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A utilidade marginal dos bens é decrescente. Ou seja, à medida que aumentamos o consumo de determinado bem, o acréscimo de utilidade decorrente do acréscimo de consumo (que é o próprio conceito de utilidade marginal) é decrescente.
Tem até uma lei sobre isso: a lei da utilidade marginal decrescente.
Economia e Finanças Públicas para ICMS/SP
Teoria e exercícios comentados
Prof Heber Carvalho – Aula 07
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A Lei da Utilidade Marginal Decrescente : Pode-se enunciar a lei da utilidade marginal decrescente da seguinte forma: A utilidade marginal de cada unidade homogênea de um bem decresce com o aumento da oferta desse mesmo bem. Sabe-se que não possuímos quantidades ilimitadas de bens. Em outras palavras, os meios são escassos. Dada a escassez de meios, um indivíduo deve ordenar seus fins entre os mais e os menos preferidos (os que garantem maior ou menor utilidade). Perceba que quanto maior a quantidade de meio disponível, mais fins menos valorados (que trazem menos utilidade) serão atendidos. Exemplo de aplicação da Lei : Considere que certo indivíduo, João, possua a seguinte escala de valoração: 1- Saciar a própria sede 2- Saciar a sede do seu cachorro 3- Regar as plantas . Considere que cada uma dessas ações requeira 1 copo d’água. Com o 1º copo d’água, João matará sua sede, com o 2º ele matará a sede de seu cachorro e com o 3º ele regará suas plantas. Note que, à medida que João ganha mais um copo d’água, esse copo será usado para um uso menos valorado do que o uso do copo d’água anterior. Em outras palavras, a utilidade garantida por um copo adicional decresce à medida que ele possui acesso a maior quantidade de copos, ou seja, a utilidade marginal é decrescente.
Pode-se enunciar a lei da utilidade marginal decrescente da seguinte forma: A utilidade marginal de cada unidade homogênea de um bem decresce com o aumento da oferta desse mesmo bem.
Conceito de utilidade: A utilidade refere-se à satisfação, felicidade ou contentamento de um indivíduo. Ela é um conceito subjetivo, o que quer significa que somente uma pessoa pode determinar o que lhe dá maior ou menor utilidade: o próprio agente em questão. Quando um indivíduo subjetivamente avalia que saiu de um estado de menor para um estado de maior satisfação, dizemos que sua utilidade aumenta. Caso contrário, se o indivíduo considera que sua situação piorou, tem-se uma redução da utilidade.
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Ter inclinação negativa equivale a dizer que os pontos iniciais da curva (mais à esquerda da curva) terão maior inclinação. Em contrapartida, os pontos adiante (mais à direita da curva) terão inclinação bastante inferiores.
A maior inclinação - a que é notada no início do consumo - indica que grande é a utilidade do produto consumido e que, mesmo nas aquisições seguintes, ainda terão considerável utilidade.
A menor inclinação - a notada após um numero "x" de quantidade consumida - indica que a utilidade marginal, ou seja, a utilidade acrescentada pelo ultimo produto à utilidade total, caminha à tornar-se cada vez mais desprezível, uma vez que, à medida que foi consumido muito do mesmo produto, pouco prazer contemplará o consumidor pelas ultimas unidades consumidas.
Por essa variação decrescente da utilidade do produto, entende-se que, conforme o consumidor perde o prazer pelo consumo do produto em questão, menor será a valorização atribuída ao mesmo e sua seguinte aquisição, e por isso, a demanda, pouco a pouco, decaíra e sua curva representativa terá inclinação negativa.
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Independentemente do bem ser público, a curva de utilidade marginal é sempre decrescente, mas com valores de Umg positivos.
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Analisando cada alternativa:
A) ERRADA. No caso dos bens públicos, os indivíduos não revelam a suas prefêrencias corretamente.
B) ERRADA. O problema da alternativa está em afirmar que independe da quantidade consumida.
C) ERRADA. O custo marginal tende a ser zero. Ex: Iluminação pública, a oferta a uma pessoa a mais não implica em custos adcionais.
D) CORRETA. É o que nos informa a Lei da Utilidade Marginal Decrescente.
E) ERRADA. As pessoas tem diferentes preferências pelos os bens públicos, para algumas esses possuem grande valor, para outras não. Os agentes tendem a não revelar as suas prefêrencias corretamente, pois buscam pagar uma valor menor do que o benefício obtido pela provisão do bem.