • Essa banca é marota! 

  • "Adendo" quer dizer explicação. Errei a questão por desconhecer a palavra apesar de saber que, na oração, os travessões estão isolando uma explicação. :\


  • Adendo = Acréscimo (Aposto)

  • A alternativa "C" é a CORRETA.

     

     

    Devemos indicar a justificativa do uso dos travessões no trecho seguinte:

     

    "É que o nosso povo — nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens — tem uma inteligência nativa..."

     

    O segmento entre travessões traz uma explicação sobre o "nosso povo". Temos, portanto, uma informação adicional intercalada no período, por isso foram utilizados os travessões. Também poderiam ter sido utilizados os parênteses ou as vírgulas.

    Assim, a letra "C" é a CORRETA: os travessões delimitam um adendo que se intercala no discurso.

     

    Um adendo é um acréscimo, uma informação adicional.

    No segmento "nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade", temos oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio ("nascido" / "criado") que se refere a "nosso povo".

    No segmento "que tanto beneficia as plantas como os homens", temos oração subordinada adjetiva explicativa que refere a "clima de calor e umidade". São, portanto, dois segmentos explicativos que estão intercalados (estão no interior do período).

     

    Vejamos as opções incorretas:

     

    a) Destacam, enfaticamente, o que representa a síntese conclusiva do que se diz anteriormente.

    Um síntese é um resumo. O segmento entre travessões não resume, mas sim explica a expressão "nosso povo". Ele traz uma informação adicional, e não uma síntese.

    b) Ligam palavras ou grupos de palavras que se encadeiam em sintagmas verbais.

    Essa ideia de "palavras ou grupos de palavras que se encadeiam em sintagmas verbais" é uma definição de oração.

    Os travessões têm a finalidade de isolar todo esse segmento intercalado, que é formado por orações adjetiva explicativas, como vimos. Não existe aqui essa função de ligar orações, mas sim de separá-las do restante do período.

    d) Indicam a mudança de interlocutor.

    Gente, os travessões são utilizados para marcar a mudança de interlocutor em diálogos, normalmente em textos narrativos. Não é a situação que temos aqui.

    e) Introduzem uma sequência declarativa de sentido completo, interrompendo a sequência frasal.

    Vimos que o segmento traz orações subordinadas adjetivas explicativas. Essas orações não possuem um sentido completo justamente porque são SUBORDINATIVAS, ou seja, dependem das orações principais nos aspectos semântico e sintático. O segmento "nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade" se refere a "nosso povo", portanto depende da oração antecedente para que seja compreendido completamente

  • por desconhecer o significado de "adendo" , cai na pegadinha, pensei que era a letra A. questão confusa.


ID
1333138
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto mostra um conjunto de sinais gráficos. Assinale a opção que indica o segmento do texto em que o emprego de um desses sinais está corretamente justificado.

Alternativas
Comentários
  • Alguém explique por favor o erro da D

  • Creio que a explicação da D seria a mesma da letra E: indicar a transcrição de palavras alheias, já que esses termos são utilizados pelo que o autor chama de "parte da esquerda viúva da ruína socialista".

  • A FGV é do mal! Mas dessa vez acertei.

     

  • os professores deveriam comentar TODAS as questões de português da FGV, sem exceção.

  • Alternativa E


     

    As aspas são usadas para:

    - citações (  menção no texto de informação extraída de outros documentos );

    - destacar palavras pouco usadas ( palavras estrangeiras incomuns );

    - indicar palavras com outro sentido (como afectivo, irónico, etc.);

    - destacar palavras ou expressões com valor significativo (embora, para este caso, seja preferível o negrito);

    - indicar o título de obras;

    - representar a fala de uma pessoa (embora, para este caso, seja preferível o travessão no discurso directo);

  • D e E ficam dúbias, uma vez que não cita o autor das frases transcritas, então não temos como saber se é mesmo o que se diz na questão.



  • Não sei se meu pensamento é o correto para responder questões da FGV, mas pelo que percebi existem questões dessa banca que vc consegue responder interpretando a questão, bem como suas alternativas. Essa questão foi um desses casos.


    A alternativa D não poderia ser a resposta, pois no final da fala o autor diz "seja lá o que esses termos signifiquem hoje". Na justificativa diz: "emprego de aspas para indicar uma cópia de termos técnicos."

    Aí eu me perguntei: COMO QUE UM TERMO TÉCNICO PODE TER UM SIGNIFICADO HOJE E OUTRO AMANHÃ?"

    Não tem lógica entendeu?


    Daí descartei e fui pra letra E que é mais correta de todas.

    “Já ocorreu a tal ‘mudança estrutural’. O Brasil democrático não se parece com seu passado tristonho, embora ainda haja tanto por fazer” – emprego de aspas para indicar a transcrição de palavras alheias.


    De fato, "mudança estrutural" foi utilizada no texto como uma palavra alheia. Percebam a palavra em destaque "a tal mudança estrutural". Eu entendi que o uso de A TAL foi para ser entendido como "Já ocorreu a CONHECIDA / FAMOSA / DITA / TÃO FALADA mudança estrutural.", ou seja, palavras alheias.


    Espero ter ajudado.

  • Complicado não ter comentário do professor. Eu marquei a letra D, por achar que seria alternativa menos pior.

    Vou ficar sem entender o porquê do erro..

    Nas questões da CESPE, tem comentário pra ca***.


ID
1333381
Banca
FCC
Órgão
TRT - 13ª Região (PB)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Hoje, aos 88 anos, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman é considerado um dos pensadores mais eminentes do declínio da civilização. Bauman é autor do conceito de “modernidade líquida”. Com a ideia de “liquidez”, ele tenta explicar a Luís A. Giron as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo com a globalização e o impacto da tecnologia da informação. 

L.A.G. − De acordo com sua análise, as pessoas vivem um senso de desorientação. Perdemos a fé em nós mesmos? 

Zygmunt Bauman − Ainda que a proclamação do “fim da história” de Francis Fukuyama não faça sentido, podemos falar legitimamente do “fim do futuro”. Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a virtude de suas realizações pela crescente (genuína ou suposta) proximidade de uma linha final, o modelo da sociedade que queriam estabelecer. A visão do futuro guiava o presente. Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro, de modo que estamos mais descuidados, ignorantes e negligentes quanto ao que virá. Fomos repelidos pelos atalhos do dia de hoje. 

L.A.G. − As redes sociais aumentaram sua força na internet como ferramentas eficazes de mobilização. Como o senhor analisa o surgimento de uma sociedade em rede?

Bauman − As redes sociais eram atividades de difícil implementação entre as comunidades do passado. De algum modo, elas continuam assim dentro do mundo off-line. No mundo interligado, porém, as interações sociais ganharam a aparência de brinquedo de crianças rápidas. Não parece haver esforço na parcela on-line, virtual, de nossa experiência de vida. Hoje, assistimos à tendência de adaptar nossas interações na vida real (off-line), como se imitássemos o padrão de conforto que experimentamos quando estamos no mundo on-line da internet. 

L.A.G. − Como o senhor vê a nova onda de protestos no Oriente Médio, nos Estados Unidos e na América Latina, que aumentou nos últimos anos? 

Bauman − Se Marx e Engels escrevessem o Manifesto Comunista hoje, teriam de substituir a célebre frase inicial – “Um espectro ronda a Europa − o espectro do comunismo” − pela seguinte: “Um espectro ronda o planeta − o espectro da indignação”. Esse novo espectro comprova a novidade de nossa situação em relação ao ano de 1848, quando Marx e Engels publicaram o Manifesto. Faltam-nos precedentes históricos para aprender com os protestos de massa e seguir adiante. Ainda estamos tateando no escuro.

L.A.G. − O senhor afirma que as elites adotaram uma atitude de máximo de tolerância com o mínimo de seletividade. Qual a razão dessa atitude? 

Bauman − Em relação ao domínio das escolhas culturais, a resposta é que não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas de empreender uma missão iluminadora da cultura. Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo. 

L.A.G. − Como diz o crítico George Steiner, os produtos culturais hoje visam ao máximo impacto e à obsolescência instantânea. Há uma saída para salvar a arte como uma experiência humana importante? 

Bauman − Esses produtos se comportam como o resto do mercado. Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores. Uma vez que a busca pelo lucro continua a ser o motor mais importante da economia, há pouca oportunidade para que os objetos de arte cessem de obedecer à sentença de Steiner. 

L.A.G. − Seus livros parecem pessimistas, talvez porque abram demais os olhos dos leitores. O senhor é pessimista? 

Bauman − A meu ver, os otimistas acreditam que este mundo é o melhor possível, ao passo que os pessimistas suspeitam que os otimistas podem estar certos... Mas acredito que essa classificação binária de atitudes não é exaustiva. Existe uma terceira categoria: pessoas com esperança. Eu me coloco nessa terceira categoria.

(Adaptado da entrevista de: GIRON, Luís Antônio, publicada na revista Época. 19/02/2014. Disponível em http://epoca.globo.com




Considerando-se o contexto, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gab: a) No segmento “Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo”, o travessão pode ser substituído por dois-pontos.

     

  • a) No segmento “Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo”, o travessão pode ser substituído por dois-pontos.
    Correto. O travessão poderá ser substituído por dois-pontos porque tem valor explicativo, explicando o tipo de espectro que ronda a Europa: o espectro do comunismo.

    b) O elemento sublinhado no segmento No mundo interligado, porém, as interações sociais... introduz uma oração cujo conteúdo ratifica o que foi dito na oração anterior.
    Errada. Porém tem valor de conjunção Adversativa. (Mas, Porém, Contudo, Todavia, Entretanto...)

    c) No segmento Existe uma terceira categoria: pessoas com esperança, os dois-pontos introduzem uma ressalva ao que se afirmou antes.
    Errada. Ressalva significa excessão, condição, restrição... O texto diz exatamente o contrário, que a terceira categoria são aquelas com esperança.

    d) Há noção de finalidade no segmento Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores.
    Errada. Não achei lógica nessa alternativa, se alguém puder contribuir, agradeço!

    e) O elemento grifado em ele tenta explicar as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo refere-se a “civilização”.
    Errada. o que nessa oração é pronome relativo.

    Yes, we can!

  • Thiago Freitas, na alternativa "d", acredito que há sentido EXPLICATIVO  no segmento "Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores". 

  • Obrigado pela explicação Graziela e Lennilson.

  • Substitui-se o travessão por dois pontos na letra A, pois o autor faz um acréscimo no texto, ele define qual é o espectro que ronda a Europa.

  • MUITO BOM

  • Na letra D nem teria como ter noção de finalidade, pois o vocábulo PARA é preposição.

    Além disso só há uma oração, para que o "PARA" fosse conjunção com noção de finalidade, teríamos que ter duas orações.
  • LETRA A

     

    DOIS PONTOS :

     

    Os dois pontos assinalam uma pausa suspensiva da voz, indicando que a frase não esta concluída.

    a) indicar uma citação alheia ou própria:
     Já dizia Rui Barbosa: " O homem criando, através do trabalho, assemelha-se a Deus".

    b) antes de uma enumeração:

    "Nós éramos quatro: uma prima, dois neguinhos, e eu.(Mário Quintana).
    " O restante, a saber: capital, esfera e coroa, fez-se em pedaços."


    c) antes de uma explicação ou sequência: (não é resumo!)

    "Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava (...)" (Clarice Lispector)

    "Procurei o mostrador: do ponto em que me achava não se percebia número". (Graciliano Ramos)


     

    Referência: Nílson Teixeira de Almeida - Gramática Completa para concursos e vestibulares.

  • quando não vejo alguém conseguindo explicar todas as letras e usando "acho" ou "não achei lógica" (referente à letra "d"), é porque é uma típica questão que eu iria perder na hora da prova. Ajude a solicitar explicação do professor clicando em "Indicar para comentário".

     

    sorte a todos!

  • antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores


ID
1339081
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
     Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas.
      Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
      Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
      O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público.
      Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
      Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco.
      Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo.
      Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
      Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas.


(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

Atente para as afirmações sobre pontuação feitas abaixo a partir de segmentos transcritos do texto.

I. ... seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, sem alteração do sentido da frase.
II. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público.
Os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo para a clareza e a correção.
III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético.
A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez implicaria prejuízo para a clareza e a correção.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    I - Errada. Uma vírgula não poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, pois alteraria o sentido da frase, tornando-a uma oração explicativa.

    II -  Correta. Os parênteses podem ser usados para isolar a explicação.

    III - Errada. A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez não implicaria prejuízo para a clareza e a correção, pois se estaria isolando o adjunto adverbial.


  • seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Caso fosse colocada uma vírgula após medíocres, a oração teria seu sentido alterado, pois ao invés de ser restritiva, passaria a ser uma oração explicativa.

  • I - Errado - Uma vírgula até poderia ser colocada após medíocre, mas acarretaria alteração de sentido, tornando-a oração subordina explicativa.

    II - Certo - Poderia ser usado o parênteses, ou no caso vírgulas também seriam úteis para isolar.

    III - Errado - Não implicaria em prejuízo o emprego de vírgulas para isolar adjunto adverbial.
  • Gravem isto: se o que diferencia uma oração subordinada adjetiva restritiva de uma explicativa é a colocação ou não da vírgula, é claro que sempre haverá mudança de sentido.

  • CAI COM FREQUÊNCIA NA BANCA FCC:
    Não se pode inserir vírgula anteposta ao pronome relativo (que = a qual), pois a oração passa de adjetiva restritiva (específica) à oração adjetiva explicativa (generaliza). Logo, essa mudança altera o sentido.
    Fonte: Língua Portuguesa para concursos - Duda Nogueira.


  • Respostas + macetes:


    I - ERRADO: Só colocar ou só retirar vírgulas numa frase altera o sentido.

    II - CORRETO: Travessões, parênteses e vírgulas podem ser substituídos entre si sem alterar o sentido ou incorrer em erro gramatical.

    III - ERRADO: Não haveria prejuízo para a correção pois estaria isolando adjunto adverbial. 


  • "Certa vez" = adjunto adverbial de pequena extensão = uso facultativo de vírgulas.

  • Comentário: apenas a II está correta. Vamos ver o problema das outras:

     

    I. ... seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
    medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Uma vírgula
    poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, sem alteração do
    sentido da frase. – Não. Se for colocada uma vírgula após medíocres, a
    oração a seguir deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa,
    alterando o sentido.


    III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada
    de um tabético. A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez
    implicaria prejuízo para a clareza e a correção. – Não. Isolar certa vez com
    vírgulas não altera a correção e nem a clareza da frase, deveria ter
    sido feito por ser um adjunto adverbial que, antecipado ou intercalado,
    deve ser isolado por vírgulas.

     

    GABARITO: B

     

    PROF: RAFAELA FREITAS
     


ID
1342228
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

– Nós, os Cambarás, temos uma lei: nunca batemos em mulher nem em homem fraco; nem nunca usamos arma contra homem desarmado, mesmo que ele seja forte. Quando vejo um negro que baixa a cabeça quando gritam com ele, ou quando vejo um escravo surrado, o sangue me ferve.
VERÍSSIMO, É. O tempo e o vento – O Continente I. São Paulo: Globo, 1997.


Assinale a alternativa que justifica corretamente o uso dos três tipos diferentes de pontuação no trecho “– Nós, os Cambarás, temos uma lei: nunca...”.

Alternativas
Comentários
  • gab. E


    Aposto

    Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir:

    Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro.

    Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração.

    alguns tipos de apostos:

    • Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

    • Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

    • Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.

    • Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores,todos devem comparecer à reunião.


    Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.

ID
1358908
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

No primeiro parágrafo do texto há um segmento entre travessões. O emprego desses travessões se justifica porque, entre eles, há uma

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    O autor expressa a lamentação com a ausência do Latim, como disciplina, nos dias atuais.

  • Errei, pois pensei se tratar de aposto explicativo.

  • Alternativa C

    - no tempo em que existia em nossas (o autor se incluí no texto expressando sua opinião) escolas essa disciplina...

  • no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa

    GAB. C


ID
1377475
Banca
FUNCAB
Órgão
IF-RR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                                  Sabores

     Nunca me esqueci da tarde em que, voltando da escola acompanhado pela empregada lá de casa... bem, naquele tempo politicamente incorreto, a gente chamava de “empregada”. Eu sei que, hoje, costuma-se chamar de funcionária, secretária, ajudante, amiga, auxiliar... Mas, como estou falando de antigamente, manterei o termo da ocasião. Pois voltava da escola coma empregada, ela entrou numa padaria para comprar leite eme perguntou:
     –Quer comprar um sonho?
     Sabores Sonhos não se recusam. Mas também não são oferecidos. Estranhei. Ela insistiu eme apontou o sonho a que se referia. Vi, pela primeira vez na vida, aquele doce, em forma de almofada, soltando creme para todos os lados. Aceitei e, na primeira mordida, percebi que tinha um sabor que eu nunca havia experimentado. E era delicioso. Foi dos melhores prazeres gastronômicos a que já tive acesso. Até hoje procuro pelo sonho de padaria perfeito. Mas nunca mais o encontrei.
     Nas férias de verão, sempre passadas no Rio, meu irmão costumava me levar para jantar na casa da tia Maria Caldas. Tia Maria Caldas – ela sempre foi chamada assim, com nome e sobrenome – era a solteirona da família. Morou a vida inteira num conjugado na Avenida Copacabana. Tinha cozinha mínima. Mas aparentava gostar de cozinhar para meu irmão e eu. Num desses jantares, não me lembro do prato principal, mas lembro-me muito bem de um dos acompanhamentos: ovos mexidos. Ovo não era um alimento muito popular lá em casa. Não era inteiramente rejeitado, como a cebola e o alho, que nunca fizeram parte do cardápio. Mas era ocasional. E em outras formas, como a do ovo cozido ou a do ovo frito. Mexidos, eu nunca tinha visto. Eu não gostava muito de ovos, por isso fiz cara feia quando a tia Maria Caldas estava preparando aqueles. Mas, desde a primeira garfada, foi amor à primeira vista. Tento repetir aquela experiência. Faço ovos com bacon, com presunto, com ervas, ponho leite para ficarem macios, ponho água para ficarem mais leves... Mas nunca mais comi ovos mexidos tão gostosos quanto os da tia Maria Caldas.
     Minha primeiríssima viagem internacional foi a Buenos Aires. Ainda era universitário, tempos de dureza, e, na Argentina, me submeti a uma dieta de massas num dos restaurantes mais populares da cidade, o baratíssimo Pippo. Mas uma noite, eu e o grupo que me acompanhava cometemos uma extravagância e fomos jantar num restaurante que tinham me recomendado: El Palacio de La Papas Fritas. Na verdade, assim como o Pipo, o El Palacio era uma rede de restaurantes. Também era popular, mas com um cardápio com preços um pouco acima do outro. E usava toalhas de mesa, diferentemente do Pipo que preferia cobrir as mesas com papel de pão. A ideia era comer carne, mas o que me surpreendeu foi o acompanhamento, as tais papas fritas. Em forma de pequenas almofadas – devo ter alguma obsessão gastronômica por almofadas –, as batatas, fritas no ponto exato, estouravam na boca espalhando seu sabor. Voltei muitas vezes a Buenos Aires. Nunca deixei de ir ao El Palacio em busca daquele gosto. Mas nunca mais o encontrei.
     Resumo da ópera: os melhores sabores são os da primeira vez.

