SóProvas


ID
1869619
Banca
IDECAN
Órgão
UFPB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                        Meu filho e seus ídolos 

     Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis. Principalmente depois do fenômeno da comunicação de massa, pessoas como James Dean ou Elvis Presley, para falar de astros de outros tempos, ou como Sandy e Junior e os Backstreet Boys, fenômenos mais recentes, arrastam multidões de jovens aos seus shows. E não só isso. Além de frequentarem os shows, os jovens são capazes de atitudes muito mais drásticas, como passar dias em uma fila para comprar ingresso, fazer plantão na frente do hotel ou da casa do cantor simplesmente para dar uma olhadinha a distância. Em casa, as paredes do quarto são forradas de pôsteres, revistas são consumidas aos milhares, álbuns são confeccionados com devoção e programas de TV são ansiosamente esperados apenas para assistir a uma rápida aparição do ídolo.

    Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens? A primeira e mais óbvia resposta é que todos esses astros, mais do que qualquer outro mortal, detêm objetos de desejo de nossa cultura ocidental, como fama, sucesso, beleza, dinheiro etc. Isso, porém, não justificaria as atitudes que os adolescentes são capazes de tomar em relação a cantores, atores ou jogadores de futebol. Se a tietagem se justificasse apenas pela admiração de certas características dos artistas (como a beleza, por exemplo), esse comportamento de fã não pareceria tão restrito à juventude. Isso pode nos indicar que esse fenômeno tem a ver com a própria adolescência.

    A adolescência traz desafios importantes para o jovem. Além de ser uma fase em que deixamos de ser criança e nos preparamos para a vida adulta, a convivência social tem um grande peso. Por vezes, aos olhos dos pais, os filhos dão mais importância aos amigos e suas opiniões do que à própria família. Não é incomum ouvir pais de adolescentes reclamando que os filhos só ouvem, vestem, assistem e gostam daquilo que os amigos ouvem, vestem, assistem e gostam. O que os pais têm dificuldade de entender são as transformações típicas que se operam nessa fase. O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de libertação das opiniões familiares. É como se o jovem tivesse uma necessidade de se desligar daquela dependência infantil e encontrar sua própria identidade. Onde encontrar essa identidade? Primeiro, no grupo social mais próximo, ou seja, nos amigos. Depois, em outras pessoas. E é aí que entram os ídolos da juventude. 

   Essas pessoas famosas representam uma série de características valorizadas pelos adolescentes: às vezes a rebeldia ou a aparente independência; às vezes a beleza ou a fama. Além de representarem esses valores, os ídolos parecem, aos olhos do fã, pessoas que conseguem materializar seus sonhos, que conseguem tudo o que querem. Por isso esse interesse fora do comum por tudo que se passa com eles.

    Sob esse ponto de vista, ter ídolos é algo absolutamente normal. Torna-se preocupante, no entanto, quando esse interesse passa a ser o foco central do adolescente, quando a sua vida gira completamente em torno do seu ídolo e ser fã passa a ser a sua principal e única ocupação. Nesses casos, é importante que os pais estejam atentos para impedir que a admiração do filho vire uma obsessão e ajudá-lo a lidar de forma mais saudável com a admiração que sente por alguma pessoa famosa. 

   Porém, quando esse interesse não interfere na vida do adolescente, não há por que se preocupar. Pode ser até uma oportunidade para que os pais conheçam melhor seus filhos. Discutir sobre os gostos, os desejos, enfim, as preferências dos adolescentes nessa fase pode ser uma experiência muito rica para os pais. Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo? 

(DELY, Paula. Meu filho e seus ídolos. Disponível em: http://www.aprendebrasil.com.br/falecom/psicologa_artigo027.asp. Acesso em: 05/07/2011. Adaptado.) 

No trecho “Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens?” (2º§), os dois pontos ( : ) foram utilizados

Alternativas
Comentários
  • Dois-pontos
    Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para:
    1) Introduzir uma citação (discurso direto).
    – Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

    2) Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva.
    – Amanda tinha conseguido finalmente realizar seu maior propósito: seduzir Pedro, que, por sua vez, amara três pessoas: Magda, Luana e, principalmente, a si mesmo.
    – Em nosso meio, há bons profissionais: professores, jornalistas, médicos...
    Obs.: Serve simplesmente para indicar um resultado ou resumo do que se disse: “Corri dez quilômetros durante dois meses seguidos. Resultado: emagreci doze quilos.” / “Fui presenteado com livros, CDs, DVDs, garrafas de vinho, dinheiro... Resumindo: ganhei o dia!”.
    3) Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, como etc.
    – Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, Filosofia, Ciências...
    4) Marcar uma pausa entre orações coordenadas (normalmente a relação semântica entre elas é de oposição, explicação/causa ou consequência).
    – Ele já leu muitos livros: pode-se dizer que é um homem considerado culto.
    – Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com cautela.
    5) Marcar a invocação em correspondências.
    – Prezados senhores:

     

    Pestana (2012)

  • Os dois pontos são, dentre os sinais de pontuação, os mais expressivos. É impossível não notar o que vem depois deles. São empregados geralmente para sinalizar que a frase não foi concluída. Os empregos mais frequentes são estes:

    1) Para introduzir o discursso direto (geralmente ocorrem depois dos verbos dizer, perguntar, responder e expressões sinonimas). Ex: Um homem tinha dois filhos, e o mais novo disse ao pai: -Pai, dá-me a parte do patrimônio que me toca.

    2) Para introduzir uma enumeração mais ou menos extensa. Ex: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito: `a vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

    3) Para introduzir uma sitação. Ex: Jesus, filho de Deus, afirma: ``aquele que crê em mim fará as coisas que eu faço, e outras maiores fará´´.

    4)Para introduzir um aposto, conclusão, explicação, uma consequência ou um esclarecimento. Ex: a declaração foi dada pelo presidente do STF: Cezar Pelluzo; outro ex.: A solução do caso terminou como os demais que pipocaram nos anos seguintes: com arquivamento da acusação.

     

    JUSTIFICATIVAS:

     

    A) CORRETA. Os dois pontos foi utilizado para dar início a uma sitação.

    b) INCORRETA: Não havia enumeração. Pois seria, se fosse o caso, `´Muitos pais se perguntam sobre o que é melhor: vida, morte, riqueza, alegria....

    c)INCORRETA: Não estava finalizando frase, e, a mesma não é declarativa e sim, se fosse o caso, interrogativa.

    d)INCORRETA: Os dois pontos pode ser utilizado para iniciar fala do personagem, mas no caso não existe um ´´personagem´´, e sim uma citação sobre o pensamento dos pais.

  • desculpas, mas parei no ''sitação''.

  • Gente, cuidado com a grafia: discurSo tem somente um S e Citação é com C.

  • Pessoal não confere mais nem o Ctrl c Ctrl v
  • Letra A, mais  fiquei indeciso na D. mas  se trata mesmo de uma citação.

  • "Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens?”     OBS. Introduz uma citação de uma pergunta.

     

    Gabarito:A

  • Não tem aspas, porque é um discurso indireto.

    Obs.: Não erro mais essa, pois cai na armadinha: citação tem sempre aspas.O que não é verdade. =(

  • Dois-pontos ( : )

    O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, geralmente:

    - Para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção.

    Por Exemplo:

     

    "Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :
    – Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)

     

    - Para anunciar uma citação.

    Por Exemplo:

     

    Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
    Lembrando um poema de Vinícius de Moraes"Tristeza não tem fim, Felicidade sim."

     

    - Para anunciar uma enumeração.

    Por Exemplo:

     

    Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos.

     

    - Antes de orações apositivas.

    Por Exemplo:

     

    Só aceito com uma condiçãoirás ao cinema comigo.

     

    - Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse.

    Exemplos:

     

    Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou observações. Veja:

    Nota: a preposição "per", considerada arcaica, somente é usada na frase "de per si " (= cada um por sua vez, isoladamente).

    Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, melhorzinho, etc.

     

    Marcelo era assim mesmo: não tolerava ofensas.
    Resultadocorri muito, mas não alcancei o ladrão.
    Em resumo: montei um negócio e hoje estou rico.

    Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. 
    Exemplos:

     

    ratificar/retificar, censo/senso, etc.

    - Na invocação das correspondências.

    Por Exemplo:

     

    Prezados Senhores:
    Convidamos todos para a reunião deste mês, que será realizada dia 30 de julho, no auditório da empresa.
    Atenciosamente, 
    A Direção

    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono31.php

  • nao sei qual a finalidade de comprarmos um pacote de questoes comentadas se o qc nao comenta nada.

  • Não sou muito de copiar frases do google e colar, mas estas achei interessantes:

    Dois-pontos na introdução do discurso direto:

    Paulo se esticou o mais que pode e berrou:

    — Já chega!

    Dois-pontos na introdução de uma enumeração:

    Foram escolhidas cinco cores diferentes: verde, azul, vermelho, laranja e lilás.

    Dois-pontos na introdução de uma citação:

    Descartes disse“Penso, logo existo”.

    Dois-pontos na introdução de uma explicação, resumo, esclarecimento, causa ou consequência:

    Concluindo: será necessária a colaboração de todos, sem faltas.

    Dois-pontos na introdução de palavras que indicam observações, notas, exemplos, informações importantes,…

    Dicanão se usa crase antes de palavras no masculino.

    Dois-pontos na introdução de orações apositivas:

    Decidi abrir o jogojá não consigo mais guardar este segredo.

    Dois-pontos na introdução do vocativo inicial de comunicações:

    Ilustres convidados:

  • Já errei 4 x! kkkk

  • Dois pontos:

    Usos dos Dois Pontos: 

    Exemplos: 

    1. Nas explicações ou esclarecimentos 

    O empreendedorismo corresponde a um conceito novo que inclui conceitos essenciais: a proatividade e a capacidade de criar algo inovador.

    2. Nas sínteses ou resumos 

    No Brasil, o problema da violência aumenta cada dia. Por isso, a maioria dos cidadãos do país têm medo de saírem de casa. Em resumo: A violência e o medo crescem no país.

    3. Nos discursos diretos 

    Após ouvir atentamente a pergunta da professora, José respondeu: — Não estou preparado para a prova.

    4. Nas citações 

    Já dizia o poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

    5. Nas enumerações 

    Os planetas do sistema solar são: Mercúrio, Vênus, Terra, marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.