SóProvas



Questões de Uso dos conectivos


ID
2398
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

"mas é o grand finale de um ano inteiro de divertida preparação" (l. 19). A palavra que inicia essa passagem pode ser substituída, sem alterar o sentido e a estrutura do texto, apenas por:

Alternativas
Comentários
  • Sempre tem que ir ao texto!

    Vejamos!

    "o Carnaval em si dura pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de divertida preparação"

    mas : carrega idéia de oposição, ressalva entre as orações.

    a) no entanto; CERTA. idéia de oposição, ressalva.

    b) apesar de; ERRADA. idéia de concessão.

    c) embora; ERRADA. idéia de concessão.

    d) de modo que; ERRADA. idéia de consecução.

    e) porque. ERRADA. idéia de causa, explicação.

    []s

  • Quadro das Principais Conjunções e Locuções Conjuncionais Subordinativas
    DESIGNAÇÃO CONJUNÇÕES LOCUÇÕES
    Temporais
    (indicam tempo)
    quando, enquanto, apenas, mal, como,
    que (=desde que)
    antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, até que, primeiro que, sempre que, todas as vezes que, tanto que, à medida que, ao passo que
    Causais
    (indicam a causa ou o motivo)
    porque, pois, porquanto, que (=porque), como(=porque) visto que, já que, por isso que, pois que, uma vez que
    Finais
    (designam o fim)
    que (=para que) a fim de que, para que, por que
    Condicionais
    (exprimem uma condição)
    se, caso a não ser que, desde que, no caso que, contanto que, na condição de, salvo se, se não, sem que, dado que, a menos que, excepto se
    Integrantes
    (que integram ou completam)
    que, se  
    Comparativas
    (estabelecem uma comparação)
    Como, segundo, conforme, que, qual (antecedida de tal) Como…assim, assim como… assim, assim como… assim também, bem como, que nem, segundo... assim, consoante… assim, conforme… assim, tão/tanto… como, como se, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior)
    Consecutivas
    (exprimem consequência)
    Que (combinada com tal, tanto,  tanto, tão ou tamanho, de tal maneira, de tal modo, de tal sorte presentes ou latentes na oração anterior)  
    Concessivas
    (apresentam facto contrário à acção principal, mas incapaz de impedi-la)
    Embora, conquanto,
    que ( =ainda que)
    Ainda que, posto que, mesmo que, se bem que, por mais que, por menos que, apesar de (que), nem que
    Relativas Explicativas que Obs.:Delimitadas por vírgula
    Restritivas Obs.: não são assinaladas por vírgulas, mudam o sentido à frase
    Reduzidas De infinitivo Sempre assinaladas por vírgula e são caracterizadas pelos verbos.
    Exemplos:
    Antes de chegar, telefonou ao irmão.
    Feitas as contas, ainda lhe sobrava muito dinheiro.
    Andando pela rua, encontrei uma moeda.
    De particípio
    De gerúndio

ID
2431
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

A conjunção E, empregada na passagem "avistamos Alcatrazes relativamente próximos e bastou chegar um pouco mais perto" (l.4), auxilia na construção de uma idéia de:

Alternativas
Comentários
  • Mas o "e" não é uma conjunção aditiva?
  • Não é contraposição mesmo !!! Repare que no texto ele vem seguido de vírgula e faz parte da próxima oração e não desta citada no enunciado.
    Essas bancas ...  
  • Tirando a oração intercalada pelas vírgulas temos:   Com a visibilidade prejudicada " E/ENTRETANTO/PORÉM....."  bastou chegar um pouco mais perto para esquecermos qualquer mal estar-
     Assim ficou mais fácil para visualizar.
  • Duas formas de "matar" essa questão...

    Não se prendam apenas ao fragmento destacado. Vá ao texto, desde o início, e verá a nítida ideia de contraposição:

    "O balanço do barco, o mar instável e a chuva
    puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
    durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
    prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
    próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
    esquecermos qualquer mal estar
    "

    Esquecer "qualquer mal estar" se contrapõe a ideia de "parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo".

    E para corroborar a ideia, pode-se utilizar mais um método:

    "avistamos Alcatrazes relativamente próximos e bastou chegar um pouco mais perto"

    O fragmento mostrado não possui natureza de subordinação, logo não poderia ser causa, comparação e finalidade. As únicas que sobram é contraposição e alternância. Como alternância você sempre utilizará o "ou", matamos por eliminação.
  • Se é conjunção adversativa não deveria vir antecedida de vírgula ? 

  • não concordo com os comentários pois há um ponto final entre as orações o qual encerra o período . Se a banca queria analisar o primeiro parágrafo como um todo que ela coloca-se assim:

    A conjunção E, empregada no primeiro parágrafo auxilia na construção de uma ideia de:

    analisando o enunciado da questão está bem claro que é para fazer a análise na oração destacada pelo enunciado e não do primeiro paragrafo

  • pode-se substituir o "E" por "MAS".

  • Correta, B

    Típica questão em que é de extrema importância voltar ao texto e reler o trecho completo, vejamos:

    "Com a visibilidade prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por completo(...)".

    Com a visibilidade prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente próximos, MAS / ENTRETANTO / TODAVIA bastou chegar um pouco mais perto para esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por completo(...).

    Logo, assertiva correta, letra B.

    Pertenceremos !!!


ID
2461
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

O emprego do travessão em "O desembarque é moroso - tudo precisa ser transferido para um bote de borracha com motor de popa" (l. 18) é uma alternativa de construção que dispensa o uso do conectivo entre as duas orações. No entanto, o autor poderia ter utilizado uma conjunção em lugar do travessão. Assinale a única alternativa em que a nova redação NÃO mantém coerência com o trecho transcrito:

Alternativas
Comentários
  • As pessoas confundem muito "posto que" com "já que" (inclusive eu!), mas na verdade o "posto que" possui uma idéia de adversidade, vejamos:
    Posto que = ainda que, se bem que, conquanto, embora, mesmo que


  • POSTO QUE = introduz uma oração concessiva, o que altera o sentido de justificativa da frase.Mas o POSTO QUE pode ter o valor de causa: Ex: "Eu possa dizer do meu amor (que tive) Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure"
  • Alguém poderia explicar por que não poderia ser a letra D a resposta? Pelo que eu saiba, a conjunção E é utilizada para adversativas e aditivas .. 41
  • Letra B
    • Já que= Conjunção Subordinativa Causal. Subordina uma oração a outra, iniciando uma oração que exprime causa de outra oração, a qual se subordina.
    Exemplo: Os balões sobem já que são mais leves que o ar.
    • Posto que= Conjunção Subordinativa Concessiva. Conjunção que, iniciando uma oração subordinada, se refere a uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal, não implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências.
    Exemplo: Acompanhou a multidão, posto que o tenha feito contra sua vontade;
  • Thiago Cantídio

    N
    ão há perda de coerência na alternativa "D".

    O elaborador tentou enganar o candidato fazendo-o pensar que se tratava de uma oração adversativa, visto que havia uma vírgula antes da conjunção "E".

    Mas observe que a vírgula apenas separa orações com sujeitos diferentes.

  • Pessoal, essa questão requer somente atenção!

    b) O desembarque é moroso, posto que tudo PRECISE ser transferido para um bote de borracha com motor de popa.

    É importante prestar atenção na concordância verbal de TODAS as questões. Como está no próprio texto (enunciado da questão), o correto seria "PRECISA".
  • conforme o colega logo acima comentou... o erro nao esta no elemento coesivo "posto que", esta no verbo "precisar"... pois o que torna a assertiva errada é nao ter coesão na frase. A questão nao quer manter o sentido da frase original, que apenas que a nova frase tenha coesão! assim entendi!
  • Pessoal, atenção:

    POSTO QUE é locução usada no sentido CONCESSIVO, ou seja, sinônimo de ainda que; se bem que; embora; apesar de. Substituam o "posto que" da frase por essas outras conjunções concessivas e verão que a frase perde totalmente o sentido original.

    É comum o POSTO QUE cair em prova pq o Vinícius de Moraes fez o 'favor' de distorcer o sentido da conjunção no Soneto da Fidelidade ("Que não seja imortal, posto que é chama..."), utilizando-a como explicativa. Nada a ver.




ID
6406
Banca
ESAF
Órgão
MTE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção de proposta de alteração para o texto que resulta em erro gramatical e/ou incoerência textual.

No atual estágio da sociedade brasileira, se se
deseja um regime democrático, não basta abolir a
necessidade de bens básicos. É necessário que o
processo produtivo seja capaz de continuar, com
eficiência, a produção e a oferta de bens considerados
supérfluos.
Em se tratando de um compromisso democrático,
uma hierarquia de prioridades deve colocar o
básico sobre o supérfluo. O que deve servir como
incentivo para a proposta de casar democracia, fim
da apartação e eficiência econômica em geral é o
fato de que o potencial econômico do país permite
otimismo quanto à possibilidade de atender todas
essas necessidades, dentro de uma estratégia em
que o tempo não será muito longo.

(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29)

Alternativas
Comentários
  • O erro neste caso não é de pleonasmo. O que ocorre é que ao utilizar "caso" o verbo deveria ir para o subjuntivo: "caso se DESEJE um regime democrático..." Por isso esta é a proposta de modoficação inaceitável.
  • Gente, a acertiva "C" está errada!!

    É um caso obrigatório de próclise. Por favor, já procurei ajuda em 02 gramáticas (Celso Cunha e Cegalla) caso alguém possa me ajudar ! Existe exessão neste caso?

    Ficarei muito grata!!!

    Esse tipo de questão acaba confundindo o candidato.

    grsonia@ig.com.br

    Sonhos ... Se não vamos alcança-los, para quê tê-los??? Bora gente ! 2012 é nosso!
  • Eu até ia responder, mas quando li "exessão" desisti.
  • Sônia, o erro na alternativa é que existe outra regra que diz quem não se pode ter uma próclise iniciando um período!!!! Por isso que é incorreto fazer a afirmação que vc fez.. Na nova oração proposta o "se" realmente tem que aparecer depois do verbo.

  • Linda questão!

    Erro  gramatical Substituir o conectivo de valor condicional "se" (l.1) por caso, resultando em: caso se.
    Caso se deseja
    "Caso se deseje... correto"
    A conjução condicional caso concorda com o verbo no subjuntivo
  • Gente, eu achei que a letra "b" fosse a errada.
    Pesquisei e encontrei a explicação da professora Claudia Koslowski, do Ponto dos Concursos. Vou colocá-la aqui. Talvez também tenha sido a dúvida de alguém.
    "Realmente, a inserção do pronome SE após o verbo ABOLIR não acarretaria erro, contudo, de acordo com a doutrina majoritária, esse pronome seria classificado como
    pronome apassivador (já que o verbo ABOLIR apresenta transitividade direta: “abolir a necessidade”), e não índice de indeterminação do sujeito. Esse gabarito indicava que a banca seguia a doutrina de Said Ali, gramático que destaca a possibilidade de um VTD, mesmo com pronome SE, formar a indefinição do agente da ação verbal. Casos assim ocorrem quando prevalece essa ideia de indefinição, em detrimento da passividade.
    Dica: Se na hora da prova surgir um
    pronome "se" junto a um VTD ou VTDI que seja classificado como indeterminador do sujeito pela banca ESAF, você deve desenhar uma caveira ao lado, ver as demais opções e, somente se surgir algo pior, considerá-la correta!"
  • Vem SIM!!! Qual o dia da prova Gi? TRT SP o seu queridinho... Rsrsr!
  • Isso mesmo amiga....meu queridinho! E o seu queridinho TRT MA deve apontar no começo da semana né?!
  • Ain nem me fala, dá até um nervoso só de pensar... hj é que vou estudar pela primeira vez orçamento público, ainda nem comecei ADM. DE MATERIAIS E ESTOU ENGANTILHANDO EM RLM... Aaaaaaf!!!
  • Tinha que ser a ESAF pra elaborar uma questão passível de anulação. Senão vejamos o porquê deveria ser anulada.

    c) Retirar a preposição da expressão "Em se tratando" (l.7), deslocando-se o pronome para depois do verbo e fazendo-se os ajustes nas iniciais maiúsculas; o que resulta em Tratando-se.

    PRÓCLISE

    Usamos a próclise nos seguintes casos:

    (1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

    - Nada me perturba.
    - Ninguém se mexeu.
    - De modo algum me afastarei daqui.
    - Ela nem se importou com meus problemas.

    (2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

    - Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
    - É necessário que a  deixe na escola.
    - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

    (3) Advérbios

    - Aqui se tem paz.
    - Sempre me dediquei aos estudos.
    - Talvez o veja na escola.

    OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

    - Aqui, trabalha-se.

    (4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

    - Alguém me ligou? (indefinido)
    - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
    - Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

    (5) Em frases interrogativas.

    - Quanto me cobrará pela tradução?

    (6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

    - Deus o abençoe!
    - Macacos me mordam!
    - Deus te abençoe, meu filho!

    (7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

    - Em se plantando tudo dá.
    - Em se tratando de beleza, ele é campeão.

    (8) Com formas verbais proparoxítonas

    - Nós o censurávamos.


    Ou seja, o que o item c propõe resultaria num erro gramatical. Pelas regras da próclise, não se iniciaria a frase "Tratando-se", mas sim "Em se tratando". 

    1. PRÓCLISE ESPECIAL

    A base para se usar próclise (pronome átono antes do verbo) está na presença de palavras atrativas. Casos existem, entretanto, em que a próclise é legítima sem a dependência de palavras com poder de atração.

    a) Prep “em” + “gerúndio” – As preposições não funcionam como palavras atrativas. Mas a seqüência “em” + verbo no gerúndio requer próclise.

    Veja construções certas e erradas:

    1. Em tratando-se de Zona Franca, há poucos políticos bem informados. (errado)

    2. Em se tratando de Zona Franca, há poucos políticos bem informados. (certo) 

    3. Em tratando-se de língua, tinha preferência pela Língua Inglesa. (errado)

    4. Em se tratando de língua, tinha preferência pela Língua Inglesa. (certo)


    Por isso acho que deveria ser anulada a questão.

    Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/
    Fonte: http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/portugues/colocacao-pronominal/proclise-especial.html

  • Realmente a dica da Sabrina é boa pois fiquei na dúvida em relação a letra B pois é uma particula apassivadora e não indice de indeterminação do sujeito.

  • c) certa. Realmente o verbo iniciando a oração pede ênclise. d) certa. Atender pode ser tanto VTD ou VTI, vejamos: Como VTI tem o sentido de servir, e como VTD tem o sentido de deferir, aceitar. Então é possível desde que aceitemos a mudança de sentido do texto, mas ñ ocorrerá incoerência textual. e) errada. No trecho “No atual estágio da sociedade brasileira”, se se deseja ...”, o elemento em destaque é um conector que indica condição, ao passo que o segundo é um pronome. Inicialmente, é importante frisar que não há qualquer impedimento para substituir a conjunção condicional “se” pelo conectivo “caso”, entretanto, ao fazer a substituição recomendada pelo examinador da banca, é necessário alterar a flexão do verbo “desejar” para o presente do subjuntivo: “caso se deseje...”. Letra E.

  • Fiquei com a mesma dúvida de Rogério H. A mudança proposta na letra b não indeterminará o sujeito, mas fará com que o objeto direto passe a ser sujeito paciente.


ID
6412
Banca
ESAF
Órgão
MTE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A extinção do uso da mão-de-obra escrava no Brasil se deu por um processo lento, com vistas à transição para a formação de um mercado de trabalho livre.___1____, a segunda metade do século XIX é um período marcado pela preocupação de constituição e regulamentação legal do uso do trabalho livre no Brasil. A regulação dessas novas modalidades de uso da mão-de-obra contou com a mediação do Estado (Império), que disciplinava os contornos do trabalho livre. ___2___haja uma inexplicável lacuna na bibliografia do direito do trabalho, as leis de locação e serviços de 1830,1837 e 1879 representam o principal marco na experiência de intervenção estatal na contratação do trabalho livre no Brasil. O período de transição da escravidão ___3___ adoção do trabalho livre é longo. A importação de mão-de-obra européia tem início no ano de 1850, __4__ talvez a primeira experiência na importação de colonos pela firma Vergueiro & Cia. Os colonos eram cativados para o paraíso de terras férteis e abundantes __5__ oferta de trabalho livre e passavam a conviver com a mão-de-obra escrava nas fazendas.

(Sidnei Machado - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/ viewPDFInterstitial/1766/1463)

assinale a opção que preenche orretamente as lacunas do texto

Alternativas
Comentários
  • A chave para a resolução dessa questão é a conjunção Conquanto que é concessiva, ou seja, apresenta ideia oposta em relação à Or principal. (= embora)
  • Discordo do colega abaixo: a chave da questão está em se identificar corretamente a primeira conjunção, que não poderia ser outra senão "por isso", já que a relação entre os dois períodos é de causalidade.
  • Preposição para

     Segundo Câmara Júnior (1975: 179, 180) a preposição para marcava, inicialmente, "um percurso com direção definida", passando, em português, a marcar a noção de chegada e permanência – ir para Paris – opondo-se a preposição a, com o significado geral de direção – ir a Paris. Já Cunha (2001), destaca a predominância da idéia de direção enquanto em a predomina a idéia de término do movimento. Bechara (1999: 317) simplifica: a preposição para indica direção com a idéia acessória de demora ou destino – Foi para Europa.

  • Conquanto haja + Ainda que haja/ mesmo que haja/ Embora haja

    A conjunção Conquanto é a única que reforça a ideia de concessão, combinando dcom o verbo haver.
  • Correta, B

    Os colonos eram cativados para o paraíso de terras férteis e abundantes __5__ oferta de trabalho livre e passavam a conviver com a mão-de-obra escrava nas fazendas.

    Quem é cativado, é cativado POR (pela) alguma coisa.

    Logo, assertiva B correta.


ID
8602
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fragmentos abaixo foram adaptados do texto O
sentido do som, de Leonardo Sá, para compor três
itens. Julgue-os quanto ao respeito às regras gramaticais
do padrão culto da língua portuguesa para assinalar a
opção correta a seguir.

I. A ausência de discurso é silêncio. O silêncio enquanto
formador do discurso expressivo e entendido em
sua forma dinâmica, em contraposição aquele que
corresponde à ausência de discurso, ganha amplitude a
gravidade quando passa a ser o perfi l de comportamento,
isto é, quando passa a ser uma atitude assumida por (e
imposta a) segmentos sociais que não “discursam”, mas
que apenas silenciam, que exercem a expressão em
dimensão mínima e deixam projetarem-se no discurso
de outrem como sendo o seu discurso.


II. Em um contexto como o do Brasil, no qual há uma
perversa concentração de privilégios, e no qual o acesso
aos meios disponíveis é restrito, outra vez coloca-se a
questão que abordamos ao falar dos silêncios: apenas
alguns segmentos sociais “emitem”, enquanto amplas
maiorias tornam-se “silenciosas”, resultando daí que as
imagens acústicas encontram suporte em meios que,
por razões tecnológicas e culturais, são inacessíveis às
massas.

III. Por conseguinte, esse monólogo passa a gerar imagens
sobre si mesmo, imagens de imagens, sem diálogo,
produtos fortuitos que a indústria da cultura massifi ca,
difunde, impõe, substitui, esquece, retoma, redimensiona,
rejeita e reinventa.... As razões do “silêncio”, portanto, são
também razões sociais e econômicas. Neste silêncio, o
que se absorve não são apenas imagens, mas também
o imaginário em seu conjunto pré-delimitado, um
imaginário que não identifi ca as fontes de suas imagens,
que nem sequer se preocupa em identifi cá-las, que aos
poucos as esquece.

Estão respeitadas as regras gramaticais apenas

Alternativas
Comentários
  • No item I: "em contraposição aquele que corresponde à ausência de discurso". Em contraposição a (preposição) algo... Em contraposição a + aquele.

    Correto: "em contraposição ÀQUELE que corresponde à ausência de discurso"
  • Na última assertiva, não estaria errado utilizar "nem sequer"??? Acredito que sim.
  • No Item II, "amplas maiorias tornam-se silenciosas"... Esta palavra, maiorias, existe? Procurei e não encontrei.

  • Prof Claudia Kozlowski - Português
    http://cursos.pontodosconcursos.com.br/artigos3.asp?prof=100&art=2534&idpag=15

    Não há dúvidas de que o item I desrespeita as regras gramaticais. Os diversos problemas observados são:
    - erro de regência nominal: o vocábulo “contraposição” exige a preposição a, que, associada ao pronome demonstrativo subseqüente, forma àquele (“em contraposição aquele que corresponde à ausência de discurso”);
    - incoerência textual: a expressão “a gravidade” não apresenta nexo em relação ao restante da estrutura oracional, cujo sujeito é silêncio (“O silêncio enquanto formador do discurso expressivo e entendido em sua forma dinâmica, em contraposição aquele que corresponde à ausência de discurso, ganha amplitude...”).
    - pontuação: a estrutura adverbial que vai de “enquanto formador” até “ausência de discurso” deveria estar isolada por um par de vírgulas, mas apresenta apenas uma, antes de “ganha”, pontuação essa inadequada por separar o núcleo do sujeito de seu verbo correspondente;
    - construção verbal: em “deixam projetarem-se”, a forma verbal apropriada seria “se deixam projetar”, ocorrendo a próclise por força da forma oracional subordinada, ou “deixam projetar-se”, com a ênclise no infinitivo, que está sempre certa, todas elas com o verbo projetar no singular.

    O gabarito apontou para a letra d – estão respeitadas as regras gramaticais apenas nos itens II e III.

    Ocorre que o item III apresenta, à linha 5, o emprego de quatro pontos, em vez de três (reticências) e isso suscitou muitas dúvidas sobre o emprego correto da pontuação, inclusive com pedidos de elaboração de recurso.
    Pode ser que isso tenha sido um mero erro de digitação (o que, por si só, ensejaria a troca do gabarito de D para C - somente estaria correto o item II). Mas existe, na Gramática, respaldo para o emprego de quatro pontinhos. Celso Cunha, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, indica a possibilidade do uso de reticências como modo de demonstrar a supressão de alguma(s) palavra(s), no meio ou no fim de uma citação. Afirma, na seqüência, que:
    "Modernamente, para evitar qualquer dúvida, tende a generalizar-se o uso de quatro pontos para marcar tais supressões, ficando os três pontos como sinal exclusivo de reticências."
    Sinceramente, não acredito que o examinador possa ter sido tão detalhista. Dado o contexto, acreditamos que essa não seria uma boa justificativa para o emprego de quatro pontos, por não se tratar de citação, mas de uma enumeração (“produtos fortuitos que a indústria da cultura massifica, difunde, impõe, substitui, esquece, retoma, redimensiona, rejeita e reinventa....”).
  • No item II, a oração" outra vez coloca-se a questão que abordamos ao falar dos silêncios" não possui erro de colocação pronominal, já que o termo "outra vez" é locução adverbial e exigiria próclise?

  • Concordo com o Luan. Neste caso, seria obrigatória a próclise: equivale a advérbio que é palavra atrativa.

  • Na III "sobre si mesmo" não é pleonasmo ?

  • texto massa

  • No item III, há o trecho "Neste silêncio" que faz referência a algo que já foi dito. O correto, nesse caso, não seria utilizar a expressão "Nesse silêncio"? Anáfora em vez de catáfora?

    Se algum colega puder me explicar, eu agradeço. 


ID
8605
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que preenche corretamente a seqüência
de lacunas do texto, mantendo sua coerência textual e sua
correção gramatical.

Tendo _____ unidade de análise o gênero humano no
tempo, Morgan dispõe ______ sociedades humanas
na história segundo graus de complexidade crescente
_________ se aproximam da civilização. Diferentes
organizações sociais sucedem-se porque se superam
______ desenvolvimento de sua capacidade de ______ e
de dominar a natureza, identifi cando vantagens biológicas
e econômicas em certas formas de comportamento que
são, então, instituídas ________ modos de organização
social.

(Sylvia G. Garcia, Antropologia, modernidade, identidade. In:
Tempo Social, vol. 5, no. 1 – 2, com adaptações)

Alternativas
Comentários
  • É pelo fato de estar no infinitivo, assim com o verbo "dominar". Não sei muito bem as regras dos verbos infinitivos, mas deve haver alguma faculdade de concordância com o sujeito da frase nesse caso.
  • Teríamos, portanto, caso optássemos pela concordância do verbo "adaptar" com o sujeito da frase (ficando "adaptarem-se"), também modificar o verbo "dominar" para "dominarem", o que não se pode fazer. Pelo princípio da simetria, ficaria mesmo "adaptar-se".
  • Regras de Concordância.
    Casos de NÃO flexão do INFINITIVO:

    4) Quando complemento de adjetivo ou substantivo, precedidos, respectivamente, de preposição DE ou PARA.
    Exemplos:
    Eles têm aptidão PARA APRENDER línguas estrangeiras.

    São casos difíceis DE SOLUCIONAR.

    Gramática para concursos - Fernando Pestana

  • Tendo (POR, COMO) unidade de análise o gênero humano no tempo, Morgan dispõe (AS) sociedades humanas na história segundo graus de complexidade crescente (CONFORME, À MEDIDA QUE) se aproximam da civilização.

    Diferentes organizações sociais sucedem-se porque se superam (PELO, NO) desenvolvimento de sua capacidade de (ADAPTAR-SE) e de dominar a natureza, identificando vantagens biológicas e econômicas em certas formas de comportamento que são, então, instituídas (COMO) modos de organização social.

    Dica: comece eliminando as mais fáceis: 2, 3 ou 5. Mas explicando em ordem:

    1) Para dar coerência pode-se usar por ou como. (a, b, c, d)

    2) DISPOR: (TI) 1. resolver, decidir: preposição “a”; 2. possuir; ter disponível; utilizar: preposição “de”; (TD) colocar em ordem (a, c).

    3) Conforme: conformativa. Pode ser (a, d).

    À medida que: locução proporcional (à proporção que). Pode ser (b, e).

    Na medida em que: locução causal (tendo em vista que, porque). Não pode ser.

    4) O verbo superar pode ser empregado como transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto, regendo as preposição “em” e “por”. Assim, seriam possíveis as opções: pelo e no (a, b).

    5) O verbo fica no singular pois completa o sentido de capacidade. Confirma-se pelo verbo dominar no singular. (a, c, e)

    6) O termo “instituídas” pode ser acompanhado pelas preposições “por”, “como” e “em”, dependendo do sentido da frase. Nesse caso, os “modos de organização social” são a forma como essas “formas de comportamento” são instituídas. Podemos perceber que a preposição “como” é a correta (a, d).


ID
9112
Banca
ESAF
Órgão
TJ-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Já foram registradas na floresta amazônica brasileira
2.500 espécies de árvores. Em apenas um
hectare são encontradas trezentas espécies de
vegetais diferentes. _____________________ , o
consumo e a miséria são faces da mesma moeda.
Alguns recursos naturais, renováveis ou não, são
explorados de forma inescrupulosa e consumidos
em ritmo superior à capacidade de renovação da
natureza.

Para unir as duas partes do texto de forma coerente, assinale a expressão correta.

Alternativas
Comentários
  • O  primeiro trecho traz a ideia de abundância, de fartura de recursos naturais na Floresta Amazônia. Já a segunda parte do texto se contrapõe a essa ideia, pois fala de miséria e consumo desenfreado dos recursos naturais.  A única conjunção que se enquadra para unir os 2 trechos é a da alternativa "E".

  • Só olhar a vírgula ali... Não se usa vírgula pros demais.

  • A primeira parte do texto tem com a segunda parte do texto uma relação de adversidade


ID
9559
Banca
ESAF
Órgão
MRE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que ao menos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provoca incoerência textual ou erro gramatical.


O Brasil é um país grande, diversificado _____(a)  visto como uma promessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, _______(b) há algo  bloqueando o Brasil. Acho que é uma combinação de fatores como o sistema político e o modo de  trabalhar do cidadão, pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) é muito freqüente o brasileiro eleger políticos por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas e ações. É um país muito importante para a economia mundial, _____(d) sermos sempre decepcionados.
É, _______(e), um desafio delicado entender por que as coisas não acontecem rapidamente no Brasil.

(Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações)

 

Alternativas
Comentários
  • Creio que o gabarito está errado. "Embora" e "apesar de" tem o mesmo sentido, que se encaixa no contexto. Já a alternativa "e" apresenta dois conectivos com sentidos distintos, e "contudo" não se encaixa no contexto da frase.
  • Ao menos um dos conectivos esteja errado ou incoerente.
    Na letra D o apesar de está certo e o embora não. Então pelo menos um não estava certo: embora
  • Questão chata e trabalhosa. Como todas dessa ESAF.   =(
  • Nao considerei a questao chata, e nem trabalhosa. Apenas acredito que a banca tenha se equivocado na resposta.
    Contudo e Portanto sao duas conjuncoes com sentidos e significados diferentes.
    Na D acredito que se trata realmente de uma adversao.
    Se o pais e importante para a economia, e uma adversao afirmar que ele e sempre decepcionado, logo, as conjucoes estao edequadas ao contexto.
  • EMBORA SEJAMOS  seria o correto
  • Gabarito correto:  embora sermos sempre decepcionados parece ficar faltando complementação para estar correto.

    ... embora sermos sempre decepcionados pelas nossas expectativas quanto a essa mesma economia.

    Espero não tem viajado muito.
    Bons estudos sempre!!!
  • Como é que a resposta é a letra d? se as principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
    O "e" seria uma aditiva. Para o "mas " ser uma aditiva teria que está acompanhado no mínimo de também!

    Essa ESAF é um saco, se alguem tiver outra explicação ficarei grato!
  • Houve um erro de digitação quando o QC transcreveu o texto. segue abaixo o texto correto retirado do pci http://www.pciconcursos.com.br/provas/mre-2002. percebam que não existe (é um país). L 3

    O Brasil é um país grande, diversificado _____(a)
    visto como uma promessa que parece nunca se
    realizar. O potencial existe, _______(b) há algo
    bloqueando o Brasil. Acho que é uma combinação
    de fatores como o sistema político e o modo de
    trabalhar do cidadão, pouco engajado nos problemas
    da sociedade, ______(c) é muito freqüente
    o brasileiro eleger políticos por seu nível
    de popularidade, sem avaliar seus programas e
    ações. É um país muito importante para a economia
    mundial, _____(d) sermos sempre decepcionados.
    É, _______(e), um desafio delicado
    entender por que as coisas não acontecem rapidamente
    no Brasil.

    a banca pede que preencha os espaços com um conectivo, mas não diz que eles pecisam ser da mesma classe, apenas que não provoque erros.
    no penútmo espaço D o embora tornaria incoerente.
    embora sermos um país ....errado
    embora fôssémos um país ....certo
    É contudo, um desafio... adversativa
    é, portanto, um desafio...conclusiva
  • Não compreendi o erro da questão (gabarito D), pois sermos importantes para economia mundial não impede sermos sempre decepcionados (concessão) ... Se alguém matar a "charada" não consegui a partir do post dos colegas.
    O Brasil é um país grande, diversificado (a) e / mas  visto como uma promessa que parece nunca se realizar. = correto as 2 interpretações (aditiva e adversativa).

    O potencial existe, (b) entretando / mas há algo bloqueando o Brasil.  = correta! Ambas demonstram a ideia adversativa.

    Acho que é uma combinação de fatores como o sistema político e o modo de  trabalhar do cidadão, pouco engajado nos problemas da sociedade, (c) já que / pois  é muito freqüente o brasileiro eleger políticos por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas e ações.= correta! Ambas expressam a ideia de adverbial de causa.
    É um país muito importante para a economia mundial, (d) embora / apesar de  sermos sempre decepcionados. = Expressam a ideia de concessão, contraria a ideia da oração principal, sem impedir sua ocorrência. => NÃO COMPREENDI O ERRO !!!
    É, (e) contudo / portanto, um desafio delicado entender por que as coisas não acontecem rapidamente no Brasil. = CONTUDO expressa uma idéia ADVERSATIVA e PORTANTO uma ideia CONCLUSIVA, ambas dão sentido no texto.

  • Conectivos de relação adversativa:

    Esses servem para indicar uma relação de contraste.

    Conectivos: Mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.

    Conectivos de relação concessiva:

    Será usado para indicar a apresentação de uma ressalva.

    Conectivos: Embora, ainda que, mesmo que, por mais que, apesar de que


ID
10621
Banca
ESAF
Órgão
ANEEL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder às questões 01 e 02.

As hidrelétricas podem ser uma boa opção de
energia barata e renovável, desde que não inundem
florestas primárias e nações indígenas nem desalojem
compulsoriamente milhares de agricultores. Pequenas e
médias hidrelétricas e também algumas muito grandes,
como a Xingó, no Nordeste, têm um impacto
socioambiental positivo. A combinação dos princípios de
reciclagem, descentralização e conservação de energia
com os mecanismos de democratização, avaliação dos
impactos ambientais e opções energéticas menos
agressivas promoverá mudanças substanciais na matriz
energética e na economia global. Em decorrência,
haverá amplo acesso de energia às populações e
menor impacto nas florestas e no efeito estufa, bem
como maior benefício na redução do lixo atômico e na
conservação dos recursos hídricos.

(Carlos Minc, Ecologia e Cidadania, Rio de Janeiro, Editora
Moderna, p.120)

Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Esta questão tava de graça.
  • Poderiam por gentileza incluir o texto da questão ? Está faltando...

  • Eu não consegui perceber o erro, alguém pode me ajudar por favor?

  • O erro está na alternativa dizer que só as usinas pequenas têm impacto positivo, sendo que o texto diz:

    "Pequenas e médias hidrelétricas e também algumas muito grandes,
    como a Xingó, no Nordeste, têm um impacto
    socioambiental positivo."


    Força!
  • Acho que o erro está em afirmar que as usinas pequenas ao contrário das médias e grandes tem impacto positivo no meio ambiente.

    Pois na realidade ambas têm, um impacto socioambiental positivo, tal como diz o texto:

    " Pequenas e
    médias hidrelétricas e também algumas muito grandes,
    como a Xingó, no Nordeste, têm um impacto
    socioambiental positivo.

  • essa questão está equivocada pois na alternativa (E) a um erro quanto ao novo acordo ortográfico pois a expressão (consequentemente) na questão está com o sinal de trema que foi abolido da nossa língua portuguesa com exceção de nomes próprios e palavras estrangeiras

ID
10627
Banca
ESAF
Órgão
ANEEL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em relação ao texto, assinale a opção correta.

O gás metano é produzido pela decomposição de
matéria orgânica e normalmente não é aproveitado,
perdendo-se na atmosfera. Aliás, a sua perda na
atmosfera colabora para o efeito estufa, pois seu
contato com o oxigênio do ar produz uma queima
incompleta, que gera o monóxido de carbono (CO). O
gás metano expelido nos aterros sanitários pode ser
usado como fonte energética alternativa (pelo
sistema termelétrico), podendo ser canalizado para
pequenas usinas, onde servirá para acionar motores
de combustão ligados a geradores de energia.

(Adaptado de http://www.aultimaarcadenoe.com/energia.htm)

Alternativas
Comentários
  • "Truncamento sintático é um erro de construção sintática (por exemplo, utilizar oração adverbial e não utilizar a oração principal no mesmo período: se o Brasil diminuir suas taxas de juros e estimular as exportações.), foi o que caiu na prova do MPOG elaborada pela ESAF. "

    - http://www.obcursos.com.br/portal/OBPortal2006/home/tiraduvidas46255.php
  • Acho que a substituição correta do onde na opção E, seria "no qual" (e não "na qual" nem "nas quais"), pois está se referindo a "gás metano" no início do período.

ID
10651
Banca
ESAF
Órgão
ANEEL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

A energia elétrica tem importância fundamental ___1____ desenvolvimento, principalmente quando se trata de desenvolvimento sustentável, ___2____ possibilita a elaboração e acompanhamento de projetos biotecnológicos que dependem de sua existência para efetiva realização. A grande maioria dos instrumentos de medição, de estudos científicos e de suportes técnicos para testes dependem da força da energia elétrica. ____3____, a energia elétrica auxilia muito os trabalhos relacionados ______4______ preservação ambiental.

(Adaptado de http://www.aultimaarcadenoe.com/energia.htm)

Alternativas
Comentários
  • Questão simples que exigia o uso correto de conectivos (1-finalidade/ 2- explicação/ 3-conclusão)e o conhecimento de crase em 4 (termo anterior pede preposição e o complemento é formado por palavra feminina - troque a palavra feminina por uma masculina e observe o uso da preposição+artigo: "...relacionados AO planeta...")
  • Olá
    Eliminei asim
    a- 2- por que separado é pergunta... aqui está explicando "porque"
    c- 2 - após a vírgula pede explicação
    d- 1- pelo.. nem pensar fica sem sentido, 2 "e" adição.. nem pensar 4- com... não.. e sim ao = à
    e- 4- nem pensar...pela
  • o ponto-chave que me fez resolver a questão foi a crase no item 4. Era o único que daria certo no sentido do período

ID
10783
Banca
ESAF
Órgão
ANEEL
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o seguinte texto para responder às questões 06 e
07.

A classe média está mudando. Essa classe média é
herdeira da porção Bélgica da Belíndia (mistura de
Bélgica e Índia, expressão usada na década de 70
para explicar a desigualdade no Brasil). Ela antes
tinha acesso ao sistema financeiro habitacional, a
universidades públicas, à expansão de empresas
estatais cheias de ofertas de trabalho e à indexação,
que reajustava o dinheiro nos bancos. Na década de 90,
essas facilidades acabaram e a classe média passou a
ter mais gastos. É como se ela tivesse viajado sempre
de executiva e agora tivesse de andar de econômica.
Em compensação, existe uma população que era de
baixa renda e ascendeu.

(Adaptado de Ricardo Neves, Correio Braziliense, 22 de fevereiro de
2006)

Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas sintáticas do texto.

Alternativas
Comentários
  • Não é valor adversativo, e sim consecutivo;pois introduz uma consequencia!
  • Acredito que a incorreção está no termo CONTRADIZ.O que o período faz é confirmar o que diz no início do texto,que a classe média está mudando...

    Se estiver enganada, me ajudem.
  • concordo com vc rosangela;.;. mas a minha dúvida fica não no que conerne à questão propriamente dita, mas ao comentário do colega júnior;.;..; não teria o "Em compensação" valor causal??? a classe média está mudando, JÁ QUE existe uma população de baixa renda q ascendeu.,., não seria ao contrário?? "população baixa q ascendeu" num seria causa "da classe média está mudando"???? QUEM SOUBER AO CERTO SE É CAUSAL OU CONSECUTIVO FALA AÍ., VLWWW
  • Na verdade há apenas um valor adversativo na conjunção "em compensação", ou seja, fica estabelecido apenas uma idéia de contraste entre a primeira oração do texto e a última. Não que uma contradiga a outra, pois neste caso teríamos um texto sem coerência, o que não é o caso.

    Em outras palavras, o autor quer dizer que, apesar de termos uma "classe média" (uma coisa) que perde prestígio ao passar dos tempos, possuímos um considerável crescimento da "classe baixa" (outra coisa). Não há uma relação direta, pelo menos demonstrada pelo autor, entre essas duas coisas.
  • Jean,

    na verdade a classe média que está mudando é a que antes tinha "acesso ao sistema financeiro habitacional, a universidades públicas, à expansão de empresas
    estatais cheias de ofertas de trabalho e à indexação, que reajustava o dinheiro nos bancos".

    Se uma população que antes era de baixa renda agora ascendeu, é porque a classe baixa TAMBÉM está mudando.

    Porém, o autor não afirma que a queda de uma levou à ascensão da outra, ou vice-versa. Uma coisa não é causa nem conseqüência da outra.

    Em outras palavras: DE UM LADO, houve uma "queda" da classe média, e POR OUTRO LADO, houve uma "ascensão" de parcela da classe baixa.

    POr isso o uso do conectivo "em compensação", com valor adversativo.
  • Pessoal .. .estou em desacordo com este gabarito....

    Vejam bem
    d) A conjunção "e"(l.11) coordena duas orações que, semanticamente, expressam um contraste; por isso equivale a mas.

    Vamos analisar esse trecho:
    Na década de 90,
    essas facilidades acabaram e a classe média passou a
    ter mais gastos

    Esse trecho passa ideia de contraste?

    Esse e para mim passa ideia de causa/consequencia. Nunca poderia ser substituido por mas.

    O que conservaria a ideia inicial do trecho?


    Na década de 90,
    essas facilidades acabaram mas a classe média passou a
    ter mais gastos

    ou
    Na década de 90,
    essas facilidades acabaram por isso a classe média passou a
    ter mais gastos

    Ate' concordo com os amigos que acham que a letra E esta correta, porque "Em compensacao" realmente traz ideia adversativa. Mas dizer que a letra D esta correta para mim e' absurdo.

    Acho que a letra D e E respondem de forma verdadeira a requisicao feita pelo enunciado, de modo que acredito que esta questao deveria ser anulada....

  • Caro Leandro

    Lamento informá-lo que o conectivo "e" sugerido no item de resposta não se refere à frase por vc atribuída, mas sim: "É como se ela tivesse viajado sempre
    de executiva e agora tivesse de andar de econômica." O que torna possível e perfeitamente correta a substituição por "mas".
  • nao precisa lamentar. Ajuda e' SEMPRE bem vinda
  • Boa!
    Essa é pra desempatar o concurso...
  • LETRA E

    Uma questão bem inteligente da ESAF que deixou muita gente passar despercebido. Olha só o erro:

    O conectivo "Em compensação" (l.12) está empregado com valor adversativo, pois introduz um período sintático que, semanticamente, contradiz o que afirma A PRIMEIRA ORAÇÃO DO TEXTO. (ele fala do início do texto e não do 1º trecho do último parágrafo do mesmo. )  

  • 2) Adversativasligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php

  • pq a universidades publicas não é complemento nominal de acesso?

     


ID
11275
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 12 a 17 referem-se ao
texto abaixo.

1. Certos candidatos a deputado ornam com um retrato
o seu prospecto eleitoral. Isto equivale a supor que a
fotografia possui um poder de conversão. Para começar, a
efígie do candidato estabelece um elo pessoal entre ele e
5. seus eleitores; o candidato não propõe apenas um
programa, mas também um clima físico, um conjunto de
opções cotidianas expressas numa morfologia, num modo
de vestir, numa pose.
O que é exposto, através da fotografia do candidato,
10. não são seus projetos, são suas motivações, todas as
circunstâncias familiares, mentais, e até eróticas, todo um
estilo de vida de que ele é, simultaneamente, o produto, o
exemplo, e a isca. É óbvio que aquilo que a maior parte
dos nossos candidatos propõe através de sua efígie é uma
15. posição social, o conforto especular das normas familiares,
jurídicas, religiosas, ou seja, aquilo a que se chama "uma
ideologia". Naturalmente, o uso da fotografia eleitoral supõe
uma cumplicidade: a foto é espelho, ela oferece o familiar,
o conhecido, propõe ao eleitor a sua própria efígie, clarifica-
20. da, magnificada, imponentemente elevada à condição de
tipo. É, aliás, esta ampliação valorativa que define
exatamente a fotogenia: ela exprime o eleitor e,
simultaneamente, transforma-o num herói; ele é convidado
a eleger-se a si mesmo, incumbindo o mandato que vai
25. conceder de uma verdadeira transferência física: delega de
algum modo a sua "raça".

(Adaptado de BARTHES, Roland. Fotogenia eleitoral. Mitologias.
3.ed. São Paulo: DIFEL, 1978, p. 102-103.)

Considerado sempre o contexto, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Letra A.

    O mas dá ideia de adição.

  • Gab A

    Aditivas:

    Não só.....mas também/como também /bem como/mais ainda


ID
13504
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao
texto seguinte.

A família na Copa do Mundo

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida
numa Copa do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter
novos hábitos, prolonga seu tempo diante da televisão, disputaa
com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente
para o vazio de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara,
nem o homem nem a mulher se deixam tocar pela sucessão
interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da
vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria
está em jogo nos gramados estrangeiros.
É preciso também reconhecer que são muito distintas as
atuações dos membros da família, nessa época de gols. Cabe
aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o
drama de uma derrota, exaltar a glória máxima da conquista da
Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la. Quando
solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com
intensidade muito menor, essas alegrias ou dores dos homens.
Entre as crianças menores, a modificação de comportamento é
mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus
próprios jogos e brinquedos. Já os meninos e as meninas
maiores tendem a reproduzir, respectivamente, algo da atuação
do pai ou da mãe.
Claro, está-se falando aqui de uma "família brasileira
padrão", seja lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente
ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa do
Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas
pessoas não resistem à alteração dos horários de refeição, à
alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às
tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo
? e
disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma
vingança que afetam o companheiro, a companheira ou os
filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo
pode abrir feridas que demoram a fechar. Sim, costumam
cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem, por
força dos diferentes papéis que os familiares desempenham
durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis
tradicionais
? até que chegue uma outra Copa.
(Itamar Rodrigo de Valença)

A coerência da frase está prejudicada pelo emprego da expressão sublinhada em:

Alternativas
Comentários
  • inflamado

    adj.
    1. Aceso em chama.
    2. Med. Que tem inflamação.
    3. Fig. Afogueado; apaixonado, excitado, irritado.
    inflamar - Conjugar

    v. tr.
    1. Pôr em chama, incendiar.
    2. Fig. Afoguear; ruborizar.
    3. Estimular.
    4. Irritar.
    5. Entusiasmar.
    6. Med. Causar inflamação a.
  • Retificando o comentário de MP a letra "b" da questão. A palavra é INFLAMADO E não enflamdos.
    INFLAMADO
    in.fla.ma.do
    adj (part de inflamar) Med 1 Que tem inflamação. 2 Aceso em chamas, esbraseado. 3 Enrubescido. 4 Exaltado, irritado, afogueado. 5 Ardente, apaixonado, eloqüente.Portanto, a questão não está errada por esse motivo.

  • Errei a questão. Mas analisando cuidadosamente encontrei a seguinte construção da frase:

    "Além de serem os torcedores mais inflamados, os homens costumam deixar-se arrebatar pelo entusiamo numa copa do mundo."
  •  A despeito de serem os torcedores mais inflamados, os homens costumam deixar-se arrebatar pelo entusiasmo numa Copa do Mundo.

    a des.pei.to de tu.do is.to

    apesar de tudo isto OU apesar de tudo isso OU apesar de tudo.
    A despeito de tem significação concessiva. Poderia ser assim substituída:

    - Embora sejam os torcedores mais inflamados, os homens costumam deixar-se arrebatar pelo entusiasmo numa Copa do Mundo.


    Ora, há uma ideia contraditória na proposição, porque as conjunções concessivas fazem remissão a algum fato. Nessa situação, ser inflamado não vai de encontro a ser arrebatado por um entusiasmo. A conjunção correta para eliminar essa contrariedade de ideias seria: Uma vez que, como, etc.

    "Como são os torcedores mais inflamados,  os homens costumam deixar-se arrebatar pelo entusiasmo numa Copa do Mundo."


    Perceba que os sentidos se encontram; há coerência nos períodos e nas relações entre eles.
  • A despeito de serem os torcedores mais inflamados (irritados, nervosos), os homens costumam deixar-se arrebatar (violência) pelo entusiasmo numa Copa do Mundo.

    A despeito é uma conjunção adversativa, logo, não está fazendo oposição entre torcedores inflamados e homens arrebatados.


ID
13891
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1             Em Atenas, a base da democracia era a igualdade de
     todos os cidadãos. Igualdade perante a lei (isonomia) e
     igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria),
4   quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades eram os
     pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e
     plebeus. Na democracia ateniense, o sistema de sorteio
7   evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos
     profissionais que atuassem de uma maneira separada do
     povo, procurando fazer que qualquer um se sentisse apto a
10 manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação
     política dos indivíduos.
              Procurava-se, com o exercício direto da
13 participação, tornar o público coisa privada. Sob o ponto de
     vista grego, o cidadão que se negasse a participar dos
     assuntos públicos, em nome da sua privacidade, era
16 moralmente condenado.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.

Mantém-se a argumentação do texto e dá-se relevância ao caráter conclusivo do segundo parágrafo ao se inserir assim, seguido de vírgula, logo após "Procurava-se," (R.12).

Alternativas
Comentários
  • Assertiva CORRETA. 


    "Assim" é um elemento conclusivo que pode ser substituído por "portanto", tornando correta a questão. 
  • Conjunções coordenativas conclusivas: ASSIM, LOGO, POIS (depois do verbo), POR ISSO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE.

  • O "assim" é uma conjunção conclusiva, com isso, ela deve ser separada por vírgulas. Outras conjunções, devem ser separadas por vírgulas. Por exemplo: com isso, dessa forma, portanto, nesse sentido, logo, assim, por conseguinte, etc.

  • Certo.

    "Procurava-se, com o exercício direto da participação, tornar o público coisa privada."

    Procurava-se, ASSIM, com o exercício direto da participação, tornar o público coisa privada.

    Procurava-se, DESSE MODO, com o exercício direto da participação, tornar o público coisa privada.

    LOGO procurava-se, com o exercício direto da participação, tornar o público coisa privada.

  • Com a adição do "assim" mantem o caráter conclusivo. 

  • sim.

    ASSIM é uma conjunção conclusiva.

  • No texto, o conectivo (assim) foi suprimido e está implicitamente na conclusão do parágrafo. A inserção destaca a ideia conclusiva presente.

  • De assindética para sindetica


ID
13915
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1    No que diz respeito à esfera política, a
     democratização se coloca em vários planos e tem como
     exigência primordial o reconhecimento dos diversos sujeitos
4   e das causas que defendem. Esse reconhecimento está
     diretamente ligado à ruptura com a tradição conservadora,
     cuja visão política hierarquiza as formas de participação e
7   não reconhece os vários campos de conflitos e contradições
     sociais presentes na sociedade.

Maria Betânia Ávila.
Democracia radical em foco.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao texto acima.

Mantêm-se a correção gramatical e as relações semânticas do texto ao se substituir a conjunção "e" (R.6) por vírgula.

Alternativas
Comentários
  • "Esse reconhecimento está diretamente ligado à ruptura com a tradição conservadora, cuja visão política hierarquiza as formas de participação e não reconhece os vários campos de conflitos e contradições sociais presentes na sociedade."
    Trecho do texto meio confuso... necessita-se atenção para resolver a questão.

    Reconhecimento está diretamente ligado à:
    - ruptura com a tradição conservadora (cuja visão política hierarquiza as formas de participação e não reconhece os vários campos de conflitos); e

    - contradições sociais presentes na sociedade.

    Acho que separando assim fica mais fácil de entender, né?

    Substituindo o segundo "e" por vírgula a parte " contradições sociais presentes na sociedade" ficaria como sendo explicação de "ruptura com...".

    Abraço.

  • O Fábio fez um ótimo comentário, entretanto eu havia entendido que a substituição pretendida pela questão seria em relação à primeira conjunção "e".
  • Acho que o "e" poderia ser substituído por "como também"

  • e, é Conjução Aditiva

    A virgula não cumpre essa identidade de adicionar no que se refere ao texto.

  • visão política hierarquiza as formas de participação e  não reconhece os vários campos de conflitos e contradições 
         sociais presentes na sociedade. 

     

    Visão politica hieraquiza as formas de participação, não RECONHCEM os vários campos de conflitos e contradições.

    Acredito que, para empregar a vírgula no lugar do E, mudaria o sentido e a correção gramatical, pois quem não reconheceria os campo do conflito seria " formas de participação" e não mais " Visão política. Isso exigiria a concordância adequada em " [[[As quais]]] [[que]] não RECONHCEM os campos de conflito 

     

     

     

  • L SILVEIRA: O erro não está no plural. Mesmo com a vírgula, não se encaixaria "reconhecem". É só se perguntar: Quem reconhece? A tradição conservadora RECONHECE. Para ser "reconhecem", a frase teria que ser modificada para "as tradiçoes conservadoras".

     

  • Esse ´´E`` que acabamos de ver na questão é uma conjunção aditiva!

    Portanto, a substituição pela vírgula não seria viável nesta ocasião!

  • Lendo já se percebe a quebra de leitura

  • "e" conjunção ADITIVA. Substituindo o " e" pela vírgula altera o sentido. Incluindo a vírgula seria uma enumeração e não adição.

  • verbo.l


ID
14710
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
apresentado abaixo.

1 Os princípios éticos são normas de comportamento
social, e não simples ideais de vida, ou premissas
doutrinárias. Como normas de comportamento humano, os
princípios éticos distinguem-se nitidamente não só das regras
5 do raciocínio matemático, mas também das leis naturais ou
biológicas. Ao contrário do que sustentaram grandes
pensadores, como Hobbes, Leibniz e Espinosa, a vida ética
não pode ser interpretada segundo o método geométrico
(ordine geometrico demonstrata). As normas éticas tampouco
10 podem ser reduzidas a enunciados científicos, fundados na
observação e na experimentação, como se se tratasse de
leis zoológicas. Durante boa parte do século XIX, alguns
pensadores, impressionados pelo extraordinário progresso
alcançado no campo das ciências exatas, com a produção
15 de certeza e previsibilidade no conhecimento dos dados
da natureza, sucumbiram à tentação de explicar a vida
humana segundo parâmetros deterministas.
Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do
mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando
20 constantemente as previsões "científicas". Somos o único
ser que combina, em sua vida social, a necessidade física e
biológica com os deveres éticos, a sujeição aos fatos naturais
com a autonomia de ação. Como é passível de comprovação,
em toda sociedade o ideário e as estruturas de poder de-
25 senvolvem-se dentro dos limites postos por determinados
fatores básicos, como o patrimônio genético, o meio
geográfico ou o estado da técnica. Vencer tais limitações
tem sido um desafio constante lançado à espécie humana.
Mas nem por isso devemos tomar esses fatores condicionantes
da vida social como seus princípios diretivos.

(Adaptado de COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito,
moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia
das Letras, 2006, p. 494-5)
OBS.: Hobbes (1588-1679), Leibniz (1646-1717), Espinosa
(1632- 1677) ? filósofos
ordine geometrico demonstrata -  em tradução
livre, "demonstrado segundo a ordem geométrica"

Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões "científicas". Considerada a frase acima, em seu contexto, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A palavra Científicas na acertiva"  E " está entre aspas indicando ironia ...
  • Resposta correta: (D) - As expressões pertencem ao mesmo campo semântico, indicam concessão. Facilitando: encaixe a conjunção embora.

    a) Ora indica adversidade: entretanto, mas.

    b) Queira indica hipótese, ação provável: presente

    do subjuntivo.

    c) O gerúndio indica adição: e desafia as previsões.

    e) As aspas indicam ironia.

    Dica.

    As formas nominais (gerúndio, particípio e infinitivo) não indicam tempo, Em provas difíceis, já ocorreu de pedirem o valor da forma nominal, como saber? Volte ao verbo mais próximo e verifique o tempo. Fácil.


ID
17044
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado.

O Globo
, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).

Acerca das relações lógico-sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima.

Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta.

             Período - Conjunção - Período

Alternativas
Comentários
  • Conquanto é conjunção e significa: se bem que, posto que, embora e não obstante.
  • Conquanto é conjunção e significa: se bem que, posto que, embora e não obstante.
  • Conquanto é conjunção concessiva que concede ou admite uma condição OPOSTA em relação à principal, o que não é o caso entre a quarta e a quinta oração.
  • A alternativa A traz conjunção coordenativa aditiva cujo valor semântico, como o próprio nome já indica, é de adição. O vínculo estabelecido por essa conjunção entre os dois primeiros períodos mantém o enunciado correto, coeso e coerente, como podemos constatar: "O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e essa construção é feita todos os dias".

    A conjunção "entretanto", em B, confere ao enunciado que introduz valor semântico de oposição, adversidade. Notem a presença do vocábulo "imaterial" no terceiro período, contribuindo para o nexo adversativo em relação ao quarto período.

    Na alternativa C surge o problema: "conquanto" é conjunção subordinativa concessiva. A informação introduzida por ela deve servir de obstáaculo para a realização de algo, muito embora não seja suficiente para que esse algo se concretize. Entre o quarto e o quinto período não é observada tal relação semântica: "Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público". Estaria sem prejuízo gramatical a associação dos dois períodos por meio de uma conjunção conclusiva (portanto, por isso, logo)

    Na alternativa D não há problema algum usar o conector "já que", geralmente com valor semântico de causa.

    Resposta - C
  • Questão criativa: uma nova maneira de perguntar sobre conjunções.

  • Não entendi a lógica dessa questão.

  • Alguém me explica se minha interpretação foi correta:

    Alternativa:

    (A) o texto proposto seria: O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e Essa construção é feita todos os dias (essa conjunção e nos remete a ideia de adição, com isso se mantém o sentido original do texto);

    (B) Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos entretanto Eles não estão aí por obra divina (já essa conjunção remete uma ideia de contraste e isso faz sentido já que apesar de imaterial não é obro divina);

    (C) Eles não estão aí por obra divina conquanto Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público (conjunção de concessão utilizada para relacionar pensamentos que se opõem esse não faz muito sentido já que esses pensamentos não se opõem);

    (D)  Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público já que É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial (essa é uma conjunção causal e o segundo período é causa do primeiro o que faz sentido).