          (XEXÉO. Artur. Revista O Globo. 01/09/2013.)

A alternativa que justifica corretamente o uso de travessões ( – ) no trecho “[...] Tia Maria Caldas – ela sempre foi chamada assim, com nome e sobrenome – era a solteirona da família. [...]” (parágrafo 4), é:

Alternativas
Comentários
  • O travessão, que é um hífen prolongado (–), é empregado nos seguintes casos:

    Substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos

    Indica a introdução de enunciados no diálogo

    Indica a substituição de um termo, para evitar repetições - GABARITO LETRA B

    Dá ênfase a determinada palavra ou pensamento que segue

     

    Fonte: Manual de Redação da Presidência da República

  • b-

    Pode ser substituido por parenteses e explica um termo anterior. Nao pode ser separado por virgulas porque nao esta isolando uma oração subordinada adjetiva explicativa e sim uma oração coordenada, o que causaria incoerencia sintatica


ID
1385611
Banca
FDC
Órgão
AGERIO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O futebol de hoje, sob o puro aspecto quantitativo, deixa o de ontem longe. É acompanhado por multidões incalculáveis. Tem a televisão a seu serviço, essa máquina de criar fenômenos avassaladores. Movimenta interesses e quantias estratosféricas. Até no Japão e na Coreia - quem imaginaria? - é popular. Uma Copa do Mundo, nos dias que correm, é evento planetário como nenhum outro. Já sob o ponto de vista da qualidade da relação com o torcedor, o futebol atual perde. Havia um vínculo afetivo entre o craque e o clube, o craque e o torcedor e o torcedor e o clube, que foi comprometido. Atentemos, para ter ideia precisa do que se está tentando dizer, em duas diferenças fundamentais entre o futebol de ontem e o de hoje.

A primeira diz respeito ao uniforme. Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo. Vá lá: não era sempre, era quase sempre. Havia ocasiões - uma em cada dez, não mais que isso - em que era preciso trocar de uniforme, pois o do adversário era parecido. Trocava-se então pelo uniforme reserva, que por sua vez era sempre o mesmo, o único e mesmo uniforme reserva. Hoje, o que acontece? O mesmo time pode aparecer com a camisa branca num jogo, listrada no seguinte, cinza no terceiro jogo e com bolinhas e rendas no quarto, isso quando o time alvinegro não se traveste de vermelho, o rubro-negro de verde e o tricolor de um único e inteiriço amarelo. Vale tudo, em favor do contraste que a televisão julgar mais conveniente para a transmissão. 

A segunda diferença é que os times, antes, permaneciam com as mesmas escalações por anos a fio. Podia haver uma modificação pontual aqui e ali, mas no geral, na base, no núcleo duro, a escalação permanecia a mesma. Pode o jovem leitor imaginar uma coisa dessas? Era um tempo de estabilidade e permanência. Os craques ficavam longamente, muitas vezes a vida inteira, nos mesmos clubes. Em consequência, acabavam se identificando com eles. Não se precisa ir muito longe: isso acontecia ainda nos anos 80. Zico era do Flamengo. Zico era o Flamengo. Roberto Dinamite era do Vasco. Um pouco mais para trás, Ademir da Guia, chamado o Divino, a quem João Cabral de Melo Neto dedicou um poema que lhe descrevia o estilo melhor do que qualquer comentarista esportivo (“Ademir impõe com seu jogo / o ritmo de chumbo (e o peso) / da lesma, da câmara lenta, / do homem dentro do pesadelo”) era do Palmeiras. Era o Palmeiras. E Pelé naturalmente era do Santos, assim como Garrincha era do Botafogo, apesar das peregrinações por outros clubes impostas pelas humilhações de fim de carreira. 

Hoje, o que se vê? Tomem-se os craques da seleção, os Edilsons e Luizões da vida. Em que time jogam? Mais adequado seria perguntar: em que time estão jogando neste momento, 3 da tarde? E em qual estarão às 4? Se há tanta inconstância, não há como firmar vínculo com os clubes. Portanto, não há como firmar vínculo com o torcedor. Como resultado, eis-nos introduzidos a um futebol sem heróis. Ademir da Guia tem uma estátua na sede do Palmeiras. Já Romário, quem o homenageará? Nestes últimos anos, ele jogou no Vasco e em seu contrário, o Flamengo. Tanto para os torcedores de um clube como do outro, ele é em parte herói e em parte traidor. 

(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Rev. Veja, 10 / 04 / 002, p. 110.) 

“A primeira diz respeito ao uniforme. Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo. Vá lá: não era sempre, era quase sempre. Havia ocasiões - uma em cada dez, não mais que isso - em que era preciso trocar de uniforme, pois o do adversário era parecido.”

Em relação ao fragmento, o correto é afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) Há vírgula sendo usada para separar os adverbios e outras o aposto.

    C) incorreta, o verbo é diz (trasitivo direto) e o OD é "respeito", ao uniforme é complemento do nome "respeito" e não do verbo.


    D) incorreta, nem todos são sujeitos simples "apresentavam-se" não é.

    E) incorreta, "adversário" é paroxítona terminada em ditongo.

  • qual é o erro da C? 


  • Larissa Almeida,

    o erro da letra c (penso eu),

    "ao uniforme" é um complemento do nome "respeito", que é um substantivo masculino. Então, é um complemento nonimal.

  • Galera o erro da "C" é a preposição, OD não pede preposição. É direto.

  • "Ao uniforme" é complemento nominal de RESPEITO.

    Não existe objeto indireto nessa frase. Apenas um objeto DIRETO que complementa o verbo "dizer".

  • Nem todos os verbos apresentam o mesmo tipo de sujeito, haja vista os verbos haver e ser, os quais exercem respectivamente a transitivadade direta e intransitivo.

    Quanto a letra C, muitos estão equivocados, pois não se trata de OD e sim de complemento nominal: quem diz respeito, diz respeito A ALGUMA COISA. 

  • Havia ocasiões... não tem sujeito...

    Verbo "haver", quando no sentido de ocorrer, existir é impessoal, portanto, sem sujeito.

  • Como vocÊs conseguiram encontrar juízo de valor em - uma em cada dez, não mais que isso - " ? eu vi isso como uma explicação, não como juízo de valor. Por favor, indiquem para comentário!

  • Nem que eu procurasse durante anos conseguiria ver juízo de valor na letra B.

  • Quem entendeu juízo de valor aí é maluco

  • A) Há vírgula sendo usada para separar os adverbios e outras o aposto.

    B) O juízo de valor esta na cabeça do examinador pq to procurando até agora kkk

    C) incorreta, o verbo é diz (trasitivo direto) e o OD é "respeito", ao uniforme é complemento do nome "respeito" e não do verbo.

    D) incorreta, nem todos são sujeitos simples "Havia ocasiões... não tem sujeito..."

    E) incorreta, "adversário" é paroxítona terminada em ditongo.


ID
1388611
Banca
MPE-RS
Órgão
MPE-RS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos




1          Segundo o historiador norte-americano Robert Darnton, o Iluminismo pode explicar qualquer coisa
2       em qualquer área de realização humana a partir do século XVIII. É fato que letrados europeus da
3      primeira metade daquele século utilizavam expressões que remetiam à luz da sabedoria em
4       contraposição às trevas da ignorância. Esta fórmula, entretanto, não era nova – e também podia ser,
5       em certa medida, uma transposição do processo religioso bem versus mal presente nas tradições
6       cristãs. Esta dualidade está na própria raiz do Renascimento moderno, entre os séculos XV e XVI,
7      sobretudo em sua crítica à Europa da Idade Média. Luz, luzes, ideias luminosas, esclarecimento eram
8       expressões que os iluministas utilizavam para caracterizar seu programa – que incorporava uma nova
9       atitude em relação ao conhecimento.
10          O livro-manifesto desta nova atitude é O experimentador, publicado por Galileu em 1623. Este livro
11      foi inspirado no trabalho do português Estevão Rodrigues de Castro. O livro se chama Microcosmo dos
12      meteoros e foi publicado em Florença em 1621. Castro reafirmava princípios supostamente sepultados
13      pela autoridade científica acadêmica e religiosa da sua época. O experimentador, por sua vez, escrito
14      de maneira polêmica e opondo-se diretamente ao conhecimento oficial, lançado com uma estratégia
15      de publicidade que incluía o apoio do próprio papa, que aprovou o livro publicamente sem tê-lo lido,
16      teve enorme impacto.
17          Segundo o filósofo alemão Ernest Cassirer, o século XVIII vai na mesma direção deste manifesto e
18      rejeita terminantemente ________ filosofia do conhecimento confrontada por Galileu no século XVII:
19      a dedução a partir de um princípio incontestável, capaz de ser sustentado unicamente pela tradição. A
20      filosofia da época, ao contrário, adotaria um método essencialmente diverso: a análise (ou crítica).
21          O historiador alemão Reinhart Koselleck, autor de Crítica e crise (1959), também remonta o
22      problema ao século XVII, no qual esta transformação no método do conhecimento se relaciona com
23      as discussões sobre a vida pública. Para ele, a questão é indissociável da constituição do Estado
24      absolutista em meio ________ guerras religiosas. A guerra civil na Inglaterra (1642-1651) impediu
25      momentaneamente, segundo ele, a formação do Estado moderno. Mas acabou sendo o motivo do
26      erguimento do Absolutismo, contra o qual, no século XVIII, se formaria esta crítica que chamamos de
27      'Esclarecimento'.
28          Acompanhando a consolidação da nova ordem monárquica do final do século XVII, Koselleck
29      observa o apaziguamento das forças internas. De um lado, foi estabelecida uma esfera política,
30      própria do rei, destituída do julgamento sobre o que é certo ou errado (ou seja, uma moral), e que
31      obedece unicamente ________ razão de Estado. De outro, uma esfera privada, que pode ser moral,
32      na qual os filósofos estão livres para exercer a razão propriamente dita, isto é, o pensamento crítico
33      sistemático.
34          Assim, no período em que os conflitos religiosos se generalizaram, alguns letrados observaram que
35      a liberdade de consciência – e de crítica – era incompatível com a paz: a discordância pública sobre o
36      que era certo ou errado levaria ________ guerra. Deste modo passaria a existir uma nítida divisão
37      entre o mundo exterior, político, no qual só quem fala é o monarca, e o mundo interior, em que o
38      indivíduo esconde a sua consciência. É justamente aí, no espaço secreto da consciência, que vai se
39      desenvolver o Iluminismo, ou Esclarecimento.
40          O processo do Esclarecimento é a projeção para o mundo público desta nova racionalidade. Isso
41      terá um impacto ainda maior na medida em que o século XVIII vai conhecer uma inédita expansão da
42      alfabetização e um significativo barateamento da produção de textos. Um autor que simboliza esta
43      transposição de atitude de um mundo privado e científico para um mundo público e político é John
44      Locke. Para ele, a capacidade individual de formar juízo existe independente da vontade do soberano,
45      independente da autorização estatal, e extrapola a consciência individual. A sociedade se submete às
46      suas próprias leis morais, que têm a mesma importância das leis civis. Forma-se, paulatinamente, a
47      chamada “opinião pública”, capaz de definir o que é uma ação virtuosa – que deve ser encorajada, e
48      uma ação viciosa – que é objeto de censura.

          Adaptado de: ELIAS, R. Os filósofos do século XVIII só concordavam em um único ponto: podiam discordar, publicamente,
usando a razão. Disponível em: < http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/essa-luzEssa luz >. Acesso em: 1 out. 2014.



Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações sobre sinais de pontuação empregados no texto.

(   ) O travessão da linha 8 poderia ser substituído por vírgula, sem prejuízo do significado e da correção do período.
(   ) O ponto final da linha 25 poderia ser substituído por vírgula, desde que se inicie a frase seguinte com letra minúscula.
(   ) A vírgula colocada depois da palavra Absolutismo (l. 26) poderia ser suprimida, sem prejuízo da correção do período.
(   ) Os travessões da linha 35 poderiam ser suprimidos, sem prejuízo do significado e da correção do período.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Alternativas

ID
1397167
Banca
FCC
Órgão
TJ-AP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Embora a aspiração por justiça seja tão antiga quanto os primeiros agrupamentos sociais, seu significado sofreu profundas alterações no decorrer da história. Apesar das mudanças, um símbolo atravessou os séculos - a deusa Têmis -, imponente figura feminina, com os olhos vendados e carregando em uma das mãos uma balança e na outra uma espada. Poucas divindades da mitologia grega sobreviveram tanto tempo. Poucos deixariam de reconhecer na imagem o símbolo da justiça.

A moderna ideia de justiça e de direito é inerente ao conceito de indivíduo, um ente que tem valor em si mesmo, dotado de direitos naturais. Tal doutrina se contrapunha a uma concepção orgânica, segundo a qual a sociedade é um todo.

A liberdade, nesse novo paradigma, deixa de ser uma concessão ou uma característica de uma camada social e converte-se em um atributo do próprio homem.

A crença de que os direitos do homem correspondiam a uma qualidade intrínseca ao próprio homem implicou enquadrar a justiça em um novo paradigma. O justo não é mais correspondente à função designada no corpo social, mas é um bem individual, identificado com a felicidade, com os direitos inatos.

Da igualdade nos direitos naturais derivava-se não só a liberdade, mas também as possibilidades de questionar a desigualdade entre os indivíduos, de definir o tipo de organização social e o direito à resistência. Toda e qualquer desigualdade passa a ser entendida como uma desigualdade provocada pelo arranjo social. Nesse paradigma, a sociedade e o Estado não são fenômenos dados, mas engendrados pelo homem. A desigualdade e o poder ilimitado deixam, pois, de ser justificados como decorrentes da ordem natural das coisas. À lei igual para todos incorpora-se o princípio de que desiguais devem ser tratados de forma desigual. Cresce a força de movimentos segundo os quais a lei, para cumprir suas funções, deve ser desigual para indivíduos que são desiguais na vida real.

Nesse novo contexto, modifica-se o perfil do poder público. O judiciário, segundo tais parâmetros, representa uma força de emancipação. É a instituição pública encarregada, por excelência, de fazer com que os preceitos da igualdade prevaleçam na realidade concreta. Assim, os supostos da modernidade, particularmente a liberdade e a igualdade, dependem, para se materializarem, da força do Judiciário, de um lado, e do acesso à justiça, das possibilidades reais de se ingressar em tribunais, de outro.

Para terminar, volto à deusa Têmis, que enfrentava no Olimpo o deus da guerra, Ares. Naquele tempo, como hoje, duas armas se enfrentam: a violência, que destrói e vive da desigualdade, e a lei, que constrói e busca a igualdade.


(Adaptado de SADEK, Maria Tereza Aina. “Justiça e direitos: a construção da igualdade". In: Agenda Brasileira. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 326-333.)



A respeito da pontuação do texto, considere:

I. Sem prejuízo da correção e do sentido, uma vírgula pode ser inserida imediatamente após lei, no segmento À lei igual para todos (6o parágrafo).

II. Mantendo-se a correção e o sentido, uma pontuação alternativa para um segmento do texto é: um símbolo atravessou os séculos: a deusa Têmis, imponente figura feminina, com os olhos vendados e carregando, em uma das mãos, uma balança e, na outra, uma espada... (1o parágrafo).

III. Sem prejuízo da correção, a vírgula empregada imediatamente após individual, no segmento ...mas é um bem individual, identificado com a felicidade, com os direitos inatos, pode ser suprimida. (5o parágrafo)

Está correto o que se afirma APENAS em:

Alternativas
Comentários
  • fui na A


    alguém pode explicar?

  • I. Sem prejuízo da correção e do sentido, uma vírgula pode ser inserida imediatamente após lei, no segmento À lei igual para todos (6o parágrafo). TERIA QUE SE COLOCAR DUAS VÍRGULAS, UMA DEPOIS DE LEI E OUTRA DEPOIS DE TODOS. PARA NÃO MUDAR SENTIDO. ERRADA

    II. Mantendo-se a correção e o sentido, uma pontuação alternativa para um segmento do texto é: um símbolo atravessou os séculos: a deusa Têmis, imponente figura feminina, com os olhos vendados e carregando, em uma das mãos, uma balança e, na outra, uma espada... (1o parágrafo). (RECEBI UMA DICA DE UM COLEGA DAQUI DO QCONCURSOS E ELE DISSE QUE SE TIRASSE OS TERMOS INTERCALADOS POR VÍRGULAS NÃO ESSENCIAIS E A FRASE TIVESSE SENTIDO TAVA CERTO. NESSE CASO FUNCIONOU.... um símbolo atravessou os séculos: a deusa Têmis, com os olhos vendados e carregando,uma balança e, uma espada...

