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PARALELISMO
O que se denomina paralelismo sintático é um encadeamento de funções sintáticas idênticas ou um encadeamento de orações de valores sintáticos iguais. Orações que se apresentam com a mesma estrutura sintática externa, ao ligarem-se umas às outras em processo no qual não se permite estabelecer maior relevância de uma sobre a outra, criam um processo de ligação por coordenação. Diz-se que estão formando um paralelismo sintático.
Paralelismos frequentes
e; sem
Ele conseguiu transformar-se no Ministro das Relações Exteriores e no homem forte do governo.
Não adianta invadir a Bolívia sem romper o contrato do gás.
não só... mas também
O projeto 'não só será apreciado, como também será aprovado.
mas
Não estou descontente com seu desempenho, mas sim com sua arrogância.
ou
O governo ou se torna racional ou se destrói de vez. " Maria Rita, ou seja amiga dos alunos ou perca o emprego."
tanto... quanto
Estávamos questionando tanto seu modo de ver os problemas quanto sua forma de solucioná-los.
isto é, ou seja
Você deveria estar preocupado com seu futuro, isto é, com sua sobrevivência.
ora...ora
Ora a desejava, ora a ignorava .
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Aula muito boa que fala sobre o tema:
https://www.youtube.com/watch?v=_EZPLP65wrs
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Uso da vírgula com a conjunção "e". Há dois casos importantes:
1. Quando os sujeitos são diferentes; ex.: O aluno estudou muito, e a professora não aplicou a prova.
2. Quando há ideia de oposição, contraste ou adversidade. ex.: Ele trabalhou o mês todo, e não recebeu o salário.
A questão se encaixa no item 2:
“É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”.
“É barato construir castelos no ar, e bem cara a sua destruição”.
Gabarito D
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Gabarito letra D.
a) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu”. (Certo. Verbo com verbo.)
b) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”. (Correto. As duas orações formam par com idêntica estrutura.)
c) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente”. (Correto. As orações repetem idêntica estrutura.)
d) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. (Opa! Aí “deu ruim”! Houve violação do princípio do paralelismo sintático, porque o primeiro núcleo do sujeito veio em forma de oração “construir castelos” e o segundo tomou forma de simples substantivo, “destruição”.)
e) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é ilimitado”. (Correto. As estruturas são idênticas!).
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Gabarito: D
Comentários:
Letra a: errado. Há paralelismo em “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu”, já que os sujeitos das orações são simples e os predicativos em destaque são orações iniciadas por infinitivo.
Letra b: errado. Em “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras” as orações apresentam paralelismo e a estrutura delas é formada por sujeito, verbo e objeto.
Letra c: errado. “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente” apresenta paralelismo perfeito, porque suas duas orações são formadas por oração subordinada adverbial condicional e oração principal com sujeito na ordem inversa.
Letra d: certo. Em “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição” há quebra de paralelismo, uma vez que, na primeira oração, o sujeito “construir castelos” é oracional, enquanto, na oração coordenada, a qual apresenta omissão do verbo “é”, há o sujeito simples “a sua destruição”.
Letra e: errado. Nesse caso, trata-se de quebra de paralelismo semântico, e não sintático. O paralelismo semântico ocorre quando há simetria entre as ideias presentes numa frase.
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eu respondi pela lógica e dei sorte, primeiro que não é possível construir um castelo no ar, e segundo como pode destruir algo que não pode ser construído? Mas o correto é estudar o assunto para entender o que é paralelismo sintático!
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D
O paralelismo sintático foi desobedecido em:
A - “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu” – Certíssimo. Veja a relação entre as orações:
1º “Sucesso” (sujeito simples) é (verbo de ligação) “conseguir” (or. sub. subs. predicativa red. de infinitivo) “o” (predicativo do sujeito) “que você quer” (or. sub. adjetiva restritiva)
2º “felicidade” (sujeito simples) “é” (verbo de ligação) “gostar” (or. sub. subs. predicativa red. de infinitivo) “do” (predicativo do sujeito – o “o” que se juntou com a preposição “de”) “que você conseguiu” (or. sub. adjetiva restritiva).
Custosa é a análise, mas elas são bem paralelas;
B - “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras” - Certíssima também. “Para o otimista” (expressão intercalada, sem função), “todas as portas” (sujeito simples) “têm” (VTD) “maçanetas e dobradiças” (objetos diretos), “para o pessimista” (expressão intercalada, sem função), “todas as portas” (sujeito simples) “têm” (VTD) “trincos e fechaduras” (objetos diretos). Notou o paralelismo?
C - “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.” – As estruturas estão bem equivalentes: “Se não houver frutos (or. sub. adv. condicional) e “valeu a beleza das flores” (oração principal). “Se não houver flores (or. sub. adv. condicional) “valeu a sombra das folhas” (oração principal). “Se não houver folhas” (or. sub. adv. condicional) e “valeu a intenção da semente.” (oração principal).
D - “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua destruição”. Há uma quebra na harmonia na relação entre os sujeitos das orações. Vamos colocar na ordem direta:
1º “Construir castelos no ar é barato”
2º “A sua destruição (é) bem cara”
Na primeira, vemos um sujeito oracional (construir castelos no ar) para o verbo “ser” (ou seja: or. sub. subs. subjetiva red. de infinitivo) + verbo de ligação (é) + predicativo do sujeito. Na segunda, o sujeito é simples, não oracional (A sua destruição) e o resto é igual.
E – “Um acontecimento vivido /é /finito. Um acontecimento lembrado /é /ilimitado”. Certo também. Aqui, temos dois períodos que mais parecem um ditado popular, formado por sujeito simples + verbo de ligação + predicativo.