    Abraço e sucesso a todos que lerem meu comentário!


ID
17707
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II
Da arte de aceitar
Ele não aceitava a moça. Ela foi, foi, conversou,
conversou, rodou, rodou, artimanhou, manhou, arte e
manha, miou, afinal rendeu. Criança de emoções
superficiais, rápidas, espontâneas e passageiras, ele
cedeu. Aceitou-a.
Fiquei pensando em algo tão definido pelos
psicólogos e literatos, porém inesgotável e eterno como
o tema humano: a necessidade de ser aceito.
Ser aceito não é receber a concordância. É receber
até a discordância, mas dentro de um princípio indefinível
e fluídico de acolhimento prévio e gratuito do que se é
como pessoa.
Ser aceito é realizar a plenitude dos sentidos do
verbo latino Accipio, que deu origem à palavra
portuguesa. Accipio quer dizer: tomar para si; receber,
acolher; perceber; ouvir, ouvir dizer; saber; compreender;
interpretar; sofrer; experimentar; aprovar; aceitar; estar
satisfeito com. Tem vários sentidos, tal e qual essa
aceitação misteriosa e empática que alguns nos
concedem.
Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido.
É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido
antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da
experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia,
que abre caminho para uma posterior concordância ou
discordância, sem perda do afeto natural por nossa
maneira de ser.
Ser aceito implica mecanismos mais sutis e de
maior alcance do que os que derivam da razão.Implica
intuição; compreensão milagrosa porque antecipatória;
conhecimento efetivo e afetivo do universo interior;
compreensão pela fraqueza; cuidado com as cicatrizes
e nervos expostos, tolerância com delírio, tolices,
medos, desordens, vesícula preguiçosa, medo do
dentista ou disritmia.
Ser aceito é ser feliz. Raro, pois. Quer fazer alguém
feliz? Aceite-a em profundidade. E depois discorde à
vontade. Ela aceitará.
Artur da Távola

"É, pois, um estado de compreensão prévia," (l. 24). Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na passagem acima.

Alternativas
Comentários
  • A conjunção 'pois', quando se encontra entre vírgulas, tem o sentido de conclusão. Logo, equivale à conjunção portanto, que significa conclusão.
  • O vocábulo destacado é "pois".
  • Olha, colega, gostaria de fazer uma ressalva ao comentário e dar minha opinião quanto ao caminho mais seguro para acertar a questão.Penso ser mais seguro "guardar" que a conjunção pois - posposta ao verbo da oração - é conclusiva. Pode-se, inclusive, substituí-la nesta situação pela conjunção portanto e não haverá prejuízo para a correção e coerência textuais. Dificilmente uma banca cobrará fugindo disso, é só testar. Podemos construir uma oração com a conjunção pois entre vírgulas, sendo esta explicativa, não conclusiva. Veja: Treine bastante, pois, quando se treina, antecipa-se o resultado.
  • pois coordenativa conclusiva(1) ou explicativa(2):1. logo, pelo que, portanto, por consequência, por conseguinte: Encontraste outro amor, pois segue o teu coração. 2. porquanto, porque: Calas a raiva pois tens medo do poder.
  • Portanto e pois são conjunções conclusivas e podem ser usadas no mesmo contexto.

ID
17998
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1     Em Atenas, a base da democracia era a igualdade de
todos os cidadãos.
Igualdade perante a lei (isonomia) e igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria),
4 quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades eram os
pilares do regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e
plebeus. Na democracia ateniense, o sistema de sorteio
7 evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos
profissionais que atuassem de uma maneira separada do
povo, procurando fazer que qualquer um se sentisse apto a
10 manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação
política dos indivíduos.
    Procurava-se, com o exercício direto da
13 participação, tornar o público coisa privada. Sob o ponto de
vista grego, o cidadão que se negasse a participar dos
assuntos públicos, em nome da sua privacidade, era
16 moralmente condenado.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.

Mantém-se a argumentação do texto e dá-se relevância ao caráter conclusivo do segundo parágrafo ao se inserir assim, seguido de vírgula, logo após "Procurava-se," (L.12).

Alternativas
Comentários
  • Bom, essa é um exemplo clássico de como acontece uma "pegadinha". Nas questões anteriores se pedia sobre a substituição dos termos e ao ler o enunciado fui direto na substituição de "procurava-se" por "assim"! Então, muita calma nessa hora! É o que tenho me policiado, mas como todos vêem (ou veem!) nem sempre funciona!
  • Assertiva CORRETA. 


    Embora o trecho fique cheio de vírgulas, o "assim" pode ser inserido depois de "procurava-se" além de manter o caráter conclusivo. 
  • Certo!

    Procurava-se, assim, com o exercício direto da 
    13 participação, tornar o público coisa privada.

  • Com a adição do "assim" mantem o caráter conclusivo. 

  • GABARITO: CERTO

    ACRESCENTANDO:

    Mnemônico para vírgula : DEEEIS = Desloca; Enumera; Enfatiza; Explica; Isola (Intercala, Inverte) e Separa.

    Usa-se vírgula para :

    1-Isolar o vocativo: Douglas, venha aqui !

    I- Vocativo é uma expressão da qual chamamos o interlocutor.

     2-Separar o aposto na oração: Ele fumava muitos cigarros, teve câncer de pulmão.

    I-aposto é o que repete o substantivo ou pronome, afim de caracterizá-lo na segunda oração, no entanto, é separado por vírgula.

     3-Para isolar topônimos de lugar quando estiver junto de data:
    Guarulhos, 6 de agosto de 2017.

    I-Topônimos :nome geográfico próprio de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público etc.

     4-Separar orações coordenadas assindéticas: ''Vim, vi, venci!''

    I-Orações coordenadas assindéticas ,não possuem síndeto ,ou seja ,elas não são ligadas por conjunções e sim por vírgulas, e quando não são por vírgulas, estão avulsas (soltas, livres, separadas, sozinhas), ainda assim contendo um significado sem precisar de uma ''subordinação''. ''Venci!"

     5-Separar orações coordenadas sindéticas (Explicativas e conclusivas) Observe uma explicação :Não vou à festa, pois estou estudando muito.
    Observe uma conclusão: Humberto estudava tanto, por isso passou no concurso.

    I-Orações coordenadas sindéticas, são ligadas por conjunções (síndetos). Sendo eles

    Aditivos : e , mas também ,como também, em como, etc.

    Adversativos: Mas, porém ,todavia, entretanto, contudo, no entanto, etc.

    alternativa : Quer...quer , Ora...ora, ou...ou ,etc.

    conclusiva : logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, etc.

    Explicativa: que , porque, porquanto, pois, etc.

     6- Isolar expressões explicativas na oração : Gostava muito de ler os russos, por exemplo, Fiódor Dostoiévski.

    7-Separar adjuntos adverbiais intercalados na oração
    O amor ,repentinamente, aconteceu.
    Repentinamente, o amor aconteceu.

    ''Atualmente, o desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força eólica.''

    ''O desenvolvimento tecnológico, atualmente, descobriu outras formas de uso para a força eólica.''

    ''O desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força eólica, atualmente.''

    I-Adjuntos adverbiais intercalados. Por que intercalados? Porque há uma regra reta na escrita, ordem direta da oração : Sujeito | verbo | objeto do verbo| adjunto adverbial.

     8-Elipse do verbo: A supressão do verbo pela vírgula: Eu leio crime e castigo, ele , a culpa é das estrelas.

    I-Elipse é um recurso da língua.

     9-Separar orações adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), sobretudo, quando estas se antepuserem à oração principal:

    I-Os garotos, que passaram no concurso, estão felizes. (reduzida, estou restringindo os garotos para somente os que passaram)

    10-Separar orações subordinadas adjetivas explicativas:
    Eduardo Fernando, que lê mais de 100 livros por ano, é muito humilde.

    FONTE: QC

     


ID
20206
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se à
crônica abaixo.
Facultativo
Estatuto dos Funcionários, artigo 240: "O dia 28 de
outubro será consagrado ao Servidor Público" (com
maiúsculas).
Então é feriado, raciocina o escriturário que, justamente,
tem um "programa" na pauta para essas emergências. Não,
responde-lhe o Governo, que tem o programa de trabalhar; é
consagrado, mas não é feriado.
É, não é, e o dia se passou na dureza, sem ponto
facultativo. Saberão os groenlandeses o que seja ponto
facultativo? (Os brasileiros sabem) É descanso obrigatório no
duro. João Brandão, o de alma virginal, não entendia assim, e lá
um dia em que o Departamento Meteorológico anunciava: "céu
azul, praia, ponto facultativo", não lhe apetecendo a casa nem
as atividades lúdicas, deliberou usar de sua "faculdade" de
assinar o ponto no Instituto Nacional da Goiaba, que, como é do
domínio público, estuda as causas da inexistência dessa
matéria-prima na composição das goiabadas.
Encontrou cerradas as grandes portas de bronze, ouro e
pórfiro
(*), e nenhum sinal de vida nos arredores. (...) Tentou
forçar as portas, mas as portas mantiveram-se surdas e nada
facultativas.
(...) João decidiu-se a penetrar no edifício,
galgando-lhe a fachada e utilizando a vidraça que os serventes
sempre deixam aberta. E começava a fazê-lo com a teimosia
calma dos Brandões quando um vigia brotou da grama e puxouo
pela perna.
- Desce daí, moço. Então não está vendo que é dia de
descansar?
(...) Então não sabe o que quer dizer facultativo?
João pensava saber, mas nesse momento teve a
intuição de que o verdadeiro sentido das palavras não está no
dicionário; está na vida, no uso que delas fazemos. Pensou na
Constituição e nos milhares de leis que declaram obrigatórias
milhares de coisas, e essas coisas, na prática, são facultativas
ou inexistentes. Retirou-se, digno, e foi decifrar palavras
cruzadas.
(*) Pórfiro = tipo de rocha; pedra cristalina.
(Carlos Drummond de Andrade, Obra completa. Rio de
Janeiro: Aguilar, 1967, pp. 758-759)

A relação sintática entre os dois segmentos de Tentou forçar as portas, / mas as portas mantiveram-se surdas é a mesma que se verifica entre estes segmentos:

Alternativas
Comentários
  • Segundo a resposta oferecida, a afirmativa correta seria a letra D. Entretanto, o que temos no período a ser tomado como exemplo a ser seguido trata-se de uma relação de oposição, de contraste, o que confirmaria a opção E. Quanto à resposta dada como certa, o que se tem na verdade é uma oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo, isto é, o segundo segmento do período completa o sentido de uma nome, "disposição", contido na oração principal.
  • Concordo que a correta deve ser a letra E
  • Também havia marcado a letra E, o problema é que no caso de uma prova real teríamos de entrar com recurso, na espera, incerta, de que o mesmo seria acatado.
  • tbm errei, marquei E e não consigo entender pq D
  • A alternativa correta, no meu modo de entender, é a "e" e não a "d" do gabarito, porque a coordenação é adversativa apenas naquela opção dentre todas as outras.

  •  Tb entendo a assertiva E como correta.

  • Como todos os colegas abaixo tb considero a letra E como correta, nao consigo entender pq a alternativa D foi dada como certa.

  • Concordo plenamente com os comentários dos caros colegas, também não entendo o porquê da questão certa ser a D, visto que a única questão na qual o sentido é de oposição é a E.

    Bons estudos a todos!!!
  • Também concordo com todos. Marquei letra E.
  • A resposta seria a letra E se a relação fosse semântica.
  • EU TAMBÉM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • Eu também marquei a "e"   :(
  • Alternativa E

    Tentou forçar as portas, / mas as portas mantiveram-se surdas  (frase do enunciado), oração coordenada sindetica, observo tambem elementos de um periodo composto por coordenação, ou seja, a conjução adversativa, então na minha opinião a mais adequada seria E,
    Alguem poderia explicar pq D?

    Bons estudos
  • Tentou forçar as portas, / mas as portas mantiveram-se surdas  O SEGMENTO DA UMA NOÇÃO DE ADVERSIDADE  PELO EMPREGO DA CONJUNÇÃO ADVERSATIVA "MAS" (MAS, PORÉM, CONTUDO, ENTRETANTO, TODAVIA)

    Nós pretendíamos visitá-lo, / porém ele se mostrou distante. É A ÚNICA OPÇÃO QUE POSSUI IDÉIA SEMELHANTE DE ADVERSIDADE EX: PORÉM ELE..., MAS ELE..., ENTRETANTO ELE...

    LETRA E
  • Galera, tenho certeza que o erro foi da banca organizadora ou então desse site que vive colocando respostas contrárias. Concordo plenamente com vocês. Alternativa "E" correta, pois as duas conjunções são adversativas.
  • Alternativa E é mais acertada
    Na minha opnião, oração coordenativa sindentica.

    Bons Estudos
  • Nos segmentos apresentados no enunciado da questão, unidos pela conjunção "mas", há mesma relação sintática que se verifica nos segmentos da alternativa E, representada pela conjunção "porém". Para comprovar isso, inverta essas conjunções nos dois casos e observe que não há alteração do sentido das orações. Logo a relação sintática é a mesma.

    Gabarito correto: letra E portanto:
  • Resumindo, 100 % concordam que a correta é a alternativa E

    Bons estudos
  • Também errei a questão.

    Mas acredito que esteja correta, pensando melhor, pois na frase dada, tem-se uma relação de coordenação, e parece que somente a letre E repete tal fato.

    Corrijam-me caso tenha me equivocado.
  • Estou pasma com essa questão!!
    Não tem como ser a letra D!! Alguém tem algum argumento convincente??

    O gabarito que a FCC deu realmente é a letra D. 
    Essa questão na prova é a de número 09.
  • Não vou mudar tudo que aprendi até aqui porque a banca deu esse gabaritio!
    mesmo que ela peça relação sintática e não semântica, entendo que só a
    letra "e" seja possível!
  • Que coisa! Primeira questão que vejo UNÂNIMIDADE nos comentários.
    De fato, não há muito o que dizer. A única alternativa que demonstra um contraste, uma oposição, adversão, tal qual emanada do enunciado é a alternativa E.
    Não obstante, notem que o comando da questão diz respeito à "RELAÇÃO SINTÁTICA" entre os segmentos, e não a semântica.
    Quiçá com MUITA FORÇAÇÃO DE BARRA E MUITO ENTORPECENTE NA MENTE poder-se-ia dizer que há uma relação semântica de oposição entre "disposição" e "trabalhar num feriado", mas aí o examinador estaria exigindo uma conduta completamente ilegal do candidato: realizar a prova munido de maconha, heroína, crack, oxi ou outra substância química psicotrópica.
  • Comentário
    No gabarito da prova original, a banca colocou equivocadamente a alternativa correta como a
    D
    . Foi realmente um erro da banca, pois sabemos que a relação existente entre “
    mas as portas mantiveram-se surdas”
    e “ Tentou forçar as portas”
    é de coordenação adversativa. A única construção com esse valor é a alternativa (E), pois é clara a
    relação de adversidade mostrada pela conjunção “porém”.
    Outra coisa importante: a questão pediu a relação sintática.
    Essa relação é coordenada (não necessitaríamos saber o valor semântico de adversidade).
    O único período composto por coordenação, como o da questão, é o da alternativa (E).
    Todos os outros são compostos por subordinação.Assim, entenda: mudamos o gabarito da banca FCC, a qual continuou
    considerando como correta a alternativa D.
    Isso pode ter ocorrido por falta de recurso contra a questão, ou recursos mal formulados que foram indeferidos.
    Mas nós, que estamos estudando, não podemos simplesmente aceitar esta como a resposta correta, não é?
    Gabarito
    :
    E
     
    FONTE:PROFESSOR  DÉCIO TERROR (PONTO DOS CONCURSOS)
     
  • Olá, amigos!
    Certamente o gabarito etá errado. Procurei a prova no PCI, mas não achei. Então, acho que vale detalhar a questão:

    identificar a relação sintática da oração apresentada: PERÍODO COMPOSTO POR COORDENDAÇÃO. ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA + ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA Analisar as alternativas: letra a - oração subordinada  adverbial causal introduzida pela conjunção porque. NÃO CONFUNDIR COM A COORDENADA EXPLICATIVA. Naquela, eu tenho que ter efeito e causa.
     letra b- oração subordinada adjetiva restritiva
    letra c- oração subordinada adjetiva restritiva
    letra d- oração subordinada substantiva  completiva nominal
    letra e oraçao coordenada adversativa

  • Esse comentário vai para a galera, que como eu, quase rasgou a gramática ao ver o gabarito, já solicitei a alteração do gabarito e peço ajuda aos demais colegas para também fazerem, já tem alguns dias que solicitei a alteração, mas ainda está na condição de pendente:

    "Houve alteração do gabarito pela banca organizadora, vide link http://www.centraldeconcursos.com.br/docs/gabarito/BB-Questoes_Atribuidas_SP_site.pdf .No site do QC há o arquivo dizendo que houve a alteração, mas o arquivo não abre".
  • Orações Adversativas: TO M E NO CO PO

    TOdavia Mas Entretanto NO entanto COntudo POrém


ID
20473
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 15 a 20 referem-se ao
texto que segue.

O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.

(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)

No texto, a expressão Quando (linha 3) equivale a

Alternativas
Comentários
  • Quando (enquanto) ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
    quando
    (enquanto) por isso ainda não constrangidos pela impaciência,...., quando (enquanto) então
    ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
    espontaneidade, à cerimônia da evocação

    Enquanto .....(não acontece esses itens em sequência) ....dedicam-se os velhos


    DICA: ler o texto até entender o contexto correto em que a expressão está inserida
  • A conjunção “Quandotransmite valor temporal. A única conjunção com esse valor nas alternativas é “enquanto”. A locução conjuntiva “apesar de que” e a conjunção “embora” são concessivas; a conjunção “como” e “como se” são comparativas.
    Gabarito: A
    Bons estudos

  • Conjunção subordinativa TEMPORAL:

    quando, enquanto, assim que, até que, mal, logo que, desde que...

  • a letra "b" e "C" sao semelhantes, logo se excluem


ID
20677
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 14

1 Os bancos médios alcançaram um de seus
melhores anos em 2006. A rigor, essas instituições não
optaram por nenhuma profunda ou surpreendente mudança
4 de foco estratégico. Bem ao contrário, elas apenas voltaram
a atuar essencialmente como bancos: no ano passado a
carteira de crédito dessas casas bancárias cresceu 39,2%,
7 enquanto a carteira dos dez maiores bancos do país
aumentou 26,2%, ambos com referência a 2005.
É apressado asseverar que essa expansão do
10 segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos
bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito
13 esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos
estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os
bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os preços
16 mais altos em outras 21. O tamanho do banco não determina
o empenho na cobrança de tarifas. O principal motivo da
fraca aceleração da concorrência do sistema bancário é a
19 permanência dos altos spreads, a diferença entre o que o
banco paga ao captar e o que cobra ao emprestar, que não se
altera muito, entre instituições grandes ou médias.
22 Vale notar, também, que os bons resultados dos
bancos médios brasileiros atraíram grandes instituições do
setor bancário internacional interessadas em participação
25 segmentada em forma de parceria. O Sistema Financeiro
Nacional só tem a ganhar com esse tipo de integração. Dessa
forma, o cenário, no médio prazo, é de acelerado movimento
28 de fusões entre bancos médios, processo que já começou.
Será um novo capítulo da história bancária do país.


Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007.

Estaria gramaticalmente correta a inserção da conjunção Portanto, seguida de vírgula, antes de "O tamanho do banco" (L16), com ajuste na inicial maiúscula.

Alternativas
Comentários
  • Portanto --> Conjunção Cordenatica conclusiva.
  • Vejam como ficaria a frase:

    ...Vale lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os preços mais altos em outras, portanto, o tamanho do banco não determina o empenho na cobrança de tarifas...


  • Segundo o professor Fernando Pestana a vírgula será facultativa após conjunções que iniciem o período quando forem

    - Adversativa (incluindo o mas)

    - Conclusivas

  • Conjunções Conclusivas:

    Logo; pois (posposto ao verbo); portanto; assim; então; por isso; por conseguinte; por consequência; consequentemente; de modo que; desse modo; destarte.

    As conjunções conclusivas são conjunções, ou seja, palavras ou expressões gramaticais usadas como conexão de duas orações em que uma representa uma conclusão. Exprimem, por conseguinte uma conclusão (ou uma consequência, um efeito, um resultado) referentes à oração anterior. As conjunções conclusivas típicas são: logo, portanto, pois, então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso entre outras. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.

  • GABARITO: CERTO

    ACRESCENTANDO:

    Mnemônico para vírgula : DEEEIS = Desloca; Enumera; Enfatiza; Explica; Isola (Intercala, Inverte) e Separa.

    Usa-se vírgula para :

    1-Isolar o vocativo: Douglas, venha aqui !

    I- Vocativo é uma expressão da qual chamamos o interlocutor.

     2-Separar o aposto na oração: Ele fumava muitos cigarros, teve câncer de pulmão.

    I-aposto é o que repete o substantivo ou pronome, afim de caracterizá-lo na segunda oração, no entanto, é separado por vírgula.

     3-Para isolar topônimos de lugar quando estiver junto de data:
    Guarulhos, 6 de agosto de 2017.

    I-Topônimos :nome geográfico próprio de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público etc.

     4-Separar orações coordenadas assindéticas: ''Vim, vi, venci!''

    I-Orações coordenadas assindéticas ,não possuem síndeto ,ou seja ,elas não são ligadas por conjunções e sim por vírgulas, e quando não são por vírgulas, estão avulsas (soltas, livres, separadas, sozinhas), ainda assim contendo um significado sem precisar de uma ''subordinação''. ''Venci!"

     5-Separar orações coordenadas sindéticas (Explicativas e conclusivas) Observe uma explicação :Não vou à festa, pois estou estudando muito.
    Observe uma conclusão: Humberto estudava tanto, por isso passou no concurso.

    I-Orações coordenadas sindéticas, são ligadas por conjunções (síndetos). Sendo eles

    Aditivos : e , mas também ,como também, em como, etc.

    Adversativos: Mas, porém ,todavia, entretanto, contudo, no entanto, etc.

    alternativa : Quer...quer , Ora...ora, ou...ou ,etc.

    conclusiva : logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, etc.

    Explicativa: que , porque, porquanto, pois, etc.

     6- Isolar expressões explicativas na oração : Gostava muito de ler os russos, por exemplo, Fiódor Dostoiévski.

    7-Separar adjuntos adverbiais intercalados na oração
    O amor ,repentinamente, aconteceu.
    Repentinamente, o amor aconteceu.

    ''Atualmente, o desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força eólica.''

    ''O desenvolvimento tecnológico, atualmente, descobriu outras formas de uso para a força eólica.''

    ''O desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força eólica, atualmente.''

    I-Adjuntos adverbiais intercalados. Por que intercalados? Porque há uma regra reta na escrita, ordem direta da oração : Sujeito | verbo | objeto do verbo| adjunto adverbial.

     8-Elipse do verbo: A supressão do verbo pela vírgula: Eu leio crime e castigo, ele , a culpa é das estrelas.

    I-Elipse é um recurso da língua.

     9-Separar orações adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), sobretudo, quando estas se antepuserem à oração principal:

    I-Os garotos, que passaram no concurso, estão felizes. (reduzida, estou restringindo os garotos para somente os que passaram)

    10-Separar orações subordinadas adjetivas explicativas:
    Eduardo Fernando, que lê mais de 100 livros por ano, é muito humilde.

    FONTE: QC

     


ID
20683
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 14

1 Os bancos médios alcançaram um de seus
melhores anos em 2006. A rigor, essas instituições não
optaram por nenhuma profunda ou surpreendente mudança
4 de foco estratégico. Bem ao contrário, elas apenas voltaram
a atuar essencialmente como bancos: no ano passado a
carteira de crédito dessas casas bancárias cresceu 39,2%,
7 enquanto a carteira dos dez maiores bancos do país
aumentou 26,2%, ambos com referência a 2005.
É apressado asseverar que essa expansão do
10 segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos
bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito
13 esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos
estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os
bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os preços
16 mais altos em outras 21. O tamanho do banco não determina
o empenho na cobrança de tarifas. O principal motivo da
fraca aceleração da concorrência do sistema bancário é a
19 permanência dos altos spreads, a diferença entre o que o
banco paga ao captar e o que cobra ao emprestar, que não se
altera muito, entre instituições grandes ou médias.
22 Vale notar, também, que os bons resultados dos
bancos médios brasileiros atraíram grandes instituições do
setor bancário internacional interessadas em participação
25 segmentada em forma de parceria. O Sistema Financeiro
Nacional só tem a ganhar com esse tipo de integração. Dessa
forma, o cenário, no médio prazo, é de acelerado movimento
28 de fusões entre bancos médios, processo que já começou.
Será um novo capítulo da história bancária do país.


Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007.

A relação semântico-sintática entre o período que termina em "parceria" (L25) e o que começa com "O Sistema Financeiro" seria corretamente explicitada por meio da conjunção Entretanto.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO, pois a conjunção ENTRETANTO traria uma idéia de oposição, o que não é cabível nos trechos em análise.

  • Eentretanto oposição.

    Caberia Portanto conclusão.

  • A conjunção supracitada remete uma ideia de adversidade (entretanto, todavia, porém...), tornando, dessa maneira, a relação semântico-sintática inapropriada, visto que, o que tornaria adequada seria uma conjunção conclusiva, tais como: por isso, logo, por conseguinte, consequentemente...


    Bons estudos!

  • ENTRETANTO--ADVERSIDADE---PARCERIA ??? ERRADO, NÃO FUI NEM PRO TEXTO.

  • R: ERRADO. Para manter a relação semântico-sintática os períodos deveriam ser ligados por uma conjunção conclusiva e não uma conjunção adversativa.

  • errei por entender que a participação dos bancos internacionais poderia ser negativa

  • A relação semântico-sintática entre o período que termina em "parceria" (L25) e o que começa com "O Sistema Financeiro" seria corretamente explicitada por meio de uma das conjunções Logo; pois (posposto ao verbo); portanto; assim; então; por isso; por conseguinte; por consequência; consequentemente; de modo que; desse modo; destarte.

  • A conjunção ENTRETANTO é ADVERSATIVA. O correto seria incluir uma conclusão conclusiva.

  • nacionalista errou a questão

  • nao há contradição na frase

  • Li umas 10x pra ver se não tinha nenhuma pegadinha!


ID
26449
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões 6 e 7

1    Além de impulsionar a arrecadação de recursos para os
     cofres da União, a execução fiscal eletrônica possibilitará
     maior economia para a máquina do Judiciário, uma vez que
4   reduzirá os prazos de tramitação. "Manter a execução por
     muito tempo é caro", assinala o juiz Alexandre Vasconcelos.
     A comunicação com a Receita Federal também será
7    importante para a localização mais rápida dos bens do
     devedor. Um convênio firmado entre a Receita, o Conselho da
     Justiça Federal (CJF) e os tribunais regionais federais (TRF)
10 permite que os juízes tenham acesso, mediante senha, ao
     sistema Infojud. Nele, o magistrado pode obter a declaração
     de bens e os dados cadastrais de qualquer pessoa, em questão
13 de minutos. A interligação virtual dos juízes federais com o
     sistema Bacen-Jud 2.0, do Banco Central, por sua vez,
     permite o bloqueio de valores depositados em contas no nome
16 do devedor em até 48 horas - procedimento que, com o uso
     de papéis, pode demorar meses. O acesso ao Bacen-Jud
     também foi possibilitado por intermédio de convênio entre o
19 Banco Central, o CJF e os TRF.

Idem, ibidem (com adaptações).

As opções seguintes apresentam propostas de substituição de trechos do texto. Assinale a opção em que a substituição é gramaticalmente incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Concordo com a letra"B", mas tb acho que a letra "a" ñ soa muito bem: "Além de impulsionar a arrecadação de recursos POR AOS cofres da União"
  • O POR não faz parte do termo, é só "AOS COFRES". Confesso que também fiz essa confusão mas observando as alternativas subsequentes dá para perceber.

    A alternativa C também está errada. O convênio já foi firmado e permite o acesso.

  • "Conquanto" dá a idéia de concessão e "uma vez que" dá idéia de causa. (Orações Subordinadas Adverbiais)
  • Conquanto, segundo o dicionário, quer dizer: Por mais que; posto que; embora. Se trocarmos por um desses sinônimos, veremos que muda o sentido totalmente.
  •  Concessão

      As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada aocontraste, à quebra de expectativa. 

    Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA

    Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.

    Observe este exemplo:

    Só irei se ele for.

    A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for satisfeita.

    Compare agora com:

    Irei mesmo que ele não vá.

    A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva.

    Observe outros exemplos:

    Embora fizesse calor, levei agasalho.
    Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à margem do mercado de consumo.
    Foi aprovado sem estudar(= sem que estudasse / embora não estudasse). (reduzida de infinitivo)

    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint42.php
  • Amigos, a questão se ateve à correção gramatical. Vocês estão viajando com o sentido ai. 

    O gabarito é B, já que conquanto exige verbo no subjuntivo.

  • Uma vez que = CAUSA

    Conquanto = Concessiva

  • Achei a questão muito mal elabora, pois pede a opção que estaria GRAMATICALMENTE errada, e a alternativa B não estaria errada, apenas alteraria o sentido, bem como a opção C.

    PS: o ''por'' na frente das questões deve ser erro de digitação!!

  • O Cespe ama essa conjunção concessiva. De acordo com o dicionário online significa: "Embora; se bem que: continuou trabalhando, conquanto exausto."

  • O Cespe ama essa conjunção concessiva. De acordo com o dicionário online significa: "Embora; se bem que: continuou trabalhando, conquanto exausto."

  • Alguém pode me explicar porque a "C" não está errada ??

  • Veja: a questão em nenhum momento fala acerca de mudança de sentido, portanto, no meu ponto de vista a alternativa incorreta é a letra.

    Temos uma questão de correção gramatical e não de semântica.

    Alguém poderia me explicar?

  • CONJUNÇÃO CONCESSIVA "ideia de ressalva" [ORAÇÕES SUBORDINATIVAS]- O objetivo da concessiva é fazer uma ressalva, que, no entanto, não irá anular o argumento principal.

    O JOGO OCORREU, EMBORA TENHA CHOVIDO. (O FATO DE CHOVER NÃO ANULOU O JOGO)

    X

    CONJUNÇÃO ADVERSATIVA "ideia de oposição" [ORAÇÕES COORDENATIVAS] - A conjunção adversativa é usada para coordenação de orações e introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Por isso, a ordem das orações não pode ser invertida. 

    O JOGO OCORREU, PORÉM FOI SUSPENSO DEVIDO A CHUVA. ( O FATO DE CHOVER ANULOU O JOGO)

  • O primeiro tem ideia de causa e o segundo ideia de concessão;


ID
26458
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1    Agapito Machado admitiu que, no início, os juizados
      especiais federais (JEF) tinham alguns defeitos dos juizados
      tradicionais, porque o juiz não tinha domínio sobre os
4    processos em uma vara com grande carga processual. Mas,
      em seguida, foi criado o juizado especial federal virtual,
      modelo de justiça sem papel, com todas as vantagens dos JEF
7    e a maior de todas: ser tudo pela Internet, sem risco de se ter
      um processo perdido. "A justiça sem papel é rápida e segura
      e a única coisa física é o dinheiro pago em forma de
10  requisições de pequeno valor (RPV)", observou. "Este é um
     caminho sem volta. Dentro de mais algum tempo, toda a
     justiça brasileira será virtual", concluiu.

   Idem, ibidem (com adaptações).

O texto apresentará erro gramatical caso se substitua

Alternativas
Comentários
  • "De forma que" é uma conjunção que exprime conseqüência. "Em forma de" passa a idéia de comparação. Corrijam-me,por favor, se estiver errada.
  • a preposiçao ''de'' traria erro gramatical

  • @bobry ao meu ver, nesta questão, não entra no campo semântico, ou seja, mudança de sentido.

    A assertiva fala de erro gramatical, portanto, a alternativa que apresenta erro é a C

  • Eu acertei, mas alguém pode explicar a letra a?

  • a letra A também possui erro, já que a primeira trata-se de EXPLICATIVA e a segunda CAUSAL. Não entendi. a letra A e C possuem erro.

  • O conectivo "porque" faz parte das orações coordenadas explicativas, mas também faz partes das orações subordinadas causais.

    São" primas".


ID
26476
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões de 18 a 20

1   Temos, no Brasil, uma sociedade com salutar
     mobilidade e, embora reclame urgente modernização, uma
     legislação trabalhista protetora do trabalhador. Há liberdade
4   de imprensa e de organização partidária e sindical. Não é o
     caso, evidentemente, de se renunciar a qualquer desses
     valores em nome do crescimento econômico. O grande
7   desafio, então, é combinar democracia, Estado provedor e
     economia competitiva. Os países nórdicos conseguiram essa
     combinação. Claro que a receita deles não pode ser
10 simplesmente repetida aqui. Mas também não se pode
    descartar, na partida, essa alternativa como se fosse
    absolutamente inviável.


Fábio Ulhoa Coelho. Correio Braziliense, 22/11/06 (com adaptações).

Assinale a opção em que a proposta de substituição para o termo "embora" (l.2) provoca truncamento sintático no período.

Alternativas
Comentários
  • "Embora" é uma conjunção de valor concessivo, isso quer dizer que uma oração introduzida por "embora", atrelada a uma outra oração principal, traduz uma idéia de permissividade diante de uma fato contrário. Traduzindo: em um período composto por subordinação em que há a presença de conjunção concessiva (embora, ainda que, posto que, apesar de, a despeito de , conquanto) a oração principal expressa um fato desfavorável que na oração subordinada não é impedido de acontecer. Ex: Vou lhe dar mais uma chance, embora ele não mereça.
  • No iten "a" a locução tem valor condicionante e não concessivo!
  • LOCUCOES CONCESSIVAS: SE BEM QUE , CONQUANTO,POR MAIS QUE,POR MENOS QIE,POSTO QUE,MESMO QUANDO,AINDA QUE
    LOCUCOES CONDICIONAIS: CONTANTO QUE,DESDE QUE,SALVO SE ,EXCETO SE ,SEM QUE,A NAO SER QUE ,A MENOS QUE
  • Vamos comecar do inicio?

    Que diabos e' truncamento sintatico?

    Truncamento sintático é um erro de construção sintática.Por ex.:Ultilizar oração adverbial e não utilizar a oração principal no mesmo período

    Logo, o que o examinador quer saber e', qual das construcoes causa erro de sintaxe. EM MIUDOS, ESTA QUERENDO SABER QUAL DAS OPCOES NAO E' UMA CONJUNCAO CONCESSIVA.

    embora  conjuncao concessiva

    a) contanto que
    conjuncao condicional => olha o erro de construcao aqui! OPCAO COM ERRO

    b) conquanto
    conjuncao concessiva => ok, nao provoca erro de construcao

    c) se bem que
    conjuncao concessiva => ok, nao provoca erro de construcao

    d) ainda que
    conjuncao concessiva => ok, nao provoca erro de construcao

    RESPOSTA LETRA A

    BONS ESTUDOS
     
  • Gabarito, A

    Embora -> conjunção concessiva.

    Contanto que -> conjunção condicional.

  • A Proposta de substituição do termo "embora" (l.2) provocaria truncamento sintático no período caso fosse trocada por contanto que.


ID
27709
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A INTERNET NÃO É RINGUE

          Você já discutiu relação por e-mail? Não discuta.
     O correio eletrônico é uma arma de destruição de massa
     (cerebral) em caso de conflito. Quer discutir? Quer
     quebrar o pau, dizer tudo o que sente, mandar ver, detonar a
 5  outra parte? Faça isso a sós, em ambiente fechado. [...]
          Brigar por e-mail é muito perigoso. Existe pelo
     menos um par de boas razões para isso. A primeira é que
     você não está na frente da pessoa. Ela não é "humana" a
     distância, ela é a soma de todos os defeitos. A segunda
 10 razão é que você mesmo também perde a dimensão de
     sua própria humanidade. Pelo e-mail as emoções ficam
     no freezer e a cabeça, no microondas. Ao vivo, um olhar
     ou um sorriso fazem toda a diferença. No e-mail todo
     mundo localiza "risos", mas ninguém descreve "choro".
15        Eu sei disso, porque cometi esse erro. Várias
     vezes. Nunca mais cometerei, espero. [...] Um tiroteio
     de mensagens escritas tende à catástrofe. Quando você
     fala na cara, as palavras ficam no ar e na memória e uma
     hora acabam sumindo de ambos. "Eu não me lembro de ter
20  dito isso" é um bom argumento para esfriar as tensões.
     Palavras escritas ficam. Podem ser relidas muitas vezes.
          Ao vivo, você agüenta berros [...]. Responde no
     mesmo tom rasteiro. E segue em frente. Por e-mail, cada
     frase ofensiva tende a ser encarada como um desafio para
25 que a outra parte escolha a arma mais poderosa destinada
     ao ponto mais fraco do "adversário". Essa resposta letal
     gera uma contra-resposta capaz de abalar os alicerces
     do edifício, o que exigirá uma contra-contra-resposta
     surpreendente e devastadora. Assim funciona o ser
30  humano, seja com mensagens, seja com bombas nucleares.
          Ao vivo, um pode sentir a fraqueza do outro e eventualmente
     ter o nobre gesto de poupar aquelas trilhas
     de sofrimento e rancor. Ao vivo, o coração comanda. Por
     e-mail é o cérebro que dá as cartas. [...]
35       E tem o fator fermentação. Você recebe um e-mail
     hostil. Passa horas intermináveis imaginando qual será a
     terrível, destrutiva resposta que vai dar. Seu cérebro ferve
     com os verbos contundentes e adjetivos cruéis que serão
     usados no reply. Aí você escreve, e reescreve, e reescreve
40 de novo, e a cada nova versão seu texto está mais
     colérico, e horas se passam de refinamento bélico do
     texto até que você decida apertar o botão do Juízo Final,
     no caso o Enviar. Começam então as dolorosas horas de
     espera pela resposta à sua artilharia pesada. É uma
45 angústia saber que você agora é o alvo, imaginar que
     armas serão usadas. E dependendo do estado de deterioração
     das relações, você poderá enlouquecer a ponto
     de imaginar a resposta que vai dar à mensagem que
     ainda nem chegou.
50      É por isso que eu aconselho, especialmente aos
     mais jovens: se for para mandar mensagens de amizade,
     se é para elogiar, se é para declarar amor, use e abuse
     dos meios digitais. E-mail, messenger, chat, scraps, o
     que aparecer. Mas se for para brigar, brigue pessoalmente.
55  A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja
     definitivo. Aí é só abrir uma nova mensagem e deixar o
     veneno seguir o cursor.

     MARQUEZI, Dagomir, Revista Info Exame, jan. 2006. (adaptado)

"A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja definitivo." (l. 55-56) Assinale a opção que apresenta o conectivo que substitui a expressão em destaque, mantendo a mesma sintaxe e semântica.

Alternativas
Comentários
  • A questão é lógica, a única viável.
  • Embora, por menos que, posto que, se bem que são conjunções Concessivas.

     

    restando apenas a letra A. A menos que conjunção Condicional.

  • A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja definitivo."

    A FRASE DA CLARA IDEIA DE CONDICAO.
    A MENOS QUE VOCE QUEIRA O ROMPIMENTO DEFINITIVO

    São conjunções condicionais: se, salvo se, senão, caso, desde que, exceto se, contanto que, a menos que, sem que, uma vez que, sempre que.

    EMBORA=> CONJUNCAO ADVERSATIVA

    POR MENOS QUE=> CONJUNCAO CONCSSIVACONCESSIVA

    POSTO QUE = VISTO QUE => CONJUNCAO CAUSAL

    SE BEM QUE => CONJUNCAO CONCESSIVA

    RESPOSTA CERTA LETRA A


  • CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser que, exceto se...

  • Criei um grupo para quem quer ser aprovado em concursos rapidamente

    Aqui um ajuda o outro de graça e material de varios cursos bem selecionados

     

    Link do grupo (CopieCOLE) ---->  https://www.facebook.com/groups/ConcurseirosReciprocos/


ID
44683
Banca
ESAF
Órgão
ANA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

Havia um sério conflito pelo uso das águas da bacia do Rio Piracicaba _____1_____ população da própria bacia (cerca de 4 milhões de habitantes) e a da Região Metropolitana de São Paulo (cerca de 18 milhões de habitantes). Parcela significativa do abastecimento da capital paulista é suprida ___2____ água da bacia do Rio Piracicaba, _____3_____ Sistema Cantareira (transposição de águas da bacia, por meio de reservatórios e túneis até a Região Metropolitana de São Paulo). Tal intervenção hidráulica na bacia era desprovida de critérios de uso da água ____4_____ contemplassem as necessidades da população local. A ação reguladora da ANA se deu ____5_____ definição de critérios técnicos operacionais e de outorga.

(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)

Alternativas
Comentários
  • No ítem 1 só cabe a preposição "entre", pois o texto fala "Havia um sério conflito pelo uso das águas..ENTRE A...população da própria bacia e a (população) da Região Metropolitana".
  • A preposição essencial entre delimita um intervalo entre duas coisas. assim, não se usa OU na construção, mas E.

    exemplo:

    sempre fico em duvida ENTRE a casa da praia OU a casa do campo(ERRADO).

    sempre fico em duvida ENTRE a casa da praia E a casa do campo(CORRETO).


ID
44701
Banca
ESAF
Órgão
ANA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os segmentos a seguir constituem um texto retirado, com adaptações, de http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf.

Assinale a opção que apresenta erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  • O erro nesta frase é de paralelismo, de continuidade e da falta da vírgula antes do termo "conquanto"
  • Conquanto significa contrariedade, oposição. Desta forma, não se enquadra corretamente no sentido proposto pela frase.
  • Permissa venia, como pode a alternativa c) estar correta? "c) O conflito que havia foi atenuado por meio do marco regulatório de uso das águas do Rio Piranhas-Açu, instituído pela ANA, em articulação com os órgãos estaduais e com o Departamento Nacional de Obras contra as Secas."

    Não tenho acesso ao texto original na presente questão, mas penso que o correto seria "que havia SIDO atenuado", não "havia foi". A alternativa d) encontra-se, para mim, igualmente incorreta. Alguém poderia por favor comentar essa questão? Agradeço.
  • Reescrevendo a frase: "O conflito que EXISTIA foi atenuado..."

    Havia um conflito, existia um conflito e este foi atenuado.