    III. Sem prejuízo da correção, a vírgula empregada imediatamente após individual, no segmento ...mas é um bem individual, identificado com a felicidade, com os direitos inatos, pode ser suprimida. (5o parágrafo) MUDOU SENTIDO COM A VÍRGULA APÓS INDIVÍDUAL, MAS A QUESTÃO SÓ QUERIA SABER SE ESTAVA CORRETA. CERTA

    ERREI ESSA QUESTÃO POR NÃO FICAR ATENTA NO ITEM III ,QUE SÓ QUERIA SABER DA CORREÇÃO E NÃO DO SENTIDO.
    GAB: E
  • Só por estratégia de fazer provas, vai aqui uma dica: eu não cheguei a ler a número II, acertei mesmo assim a questão e explico por que.

    Quando visto que a questão I está errada, pelas alternativas é possível eliminas as letras a, b e c. Sobrando a d e a e, é só analisarmos o número III, pois a II com certeza estará certa, por constar nas duas alternativas. Como o número III está certa, assinala a e e corre para o abraço.

  • Fiquei em dúvida se a questão seria sacana o suficiente em fazer a pegadinha com relação ao parágrafo. A III não está no 5º parágrafo, mas sim no 3º.

    Considerei que a banca não seria estúpida e não foi mesmo. Fico feliz.

  • A gente assina o QC Premium pensando que as quetões terão comentários de professores, mas a GRANDE MAIORIA das questões nao tem. Poxaaa!!!


  • Pessoal, por favor, me corrijam se eu estiver errado: no item III, entendo que a vírgula é obrigatória por se tratar de uma oração coordenada assindética. Ou não se trata de um período composto por coordenação?
  • Waldir Luiz,

     

    No caso do item III a frase "identificado com a felicidade" se trata de uma oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio e não coordenada. Pense assim, se voce isola a oração "identificado com a felicidade"  não faz sentido. Ela precisa da outra, portanto, subordinada. 

     

    Quanto à retirada da vírgula, retirando-se muda o sentido de explicativa para restritiva, já que agora só os "bem individuais IDENTIFICADOS com a felicidade..". Apesar da mudança de sentido, conforme explicado pelos colegas, permanece a frase gramaticalmente correta.


ID
1398307
Banca
FCC
Órgão
MPE-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Com a genial invenção das vogais no alfabeto grego, a escrita estava se disseminando pela Grécia antiga - e Sócrates, o homem mais sábio de todos os tempos, temia um desastre. Apreciador da linguagem oral, achava que só o diálogo, a retórica, o discurso, só a palavra falada estimulava o questionamento e a memória, os únicos caminhos que conduziam ao conhecimento profundo. Temia que os jovens atenienses, com o recurso fácil da escrita e da leitura, deixassem de exercitar a memória e perdessem o hábito de questionar. O grande filósofo intuiu que a transição da linguagem oral para a escrita seria uma revolução. E assim foi. Numa direção promissora, porém, que permitiu o mais esplêndido salto intelectual da civilização ocidental.
      Agora, 2.500 anos depois, estamos às voltas com outra transição revolucionária. Da cultura escrita para a digital, é uma mudança de fundamentos como não ocorre há milênios. A forma física que o texto adquire num papiro de 3.000 anos antes de Cristo ou numa folha de papel da semana passada não é essencialmente distinta. Nos dois casos, existem enormes diferenças de qualidade e clareza, mas é sempre tinta sobre uma superfície maleável. Na era digital, a mudança é radical. O livro eletrônico oferece uma experiência visual e tátil inteiramente diversa.
      Sob qualquer ângulo que se examine o cenário, é um momento histórico. Desde que os gregos criaram as vogais - o "aleph" semítico era uma consoante, que virou o "alfa" dos gregos e depois o "a" do alfabeto latino -, o ato de ler e escrever não sofria tamanho impacto cognitivo. Desde os tipos móveis de Gutenberg, o livro não recebia intervenção tecnológica tão significativa. O temor é que o universo digital, com abundância de informações e intermináveis estímulos visuais e sonoros, roube dos jovens a leitura profunda, a capacidade de entrar no que o grande filósofo Walter Benjamin chamou de "silêncio exigente do livro".
      Leitura profunda não é esnobismo intelectual. É por meio dela que o cérebro cria poderosos circuitos neuronais. "O homem nasce geneticamente pronto para ver e falar, mas não para ler. Ler não é natural. É uma invenção cultural que precisa ser ensinada ao cérebro", explica a neurocientista Maryanne Wolf, autora de obra sobre o impacto da leitura no cérebro. Para tanto, ele tem de conectar os neurônios responsáveis pela visão, pela linguagem e pelo conceito. Em suma, precisa rede- senhar a estrutura interna, segundo suas circunstâncias. Ao criar novos caminhos, expande sua capacidade de pensar, multiplicando as possibilidades intelectuais - o que, por sua vez, ajuda a expandir ainda mais a capacidade de pensar, numa esplêndida interação em que o cérebro muda o meio e o meio muda o cérebro. Pesquisadores investigam se a construção dos circuitos neuronais está sendo afetada nessa mudança para a era digital.



                                                           (Adaptado de: André Petry. Veja, 19 de dezembro de 2012, p. 151-6)





Ao criar novos caminhos, [o cérebro] expande sua capacidade de pensar, multiplicando as possibilidades intelectuais – o que, por sua vez, ajuda a expandir ainda mais a capacidade de pensar, numa esplêndida interação em que o cérebro muda o meio e o meio muda o cérebro. (4° parágrafo)



O segmento final, introduzido pelo sinal de travessão, remete a uma relação (último parágrafo)

Alternativas
Comentários
  • A resposta justifica-se pelo trecho encontrado no segmento que diz: "numa esplêndida interação em que o cérebro muda o meio e o meio muda o cérebro. " Ou seja, há uma mútua causa e efeito que "ajuda a expandir ainda mais a capacidade de pensar", favorecendo o aprimoramento intelectual.


ID
1398310
Banca
FCC
Órgão
MPE-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Com a genial invenção das vogais no alfabeto grego, a escrita estava se disseminando pela Grécia antiga - e Sócrates, o homem mais sábio de todos os tempos, temia um desastre. Apreciador da linguagem oral, achava que só o diálogo, a retórica, o discurso, só a palavra falada estimulava o questionamento e a memória, os únicos caminhos que conduziam ao conhecimento profundo. Temia que os jovens atenienses, com o recurso fácil da escrita e da leitura, deixassem de exercitar a memória e perdessem o hábito de questionar. O grande filósofo intuiu que a transição da linguagem oral para a escrita seria uma revolução. E assim foi. Numa direção promissora, porém, que permitiu o mais esplêndido salto intelectual da civilização ocidental.
      Agora, 2.500 anos depois, estamos às voltas com outra transição revolucionária. Da cultura escrita para a digital, é uma mudança de fundamentos como não ocorre há milênios. A forma física que o texto adquire num papiro de 3.000 anos antes de Cristo ou numa folha de papel da semana passada não é essencialmente distinta. Nos dois casos, existem enormes diferenças de qualidade e clareza, mas é sempre tinta sobre uma superfície maleável. Na era digital, a mudança é radical. O livro eletrônico oferece uma experiência visual e tátil inteiramente diversa.
      Sob qualquer ângulo que se examine o cenário, é um momento histórico. Desde que os gregos criaram as vogais - o "aleph" semítico era uma consoante, que virou o "alfa" dos gregos e depois o "a" do alfabeto latino -, o ato de ler e escrever não sofria tamanho impacto cognitivo. Desde os tipos móveis de Gutenberg, o livro não recebia intervenção tecnológica tão significativa. O temor é que o universo digital, com abundância de informações e intermináveis estímulos visuais e sonoros, roube dos jovens a leitura profunda, a capacidade de entrar no que o grande filósofo Walter Benjamin chamou de "silêncio exigente do livro".
      Leitura profunda não é esnobismo intelectual. É por meio dela que o cérebro cria poderosos circuitos neuronais. "O homem nasce geneticamente pronto para ver e falar, mas não para ler. Ler não é natural. É uma invenção cultural que precisa ser ensinada ao cérebro", explica a neurocientista Maryanne Wolf, autora de obra sobre o impacto da leitura no cérebro. Para tanto, ele tem de conectar os neurônios responsáveis pela visão, pela linguagem e pelo conceito. Em suma, precisa rede- senhar a estrutura interna, segundo suas circunstâncias. Ao criar novos caminhos, expande sua capacidade de pensar, multiplicando as possibilidades intelectuais - o que, por sua vez, ajuda a expandir ainda mais a capacidade de pensar, numa esplêndida interação em que o cérebro muda o meio e o meio muda o cérebro. Pesquisadores investigam se a construção dos circuitos neuronais está sendo afetada nessa mudança para a era digital.



                                                           (Adaptado de: André Petry. Veja, 19 de dezembro de 2012, p. 151-6)





o "aleph" semítico era uma consoante, que virou o "alfa" dos gregos e depois o "a" do alfabeto latino - (3o parágrafo)

O segmento acima, isolado por travessões, constitui

Alternativas
Comentários
  • Desde que os gregos criaram as vogais - o "aleph" semítico era uma consoante, que virou o "alfa" dos gregos e depois o "a" do alfabeto latino -, o ato de ler e escrever não sofria tamanho impacto cognitivo.

     

    Ideia explicativa> Aposto explicativo

    Basta suprimir o texto entre travessões e você percebe que a oração possui sentido completo.

     

    Gab c

  • Deve olhar o texto como sugere a questão. Sem preguiça, pessoal!


ID
1399468
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre a dificuldade de ler

Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade.

Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos.

Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.

Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, antes de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. Um grande poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/por quem eu escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.

Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é destinado aos olhos que não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, não sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o que não pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais interessante do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.

Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados, mas estão - talvez para sempre - à espera de serem lidos. Eu conheço - e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar - livros que mereciam ser lidos e não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.

Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e - presume-se - mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros que exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da crise que - pelo que ouço ser dito e repetido - está atravessando.

(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47)

No penúltimo parágrafo do texto, os travessões são utilizados para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C.

    Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da crise que - pelo que ouço ser dito e repetido (comentário do autor com o intuito de enfatizar) - está atravessando.


    Bons estudos!


ID
1426654
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara Municipal de Sorocaba
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Felicidade não se compra?

      Aconteceu de verdade, nos Estados Unidos – a Coca-Cola instalou uma daquelas máquinas que vendem refrigerante no refeitório de uma escola. Mas a máquina era especial. Quando os estudantes inseriam o dinheiro, não saía lá de dentro apenas uma garrafinha, mas várias. Com tantas Cocas na mão, os estudantes acabavam oferecendo aos colegas os refrigerantes a mais. Porém, a coisa não parou por aí. Um funcionário escondido dentro da máquina começou a passar pela fenda caixas de pizza, flores, balões, enfim, uma infinidade de agrados, para espanto e alegria da garotada.
      Com essa iniciativa esquisita, a empresa quis reforçar a ideia de que, mais que comercializar produtos, sua missão é espalhar felicidade. Não foi à toa que ela batizou suas máquinas de “fábricas de felicidade”. Não precisamos perder tempo discutindo se os produtos da multinacional americana podem, de fato, trazer felicidade, se são saudáveis ou nutritivos. Afinal, a questão aqui não se relaciona ao bem-estar do corpo e sim à busca do prazer,que hoje parece orientar boa parte de nossas escolhas. A verdade é que, de um jeito ou de outro, a felicidade agora pode ser encontrada em toda parte, pelo menos no que diz respeito à comunicação das marcas. A Best Buy, líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos, também usou uma estratégia semelhante em suas campanhas de publicidade. Seu slogan é: “Você mais feliz”.
      Essa guinada das empresas, que pararam de alardear a qualidade superior de seus produtos e passaram a vender felicidade, tem estreita relação com a mudança dos consumidores, hoje mais preocupados com os benefícios que as marcas trazem a suas vidas do que com o desempenho dos objetos que adquirem. Em outras palavras, mais que deixar limpas as roupas da família, uma nova lavadora economiza o tempo da dona de casa, o que se traduz em mais felicidade.
      O diretor Frank Capra assinou, nos anos 40, uma verdadeira obra-prima, que em português ganhou o nome de “A Felicidade Não se Compra”. Hoje provavelmente esse título do filme não faria o menor sentido, porque o que as empresas oferecem é justamente a ilusão de felicidade, embutida nos produtos que vendem.

(Luiz Alberto Marinho, Vida Simples, 05.2010, http://zip.net/bplQ7v, 17.12.2013. Adaptado)

Após a alteração da pontuação, a frase que permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:

Alternativas
Comentários
  • Alt. C. Trata-se de um aposto explicativo, então pode ser substituído por vírgula, travessão, dois pontos e ponto e vírgula. Na alternativa, "líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos" explica o que é a "Best Buy". 

  • GABARITO: C

     

    Corrigindo as demais:

     a) Com tantas Cocas na mão, os estudantes acabavam oferecendo aos colegas os refrigerantes a mais. 
         Jamais podemos separar o sujeito do verbo
     
      b) A verdade é que, de um jeito ou de outro, a felicidade, agora, pode ser encontrada em toda parte, pelo menos no que diz respeito à comunicação das marcas. 
       Não podemos intercalar um termo com sinais de pontuação diferentes
      
      c) A Best Buy – líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos – também usou uma estratégia semelhante em suas campanhas de publicidade. 
        Aposto explicativo pode ser isolado por travessão, vírgula ou parenteses
      
      d) Em outras palavras, mais que deixar limpas as roupas da família, uma nova lavadora economiza o tempo da dona de casa, o que se traduz em mais felicidade. 
         O tempo da dona de casa é o que completa a ideia do verbo economizar. Não se pode separar o objeto do verbo a que está ligado por sinal de pontuação
      
      
      e) Hoje, provavelmente, esse título do filme não faria o menor sentido porque o que as empresas oferecem é justamente a ilusão de felicidade embutida nos produtos que vendem. 
       "o menor sentido" está sintáticamente ligado ao verbo fazer. Não pode ser separado por pontuação

  • SÓ FEZ TROCAR A VÍRGULA PELO TRAVESSÕES EXPLICANDO QUEM É A BEST BUY É O FAMOSO CASO DE PODER TROCAR AS VÍRGULAS PELOS TRAVESSÕES GAB C

  • ACRESCENTANDO:

    USO DA VÍRGULA

    Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula:

    Desloca

    Enumera

    Explica

    Enfatiza

    Isola

    Separa

    Emprego da vírgula:

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

    - João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    - Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    d) mobilidade sintática:

    - Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

    - Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    - Por amar, ele cometeu crimes.

    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Vírgula + E

    1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

    Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

    2) Polissíndeto:

    Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

    3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

    Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

    4) Para enfatizar o elemento posterior:

    A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

    FONTE: RITA SILVA

  • Travessões servem para dar enfase, destaque a alguma coisa


ID
1433263
Banca
CEPERJ
Órgão
FSC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             A FALÁCIA DA GUERRA PELA ÁGUA

        Internacionalmente, não existem registros de conflitos por disputa de recursos hídricos, apenas algumas tensões políticas ou diplomáticas em alguns casos específicos. A maior parte das 261 bacias internacionais existentes no mundo é gerida por meio de acordos que asseguram o compartilhamento de suas águas.
        É o caso do Tratado de Cooperação da Bacia Amazônica, o Tratado da Bacia do Prata, a Comissão Internacional para Proteção do Rio Danúbio (Europa), a Iniciativa da Bacia do Nilo (África), o Protocolo de Damasco, assegurando o compartilhamento das águas do Rio Eufrates (Oriente Médio), Tratado de Paz entre Israel e Jordânia acerca do compartilhamento do Rio Jordão, entre outros. O mundo já entende que uma bacia hidrográfica deve ser gerida enquanto sistema integrado, independentemente das fronteiras políticas que possa abranger. Observe que, mesmo em áreas onde o recurso hídrico é mais escasso, nunca houve a chamada guerra pela água, nem há perspectiva de que haja, já que as soluções técnicas e de planejamento estão se tornando mais eficientes e mais baratas, sobretudo se comparadas aos custos de uma guerra. Paula Duarte Lopes, em Água no Século XXI: Desafios e oportunidades, afirma: “No que diz respeito à água, a última guerra - no sentido clássico do termo - registrada teve lugar entre duas cidades-Estado na Suméria antiga (Umma e Lagash), em 2500 a.C. Não existe qualquer registro histórico de outra guerra entre entidades políticas autônomas ou explicada por motivos hídricos".
       O especialista turco em hidropolítica Dursun Yildiz converge com essa opinião ao afirmar que, “quando olhamos para os trabalhos acadêmicos, podemos ver claramente que a tese da realização da guerra da água parece quase impossível. Esse conceito é mais publicado em revistas e jornais populares". Afirmar que a água vai acabar, como já vimos, é uma insensatez malthusiana, e atribuir conflitos a uma eventual escassez atende apenas a interesses midiáticos, políticos e ideológicos, pois não se assenta em base científica, mas em uma perspectiva fatalista que talvez tenha maior valor de mercado. 

    Luiz Antonio Bittar Venturi (Extraído de:     
                                                                                           http://www.cartanaescola.com.br/single/show/456

No segundo parágrafo, o emprego dos travessões tem o objetivo de:

Alternativas
Comentários
  • Os travessões podem ser usadas para intercalar frases, assim como pode ser substituídas por vírgulas.

  • GABARITO: LETRA A

    ACRESCENTANDO:

    Segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática Portuguesa, “o travessão pode substituir os parentes para assinalar uma expressão intercalada”. Em outras palavras, expressões explicativas podem aparecer na frase entre vírgulas, entre travessões e, ainda, entre parênteses. Exemplo: Romário, gênio da pequena área, fez mais de mil gols. Romário – gênio da pequena área – fez mais de mil gols. Romário (gênio da pequena área) fez mais de mil gols.

    O duplo travessão pode ser empregado para isolar palavras ou orações que se quer realçar ou enfatizar, ocupando o lugar da vírgula, dos dois-pontos ou dos parênteses, e ainda para separar expressões ou frases apositivas, explicativas ou intercaladas que se deseja salientar. Exemplo: “Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste...” (Machado de Assis)


ID
1434061
Banca
FCC
Órgão
AL-RN
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder a questão.

São abundantes na natureza os exemplos de comportamento altruísta. As células se coordenam para manter sua divisão sob controle, formigas operárias de muitas espécies sacrificam sua fecundidade para servir à rainha e à colônia, leoas de um grupo amamentam os filhotes umas das outras. E os humanos ajudam outros humanos a fazer tudo, desde obter alimentos até encontrar pares e defender território. Mesmo que os auxiliadores não coloquem sua vida em risco, eles podem estar reduzindo seu sucesso reprodutivo em favor de outro indivíduo.

Ao longo de décadas biólogos discutiram a cooperação, esforçando-se para compreendê-la à luz da visão dominante da evolução. Charles Darwin, ao expor sua teoria sobre a evolução pela seleção natural – segundo a qual indivíduos com caracteres desejáveis se reproduzem com mais frequência do que seus pares e assim contribuem mais para a próxima geração – chamou essa competição de “a mais severa luta pela vida". Alçado a sua lógica extrema, o argumento rapidamente leva à conclusão de que não se deve nunca ajudar a um rival e que um indivíduo pode, de fato, fazer bem ao mentir e enganar para vencer uma disputa. Vencer o jogo da vida – por bem ou por mal – é tudo o que importa.

Por que, então, o comportamento altruísta é um fenômeno tão persistente? Nas duas últimas décadas venho usando as ferramentas da teoria dos jogos para estudar esse aparente paradoxo. Meu trabalho indica que, em vez de se opor à competição, a cooperação operou juntamente com ela desde o
início para dar forma à evolução da vida na Terra, desde as primeiras células até o homo sapiens. A vida é, portanto, não apenas uma luta pela sobrevivência - é também, pode-se dizer, uma união pela sobrevivência. Em nenhum outro caso a influência evolutiva do altruísmo foi mais sentida do que entre
os humanos. Minhas descobertas sugerem por que isso acontece e salientam que, assim como ajudar o outro foi fundamental para nosso sucesso no passado, deverá ser vital também para nosso futuro.

Simulações evolucionistas indicam que a cooperação é intrinsecamente instável; períodos de prosperidade cooperativa inevitavelmente dão lugar à deserção destrutiva. Mesmo assim o espírito altruísta parece sempre se reconstituir; nossa bússola moral de alguma forma se reorienta.

(Adaptado de: Martin A. Nowak. Scientific American Brasil.
Antropologia 2, junho/julho de 2013. p. 30-33)

segundo a qual indivíduos com caracteres desejáveis se reproduzem com mais frequência do que seus pares e assim contribuem mais para a próxima geração

O longo segmento contido entre os travessões no 2° parágrafo deve ser entendido como

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Trecho entre parentêses resume a teoria da evolução pela seleção natural  de Charles Darwin.


ID
1463545
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Prefeitura de São Borja - RS
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um gramático contra a gramática 

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla ­ uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada ­ tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.

Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores ­ vítimas do ensino tradicional ­ e os professores de português ­ teóricos, gramatiqueiros, puristas ­ têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

Gilberto Scarton

Considere o excerto a seguir: 

“ Essa  fundamentação  linguística  de  que  lança  mão  –  traduzida  de  forma  simples  com  fim  de  difundir  assunto  tão  especializado  para  o  público  em  geral  –  sustenta  a  tese  do Mestre,  e  o  leitor  facilmente  se  convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional." 

Qual é a função do uso de travessões no excerto lido?

Alternativas
Comentários
  • nossa um monte de gente marcou d...nao ta explicando nada e muito menos posteriormente presta atençao galera

  • ERREI, MAS PARA O PESSOAL QUE NÃO É ASSINANTE A CORRETA É ALTERNATIVA A

  • Tenho certeza que grande parte das pessoas que erraram não foi por falta de conhecimento, e sim por preguiça de ler cada alternativa..

    Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses. OK!!

    Indicar a fala de um certo personagem ou mudança de interlocutor no discurso.

    Demonstrar uma pausa proposital no período em que foram inseridos.

    Demarcar uma explicação (PEGADINHA DO MALANDRO)ou seqüência de atribuições a uma referência textual posterior.


ID
1477786
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.

Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.

Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.

Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.

João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos".

Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente" para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.


(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) - UFAM, 2010)

Atente para as frases abaixo.

I. No segmento ...tabatinga (tipo de argila com material orgânico)... (4o parágrafo), os parênteses poderiam ser substituídos por travessões, por isolarem uma explicação do termo imediatamente anterior.

II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3o parágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito.

III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4o parágrafo) pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido originais.

Está correto APENAS o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Por que o ítem III está errado?

  • Rhuana,

    Está errado pois mudaria o SENTIDO! 

    A frase sem a vírgula antes do ''que'' fica com sentido de RESTRIÇÃO.(somente a decoração plástica citada)

    A frase com a vírgula antes do ''que'' da sentido de EXPLICAÇÃO.(todas decorações plásticas)


    III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4o parágrafo) pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido originais. 

    Gramaticalmente fica certo!! Porém, o sentido muda!!


    Espero ter ajudado ;)

  • Por que o ítem II está correto?


  • Cristiano,

    Observe o período que está o item II:

    '' Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica. 

    O que destacaram-se?! CERTAS VASILHAS.

    O que lembram?! AS QUAIS (CERTAS VASILHAS/), que é um pronome relativo que substitui CERTAS VASILHAS.


    Espero ter ajudado.. 



  • Em minha opinião , o item 2 está errado pois o sujeito de`` destacando-se´´é certas vasilhas e o de ``lembram´´ é os quais ,apesar desse  se referir ao sujeito do verbo anterior,para cada verbo há um sujeito diferente.



  • I. No segmento ...tabatinga -tipo de argila com material orgânico -... (4o parágrafo), os parênteses poderiam ser substituídos por travessões, por isolarem uma explicação do termo imediatamente anterior. CORRETO . 

    II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembramcongêneres da Grécia Clássica (3o parágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito.  CORRETO DESTACANDO-SE  : O "SE" É PARTÍCULA APASSIVADORA PORQUE O VERBO É TRANSITIVO DIRETO, ASSIM O QUE VEM DEPOIS DELE É O SUJEITO (CERTAS VASILHAS). //AS QUAIS: PRONOME RELATIVO REFERE-SE A TERMO QUE O ANTECEDA (ANÁFORA), no caso em questão,  CERTAS VASILHAS 

    III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4o parágrafo) pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido originais. ERRADA. 

    QUE É PRONOME RELATIVO, ASSIM INICIA UMA ORAÇÃO ADJETIVA, essa com virgulas será explicativa e sem vírgulas será restritiva
  • III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4o parágrafo) pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido originais. ERRADA. 

    Pessoal quando se coloca a vírgula após a palavra plástica a oração deixa de ser restritiva para ser explicativa

  • Gabarito A.

    III) é uma oração restritiva, com a vírgula ela se torna explicativa, ou seja, muda o sentido.

  • concordo com os demais colegas...

    o item II o REFERENTE (CERTAS VASILHAS) é o mesmo ,porém o sujeito não e o mesmo.

  • III) A virgula iria interromper a ordem direta da frase (sujeito+verbo+complemento).

  • Apesar das explicações dos colegas, discordo do gabarito quanto à alternativa II ser correta. Por mais que o pronome relativo "as quais" substitua o termo "certas vasilhas", o sujeito da 2ª oração continua sendo o pronome relativo, não? São orações diferentes, portanto sujeitos diferentes.

  • As orações coordenadas precisam ser completas (termos essenciais), já as subordinadas não! As orações subordinadas podem substituir termos da oração principal.

  • No item II "as quais" não poderia se referir às taças de pés altos? Achei ambíguo o sentido. 

  • Qualquer professor de português marcaria letra B nessa questão. O pronome relativo " as quais " é o sujeito da segunda oração. Sim ele retoma "certas vasilhas", mas o papel de sujeito quem o faz na oração é o pronome relativo. Já respondi várias questões com o mesmo tipo de pergunta e sempre o relativo é considerado o sujeito da oração. O vida difícil essa de concurseiro...kkkkkk

  • Concordo com você, Jéssyca Bezerra. Aprendi dessa forma. Resta saber se a banca tem esse entendimento em todas as questões desse tipo.

  • Se eu não tivesse estudado, ou estudado pouco, teria marcado a letra A), mas como me ferrei estudando (fui ensinado que quando há um termo retomando o anterior, mesmo que ele esteja retomando o termo antecedente, os sujeitos são diferentes) aprendi pra errar, palhaçada? O que vou fazer? Única alternativa é aceitar a "jurisprudência" da banca.

  • Galera me tirem uma duvida:o verbo "destacando-se" esta concordando com o sujeito "certas vasilhas"?mas o correto não seria o verbo no plural?porque está no singular?alguém poderia me tirar essa duvida.

  • Entendi que temos uma voz passiva sintética em "destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica", ou seja, certas vasilhas eram destacadas.


  • Entendo que o sujeito da segunda oração é o pronome relativo. 

  • Colegas, esta questão é muito boa!           

     Com relação ao item II,

    Olhem só, não podemos esquecer que ao avistarmos um verbo transitivo direto acompanhado da partícula SE, o que é objeto direto passa a ser sujeito na mesma hora! 


    Vejam só: ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da...

    CERTAS VASILHAS: Objeito direto. No entanto, o verbo transitivo direto " DESTACANDO-SE" está acompanhado desta belezura chamada Partícula Apassivadora "SE" e justamento por acompanhar o verbo transitivo direto vai fazer a transformação do objeto em sujeito.      :) 

    Dá pra ver melhor quando colocamos na voz passiva:   Certas vasilhas são destacadas...    


    Estão vendo o sujeito bonitinho ai? rs... Então não tem pra onde escapar, nessa situação o objeto direto se torna SUJEITO mesmo.   


    Bom, e com relação ao verbo "lembram", dá pra ver que faz referência ao pronome relativo "as quais" que por sua vez retoma "certas vasilhas". Por isso o pronome esta no plural ai bonitinho... 


    Espero ter ajudado! 


  • Eu não concordo com o gabarito, mas ... enfim !!! Se esse é o entendimento da BANCA, já sabemos como nos portar ...

    Sujeitos são "CERTAS VASILHAS" e "AS QUAIS" (ESTE, pronome relativo com função de SUJEITO).

    Se a assertiva questionasse se os verbos possuem o "mesmo referente", bom, aí sim poderíamos marcar como correta.


    Até,


  • Palhaçada!! 

    Até onde aprendi, esse pronome relativo aí é quem exerce a função de sujeito do verbo lembram, não obstante, o referente dele seja certas vasilhas. 

    II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3o parágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito. 

  • fiquei chateada com essa questão...ontem mesmo eu estava vendo a aula da flávia rita...e ela disse que no caso do ITEM II  quando tem o pronome por ex qual, que e tal...o sujeito seria o pronome e não a palabra anterior...mesmo q o pronome se referisse a vasilhas...ela disse na aula que o sujeito seria o pronome.  =/

  • Concordo com Joelice Oliveira ...
  • Questão absurda... no item II

    destacando-se certas vasilhas... o sujeito do verbo destacar é "vasilhas", porém o sujeito do verbo lembrar é "as quais".

    Se a questão tivesse falado que ambos os verbos fazem referência ao mesmo sujeito estaria correta, mas dizer que os sujeitos são os mesmos está errado!!!

  • O item III está errado porque deixa de ser uma oração subordinada adjetiva restritiva, para uma oração subordinada adjetiva explicativa.
    Agora o item II está certo por que? Agradeço.

  • Ary Saldanha

    O sujeito (vasilha) realmente é o mesmo para ambos os termos destacados.

  • ITEM II Correto

    II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3oparágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito. 

    O que se destaca ? AS VASILHAS

    as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (VASILHAS que lembram congêneres da Grécia Clássica)


  • As bancas amam questões grandes pra colocar medo nos candidatos sendo que no fim é até uma questão fácil de responder. Gab letra A!

  • Quem marcou B, sinta-se ORGULHOSO, você sabe o conteúdo, e uma questão como essa não é suficiente para impedir sua aprovação.

    Agora para quem marcou a alternativa A e, nesse caso, acertou, a menos que tenha certeza de que a FCC NUNCA faz distinção entre SUJEITO e REFERENTE do sujeito, sugiro que procurem saber tal diferença, já que mais de 95% da prova é constituída de questões corretas e coerentes, no outros 5%, até pode aparecer alguma questão igual a essa, contrária aos bons ensinamentos e digna de ser anulada por um bom recurso.

    É só uma dica, não é interessante ficar a mercê desse tipo de questão.

  • Se você marcou a letra A, sinta-se orgulhoso, você sabe o conteúdo ;D

  • Para o CESPE a opção II estaria ERRADA. O sujeito da primeira oração seria VASILHAS, o sujeito da segunda oração, AS QUAIS ( referente ).
    Como podemos aprender as bancas cobram de forma diferente, ou seja, o que uma considera certo, a outra pode considerar errado. =/

  • quem marcou letra A acertou errando o conteúdo...

    os dois verbos possuem o mesmo referente o qual nao se confunde com sujeito...

    sujeito de destacando-se = certas vasilhas

    sujeito de lembram = as quais.

  • Quem é acostumado a responder questão da CESPE errou essa questão. O sujeito de "lembram" é "as quais", pronome relativo. Questão típica da CESPE, mas que a FCC possui outro entendimento... Vida de concurseiro.

  • Referente é diferente de sujeito. O sujeito de "lembram" é "as quais".

  • Mgoado  :/ 

  • Me senti extremamente burro. Mas ai fui ler os comentários
  • "referencia"...no item II o pronome também exerce função de sujeito. Portanto, Gab. A

  • MEU FILHO, CADA VERBO TEM SEU SUJEITO. NÃO TEM COMO HAVER UM SUJEITO PARA DOIS VERBOS EM DUAS ORAÇÕES DIFERENTES! REFERENTE É DIFERENTE DE SUJEITO!

  • Aprendi sobre essa questão aí que falaram que poderia ''as quais'' ser o sujeito referente! Confesso que não sabia! A dica que dou é: Para português foque exatamente na banca que for fazer! Para as outras matérias tbm, mas português é muito extenso e cheio de pegadinhas

  • quanto ao quesito II:

    II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3 parágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito.

    -> certas vasilhas são destacadas, e lembram congêneres da Grécia clássica; taças de pés altos são a forma de certas vasilhas, não sendo elas (as taças) lembradas.


ID
1506790
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar mais o topo da lista como responsável pelo crime não deve ser motivo para esquecermos ou escondermos a infâmia.
     Anos atrás, lembro-me de um livro aterrador de Benjamin Skinner que ficou gravado nos meus neurônios. Seu título era A Crime So Monstrous (Um crime tão monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão moderna para chegar à conclusão aterradora: existem hoje mais escravos do que em qualquer outra época da história humana.
    Skinner não falava apenas de novas formas de escravidão, como o tráfico de mulheres na Europa ou nos Estados Unidos. A escravidão que denunciava com dureza era a velha escravidão clássica - a exploração braçal e brutal de milhares ou milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som do chicote. [...]

     Pois bem: o livro de Skinner tem novos desenvolvimentos com o maior estudo jamais feito sobre a escravidão atual. Promovido pela Associação Walk Free, o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria contemporânea. [...]
    A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava, continua a espantar o mundo em termos absolutos com um número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões de escravos. Falamos, na grande maioria, de gente que continua a trabalhar uma vida inteira para pagar as chamadas "dívidas transgeracionais" em condições semelhantes às dos escravos do Brasil nas roças.

     Conclusões principais do estudo?  Pessoalmente, interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que a escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente branco e "imperialista".
    De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela. A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua a existir.
    Mas é possível retirar uma segunda conclusão: o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece da intelectualidade progressista. Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos que continuam acorrentados na África, na Ásia e até na América Latina? [...]

     O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas passadas. Mas confesso que espero pelo dia em que Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes: as vidas anônimas dos infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme, não têm final feliz.

                                                 (Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. "Os Escravos". Disponível em:                                                                                                                    http://www1.folha.uol.com.br)

Atente para as afirmações, abaixo, sobre o texto:

I. Com a substituição de que(1° parágrafo) por "se", atribui-se caráter hipotético ao que se diz em seguida.

II. Sem prejuízo para a correção, pode-se isolar com vírgulas o título do livro A Crime So Monstrous(2 o parágrafo), como ocorre, no último parágrafo, com o título do filme 12 Anos de Escravidão.

III. O travessão empregado no 3 o parágrafo introduz uma explicação, função semelhante à dos dois-pontos empregados no último parágrafo.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Erro da II:


    (...) Seu título era, A Crime So Monstrous, (Um crime tão monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão moderna para chegar à conclusão aterradora: (...)


    Isolar com vírgulas o nome do título causa prejuízo para a correção uma vez que está separando o complemento do verbo. Diferente do que acontece no último parágrafo em que as vírgulas separam um termo explicativo.

    O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo (...)

  • Eu marquei "A" pq sabia que a II estava errada de certeza e a III estava certa, mas não entendi o porquê da I estar certa.

  • Também não entendi por que a I está correta


  • Também nao entendi a I

  • Sobre a alternativa I, a palavra "que" está empregada como conjunção integrante no 1º parágrafo. Neste caso, ela liga duas orações, em outros casos pode ser pronome relativo por exemplo. Se trocarmos ela pela palavra "se" (pode ser classificada como conjuncão condicional, mas aqui é também uma conjunção integrante), a segunda ideia da concatenação (a prática foi uma das maiores... ) terá, sim, sentido hipotético. Portanto, alternativa correta.

    1º Parágrafo: "Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade."
    por
    "Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber se a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade."

  • No caso o "se" é conjunção integrante. O macete para descobrirmos  é substituir a oração iniciada pelo "se" por "isso" 


    No Caso da oração Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade.


    Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber isso


  • Não entendi a relação do - SE - ser conjunção integrante com o fato de adquirir caráter hipotético.

