SóProvas


ID
1850215
Banca
KLC
Órgão
Prefeitura de Alto Piquiri - PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O pescador e o gênio 

    Havia uma vez um pescador muito velho e muito pobre que vivia com sua mulher e seus três filhos. Todos os dias ele jogava sua rede no mar apenas quatro vezes e sempre conseguia colher alguns peixes para o seu sustento.
     Mas houve um dia em que ele jogou a rede por três vezes, sempre chamando o nome de Deus, e das três vezes só conseguiu retirar das águas um burro morto, um pote velho e algumas garrafas. Na quarta vez em que jogou sua rede sentiu que ela tinha ficado presa no fundo. Com dificuldade conseguiu retirar a rede e viu que ela trazia uma garrafa de boca larga, de cobre dourado, que estava fechada com chumbo e trazia o selo do grande rei Salomão.
    O pescador se alegrou, pois pensou que poderia vender a garrafa por um bom preço. Mas sentindo que ela estava muito pesada, resolveu abri-la para ver o que continha. Com sua faca forçou o chumbo, virou a garrafa para baixo e agitou para ver o que ia sair. Mas não saiu nada. O pescador colocou-a na areia e então começou a sair de dentro dela uma fumaça, que foi se avolumando até chegar às nuvens e foi tomando a forma de um gigante, que o pescador percebeu logo que era um gênio.
    Morto de medo, ele começou a tremer. E tinha razão para ter medo, porque o gênio saudou-o e disse:
    - Alegre-te, pescador, que vais morrer e podes escolher de que maneira!
    O pescador, apavorado, tentou acalmar o gênio:
    - Mas por que queres me matar, se fui eu que te tirei do fundo do mar, fui eu que te tirei de dentro desta garrafa onde estavas preso?
    - O gênio então contou ao pescador a sua história.
    Há mil e oitocentos anos, no tempo do rei Salomão, ele, o gênio, se havia revoltado contra o rei e, como castigo, havia sido preso nesta garrafa e atirado no fundo do mar.
    Durante cem anos ele havia jurado que faria rico para sempre aquele que o libertasse.
    Cem anos se passaram e o gênio permaneceu na garrafa.
    Durante mais cem anos o gênio jurou:
    - Darei a quem me libertar todos os tesouros da Terra.
    Cem anos se passaram e o gênio continuou prisioneiro da garrafa. Encolerizado, ele tornou a jurar:
    - Agora, se for libertado, matarei aquele que me soltar e deixarei que ele escolha como quer morrer.
    O pescador implorou de todas as formas que o gênio o perdoasse, pois, dizia ele:
    - Desta maneira, encontrarás quem te perdoe.
    Mas o gênio não se deixou comover.
    Aí o pescador teve uma ideia:
    - Já que eu vou morrer mesmo, quero que me respondas a uma pergunta. Como é possível que estivesses dentro da garrafa, sendo tão grande como és? Não posso acreditar nisso, a não ser que veja com meus próprios olhos.
    O gênio, desafiado, converteu-se novamente em fumaça e pouco a pouco foi entrando na garrafa. Quando o pescador viu que ele estava inteirinho lá dentro, mais do que depressa fechou a garrafa com o selo. E disse ao gênio:
    - Vou jogar-te de volta ao mar e vou construir uma casa aqui. Toda vez que alguém vier pescar vou avisá-lo para que não te liberte. Desta maneira, enquanto eu for vivo, não sairás de dentro desta garrafa.
    O gênio então lamentou-se e implorou ao pescador que o perdoasse. Mas o pescador respondeu:
    - Eu também te pedi que me perdoasse, que alguém te perdoaria. Mas assim mesmo quiseste me matar.
    O gênio jurou que não lhe faria mal e que lhe daria meios para que vivesse com fartura o resto de seus dias, se o deixasse sair. O pescador se convenceu e libertou o gênio, que lhe mostrou uma lagoa rica de grandes peixes, onde o pescador pôde pescar o resto de sua vida.

(ROCHA, Ruth. Almanaque da Ruth Rocha. 1. ed. 14 imp. São Paulo : Ática, 2008, p. 52-54.) 

Na expressão: “... e sempre conseguia colher alguns peixes para o seu sustento.", o termo grifado é:  

Alternativas
Comentários
  • D certa

     

  • Advérbio -> Palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e outros adverbios (conferindo a ideia de intensidade para essas duas últimas classes).

     

    sempre é um adverbio que modifica o verbo -> conseguir.

     

    Gabarito (D)

     

    Tudo posso naquele que me fortalece! 

     

     

  • Advérbio de afirmação: sim,de fato, com certeza, realmente, sem dúvida, Sempre, etc

  • Gabarito letra d - Advérbio de tempo: Sempre,nunca, hoje, amanhã etc

  • • O advérbio é um termo modificador que, de maneira independente, expressa uma circunstância (de lugar, de tempo, de modo, de intensidade, de condição, dentre outras) e desempenha na oração a função de adjunto adverbial. Em geral, as gramáticas classificam o advérbio por sua função como modificador do verbo.

     

    Exemplo: 

    Ela sempre escrevia notícias de sua cidade. Contava para o mundo como andavam os acontecimentos ali. Narrava os fatos, descrevia as pessoas, criava algumas mentiras, e seguia assim a vida.

     

     

    • Palavras que denotam circunstância:

     

    “sempre”: advérbio de tempo

    “ali”: advérbio de lugar

    “assim”: advérbio de modo

     

     

    Adj. adnominal » modifica o Verbo, Advérbio e Adjetivo.

     

    Fiquem bém, meus amiguinhos!

  • Quem trabalha para o verbo? O próprio advérbio.

    *Sempre é o adverbio que modifica o verbo.

  • GABARITO: LETRA D

    Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • Sempre - palavra invariável