Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM)
A Taxa Interna de Retorno Modificada, ou simplesmente TIRM, é uma taxa de desconto ou correção que tem o propósito de eliminar os complicadores da TIR. A diferença entre as duas é que a TIRM considera o custo do dinheiro tomado como empréstimo para financiar o empreendimento e entende que o dinheiro que o empreendimento gerar será reinvestido.
Geralmente, o dinheiro é emprestado a uma taxa segura e fixa – usualmente Caderneta de Poupança ou mesmo um Título Pré-Fixado do Tesouro Nacional – impedindo surpresas para o tomador de empréstimo, sendo reinvestido a uma taxa menos segura e, portanto, com maior potencial de rentabilidade – como o investimento em ações, por exemplo.
Também pode ser feito o cálculo sobre duas modalidades de investimento, onde os fluxos de caixa negativos – os gastos ou investimentos, portanto – são remunerados a uma taxa segura e, os reinvestimentos – saques oriundos do pagamento de bônus ou recebimentos diversos, como aluguéis – são remunerados por uma taxa com risco mais elevado.
Como calcular
Suponhamos um caso bastante simples: um investidor decide comprar um imóvel por R$ 110 mil com custos anuais de financiamento de 9% ao ano. Ao final de cada ano, contabiliza o recebimento dos seguintes valores líquidos de aluguéis: R$ 12 mil (ano 1), R$ 15 mil (ano 2), R$ 17 mil (ano 3), R$ 20 mil (ano 4), R$ 22 mil (ano 5) e R$ 24 mil (ano 6).
Para realizar os cálculos na calculadora financeira HP 12C, devemos ter em mente a realização da seguinte sequência de cálculos:
• Calcular o valor futuro líquido dos fluxos de caixa positivos (VFL) com a taxa de reinvestimento;
• Calcular o valor presente líquido dos fluxos de caixa negativos (VPL) com a taxa segura;
• Dados tempo (n), Valor Presente Líquido (VPL) e Valor Futuro Líquido (VFL), calcular a Taxa Interna de Retorno Modificada (i).
Limitações do indicador
A Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM) traz como principal desvantagem não poder ser aplicada nas seguintes situações:
• Taxa de reinvestimento igual à taxa de captação: o cálculo apropriado é o da Taxa Interna de Retorno (TIR).
• Desconhecimento da taxa de captação de recursos e/ou de reinvestimento: o que torna a tarefa de projetar os fluxos de caixa mais sujeita ao insucesso.
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