  • Pessoal, mudei a forma de encarar as provas da FCC. Antes me atrelava apenas às regras da gramática pura e, não raras vezes, errava uma questão. Consegui gabaritar essa prova aqui no site, embora não seja tão difícil assim. Meu foco dessa vez foi a semântica textual, sem esquecer, claro, as regras gramaticais. A língua portuguesa é muito dinâmica, por isso a banca adora explorar esse lado. Tive a mesma dúvida de muitos: conjunção integrante apenas liga um termo a outro. Porém há uma matiz de significado de hipótese ou dúvida quando trocamos o QUE pelo SE, sem desqualifica-la como conjunção integrante. Releiam e pensem nisso. Boa sorte a todos nós!!!Ah! para terminar o meu comentário: no item II não se usa vírgula entre o verbo de ligação e imediatamente o predicado do sujeito (o que ocorre no último paragrafo é um termo explicativo intercalado - aposto, motivo de está isolado por vírgulas). Já no item III, tanto o travessão como os dois pontos estão introduzindo uma explicação, motivo da comparação.

  • Acertei a questão, mas não entendi a letra A.

  • Comentando:

    que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade. (afirmação) 

    se a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade. (condição e concessão geram situação hipotética) 
    gabarito letra A.


  • Sobre os serviços oferecidos pelo Q concursos: Cinco minutos para carregar a resposta escolhida. 

  • Não consigo ver a explicação sobre o dois pontos na 2ª parte da assertiva III! Para mim, aquele dois pontos introduz citação, em nenhum momento explica o porquê das vidas anônimas do infelizes da Mauritânia, ....

  • A primeira assertiva está correta, pois a conjunção integrante "se" atribui caráter hipotético a passagem. Na segunda assertiva, o nome do filme funciona como predicativo do sujeito, o que não justifica o uso das vírgulas. Para perceber que a terceira assertiva está correta, basta usar o conectivo "pois" depois dos sinais de pontuação apresentados.

    Gabarito: A

  • A primeira assertiva está correta, pois a conjunção integrante "se" atribui caráter hipotético a passagem. Na segunda assertiva, o nome do filme funciona como predicativo do sujeito, o que não justifica o uso das vírgulas. Para perceber que a terceira assertiva está correta, basta usar o conectivo "pois" depois dos sinais de pontuação apresentados.
  • Daniel Angelete, seu erro foi analisar a oração anterior à conjunção, o que faz sentido pra sua explicação; entretanto a banca pede para analisar a oração posterior à conjunção. 

  • Gab A

     

    A terceira assertiva está correta, basta usar o conectivo "pois" depois dos sinais de pontuação.


ID
1508308
Banca
FCC
Órgão
MPE-CE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
    
                                         Litorais recortados

       Um modelo desenvolvido por físicos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH)  é o primeiro a simular em computador uma variedade considerável de contornos possíveis que as linhas costeiras podem assumir. Os  autores do trabalho são os primeiros a admitir que é uma abordagem simplificada de um fenômeno complexo. Mas esperam que o
modelo, que explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, possa no futuro auxiliar o monitoramento da erosão  marítima, uma preocupação constante das cidades litorâneas.
     “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones e litorais não são círculos", disse certa vez o matemático francês Benoit Mandelbrot, que cunhou o termo fractal em 1975, se referindo à incapacidade da geometria convencional de retratar as formas da  natureza. Os fractais - formas geométricas de aparência rugosa, cheia de reentrâncias - saem-se muito melhor na tarefa.
     Apesar de litorais serem citados como exemplos de fractais desde os anos 1960, só em 2004 surgiu a primeira explicação do modo como a natureza os esculpe. O físico francês Bernard Sapoval e seus colegas italianos Andrea Baldassari e Andrea Gabrieli  criaram um modelo simples da força erosiva do mar em costas rochosas.
      Após Sapoval apresentar esse trabalho num seminário na UFC, o físico José Soares de Andrade Junior e seus alunos de doutorado Pablo Morais e Erneson Oliveira começaram a pensar em como produzir litorais virtuais com dimensões fractais diferentes. Com o português Nuno Araújo e o alemão Hans Hermann, físicos do ETH, criaram um modelo que, embora simplifique muito a ação  do mar, trata de forma mais realista a distribuição das rochas
.

                      (Adaptado de Igor Zolnerkevic. Pesquisa FAPESP. n. 187, Setembro de 2011, p.48 e 49)

Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto.
I. Em Mas esperam que o modelo, que explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, possa no futuro auxiliar o monitoramento da erosão marítima... (1º parágrafo), a retirada simultânea das vírgulas não implicaria prejuízo para o sentido original.
II. Em “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones e litorais não são círculos” (2º parágrafo), o emprego das aspas indica tratar-se de transcrição exata das palavras do matemático francês.
III. Em Os fractais - formas geométricas de aparência rugosa, cheia de reentrâncias - saem-se muito melhor na tarefa (2º parágrafo), o segmento isolado por travessões é de natureza explicativa.
Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A 

     

    BONS ESTUDOS 

  • GABARITO: LETRA A

    EM RELAÇÃO AO ITEM I

     Aspas:

    As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

    1) Antes e depois de citações textuais.

    – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    – Não me venham com problemática, que tenho a “solucionática”. (Dadá

    Maravilha)

    – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que desejava.

    – Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal Meia Hora)

    – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.

    – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

    – Se ela fosse “minha”...

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.

    – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

    – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

    FONTE: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 3. ed. –

    Rio de Janeiro :Método, 2017 . 1611 p . – ( Provas e concursos)


ID
1515514
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Cada vez que se conhece um novo estudo sobre o transporte na Região Metropolitana de São Paulo cresce a perplexidade. E não foi diferente com o mais recente estudo, que abrangeu 59 municípios e consultou 90 mil pessoas. Vê-se ali que o tempo consumido pelos deslocamentos cresce a cada investigação (está, na média, em 70 minutos por pessoa, 10 minutos mais do que há uma década). O deslocamento mais frequente é a pé, mais do que em ônibus e em trens. Trabalho e educação são as maiores causas de deslocamentos.

      A perplexidade aumenta diante dos custos crescentes e da ausência de alternativas nas políticas públicas. O estudo de Marcos Fernandes, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que, com o número de horas consumido nos deslocamentos, as pessoas poderão desperdiçar milhões de reais em um tempo determinado. E cada vez mais pessoas deslocam-se em automóveis -em 1997 eram principalmente as que ganhavam mais de R$ 3.040 e, 10 anos depois, passaram a abranger as que ganham a partir de R$ 1.520 -, mas com o tempo de percurso cada vez maior, porque nesse período a frota de carros particulares passou de 3,09 milhões para 3,60 milhões. Nesse espaço de tempo a população da área aumentou de 16,79 milhões para 19,53 milhões. Os veículos coletivos respondem por 55% do transporte e os automóveis, por 30%.

      O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos, que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se 165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano, que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas décadas, implantar o metrô em toda a cidade.

      E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de 30% -o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô. E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são transportadas por caminhões -quando o transporte ferroviário, cada vez mais sucateado, é algumas vezes mais barato -que, em média, têm 20 anos de uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de 20 a 30 horas seguidas.

      Por essas e outras, a Associação Nacional de Transportes Públicos tem clamado que na cidade de São Paulo o transporte já ocupa mais de 50% do espaço total, somando ruas, avenidas, praças, garagens e estacionamentos. O que deveria ser meio passa a ser fim em si mesmo.

                       (Washington Novaes. O Estado de S. Paulo, A2 Espaço Aberto, 10 de abril de 2009,
                                                                                                                                    com adaptações)

Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados no 4 o parágrafo:

I. As aspas na palavra "útil"denotam um sentido diferente do habitual para seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.

II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar a afirmativa imediatamente anterior.

III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões, deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte rodoviário em São Paulo.

Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • O item III afirma que o comentário deixa IMPLÍCITA uma crítica. Não seria EXPLÍCITA?

    Aliás, o texto como um todo é uma crítica ao predomínio do transporte rodoviário.

  • André, acho que para ser explícito, deveria ter algo especificamente no texto isolado por travessões, que denote a crítica do autor. Nesse fragmento do texto, não há nada explícito, apenas uma informação (transporte ferroviário está cada vez mais sucateado e é algumas vezes mais barato que o rodoviário). Para ser explícito, deveria, nesse trecho, falar algo como "e por isso deveríamos usar mais o transporte ferroviário" ou algo assim.

  • I. As aspas na palavra "útil"denotam um sentido diferente do habitual para seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.CORRETO.

     As aspas ainda podem ser utilizadas para chamar atenção em relação a alguma palavra ou expressão, para indicar malícia ou ironia ou ainda para destacar nomes de textos indicados como referência

     

    Exemplo: Ele é o  ”melhor” técnico quando se trata de criticar a seleção.

     

    II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar a afirmativa imediatamente anterior.CORRETO

    A função dos dois pontos é introduzir palavras, expressões ou frases que servem para esclarecer ou explicar uma passagem anterior.

    E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são transportadas por caminhões.

     Além do deslocamento de uma pessoa por automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô também 93% das cargas no Estado de São Paulo são transportadas por caminhões. 

    O uso dos dois pontos está afirmando os dois termos anteriores relacionado ao desperdicio

     

    III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões, deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte rodoviário em São Paulo. CORRETO

    -quando o transporte ferroviário, cada vez mais sucateado. ( sucateado ->Critica ao transporte ferroviário)

     


ID
1517041
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Em 1936, Tomie Ohtake desembarcou no Brasil, vinda de Kyoto, no Japão. E quase 20 anos depois começou a pintar. Nos anos 70, teve um dos momentos mais prestigiosos de sua carreira, quando expôs suas gravuras na Bienal de Veneza de 1972, dividindo as paredes com artistas de renome. Segundo a análise de Miguel Chaia, “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência – incita a reflexão, num movimento primordial de subjetivação, e estimula os sentidos, em direção às coisas externas do universo. Mais interessante ainda é que as obras desta artista antecipam, pela intuição artística, imagens do espaço cósmico obtidas por instrumentos de observação de alta tecnologia, como, por exemplo, o telescópio Hubble. A poética de recriação do cosmo pela artista, que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade, e a crescente utilização de recursos tecnológicos para fotografar ou ilustrar pontos do universo formam um instigante material para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência".

(Adaptado de: MESTIERI, Gabriel. Disponível em: entretenimento.uol.com.bre CHAIA, Miguel. Disponível em: institutotomieohtake.org.br)

Atente para as afirmativas abaixo.

I. No segmento para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência, o sinal indicativo de crase deverá ser suprimido caso se substitua o elemento sublinhado por “sincronização".

II. Sem prejuízo para a correção e o sentido, o sinal de travessão pode ser substituído por dois-pontos no segmento “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência – incita a reflexão...

III. O segmento sublinhado em  que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade  pode ser isolado por vírgulas, sem prejuízo da correção.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • alguem pode comentar a alternativa III ? Obrigado

  • alguém pode comentar a alternativa III ? Obrigado [2]

  • *** JHEAN PABLO  E  MAITÊ ***

    A VÍRGULA DEPOIS DO " QUE " MUDARÁ O SENTIDO DA FRASE, AQUI ELA ESTÁ RESTRITIVA - SEM VÍRGULAS - COM VÍRGULAS FICARÁ EXPLICATIVA SERÁ UM APOSTO EXPLICATIVO.

    FALOU EM RETIRAR VÍRGULA DEPOIS DO " QUE " FICA ESPERTO.

  • Jakson mas o gabarito diz que a alternativa 3 está certa. Como assim?

  • Jakson, a alternativa III esta correta...

  • ENTÃO, TAMBÉM NÃO ENTENDI O PORQUÊ, A EXPLICAÇÃO QUE ACHEI FOI ESSA AÍ QUE COLOQUEI.


  • Gente a alternativa III fala somente de mudança na correção. A correção gramatical se mantém, muito embora o sentido se altere. 

  • Alternativa III: A vírgula que altera o sentido da oração subordinada adjetiva é posicionada antes do "que". A questão propõe o isolamento do adjunto adverbial ,para a sua elaboração, por vírgulas. O que mantém a correção da frase, pois só é obrigatório o uso de vírgulas em adjuntos adverbiais extensos, geralmente com 5 ou mais termos.

  • gente, peço por favor quando fizerem comentários, coloquem o gabarito rs obrigada

  • Lucas, a alternativa I não ficaria sem o acento indicativo de crase caso a "sincronicidade" fosse substituída por “sincronização", pois "sincronização" é uma palavra feminina a qual exige o uso da crase que ocorre a partir da junção da preposição a do "referentes a" + o artigo feminino a de "a sincronização".

  • Assim, eu entendi que a frase estaria errada pois já existe uma virgula antes do "que" na frase. Se for ver de acordo com o que o item pede nao está correto. O "que" vai estar isolado por virgulas. Entendi isso. Ninguem aqui falou sobre essa virgula. Está correto?

  • Uma dica: sempre teste a palavra posterior a crase com 'de' ou 'da'....exemplo do gabarito em questão: a palavra 'sincronização' aceita tanto a preposição 'de', quanto a prep + artigo 'da'.... ex: precisamos DE SINCRONIZACÃO na dança. Ou temos que falar DA SINCRONIZACÃO dos programas.
    O mesmo teste podemos fazer para outros casos, como substantivo próprio feminino sem especificação, onde se faculta a crase. Ex. Falei à (a) Ana....Falei DE Ana....Falei DA Ana. Já especificando, não cabe...falei DA estonteante Ana... e não falei DE estonteante Ana, comprovando neste último,  que a crase é obrigatória.


  • - Gente atentem para o comando da questão III. Ela perguntou si pode colocar virgula sem prejuízo da correção , e não do significado ...

    Bons estudos ;)

  • Galera q esclareceu a alternativa III .... muito obrigada!!!!! 

  • Leio os comentarios dos colegas mas sigo sem entender a alternativa III.

  • Como já explicado pelo Izabel Freiman, a virgula somente isola o adjunto adverbial deslocado na oração.

    Na ordem direta ficaria da seguinte forma: "que  prescinde da intencionalidade para a sua elaboração"
    No entanto, houve inversão da ordem direta quando se deslocou o adjunto adverbial, justificando assim a inserção das virgulas isolando o termo.
    "que, para a sua elaboração, prescinde da intencionalidade"
  • MARCELO MOREIRA e colegas, não seria uma oração subordinada adverbial final deslocada, e a virgula seria obrigatoria?? em: que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade.


    Obrigado!
  • resp: B

             I - referir (VTI + a) + sincronização (subst. feminino) = crase  - ...   referentes (a+a) sincronizaçao

           II - Dois pontos (:) - Pode colocar porque uma das suas funçoes é iniciar uma sequencia que irá explicar ou discriminar ou desenvolver uma sentença anterior. Na questao, os pontos ira demarcar a desenvolve a ideia de dupla experiencia...
                                                                                 III - Qualquer oraçao adverbial deslocada (intercalada ou antecipada) á oraçao principal, deve ser virgulada. Neste caso é uma O. Adv. Final que está antecipada á principal.
  • Pessoal, o item III, corroborando com o entendimento do colega Javier, não se refere à vírgula do "que", mas tão somente se é necessário intercalar a oração subordinada adverbial final entre vírgulas. Assim, o item torna-se correto, já que é IMPRESCINDÍVEL, segundo o padrão culto da língua, colocar entre vírgulas um termo ou oração deslocado, conforme consta na assertiva. 

    Bons estudos!

  • I) ERRADA. por troca um substantivo feminino por outro.

    II) CORRETA. Usam-se dois pontos na: enumeração, explicação, notícia subsidiária.

    "... propicia uma dupla experiência:" ai ele enumera quais são as duas.

    Outro exemplo: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta.

  • a pegadinha já ficou velha pessoal ,mudança do sentido é uma coisa, mudança da correção gramatical é outra. ATENÇÂO>


ID
1533454
Banca
CEPERJ
Órgão
FSC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O REMÉDIO É BRINCAR

Quantas crianças de hoje, quando os pais lhes perguntam se querem brincar (em casa, na rua) ou ir até um shopping center, optam pela segunda alternativa? A julgar pelo número elevado de crianças em shoppings, principalmente nos ?ns de semana, inúmeras delas preferem circular por um lugar inteiramente pautado pelos valores da sociedade de consumo (todo fechado, com iluminação arti?cial) a se entregar a outro modo, menos previsível e mais inventivo, de gastar (investir?) o tempo. Sem contar aquelas cujos pais nem mesmo cogitaram a primeira opção...

Quem associa lazer e tempo livre ao verbo consumir talvez reveja algumas de suas crenças e posturas ao ver o documentário brasileiro Tarja Branca: a revolução que faltava, que faz uma defesa eloquente da brincadeira - lúdica, descompromissada, criativa - não apenas na infância, mas também na vida adulta. Dezenas de entrevistados (entre eles os músicos Antonio Nóbrega e Wandi Doratiotto, e os escritores Braulio Tavares, colunista de Carta Fundamental, e Marcelino Freire) lembram, em seus depoimentos ao ?lme, o que a vida cotidiana perde ao se esquecer do que todos sabíamos muito bem quando éramos crianças.

Uma das perguntas-chave do documentário: saberão disso também as crianças de hoje, boa parte delas vivendo em centros urbanos voltados para o trabalho e o consumo? Dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes (a mesma de Criança, a Alma do Negócio e Muito Além do Peso), Tarja Branca, cujo título refere-se a uma divertida “medicina psicolúdica”, proposta em um dos depoimentos - sugere, ao apresentar visões diversas sobre o tema, que a educação contemporânea se apropriou da brincadeira, sobretudo na escola, como um “conteúdo programático”. Tirou-lhe, portanto, o que havia de mais essencial, o improviso e a falta de regras, para cercá-la de planejamento e cuidados.

Como resultado dessa política, teríamos uma geração de crianças, especialmente das classes média e alta, que não foi devidamente apresentada ao universo brincante, ou à “linguagem do espontâneo, da alma”, como resume um dos entrevistados. Pais e professores tendem a extrair do ?lme re?exões sobre como se comportam em relação ao tema com seus ?lhos e alunos, mas a provocação de Rhoden pode despertar interesse também entre o público que não se encaixa em nenhum desses papéis, ao fazer um diagnóstico da sociedade de consumo, intolerante, em sua lógica perversa, com a cultura do ócio ou com o “?car sem fazer nada”.

