ASPECTOS TEÓRICOS DA LINGUAGEM
Tendo como instrumento básico de trabalho a linguagem, as atividades desse trabalhador especializado encontram-se intimamente associadas à sua formação teórico-metodológica, técnico-profissional e ético-política. Suas atividades dependem da competência na leitura e acompanhamento dos processos sociais, assim como no estabelecimento de relações e vínculos sociais com os sujeitos sociais junto aos quais atua.
A linguagem possibilita a construção da identidade de um determinado grupo social.
É o instrumento número um de todos os profissionais, pois ela possibilita a comunicação entre estes e aqueles com quem interagem.
Se a linguagem é um meio através do qual um determinado grupo social cria uma identidade social, não será diferente para uma profissão que tem a linguagem como o principal recurso de trabalho.
ASPECTOS TEÓRICOS DO CONHECIMETO
A formação de uma consciência teórica requer um trato rigoroso do conhecimento acumulado, da herança intelectual herdada. Portanto, o mero engajamento político, descolado de bases teórico-metodológicas e do instrumental operativo para a ação é insuficiente para iluminar novas perspectivas para o Serviço Social.
A noção estrita de instrumento como mero conjunto e técnicas se amplia para abranger o conhecimento como um meio de trabalho, sem o que esse trabalhador especializado não consegue efetuar sua atividade ou trabalho.
Tem também efeitos na sociedade como um profissional que incide no campo do conhecimento, dos valores, dos comportamentos, da cultura, que, por sua vez, têm efeitos reais interferindo na vida dos sujeitos.
O conhecimento é uma poderosa arma para quem o detém, pois é ele que fornece as bases para qualquer proposta de mudança ou transformação dessa mesma realidade. Se atuar no e sobre o cotidiano das populações menos favorecidas é um componente fundamental do Serviço Social, é com vistas a transformações nesse cotidiano que a prática profissional deve se dirigir.
O conhecimento é, sem dúvida, o seu principal instrumento de trabalho, pois lhe permite ter a real dimensão das diversas possibilidades de intervenção profissional.
Referências consultadas
http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/viewFile/119/117
http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf
https://wandersoncmagalhaes.files.wordpress.com/2013/07/livro-o-servico-social-na-contemporaneidade-marilda-iamamoto.pdf
Boa tarde, companheiros e companheiras!
Essa assertiva me leva a refletir acerca da relativa autonomia do assistente social e sua inserção nos espaços sociocupacionais.
É recorrente, no meio acadêmico, o discurso de que o Serviço Social não dispõe dos meios estrutural e físico necessários para a realização de seu trabalho, ou seja, esses são organizados pelas instituições. Este é um aspecto que torna relativa a independência da nossa categoria.
Por outro lado, dispomos de “ampla autonomia no exercício da Profissão” (CFESS,1993).
Mas aí você deve estar se perguntando: O que tem a ver esses aspectos introduzidos aqui com a linguagem e o conhecimento? TUDO!
O Serviço Social, como uma das formas institucionalizadas de atuação nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, tem como recurso básico de trabalho a linguagem (IAMAMOTO: 1995; p. 101 apud TONIOLO,2008).
Por sua vez, o conhecimento é um meio pelo qual é possível decifrar a realidade e clarear a condução do trabalho a ser realizado, Nessa perspectiva, o conjunto de conhecimentos e habilidades adquiridos pelo Assistente Social ao longo do seu processo formativo são parte do acervo de seus meios de trabalho.
São estes elementos que permitem a articulação entre teoria e prática (TONIOLO,2008). A seguir veremos: