De acordo com Barbieri (2010),
" ... no Psicodiagnóstico Tradicional, a diretriz de que a escolha dos testes deve basear-se em critérios de validade e precisão estatísticas pressupõe buscar a avaliação de variáveis ‘puras’, isoladas do contexto de vida da pessoa, já que quanto maiores os índices de validade e precisão, maior seria essa ‘pureza’."
Logo, trata-se de uma característica do psicodiagnóstico tradicional, não do interventivo de orientação psicanalítica.
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: A
Gab. A
"Situação similar acontece no Psicodiagnóstico Interventivo, pois o encontro do conflito nodal da personalidade, que pressupõe o desvelamento das características dos objetos internos e de seus relacionamentos entre si e com o ego, das angústias dominantes e das defesas empregadas para o seu controle, das condições constitutivas do self e sua capacidade para a transicionalidade, confere coerência e sentido ao material produzido na situação de tratamento/avaliação. Essa coerência e sentido atestariam a validade do processo, superando a confiabilidade informada pelos índices de validade e precisão dos testes psicológicos.
A integração entre Psicologia e Psicanálise no Psicodiagnóstico Interventivo permite apreender o que existe no indivíduo de mais criativo, original e singular, a significação que ele atribui à experiência, conforme construída no contexto de um estilo de ser em desenvolvimento mediante o relacionamento com o outro; assim, vai além da ênfase na adaptação à realidade. Nessa direção, Violante (2000) defende que uma aproximação entre a Psicanálise e a Psicologia deve permitir superar os limites desta última para realizar um percurso que transcenda o comportamento, a consciência e o ego, e encontrar o funcionamento pulsional do paciente e suas identificações. Somente assim seria possível alcançar o significado da conduta ou a essência do psiquismo."
Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432009000200007