(Adaptado de: cartafundamental.com.br)

No segundo parágrafo, o emprego dos travessões justifica-se por:

Alternativas
Comentários
  • ...que faz uma defesa eloquente da brincadeira - lúdica, descompromissada, criativa -

    a) precisar o significado de um elemento (no caso, brincadeira)





  • GABARITO: LETRA A

    ACRESCENTANDO:

    Segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática Portuguesa, “o travessão pode substituir os parentes para assinalar uma expressão intercalada”. Em outras palavras, expressões explicativas podem aparecer na frase entre vírgulas, entre travessões e, ainda, entre parênteses. Exemplo: Romário, gênio da pequena área, fez mais de mil gols. Romário – gênio da pequena área – fez mais de mil gols. Romário (gênio da pequena área) fez mais de mil gols.

    O duplo travessão pode ser empregado para isolar palavras ou orações que se quer realçar ou enfatizar, ocupando o lugar da vírgula, dos dois-pontos ou dos parênteses, e ainda para separar expressões ou frases apositivas, explicativas ou intercaladas que se deseja salientar. Exemplo: “Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste...” (Machado de Assis)


ID
1545181
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.
    Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.
      Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.
     Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.
     João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos".
     Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente" para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.


(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) - UFAM, 2010)

Atente para as frases abaixo.

I. No segmento ...tabatinga (tipo de argila com material orgânico)... (4o parágrafo), os parênteses poderiam ser substituídos por travessões, por isolarem uma explicação do termo imediatamente anterior.

II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3o parágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito.

III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4° parágrafo) pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido originais.

Está correto APENAS o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • É necessário ficar esperto com essas questões da FCC, no que diz respeito se solicitam apenas a correção do segmento ou o sentido também.
  • A frase II é bem sútil. Quando lemos, parece que "lembram" se refere a "taças de pés altos". Porém, isso é incorreto, pois as taças são uma mera definição de "certas vasilhas", que é o sujeito (o destaque) do trecho.
    II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3oparágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito. 

    Poderia ser: "Certas vasilhas em forma de taças de pés altos são destacadas, as quais lembram..."
  • Fiquei em dúvida quanto a assertiva II ser correta:

    O sujeito do verbo "destacando" seria  o substantivo= "certas vasilhas".
     O sujeito do verbo "lembram", seria o pronome relativo = "as quais"
    Apesar do pronome relativo "as quais" referir-se ao substantivo "certas vasilhas", pode-se considerar que ambos os verbos possuem o mesmo sujeito, tal como afirmou a FCC?
  • É necessário ver aulas específicas de Português dessa banca, pois são repetitivas as questões mas há algumas que só eles entendem!

  • Concordo com o ESTEVÃO ÁVILA. Se fosse o pron.rel. "QUE", este seria o sujeito de (lembram).


    Não vejo motivo p/ o tb pron.rel. "as quais" não exercer a função de sujeito do verbo (lembram). Se alguém souber... agradecemos! Vou pedir comentário do prof. tb.

  • Depois de ler o comentário do @Estevão Ávila fiquei na dúvida. Realmente, no item II, "as quais" não deveria ser o sujeito de "lembram"?

  • Letra A: Aposto explicativo ou comentários do autor podem ser separados por vírgula, travessões e parênteses. CERTA

    Letra B: a frase está invertida. Deve-se ler "certas vasilhas destacando-se em forma de taças de pés altos... O sujeito é "certas vasilhas". Pegadinha da FCC em toda prova. Sempre que uma frase começar com verbo, a FCC quer confundir o sujeito com objeto direto/indireto. CERTA

    Letra C: Não se separa o sujeito/verbo/predicado. ERRADA

  • Questão polêmica, gabarito deveria ser mudado.

    I. No segmento ...tabatinga (tipo de argila com material orgânico)... (4o parágrafo), os parênteses poderiam ser substituídos por travessões, por isolarem uma explicação do termo imediatamente anterior. CERTO.  Poderíamos usar travessões pois, de fato, trata-se de uma explicação de termo anterior.

    II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3oparágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito. GABARITO OFICIAL: CERTO. Não concordo. A banca é bastante clara: quer saber se ambos os verbos possuem o mesmo sujeito, coisa que não acontece. Na oração 1, o sujeito é certas vasilhas. Já na oração 2 o sujeito é o pronome "os quais".  O relativo em questão pode até apontar para o mesmo referente, dando uma falsa ideia de que "certas vasilhas" é o sujeito na oração também, mas isso não é o caso, pois seria uma situação mais de semântica. Aqui a  banca foi bastante clara:os dois verbos possuem o mesmo sujeito? Claro que não, já que eles são "certas vasilhas" e "os quais". Gabarito ERRADO.

     

    III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4° parágrafo) pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido originais. ERRADO. Questão batida de oração adjetiva explicativa : a alteração modificará apenas o sentido, mantendo-se a correição.

     

    Gabarito deveria ser letra "e".

     

     

  • Confundi o item II com a regra dos tipos de sujeito: em que cada oração não admite o mesmo sujeito.

     

    =/

  • Eu errei por raciocinar da mesma forma que o Estevão Oliveira... 

     

  • Somente o item I está correto.

    O item II está errado. "os quais" é um pronome relativo que é sujeito da oração....  e tem como referente o sujeito de outra oração.

    Em geral orações de mesmo sujeito ocorrem quando a conjunção "e"  liga duas orações etc.  

    Outra hipótese é a elipse do sujeito na segunda oração.

      QUESTÃO ERRADA MAS QUEM MANDA É A FCC. 

  • Galera, concordo com vcs! O sujeito do verbo "lembram" é o pronome relativo "as quais", apesar dele retomar o sujeito da oração anteior (certas vasilhas).

     

    Agora, surgiu outra dúvida quanto a esse item II: Pq o pronome relativo "as quais" não poderia retomar o termo imediatamente anterior ("taças de pés altos") uma vez que é feminino e também está no plural? Se alguém puder ajudar, desde já agradeço.

  • Resolvi da mesma forma que a Pri Bl.

  • poderia ter a explicação do professor (Alexandre Soares), pois o item "II" está confuso. :/

  • QUESTÃO TOP  E MAIS UMA PARA A CONTA DA APROVAÇÃO.

  • A questão é que a I às vezes a banca considera certo! Aí fica difícil ser advinha hem pqp


ID
1546546
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            Em 1936, Tomie Ohtake desembarcou no Brasil, vinda de Kyoto, no Japão. E quase 20 anos depois começou a pintar. Nos anos 70, teve um dos momentos mais prestigiosos de sua carreira, quando expôs suas gravuras na Bienal de Veneza de 1972, dividindo as paredes com artistas de renome. Segundo a análise de Miguel Chaia, “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência - incita a reflexão, num movimento primordial de subjetivação, e estimula os sentidos, em direção às coisas externas do universo. Mais interessante ainda é que as obras desta artista antecipam, pela intuição artística, imagens do espaço cósmico obtidas por instrumentos de observação de alta tecnologia, como, por exemplo, o telescópio Hubble. A poética de recriação do cosmo pela artista, que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade, e a crescente utilização de recursos tecnológicos para fotografar ou ilustrar pontos do universo formam um instigante material para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência".

                                                     (Adaptado de: MESTIERI, Gabriel. Disponível em: entretenimento.
                                                uol.com.br
e CHAIA, Miguel. Disponível em: institutotomieohtake.org.br)


Atente para as afirmativas abaixo.

I. No segmento para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência, o sinal indicativo de crase deverá ser suprimido caso se substitua o elemento sublinhado por “sincronização”.
II. Sem prejuízo para a correção e o sentido, o sinal de travessão pode ser substituído por dois-pontos no segmento “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência – incita a reflexão...
III. O segmento sublinhado em que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade pode ser isolado por vírgulas, sem prejuízo da correção.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    I -  quem é referente é referente "a"  + palavra feminina "a" sincronização = à 

    II -  CORRETO , ":"  usado para uma explicação  ( JÁ MATA A QUESTÃO)

  • Cassiano, mas os pontos corretos são o II e III (gabarito letra E). 
    concordo com vc, mas não vi o erro do item III. 

    onde tá errado o item III, então??
  • Ele utilizou lógica:  I = Falso e II = Correto . A única alternativa que a II é correta, a letra E. Nem precisa procurar o erro na III.


  • A alternativa III não tem erro. Ela está correta.
    houve uma inversão da ordem direta: sujeito verbo, complemento. 

    A poética de recriação do cosmo pela artista, que (pronome relativo) para a sua elaboração prescinde da intencionalidade
    Como deveria ser: A poética de recriação do cosmo pela artista prescinde da intencionalidade para a sua elaboração.
    Logo, com o deslocamento de "para sua elaboração", que tem curta extensão, é facultado o uso de vírgulas.
  • GABARITO: Letra E

     

    Análise do item III: "O segmento sublinhado em que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade pode ser isolado por vírgulas, sem prejuízo da correção".

     

    Pois bem...

     

    "A poética de recriação do cosmo pela artista, que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade, e a crescente utilização de recursos tecnológicos..." (ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA)

     

    Se tirar as vírgulas:

     

    "A poética de recriação do cosmo pela artista que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade e a crescente utilização de recursos tecnológicos..." (seria ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA)

     

    MAS.............. pelo que entendi, parece que ela NÃO seria restritiva, pois a artista em questão já está apresentada de forma singularizada! Sendo assim, não causaria prejuízo pra correção!

    Apenas uma suposição, o que acham? Uma luz!!!!!!!!!!!!... alguém?

     

  • Mimi Balboa, vc está certa. Correção gramatical, tanto faz se é restritiva ou explicativa, a questão continua correta. Por outro lado, o sentido ficaria sim alterado, mas a questão não pediu sobre o sentido.

  • Por que o item I está errado?

  • Manoel Lima, é porque o sinal indicativo de crase Não deverá ser suprimida. 

    E o ítem diz que DEVERÁ ser suprimido. 

  • Já matei a questão sabendo as duas primeiras. Mas quanto a lll, o que entendo é que era pra isolar o termo 'para a sua elaboração'' ficando assim: , para a sua elaboração ,

    Só isolou o termo, não vi nada de mais!

    E se notarem no texto, antes do ''que'' já vem uma vírgula, ou seja ele é explicativo.

    A poética de recriação do cosmo pela artista, que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade,


ID
1555486
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O mundo daqui a cinco anos


      Telemedicina, nanotecnologia, tecnologias 3D e tradução simultânea por reconhecimento de voz. Todos estes recursos, em maior ou menor escala, já foram absorvidos pela sociedade. Suas primeiras aparições foram na lista “Five to five” da IBM, que prevê cinco fenômenos que podem mudar nosso cotidiano a cada cinco anos. Ontem a multinacional divulgou o que acontecerá até 2018. E sua aposta é que, com o desenvolvimento tecnológico, tudo - do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho - pode ser personalizado.

     A transformação mais radical pode ser na medicina, área em que algumas empresas pretendem fornecer aos médicos o mapeamento genético de cada paciente. A tecnologia fará do teste do DNA, hoje ainda raro, o principal meio para a decisão da terapia adequada. Com isso, será possível optar por tratamentos personalizados para males como doenças cardiovasculares.

    Na escola, o professor terá reforço para lidar com o método como cada aluno consegue aprender. “A computação cognitiva ajudará a calcular como cada aluno aprende e cria um sistema flexível, que se adapta continuamente ao estudante”, revela a IBM.

     Com base no tempo e no engarrafamento, o smartphone poderá recomendar a seu usuário que saia de casa alguns minutos mais cedo - e, também, que caminho deve seguir.

     O deslocamento fica mais fácil, mas o comércio da vizinhança também atrairá as pessoas. A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará as promoções e conhecerá suas preferências: “Será a fusão do que há de melhor na loja física - tocar e vestir um produto - com a riqueza de informações - as ofertas instantâneas e o gosto do consumidor”.

     Na web, aliás, a invasão de contas de emails e a ação de hackers esbarrarão na “polícia pessoal online". Portais como o Google já avisam o usuário quando suas mensagens são lidas fora de locais onde o dono da conta costuma acessar a internet - um outro país, por exemplo. Todos os passos são monitorados. Segundo a IBM, com a “permissão” do usuário. Mas, depois da revelação da vigilância mundial da NSA, este avanço tecnológico pode deixar muita gente ressabiada.

                                                                                               (O Globo - Caderno Ciência -19/12/2013, p. 45.)

Os trechos transcritos abaixo aparecem no texto separados por travessão. Ao lado de cada transcrição, está expressa uma justificativa para o emprego do travessão.


I. “do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho” /aposto de TUDO.

II. “e, também, que caminho deve seguir” / ênfase no pensamento em adição.

III. “tocar e vestir um produto” / especificação de DO QUE HÁ DE MELHOR.

IV. “as ofertas instantâneas e o gosto do consumidor” /aposto de FUSÃO.

V. “um outro país, por exemplo” / realce na exemplificação.


Das justificativas acima para o emprego do travessão, apenas estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • a saber:

    Travessão ( – )

    O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

    - No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

      Por Exemplo:

        O que é isso, mãe?
        É o seu presente de aniversário, minha filha.

    - Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

      Por Exemplo:

        "E logo me apresentou à mulher, uma estimável senhora e à filha." (Machado de Assis)

    - Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

      Por Exemplo:

        "Junto do leito meus poetas dormem

        O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron

        Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

    - Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.


    Por Exemplo:

      "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)
    disponível em: http: //www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono34.php (coloquei espaço após os dois pontos)

  • Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

     

    Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:

    Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça

  • Questão cansativa.

  • como assim essa é uma questão da CEBRASPE 2020???


ID
1557367
Banca
CETRO
Órgão
MDS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Há anos os resultados das provas do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem – mostram um desempenho sofrível dos estudantes e, por extensão, das escolas brasileiras que os educaram. Se houvesse um sistema de monitoramento da educação, como há para tempestades e inundações, há muito o País teria entrado em estado de atenção.

      Em todo o Brasil, 6.193.565 estudantes fizeram o exame em 2014. Na prova de redação, apenas 250 obtiveram a pontuação máxima e apenas 8,4% obtiveram ao menos 70% dos mil pontos da escola, pontuação que atesta que são capazes de se exprimir razoavelmente bem na língua portuguesa. Em contrapartida, 8,5% (mais de meio milhão) tiveram nota zero – não conseguem se expressar por escrito na língua pátria, como se dizia em outros tempos, quando Olavo Bilac a louvava enternecido e generoso e dela dizia: “Última flor do Lácio, inculta e bela, és, a um tempo, esplendor e sepultura...”. Mal sabia ele que neste dia distante, que é o nosso, a língua tropeçaria nas fórmulas que os burocratas da educação inventariam para avaliar se os educandos seriam capazes de nela escrever corretamente algumas linhas e nela expressar o que pensam.  

      A língua portuguesa escrita serve para alguma coisa? Esses resultados do Enem dizem-nos que serve pouco e para alguns até não serve para nada. Mais da metade dos examinandos, 55,7%, fizeram, no máximo, metade dos pontos necessários para provar que são capazes de se expressar por escrito em nossa língua. O exame do Enem de 2014 lança no caminho de escolas superiores e do mercado de trabalho 3.452.543 de iletrados. Gente que mal escreve e, portanto, pensa mal, se tivermos em conta que escrever com clareza e objetivamente é expressão do pensar claro e objetivo.

      Na comparação do desempenho dos oriundos das diferentes escolas, o resultado não é consolador. Em redação, a média das escolas federais foi de 618,7 e a das escolas privadas ficou bem abaixo das federais, 570,8, na faixa das notas medíocres. As escolas públicas municipais e estaduais tiveram deploráveis 458,2 e 434,7. Ótimas escolas existem nesses quatro campos de atuação escolar. A qualidade não depende do que é público ou privado, federal, estadual ou municipal. Depende de vários fatores. Sempre se diz que depende muito dos salários dos professores, como se o nível e  a qualidade das escolas melhorassem apenas com melhora salarial. Os salários do magistério continuam desvinculados da formação e da competência dos docentes. Essa discussão esconde o fato de que a degradação dos salários do magistério ao longo de muitos anos, dos cursos de formação de professores, tanto no ensino médio quanto na universidade, desestimulou vocações. Encheu de desânimo os que ainda acham que ensinar é missão e sacerdócio e até ato de amor à pátria. A ideologia de botequim que preside hoje a educação, isto é, a ideologia do cálculo de custo e de que escola deve ser avaliada por critérios de produtividade e não de qualidade, tornou professores e alunos equivalentes a mercadorias de balcão, meros números e índices.

      O resultado do Enem para os diferentes campos do conhecimento em que a avaliação é feita não é diferente do resultado para a prova de redação, oscilando levemente em torno da mesma média dessa prova. O dado, talvez, mais interessante para se pensar criticamente a escola média, e desse modo buscar uma saída que transforme a escola brasileira, está nas médias obtidas quando se tem como referência o Índice de Nível Socioeconômico – Inse – da escola. O desempenho dos alunos é ruim nas de Inse muito baixo, tanto nas escolas federais quanto nas escolas privadas, quanto nas municipais e estaduais. O índice sobe entre 140 e 180 pontos quando se avaliam as médias dos alunos de escolas de Inse muito alto. Nas federais, a média foi de 624,4 e, nas privadas, foi de 624,4, bem menos do que na escala tradicional vem a ser nota 7,0 para definir o que é bom estudante, não necessariamente ótimo.

      Esses alunos de situação social mais elevada têm melhor desempenho porque, muito provavelmente, têm acesso mais fácil e regular aos canais de difusão da cultura, como os museus, os concertos, os livros e as revistas, extensão da própria inserção cultural dos pais. Não é demais pensar que as escolas públicas deveriam obrigar-se a promover atividades nesse âmbito, como complemento do ensino em sala de aula. O verbalismo didático é um recurso vencido na educação. Essa implementação depende, também, de que a chamada comunidade de referência da escola e do aluno seja envolvida nas atividades escolares.

      Os melhores resultados em avaliações da escola pública têm ocorrido em municípios de tamanho compatível com a sobrevivência do espírito e da mentalidade comunitários, onde é forte o sentimento de pertencimento e a valorização da escola pela comunidade. A educação não escapará da ruína se os maiores interessados, que são os pais, a família e os  educadores, não se envolverem e não forem envolvidos na missão redentora de educar.


                                  MARTINS, J. de S. Inculta e nada bela. In: O Estado de S.Paulo (versão on-line).

                                                                                                                    17 jan. 2015. Adaptado. 

Considerando a leitura do segundo e do terceiro parágrafos do texto, bem como as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA "E" é a resposta correta
    "No final do terceiro parágrafo, o trecho “com clareza e objetivamente” pode ser reescrito, sem prejuízo para o sentido ou para a correção gramatical, de duas formas: “com clareza e objetividade” ou “clara e objetivamente”.

    Original: Gente que mal escreve e, portanto, pensa mal, se tivermos em conta que escrever com clareza e objetivamente é expressão do pensar claro e objetivo.

    Gente que mal escreve e, portanto, pensa mal, se tivermos em conta que escrever com clareza e objetivamente é expressão do pensar com clareza e objetividade / clara e objetivamente

    Realmente, não teve prejuízo no sentido e nem na correção... acho que não é passivel de anulação...

  • Mario, você fez a substituição do trecho errado. É para substituir "com clareza e objetivamente" e não "claro e objetivo". 

  • Letra "E" e correta: fica.

    TEXTO ORIGINAL = [...]Gente que mal escreve e, portanto, pensa mal, se tivermos em conta que escrever com clareza e objetivamente é expressão do pensar claro e objetivo.[...]

    SUBSTITUIÇÕES [...]Gente que mal escreve e, portanto, pensa mal, se tivermos em conta que escrever com clareza e objetividade é expressão do pensar claro e objetivo.[...]

    SUBSTITUIÇÕES[...]Gente que mal escreve e, portanto, pensa mal, se tivermos em conta que escrever com clara e objetivamente é expressão do pensar claro e objetivo.[...]

  • O fato de objetivamente ser um adjetivo e objetividade ser um substantivo não influenciaria na questão??


ID
1581301
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          A zaga aérea do Brasil na Copa

               Delineamos as estratégias da FAB para garantir marcação cerrada
                     nos céus do país durante o maior evento esportivo do mundo. 


        Entre os preparativos mais complexos para a Copa do Mundo, que começará em junho próximo, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto de 2016, está a criação de zonas de exclusão aéreas, nas quais os sobrevoos de aeronaves estarão proibidos. É uma medida de segurança que visa evitar atentados terroristas e incidentes aéreos nos locais de grande concentração de turistas e atletas. Esse tipo de iniciativa já foi posta em prática nos Jogos de Londres, em 2012, com grande sucesso. Na ocasião, oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) acompanharam o trabalho dos britânicos. No Brasil, será uma experiência de proporções ainda maiores, envolvendo 12 cidades-sede espalhadas por todo o território nacional – bem menos complexa será a proteção dos céus do Rio nos Jogos Olímpicos. Não que o país seja alvo de atentados, mas, diante dos atuais riscos globais e de suas consequências, todo o cuidado será pouco. A primeira experiência real desse gênero para a FAB foi a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que reuniu 43.000 participantes de 193 nações, em 2012. Depois vieram a Copa das Confederações, em junho de 2013, seguida da visita do Papa Francisco, em agosto do mesmo ano. Em todos esses eventos, caças e helicópteros estiveram de prontidão. 

                                                                         (André Vargas, Aero Magazine, nº 237 – 2014. Fragmento.)  





De acordo com a finalidade dos sinais de pontuação, em “[...] envolvendo 12 cidades-sede espalhadas por todo o território nacional – bem menos complexa será a proteção dos céus do Rio nos Jogos Olímpicos.” o uso do “travessão” introduz

Alternativas
Comentários
  • O gabarito comentado da banca aponta como correta a letra d!

    Entre outros, o travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão intercalada. Usa-se simples se a intercalação termina o texto, como no caso em análise.  
    Fonte: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.  

  • Uffa!


ID
1581391
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

         A zaga aérea do Brasil na Copa

        Delineamos as estratégias da FAB para garantir marcação cerrada nos céus do país durante o maior evento esportivo do mundo.

     
Entre os preparativos mais complexos para a Copa do Mundo, que começará em junho próximo, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto de 2016, está a criação de zonas de exclusão aéreas, nas quais os sobrevoos de aeronaves estarão proibidos. É uma medida de segurança que visa evitar atentados terroristas e incidentes aéreos nos locais de grande concentração de turistas e atletas. Esse tipo de iniciativa já foi posta em prática nos Jogos de Londres, em 2012, com grande sucesso. Na ocasião, oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) acompanharam o trabalho dos britânicos. No Brasil, será uma experiência de proporções ainda maiores, envolvendo 12 cidades-sede espalhadas por todo o território nacional – bem menos complexa será a proteção dos céus do Rio nos Jogos Olímpicos. Não que o país seja alvo de atentados, mas, diante dos atuais riscos globais e de suas consequências, todo o cuidado será pouco. A primeira experiência real desse gênero para a FAB foi a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que reuniu 43.000 participantes de 193 nações, em 2012. Depois vieram a Copa das Confederações, em junho de 2013, seguida da visita do Papa Francisco, em agosto do mesmo ano. Em todos esses eventos, caças e helicópteros estiveram de prontidão.

                                              (André Vargas, Aero Magazine, nº 237 – 2014. Fragmento.)  

De acordo com a finalidade dos sinais de pontuação, em “[...] envolvendo 12 cidades-sede espalhadas por todo o território nacional – bem menos complexa será a proteção dos céus do Rio nos Jogos Olímpicos.” o uso do “travessão” introduz

Alternativas
Comentários
  • As orações justapostas são aquelas orações colocadas uma ao lado da outra sem qualquer conectivo que as enlace, este tipo de oração coordenada chama-se assindética.

    Coordenadas Assindéticas
    São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.

    Coordenadas Sindéticas
    Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação:
    As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

  • O Gabarito informado está errado! No site do CIAAR, que é a Banca responsável pela elaboração da prova, está disponivel a prova com as suas devidas correções. Segue o gabarito correto disponibilizado pela Banca:

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D)
    Entre outros, o travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão intercalada.
    Usa-se simples se a intercalação termina o texto, como no caso em análise.
    Fonte: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.


ID
1604353
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A  questão, abordam um fragmento de um artigo de Mônica Fantin sobre o uso dos tablets no ensino, postado na seção de blogues do jornal Gazeta do Povo em 16.05.2013:

                                                      Tablets nas escolas


    Ou seja, não é suficiente entregar equipamentos tecnológicos cada vez mais modernos sem uma perspectiva de formação de qualidade e significativa, e sem avaliar os programas anteriores. O risco é de cometer os mesmos equívocos e não potencializar as boas práticas, pois muda a tecnologia, mas as práticas continuam quase as mesmas.

   Com isso, podemos nos perguntar pelos desafios da didática diante da cultura digital: o tablet na sala de aula modifica a prática dos professores e o cotidiano escolar? Em que medida ele modifica as condições de aprendizagem dos estudantes? Evidentemente isso pode se desdobrar em inúmeras outras questões sobre a convergência de tecnologias e linguagens, sobre o acesso às redes na sala de aula e sobre a necessidade de mediações na perspectiva dos novos letramentos e alfabetismos nas múltiplas linguagens.


   Outra questão que é preciso pensar diz respeito aos conteúdos digitais. Os conteúdos que estão sendo produzidos para os tablets realmente oferecem a potencialidade do meio e sua arquitetura multimídia ou apenas estão servindo como leitores de textos com os mesmos conteúdos dos livros didáticos? Quem está produzindo tais conteúdos digitais? De que forma são escolhidos e compartilhados?

   Ou seja, pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola — acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais — implica em repensar a didática e as possibilidades de experiências e práticas educativas, midiáticas e culturais na escola ao lado de questões econômicas e sociais mais amplas. E isso necessariamente envolve a reflexão crítica sobre os saberes e fazeres que estamos produzindo e compartilhando na cultura digital.

                                                                         (Tablets nas escolas. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado.)


No último parágrafo, os travessões

Alternativas
Comentários
  • Especificam virtualidade dos tablets.

    O travessão tem finalidade indicar o discurso direto ou enfatizar trechos intercalados de textos, substituindo o papel da vírgula.

    (...) pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola — acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais — implica em repensar a didática e as possibilidades de experiências e práticas educativas (...)

    APMBB

    LETRA C


ID
1627480
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CORECON - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Obrigado por ligar. Sua ligação é muito importante para nós. Se desejar serviços de instalação, tecle 1. Para reagendamento de visita, tecle 2. Para verificação de dados cadastrais, tecle 3. Para informações sobre plano de pagamento, tecle 4. Para falar com um de nossos atendentes...

Não, você não conseguirá falar com um de nossos atendentes. Mas poderá ouvir, durante 25 minutos ou mais, sucessos como “Moonlight Serenade” e o tema de “Golpe de Mestre”.

Também, quem mandou você não ter em mãos o número de seu cartão eletrônico, de sua matrícula no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), de seu cadastro na Comunidade NetLig?

Muitas coisas mudam de forma e de nome, mas no fundo permanecem iguais. A peregrinação que temos de fazer de tecla em tecla é a mesma que, antigamente, nos levava a passar horas nas filas de uma repartição burocrática.

Cada tecla, afinal de contas, não passa de um guichê, e o cartão que devemos ter por perto ou a senha que se impõe saber de cor equivale ao papel, à guia, ao documento que nos exigem e que nunca está a contento do funcionário.

É a burocracia sem papel, a burocracia dos impulsos eletrônicos. Claro, há vantagens: não é preciso sair de casa e, enquanto você espera atendimento, com o telefone encaixado entre o ombro e a bochecha, sempre poderá fazer alguma outra coisa. Sugestões: pôr os papéis em ordem na gaveta (você poderá encontrar o cartão de crédito cujo desaparecimento tentava comunicar); teclar alguma outra senha de acesso no computador, se tiver internet banda larga (se não tem, disque para nós hoje mesmo); alongar os músculos do pescoço e da nuca; ou entregar-se a outras atividades corporais cujo nome não seria conveniente declinar aqui.

De todo modo, a burocracia eletrônica segue os princípios da antiga. Quanto mais a instituição ou a empresa economizam, mais o usuário perde tempo. No hospital público ou na assistência técnica da máquina de lavar, sempre vigora a lei da seleção natural: eliminam-se os fracos, para que só os mais fortes, ou os mais desesperados, cheguem até o fim do processo.

Claro que, quanto mais procurado o serviço, maior a fila. Se notamos tanta burocracia nas instituições públicas, é porque seu acesso é universal. Em inúmeras entidades privadas vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser procuradas pelo grosso da população. Os planos de saúde particulares constituem o maior exemplo disso, mas bancos e cartões de crédito, cujo universo de clientes se ampliou muito, não ficam atrás.

Experimento reações contraditórias quando vou a um caixa eletrônico. Em comparação com a fila tradicional, sem dúvida ganho tempo. Mas sinto que estou também “trabalhando” para o banco. Passo a senha, digito, confirmo, conto o dinheiro: eis que sou um novo funcionário do caixa, trabalhando de graça, enquanto algum bancário foi despedido em troca.

Tudo bem. Gasto menos tempo no banco. Mas diminuiu também a minha impressão de perder tempo. Todo trabalho, por mais mecânico que seja, faz o tempo passar mais depressa do que a pura espera. Fala-se de democracia participativa, mas a “burocracia participativa” também deveria merecer os seus filósofos.

À medida que um serviço se generaliza, crescem as possibilidades de fraude. Quando uma empresa, pública ou privada, passa do âmbito de uma distinta clientela para o universo multitudinário e turvo da humanidade em seu conjunto, torna-se inevitável multiplicar as precauções contra os indivíduos de má-fé; isso significa mais burocracia.

O que é um antivírus, um firewall ou um anti-spam, a não ser a burocratização do nosso computador? Eu costumava usar um antivírus que tinha rigores de fiscal de alfândega, parecia usar carimbos de Polícia Federal em dia de operação-tartaruga toda vez que se punha a examinar a mensagem que entrava e a mensagem que saía do meu Outlook.

Acontece que o computador, como tudo o que tem telinha (um caça-níqueis, uma TV, um videogame, um caixa eletrônico) sempre oferece ao usuário algo de lúdico, de viciante, de hipnótico.

Já a burocracia telefônica (volto a ela) é muito pior. Seu maior pecado, a meu ver, está na confusão que estabelece entre as categorias de tempo e de espaço. Entre num desses sistemas de “tecle 5 se deseja isto, tecle 6 se deseja aquilo...” e tente corrigir uma decisão errada.

Os sistemas mais extensos e irritantes usam a famigerada tecla 9 -”para mais opções”-, abrindo-se em alternativas que, para serem conhecidas integralmente, exigiriam a vida inteira. Tudo ficaria mais fácil, se o sistema fosse visualizado no espaço, num esquema em árvore, num organograma, num menu de website -ou mesmo num mapa de repartição, com suas ramificações em corredores, departamentos e guichês. No máximo, ficaremos andando de um lado para outro.

O problema do “tecle isto, tecle aquilo” é que ele se desenvolve no tempo, não no espaço. Somos forçados a prosseguir em alternativas que será sempre mais custoso reverter; avançamos em decisões tomadas no escuro, como se navegássemos num fluxo betuminoso, por rios e córregos cada vez mais estreitos, cada vez mais espessos, carregados de todas as opções já feitas, de todo o tempo acumulado e perdido naquela ligação, sem muita esperança de que, na extrema ponta do percurso, uma voz humana venha afinal falar conosco.

É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta; tem algo de anacrônico, de auditivo, de analógico. Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos de todas as cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar. Desde que a conexão não caia de repente.

COELHO, Marcelo. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1703200416.htm>.Acesso em: 12 abr. 2015. (Adaptado)


As notações gráficas utilizadas no conjunto do texto como um todo possuem seu uso corretamente explicitado entre parênteses, EXCETO em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A). Essa eu errei. Fiquei na dúvida entre A e B, marquei B e me dei mal. Mas... Acredito que neste caso as ASPAS na palavra "Moonlight" não estão destacando estrangeirismo, (Vale lembrar que essa é uma das funções das aspas.) porém se repararmos que também há aspas em "Golpe de Mestre", e não é palavra estrangeira, perceberemos que a banca usou aspas, neste caso, para ironizar a espera de 25 minutos ouvindo os dois grandes sucessos. É isso. Suedilson. 

  • GAB. A Acredito que as aspas foram empregadas em "Moonlight Serenade" simplesmente porque o termo representa o nome de uma música. Assim, mesmo que se tratasse de uma das poesias de Mr. Catra elas deveriam ser utilizadas. 

  • Marquei a B pq trabalhando não esta sendo usado em sentido figurado...

  • quem não voltou no texto marcou a letra B kkk

    assim como eu...

  • sucessos como “Moonlight Serenade” e o tema de “Golpe de Mestre”, são referências de títulos de obras ou filmes. Não são estrangeirismos. 

    Estrangeirismo é o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa.

    Gabarito A

  • nem precisava voltar no texto!

  • Gabarito: letra a.

    Estrangeirismo
    Ainda segundo Luiz A. Sacconi, é um vício o uso de estrangeirismos desnecessários, ou seja, palavras de origem estrangeira facilmente substituíveis por palavras correspondentes em nossa língua, seja por já existirem, seja por haver forma aportuguesada.
    – Ele tem “know-how”, por isso foi contratado. (= conhecimento, experiência)
    – Teve de entregar seu “curriculum” por e-mail; estava atrasado. (= currículo)
    – Preciso falar com o “quality manager” sobre minha proposta. (= gerente de
    qualidade)

    Obs.: Alguns gramáticos mais rígidos consideram que qualquer estrangeirismo,
    tenha ele equivalente vernácula ou não, é considerado barbarismo.
    Estudiosos mais modernos discordam do estrangeirismo como vício de
    linguagem, mas não é assim que vê a gramática tradicional.

    Fonte:  A Gramática para Concursos Públicos, de Fernando Pestana. 

  • Em relação a aternativa B , "trabalhando" não está sendo usado em sentido figurado, está com o sentido real do verbo trabalhar. 

    “Mas sinto que estou também “trabalhando” (...)" 

    Quer dizer que sente que está prestando um serviço para o banco, como um trabalhador e não um cliente.

     

    As aspas de “Moonlight Serenade” não são usadas para marcar estrangeirismo e sim referir-se ao nome de uma música (título de texto, nome de obra), tanto que logo após vem "Golpe de Mestre" (nome de um filme). 

    Para mim, as duas alternativas, A e B, estão incorretas, mas a alternativa B tem um erro muito mais gritante que a A. 

  • Olá , pessoal! Alguém de vocês sabem me explicar por que a letra "B" está errada?  


ID
1633402
Banca
FUNCEFET
Órgão
Prefeitura de Vila Velha - ES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No fragmento “... seja la quem for – um cidadão, uma empresa, um sindicato – afinal, todos tem direito de se manifestar livremente nos eventos democráticos –, mas isso não tem sempre acontecido.”, os travessões foram empregados para:

Alternativas

ID
1658419
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Paracuru - CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM E A GALINHA
Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:
– Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente:
– Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!
– É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
– Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!
– E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.
– Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha

Os travessões empregados no texto servem para indicar a

Alternativas
Comentários
  • b)

    Fala dos personagens.

  • Gabarito B

     

    O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

    - No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

    Por Exemplo:

     

     O que é isso, mãe?
     É o seu presente de aniversário, minha filha.

     

    - Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

    Por Exemplo:

     

    "E logo me apresentou à mulher,  uma estimável senhora  e à filha." (Machado de Assis)

     

     

    - Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    Por Exemplo:

    "Junto do leito meus poetas dormem

     

     O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byro

    Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

     

     

    - Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.


    Por Exemplo:

    "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana  acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)

  • b-

    travessao em nova linha indica fala das personagens. quando no mesmo periodo, indica enumeração de itens ou pausa maior do que a da virgula


ID
1659016
Banca
NC-UFPR
Órgão
ITAIPU BINACIONAL
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cujo texto está corretamente pontuado.

Alternativas
Comentários
  • c-

    A vírgula é obrigatória para as conjunções"porém" , "todavia" e "entretanto".

