SóProvas


ID
188164
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pelo mundo afora, os jornais sentem a agulhada de uma
conjunção de fatores especialmente desfavoráveis: a recessão
mundial, que reduz os gastos com publicidade, e o avanço da
internet, que suga anúncios, sobretudo os pequenos e rentáveis
classificados, e também serve como fonte - em geral gratuita -
de informações. Na Inglaterra, para sobreviver, os jornais
querem leis menos severas para fusão e aquisição de empresas.
Na França, o governo duplicou a verba de publicidade e dá
isenção tributária a investimentos dos jornais na internet.

Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora
quanto nos Estados Unidos. A recessão atropelou os dois
maiores anunciantes - o mercado imobiliário e a indústria
automobilística - e a evolução da tecnologia, com seu impacto
sísmico na disseminação da informação, se dá numa velocidade
alucinante no país. O binômio recessão-internet está produzindo
uma devastação. Vários jornais, mesmo bastante antigos e
tradicionais, fecharam suas portas.

O fechamento de um jornal é o fim de um negócio como
outro qualquer. Mas, quando o jornal é o símbolo e um dos
últimos redutos do jornalismo, como é o caso do New York
Times
, morrem mais coisas com ele. Morrem uma cultura e
uma visão generosa do mundo. Morre um estilo de vida
romântico, aventureiro, despojado e corajoso que, como em
nenhum outro ramo de negócios, une funcionários, consumidores
e acionistas em um objetivo comum e maior do que
interesses particulares de cada um deles.
Desde que os romanos passaram a pregar em locais
públicos sua Acta Diurna, o manuscrito em que informavam
sobre disputas de gladiadores, nascimentos ou execuções, os
jornais começaram a entrar na veia das sociedades civilizadas.
Mas, para chegar ao auge, a humanidade precisou fazer uma
descoberta até hoje insubstituível (o papel), duas invenções
geniais (a escrita e a impressão) e uma vasta mudança social (a
alfabetização). Por isso, um jornal, ainda que seja um negócio,
não é como vender colírio ou fabricar escadas rolantes.

(André Petry. Revista Veja, 29 de abril de 2009, pp. 90-93, com
adaptações)

Os segmentos isolados por parênteses no último parágrafo do texto constituem

Alternativas
Comentários
  • 1)  uma descoberta até hoje insubstituível (o papel),

    2) duas invenções geniais (a escrita e a impressão)

    3) uma vasta mudança social (a alfabetização).

    letra A: enumeração que especifica as afirmativas que os precedem.  

  • iniciando com as erradas:
    B- ressalva é sempre idéia de exceção, nesse caso não foi feito nenhuma exceção mas sim uma especificação.
    C- não existe nenhuma idéia de conclusão com substantivos isolados. Com concluir uma idéia utilizando somente a palavra 'papel'?
    D- não temos aqui o caso de repetição de substantivos por sinônimos, por exemplo moro em uma residência para jovens estudantes (lar para alunos)
    E- para existir uma citação fiel é necessária que tenha um referência ao autor da citação ou à fonte da citação, seja conhecido ou desconhecido. Como diria minha professora "blá blá blá"... ou como informou a reportagem fivulgada na Scientific American (20% dos vulcões do sul blá bl´blá)

    sendo assim a letra A por mais que a expressão "enumeração" não seja fácil, a segunda parte da afirmativa nos auxilia "especifica as afirmativas" ou seja o autor afirma "a humanidade precisou fazer uma descoberta até hoje insubstituível"  e depois o segmento isolado vem e ESPECIFICA qual foi a descoberta PAPEL e assim segue-se a compreensão desses termos.
  • Enumeração específica é por causa dos numerais ok bons comentários.

  • Ao meu ver o que está entre parênteses não é o que é enumerado, mas o que vem antes. Contudo, ele pede o que está dentro do parênteses e não o que antecede, que aí sim está enumerando. É o que eu acho!