Várias vezes, no decorrer do último século, previu-se a morte
dos livros e do hábito de ler. O avanço do cinema, da televisão,
da internet, tudo isso iria tornar a leitura obsoleta. No Brasil
da virada do século XX para o XXI, o vaticínio até parecia
razoável: o sistema de ensino em franco declínio e sua tradição
de fracasso na missão de formar leitores, o pouco apreço dado
à instrução como valor fundamental e até dados muito práticos,
como a falta e a pobreza de bibliotecas públicas e o alto preço
dos exemplares impressos aqui, conspiravam (conspiram, ainda)
para que o contingente de brasileiros dados aos livros minguasse
de maneira irremediável. Contra todas as expectativas,
porém, vem surgindo uma nova e robusta geração de leitores no
país – movida, sim, por sucessos globais como as séries Harry
Potter, Crepúsculo e Percy Jackson.
(Veja, 18.05.2011. Adaptado.)
O conectivo porém estabelece, entre o último período do texto e
as informações precedentes, uma relação de