  • Em regra, a vírgula é utilizada antes das conjunções, e não após. Porém, a depender da posição da conjunção em determinado período composto, isto é, aquele formado por duas orações, o emprego da vírgula será obrigatório (quando se estiver diante de uma conjunção inicial) ou facultativo (quando o período tiver uma conjunção intermediária que não altera a ordem lógica).

    Algumas conjunções seguem especificidades.

    1) A conjunção "POIS":

    a) quando dotada de valor explicativo, deve ser sempre precedida de vírgula.

    Exemplo: "Entre agora, pois a chuva está começando."

    b) quando indicar uma ideia conclusiva, deverá ficar entre vírgulas.

    Exemplo: "Os indícios são muito fortes; deverão, pois, condenar o suspeito."

    2) As conjunções adversativas, que expressam oposição, como "mas" e seus equivalentes (porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto), são obrigatoriamente precedidas de vírgula.

    Exemplo: "O dia foi marcado, porém os alunos não poderão vir."

  • de cara dificilmente iria marcar a questão certa, fui por eliminação.

  • Questão boa - bem pontuada.

  • Questão truncada, tem que ler várias vezes, ainda bem que normalemente umas 3 de cara dá pra ricar.

  • para quem tem o hábito de leitura, esse tipo de questão é mamão.
  • questão complicada por ter muita pontuação, mas deus é +

  • Questão do capiroto, mais truncada que engrenagem de de colheitadeira em final de colheita. AAAAÔ PC! kk

  • QUESTÃO BIZURADA!

    AVANTE PM-PR!!!


ID
1720984
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                                  A formação da cidadania

      Em todas as manifestações de caráter social, político e econômico, da mais inconsequente opção (pessoal) às mais sérias decisões do governo, o ser humano é guiado por dois comportamentos básicos: pensar e agir, de acordo com os conhecimentos disponíveis. (....)

      A interação contínua entre pensamento e ação permite ao homem tomar decisões, tanto as de natureza particular – como a escolha de um curso ou profissão ou a compra de um par de sapatos -, quanto as que terão consequências coletivas, como a eleição de governantes ou a participação em manifestações públicas. Portanto, de modo geral, as decisões não são arbitrárias. Não importa o grau de consciência política que o indivíduo possui, ou a massa de conhecimentos de que ele dispõe sobre uma questão: há sempre uma dose de reflexão em cada um dos seus atos.

      É fácil de constatar que as ideias, as opiniões, as atitudes e as ações não seguem um esquema simples, mecanicista e uniforme, pois as diferentes preocupações que atormentam o homem se embaralham e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam. É como se todas as provas automobilísticas do mundo fossem disputadas ao mesmo tempo no mesmo autódromo.

      A formação do cidadão consiste em capacitá-lo a pôr ordem nesse processo, que se desenvolve ao seu redor mas sempre explode dentro dele. A principal contribuição formativa da educação é a de atuar sobre esse mecanismo mental decisório e ajustá-lo o mais corretamente possível, equilibrando os conhecimentos, as habilidades e as atitudes segundo padrões éticos, morais e outros, válidos para todos ou para a maioria das pessoas.

      Não existe um método infalível para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões sobre todas as coisas, mas pode-se melhorar a capacidade de raciocínio com a prática, o estudo, a crítica, a reflexão. O grande objetivo, que mais parece um ideal inatingível, é conseguir que cada indivíduo se torne autônomo, isto é, que seja capaz de decidir por si mesmo, não se sujeitando à interferências ou pressões externas. É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.

                                                                       (Martinez, Paulo. Direitos de cidadania – um lugar ao sol.) 

Alguns sinais gráficos fazem parte do texto assim como os sinais de pontuação. Sobre o uso dos sinais e pontos destacados, analise as afirmativas a seguir.

I. “..., o ser humano é guiado por dois comportamentos básicos: pensar e agir, de acordo com os conhecimentos disponíveis. (....)" – os parênteses com pontos em seu interior indicam que algo foi retirado do texto original.

II. “A interação contínua entre pensamento e ação permite ao homem tomar decisões, tanto as de natureza particular – como a escolha de um curso ou profissão ou a compra de um par de sapatos -, quanto as que terão consequências coletivas..." – os travessões marcam uma exemplificação de um termo anterior.

III. “Não importa o grau de consciência política que o indivíduo possui, ou a massa de conhecimentos de que ele dispõe sobre uma questão: há sempre uma dose de reflexão em cada um dos seus atos." – os dois pontos indicam uma enumeração dos componentes da questão referida anteriormente.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • b

     

  • a afirmativa I tem duplo significado. A afirmação: "indicam que algo foi retirado do texto original"... Pode-se entender que foi retirado no sentido de recolhido do texto original, ou seja o correto seria aspas, logo a afirmção I estaria errada. Ou, "retirado" no sentido de tirar do local em que estava, o que estaria correto a afirmação do uso das reticiências.

     

     

  • LETRA B.

  • não entendi, o parênteses com três pontos não indica que houve supressão de parte do texto?

  • SOBRE A ALTERNATIVA I:

    ''Os sinais que refere destinam-se a indicar que há cortes ou supressões no texto que é citado. A forma desses sinais tem tido alguma variação e, ao que sabemos, não há ainda uma norma específica que estabilize a forma de indicar tais supressões e o respectivo uso. No entanto, a mais corrente é empregar [...] para indicar supressão de texto ou de palavra (ver Código de Redacção Interinstitucional da Comissão Europeia).'

    FONTE: ciberduvidasdalínguaportuguesa


ID
1723552
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

No trecho do 5º parágrafo: “essa massa (...) deifica os jogadores e esquece − e por isso não perdoa – que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo”, o uso do travessão duplo tem a função de:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. Trata-se de aposto explicativo, utilizando pausa óbvia, que pode ser parênteses, travessão ou vírgula.

  • Mas o restante também é opinião da autora...

  • "e por isso não perdoa"

    Para mim essa questão é uma aberração da natureza, pois aposto não possui verbo; é somente uma expressão nominal. No caso de um "aposto" possuir verbos ele torna-se uma oração subordinada apositiva (na maioria dos casos)

    Se eu estiver errado, por favor me corrija

  •  (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

    É QUESTÃO DE ATENÇÃO MEU POVO, NO FINAL DO TEXTO VOCÊ ENCONTRA A RESPOSTA, A FGV É ASSIM TEM QUE IR ALÉM PRA ENCONTRAR A RESPOSTA.

  • Aposto com verbo ???


ID
1725859
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Poá - SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Comunicação
Luís Fernando Veríssimo

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, sabercomunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapoupor completo. É uma coisa simples, conhecidíssima”.
“Sim senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim senhor.”“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espéciede, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra
ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado.É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
“Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.”

(Crônicas 06. São Paulo: Ática, 2002. p.28-29.Série Para gostar de ler. Fragmento)

O uso das aspas, no texto, poderia ser substituído adequadamente, sem prejuízo de sentido, por

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra B.

    Travessão também serve quando se intenciona introduzir falas de personagens.
  • GABARITO B
    Travessão é utilizado:
    - para indicar a mudança de interlocutor no diálogo;
    - separar orações intercaladas, fazendo as vezes das vírgulas ou dos parenteses na oração;
    - para colocar em evidência frase, expressão ou palavra.


ID
1748902
Banca
UFF
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1       Ponte Vecchio, tesouro arquitetônico e coração turístico de Florença. A multidão ignora a deslumbrante perspectiva das pontes que se sucedem e se refletem no espelho do Rio Arno. Os olhos se voltam para grosseiras imitações de marcas famosas que imigrantes africanos, com os olhos assustados e gestos nervosos dos sem documentos, espalham pelo chão.

2       Um quarteirão adiante, a sede mundial de um dos ícones da moda, instalada em um palácio renascentista, garante a autenticidade de sua marca, símbolo de elegância e nobreza. O palácio é frequentado por poucos. A ponte é um formigueiro humano. Verdadeira ou falsa, todos usam a mesma marca.

3       A publicidade associa uma bolsa a um estilo de vida como se dentro dela viessem a felicidade e o refinamento. Quem não tem acesso ao produto verdadeiro compra na calçada, ao preço do camelô, a ilusão de uma vida que não tem e não terá, mas encena como real. Assim é se lhe parece.

4       Uma celebridade vende a peso de ouro sua imagem para associar seu nome a uma determinada marca. Marcas famosas não precisam produzir beleza ou qualidade. O que elas produzem passa a ser o padrão de beleza e qualidade. Seu valor é simbólico, muito mais do que real. Símbolos cobiçados mesmo sabendo tratar-se de uma contrafação. Mas um dia o feitiço se volta contra o feiticeiro.

5       Anders Breivik, assassino de jovens na Noruega, sinistra celebridade pela carnificina que provocou, ostenta orgulhoso as camisas de renomada marca. No manifesto psicótico que lançou na rede sugere que gente refinada como ele deveria vestir-se assim. Sem arrependimentos, apresenta-se como padrão de elegância. A tentativa da empresa dona da marca de impedi-lo de vestir sua camisa fracassou. Na Noruega, o tratamento dado aos presos, por mais repugnante que tenha sido o crime, é respeitoso. Desastrosa reversão de expectativas, uma anti-propaganda de alcance mundial.

6       Os promotores de marcas famosas sabem − e é a chave do seu sucesso − que as necessidades têm limites, mas os desejos, não. Não previram que assassinos, corruptos, mafiosos, cada vez mais numerosos e milionários, se enfeitariam com suas grifes na tentativa de ascender a uma suposta elite. Agora a publicidade terá que rever suas estratégias e proteger as marcas desvinculando-as de rostos − que ninguém sabe o que farão −, renunciando à sua vocação de vendedora de sonhos e aproximando-se do mundo real, terreno mais seguro e convincente.


                                                 (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. O Globo: 17/09/2011.)

Considere o período: “Agora a publicidade terá que rever suas estratégias e proteger as marcas desvinculando-as de rostos − que ninguém sabe o que farão −, renunciando à sua vocação de vendedora de sonhos e aproximando-se do mundo real, terreno mais seguro e convincente" (parágrafo 6). A sugestão de reescrita INACEITÁVEL, segundo os padrões da língua escrita culta, está indicada em:

Alternativas
Comentários
  • CASO II - VERBO AUXILIAR + GERÚNDIO

    Pela gramática tradicional, o certo seria a ênclise do verbo auxiliar ou do gerúndio, caso não haja obrigatoriedade para a próclise do verbo auxiliar.

    Exemplos: 

    1. "Ele estava-nos olhando" (ênclise do verbo auxiliar) ou "Ele estava olhando-nos" (ênclise do gerúndio)

    2. Ele não nos estava olhando. (próclise do verbo auxiliar)

    No primeiro exemplo, os gramáticos brasileiros também aceitaram a próclise do verbo auxiliar e a do gerúndio:

    Ele nos estava olhando. (próclise do auxiliar)

    Ele estava nos olhando. (próclise do gerúndio).

    Fonte: 

  • Ênclise

    É o nome que se dá à colocação pronominal depois do verbo; ela é basicamente usada quando NÃO HÁ fator de próclise; veja:

    1) Verbo no início da oração sem palavra atrativa

    ex: Vou-me embora daqui!

    2) Pausa antes do verbo sem palavra atrativa

    ex: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

    3) Verbo no imperativo afirmativo sem palavra atrativa

    ex: Quando eu der o sinal, silenciem-se todos.

    4) Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa.

    ex: Machucar-te não era minha intenção.

    5) Verbo no GERÚNDIO sem palavra atrativa.

    ex: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.

    Gabarito: C

  • Sobre o travessão:

    1) Indica a mudança de interlocutor

    ex: - Que gente é aquela, Seu Alberto? - São japoneses.

    2) Coloca relevo em certos termos, expressões ou orações; substitui nestes casos a vírgula, os dois-pontos, os parênteses e os colchetes.

    ex: A decisão do ministério foi a seguinte - que todos se unissem contra o mosquito transmissor da dengue. (oração substantiva apositiva)

    ex: Os professores - amigos meus do curso carioca - vão fazer videoaulas (aposto explicativo)

    Fonte:

    PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. 4. ed. rev. atual. amp. Rio de Janeiro: Método, 2021.


ID
1751662
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                           Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

O rio Paraíba corria bem próximo ao cercado. Chamavam-no "o rio". E era tudo. Em tempos antigos fora muito mais estreito.
Os marizeiros e as ingazeiras apertavam as duas margens e as águas corriam em leito mais fundo. Agora era largo e, quando descia nas grandes enchentes, fazia medo. Contava-se o tempo pelas eras das cheias. Isto se deu na cheia de 93, aquilo se fez depois da cheia de 68. Para nós meninos, o rio era mesmo a nossa serventia nos tempos de verão, quando as águas partiam e se retinham nos poços. Os moleques saíam para lavar os cavalos e íamos com eles. Havia o Poço das Pedras, lá para as bandas da Paciência. Punham-se os animais dentro d’água e ficávamos nos banhos, nos cangapés. Os aruás cobriam os lajedos, botando gosma pelo casco. Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. O leito do rio cobria-se de junco e faziam-se plantações de batata-doce pelas vazantes. Era o bom rio da seca a pagar o que fizera de mau nas cheias devastadoras. E quando ainda não partia a corrente, o povo grande do engenho armava banheiros de palha para o banho das moças. As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba que ainda não cortava sabão.
O rio para mim seria um ponto de contato com o mundo. Quando estava ele de barreira a barreira, no marizeiro maior, amarravam a canoa que Zé Guedes manobrava.
Vinham cargueiros do outro lado pedindo passagem. Tiravam as cangalhas dos cavalos e, enquanto os canoeiros remavam a toda a força, os animais, com as cabeças agarradas pelo cabresto, seguiam nadando ao lado da embarcação. Ouvia então a conversa dos estranhos. Quase sempre eram aguardenteiros contrabandistas que atravessavam, vindos dos engenhos de Itambé com destino ao sertão. Falavam do outro lado do mundo, de terras que não eram de meu avô. Os grandes do engenho não gostavam de me ver metido com aquela gente. Às vezes o meu avô aparecia para dar gritos. Escondia-me no fundo da canoa até que ele fosse para longe.
Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém. O Paraíba dava somente um nado e corria no manso, sem correnteza forte. Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. A canoa foi descendo de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê-la. Pus-me a chorar alto, senti-me arrastado para o fim da terra. Mas Zé Guedes, vendo a canoa solta, correu pela beira do rio e foi nos pegar quase que no Poço das Pedras. Ricardo nem tomara conhecimento do desastre. Estava sentado na popa. Zé Guedes porém deu-lhe umas lapadas de cinturão e gritou para mim:

− Vou dizer ao velho!

Não disse nada. Apenas a viagem malograda me deixou alarmado. Fiquei com medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria ele a ser para mim mestre de vida.

(REGO, José Lins do. "O Rio". In: VV.AA. O Melhor da Crônica Brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1997, p. 43)

Dadas as alterações, a frase do texto cuja a pontuação está correta é:

Alternativas
Comentários
  • Não precisa nem voltar ao texto para resolver essa questão de pontuação!

  • Cara, FCC está cada vez pior com essas questões O.o 

  • a) Incorreta: os travessões podem ser substituídos por vírgula, porém os dois pontos foram empregados de forma incorreta. 

    b) Incorreta: pois a vírgula está separando o objeto do seu complemento. 

    c) Correta: Equivalências: a vírgula pode ser substituída por travessões. 

    d) Incorreta: a vírgula tb está separando o verbo do seu objeto. 

    e) Incorreta: faltou uma vírgula apos "havia" ex: Havia, lá para as bandas da Paciência, o poço das pedras...

  • que nada, caio hahahahhaha

  • a) Ricardo desatou a corda − meteu-se na canoa comigo – e: quando procurou, manobrar era impossível. (3º parágrafo).

     

    No caso da letra A, além do emprego errado dos dois pontos, também não estaria errado isolar duas orações coordenadas sindéticas que possuem o mesmo sujeito???? Pensei que o correto seria o seguinte:

     

    Ricardo desatou a corda - meteu-se na canoa comigo e quando procurou - manobrar era impossível. Ou

     

    Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa e quando procurou, manobrar era impossível.

     

    Alguém poderia ajudar????

  • Anderson,

    O erro se encontra na falta de virgula pelo termo intercalado

    Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa e, quando procurou manobrar, era impossível.

    Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa e quando procurou manobrar era impossível.

  • e) Havia lá para as bandas da Paciência, o Poço das Pedras; punham-se os animais dentro d'água, e ficávamos nos banhos nos cangapé

    Faltou a vírgula após havia, pois é um aposto explicativo.

    aposto explicativo complementa uma informação acerca de um termo anterior, ou seja, onde fica o poço das pedras? lá para as bandas da paciência.

  • Na alternativa A)

    O professor do vídeo aí falou q não seria possível o uso da primeira vírgula, porém o próprio texto possui :

    "Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. "

    O que me chamou a atenção foi separar por vírgulas a locução "procurou manobrar" e por isso marquei errada já!

    pensei errado?

     

  • Alguém pode me explicar por que na letra C, a vírgula foi substituida por apenas 1 travessão? pode isso? pensei que só poderia haver substituição quando houvesse a 'abertura e o fechamento', ou seja, quando houvesse a substituição das 2 virgulas por 2 travessões.

  • Em relação à letra "E", acredito que o trecho: "lá para as bandas da Paciência" se refere a um adjunto adverbial locucional deslocado - que deve ser separado por vírgulas; não um aposto explicativo.

  • Na Letra E, acredito que ainda tenha mais um erro além daquele que os outros já elencaram:

    "Havia lá para as bandas da Paciência, o Poço das Pedras; punham-se os animais dentro d'água, e ficávamos nos banhos nos cangapés."

    Essa Oração sublinhada é coordenada aditiva, introduzida pela conjunção "e", logo não deveria ter vírgula antecedendo.

  • Que explicação horrorosa,e ainda fica na frente do texto.

    Professor morto de preguiça.

  • E o comando da questão "Dadas as alterações, a frase do texto cuja a pontuação está correta é:"?
    Custei a acreditar que fosse erro da FCC, mas no caderno de prova está assim mesmo D:

  • fcc errando no enunciado..artigo depois de "cujo"