    Espero ter ajudado.
  • Erro da letra d:  O marco definiu um compromisso de entrega de água pela Paraíba (conquanto o) ao Rio Grande do Norte, estabelecendo quotas máximas de uso de água por finalidade e por trecho de rio.


  • Alguém poderia me explicar por que a letra E está certa?

    Não deveria ser DEFINIU-SE?

    Obrigada. 


ID
45526
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Legalidade e legitimidade

     A legalidade funda-se em um forte conceito ético, que é a legitimidade. O poder que impõe a legalidade deve ser um poder legítimo. Modernamente, não se aceita mais a legalidade como conceito meramente formal. Para que a limitação à esfera individual seja válida, deve ser o poder que a impõe legítimo.

     Os estados de regimes políticos autoritários possuem uma esfera de poder hipertrofiada em relação ao direito. Com isso, a legitimidade do poder torna-se questionável. As limitações impostas à liberdade, por conseguinte, não seriam éticas, legítimas, e, portanto, o direito fundamental estaria sendo desrespeitado. O legalismo cego e formal pode tornar-se arma para referendar abuso de poder e restrição ilegítima às liberdades individuais. Percebe-se, então, que, a despeito de ser atualmente o direito fundamental de liberdade assegurado em documentos legais ao redor do mundo, existe uma conotação ética que lhe serve de razão última e principal.

    A restrição à liberdade pela legalidade deve ser formalmente e materialmente válida: formalmente, quanto às regras preestabelecidas de formação, limites e conteúdo da lei; materialmente, quanto à legitimidade tanto das regras preestabelecidas quanto do poder que impõe as leis e que se encarrega de garantir seu cumprimento.

    O conteúdo das leis é também fonte de considerações éticas. Pode uma lei ser formalmente válida e emanada de poder legítimo, e mesmo assim ser moralmente considerada inválida, enquanto limitadora do conteúdo das liberdades. Daí concluir-se que a legitimidade do poder não é suficiente para que a legalidade seja legítima; é necessário também que o conteúdo das leis seja expressão da soberania popular.

Está correta a seguinte observação sobre uma passagem do texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E


    Temos aqui uma conjunção adversativa. As conjunções adversativas indicam essencialmente uma ideia de adversidade, oposição, contraste; também ressalva, quebra de expectativa, compensação, restrição; elas realçam o conteúdo da oração que introduzem.


    Nesta questão em específico, "não obstante" pode ser trocado por: mesmo assim, ainda assim, inobstante etc.

  • Alguém poderia explicar a letra C? 


ID
67453
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo.


Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. O tema espinhoso da conferência de dezembro em Copenhague será a redução de emissões __1__ desmatamento e degradação de florestas, conhecida como Redd (ao apodrecer ou queimar, a madeira lança CO2 no ar). Redd é uma maneira barata de reduzir emissões, __2__ restringe só atividades predatórias, como a pecuária extensiva de baixa rentabilidade. O Brasil poderia obter bons recursos no mercado mundial de carbono, pois vem reduzindo o desflorestamento. Brasília, contudo, aceita apenas doações voluntárias __3__ compensação pelo desmatamento evitado. Resiste __4__ converter o ativo em créditos negociáveis, argumentando que países ricos se safariam de suas obrigações pagando pouco pelo “direito de poluir” (créditos de carbono Redd que inundariam o mercado). Para impedir o desvio, bastaria acordar um teto para os créditos Redd. Por exemplo, 10% do total de reduções. Para usufruir desse mercado, o Brasil precisaria recalcular quanto produz, hoje, de poluição __5__ desmatamento.
(Folha de S. Paulo, Editorial, 31/8/2009)

Alternativas
Comentários
  • Analisando o item 1 já podemos chegar na resposta da questão:"a reduação de emissões ___ desmatamento e degradação de florestas".Note que desmatamento e degradação estão em paralelismo sintático, e se não ha artigo em degradação, também não ha em desmatamento. Portanto já eliminamos as letras A, C e E. A letra D serviria se os termos estivessem no plural: "a reduação de emissões EM desmatamentos e degradações de florestas".Sobra a letra B, que é o gabarito !!
  • Outra maneira seria resolvendo apenas o item 4, referente à crase: "Resiste a converter o ativo...". Sabemos que não há crase antes de verbos, logo, letra B é a correta, uma vez q as outras opções não encaixam corretamente.

  • B) POR, POIS, COMO, A, COM O.

    Correta letra B
    Bons Estudos !!!
  • Essa questão dá para resolver só pelo último termo: COM O . Nenhuma das outras alternativas cabe no contexto da frase.
  • Também só consegui resolver a questão com o ultimo termo... COM O

  • Eu também, na 2 pensei que colocaria embora, mas cheguei na 5 e marquei a certa.

  • HAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa questão enrolou muito... é isso que temos que fazer pra ganhar 20 mil no Brasil? Parece divertido! O problema é o tempo.

     

     

  • 1-por 2-pois 3-como 4-a 5-com o


ID
67462
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo constituem um texto adaptado do Editorial do jornal Folha de S. Paulo, de 20/8/2009. Assinale a opção em que o segmento está gramaticalmente correto.

Alternativas
Comentários
  • a) "...SEJA no plano internacional, SEJA no ambiente doméstico...";b) "...a modificação radical ERA ALARDEADA...";c) correta !d) "...surgem indícios prometendo elevada rentabilidade" (SEM VÍGULA antes de prometendo);e) "...A ausência de regulamentação É AINDA MAIS PREOCUPANTE...";Gabarito C.
  • Só discordo do colega quanto a resoluçao da letra "d" .Acredito que o erro esteja na crase antes de clientes . "...à clienteS..." . NUNCA SE USA CRASE QUANDO O A APARECER SEM O S ANTES DE PALAVRA NO PLURAL.
  • Entendo que, na letra D, prevalece o masculino para o termo clientes. Assim ficaria correto: aos clientes, ou a clientes, sem a possibilidade do uso da crase. Vejam que os altíssimos riscos não podem ser - somente - das pessoas do sexo feminino.
  • Em  "A economia mundial registra, nas últimas semanas, sinais de recuperação," o verbo não deveria está no passado?
  • não sei se deveria ESTAR...

  • A letra C está correta mesmo com o verbo "registra" no presente. Entre as várias características do tempo presente essa é uma que se destaca, pois o tempo presente marca uma ação habitual, ou seja, que se repete, sem estar empregada com o tempo do agora. Este tempo informa uma ação que sempre é repetida, usual, e que não necessariamente está sendo realizada no momento atual.

  • DÚVIDA NA LETRA C:

    "A economia mundial registra, nas últimas semanas, sinais de recuperação, ainda que lenta.

    Lenta não deveria concordar com sinais de recuperação? O núcleo não é sinais? Não deveria ser lentos?

  • Sobre a letra C: "A economia mundial registra, nas últimas semanas, sinais de recuperação, ainda que lenta. "

    O adjetivo "lenta":

    1) Poderia se referir ao termo "sinais de recuperação", que tornaria errada a concordância;

    2) Não poderia se referir ao verbo registra, pois estaria o modificando, sendo necessário o adjetivo "lentamente";

    3) Poderia concordar com "economia mundial". Este é o caso da questão! Vamos inverter a ordem das frases para deixar mais claro: "A economia mundial, ainda que lenta, registra, nas últimas semanas, sinais de recuperação". Correto!

    Ja o tempo verbal de "registra" considero como correto, uma vez que dá ideia de registrar hoje algo que aconteceu no passado.

    Bons estudos!

  • sobre a letra C

    A recuperação é lenta. Está correto.


ID
68743
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminescência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
e dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade. (4º parágrafo)

A oração grifada acima denota, considerando-se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • Denota consequencia:o fato de milhoes de toneladas de sedimentos serem jogadas no rio, tem como consequencia sua inviabilidade de navegabilidade.
  • Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

    Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, = É O FATO (A CAUSA)

    inviabilizando sua navegabilidade. = É A CONSEQUÊNCIA DO FATO.

  • causa ---> milhões de toneladas de sedimentos no rio


    consequência ---> inviabilizando sua navegação

  • O fato de: Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio.

    Fez com que: inviabilizando sua navegabilidade.

    Gab: Letra C


ID
74443
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A economia vai devorar o planeta?

Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades
humanas sobre a natureza é real. A salvação do planeta
passaria necessariamente pelo fim do crescimento de
economias e populações, além da adoção de uma economia
ecológica ? com a reforma dos sistemas de produção de
alimentos, materiais e energia. Uma economia ambientalmente
sustentável seria movida por fontes renováveis de energia:
eólica, solar e geotérmica. A eletricidade eólica seria usada para
produzir hidrogênio. As estruturas atuais de gasodutos fariam o
transporte do gás que moveria a frota de automóveis. Nesse
sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em
grande parte as atividades extrativistas.

Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários
mundiais precisariam ser reformulados, de modo a oferecer
subsídios à reciclagem e à geração de energia limpa e
renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de
combustível fóssil.

No entanto, sem estacionar a população mundial,
nenhuma mudança terá realmente efeito. Mais pessoas
requerem mais comida, mais água, mais espaço, bens, serviços
e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o
crescimento da população mundial não é tão simples. O
tamanho das famílias, em muitos países, está ligado à maneira
como os casais encaram o sexo e a virilidade.
O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais
tornam a adoção da ecoeconomia uma tarefa gigantesca e
muito distante de ser realizada. O aumento da temperatura
global, a superpopulação e a contaminação dos ecossistemas
mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os
efeitos que eles criam, com medidas de alcance global.
Pequenas substituições e correções de rumo em alguns setores
não constituem uma solução. Com 6 bilhões de pessoas no
mundo, até metas mais óbvias, como deter o nível de
desflorestamento, parecem distantes.


(Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de
2004, p. 69)

A salvação do planeta passaria necessariamente pelo fim do crescimento de economias e populações, além da adoção de uma economia ecológica ... (início do texto)

A única substituição do segmento grifado na frase acima que compromete seu sentido original é:

Alternativas
Comentários
  • Todas as subsituições dão sentido de Adição. Só a Letra B que da idéia de exclusão.

  • Incorreta B. (ideia de exclusão, adversidade).
    As conjunções, com exceção da letra B, são consideradas orações coordenadas sindéticas aditiva - ideia de soma, adição. Principais conjunções: e, nem, mas também, senão tmbém, mas ainda, etc. 

ID
75223
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A amizade

Uma amizade verdadeira possui tão grandes vantagens
que mal posso descrevê-las. Para começar, em que pode
consistir uma "vida vivível" que não encontre descanso na
afeição partilhada com um amigo? Que há de mais agradável
que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo?
De que seria feita a graça tão intensa de nossos sucessos, sem
um ser para se alegrar com eles tanto quanto nós? E em
relação a nossos reveses, seriam mais difíceis de suportar sem
essa pessoa, para quem eles são ainda mais penosos que para
nós mesmos.

Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram
só existem em função de uma única forma de utilização: as
riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as
honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles
se obter satisfação; a saúde, para não termos de padecer a dor
e podermos contar com os recursos de nosso corpo.
Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades.
Em qualquer direção a que a gente se volte, ela está lá,
prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna,
jamais embaraçosa. Por isso, como diz o ditado, "nem a água nem
o fogo nos são mais prestimosos que a amizade". E aqui não se
trata da amizade comum ou medíocre (que, no entanto,
proporciona alguma satisfação e utilidade), mas da verdadeira, da
perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais
maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque
comunicados e partilhados, seus golpes mais duros.

(Adaptado de Cícero, filósofo e jurista romano)

Pensador conseqüente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana.

O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por:

Alternativas
Comentários
  • Pensador conseqüente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana. Se alterarmos a ordem da frase ficará assim:A Cícero interessavam os valores essenciais da conduta humana e não lhe importavam as questões secundárias, por que ele era um pensador consequente.a) Conquanto fosse. Valor concessivob) Muito embora sendo. Valor concessivoc) Ainda quando fosse. Valor concessivod) Por ter sido. valor de Causae) Mesmo que tenha sido. Valor concessivoe) Mesmo que tenha sido. Valor concessivo
  • Pensador conseqüente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana. O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por: d) Por ter sido.
  • Resolvi a questão de um modo simples, usando a lógica.

    Percebi que os verbos estão no pretérito: "importavam" e "interessavam-lhe", logo, a única alternativa que está no pretérito é a D. Bons estudos a todos
  • a) Conquanto fosse. (Valor de concessão)

    b) Muito embora sendo. (Valor de concessão)

    c) Ainda quando fosse. ( Valor de concessão)

    d) Por ter sido. (correta)

    e) Mesmo que tenha sido. (Valor de concessão)  (V(999(ccccVAVAAAGVYTV(999iijjhghhh(ooopppppppppbggggg

  • A expressão “Pensador consequente” transmite valor de causa; por isso a alternativa correta é a D, pois a preposição “Por” também traduz o valor semântico de causa. Notem que todas as outras conjunções (“Conquanto”, ”Muito embora”, “Ainda quando”, “Mesmo que”) transmitem valor adverbial concessivo.
    Bons estudos


ID
75736
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abstrações

"Deus não joga dados com o Universo", disse Einstein,
para nos assegurar que existe um plano por trás de,
literalmente, tudo, e que o comportamento da matéria é lógico e
previsível. A física quântica depois revelou que a matéria é mais
maluca do que Einstein pensava e que o acaso rege o Universo
mais do que gostaríamos de imaginar. Mas fiquemos com a
palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não está
aí para Ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo. Já os
semideuses que controlam o capital especulativo do planeta
Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países
com um lance de dados, ou uma ordem de seus computadores,
em segundos.

Às vezes eles têm uma cara, e até opiniões, mas quase
sempre são operadores anônimos, todos com 28 anos, e um
poder sobre as nossas vidas que o Deus de Einstein invejaria.
Deus, afinal, é sempre o ponto supremo de uma cosmogonia
organizada, não importa qual seja a religião. Todas as igrejas
têm metafísicas antigas e hierarquizadas. Todos os deuses
podem tudo, mas dentro das expectativas e das tradições de
seus respectivos credos. Até a onipotência tem limites.

A metafísica dos operadores das bolsas de valores, dos
deuses de 28 anos, é inédita. Não tem passado nem
convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital
desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio
dinheiro. Como o dinheiro já era a representação da
representação de um valor aleatório, o capital transformado em
impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada - e é
ela que rege as nossas economias e, portanto, as nossas vidas.
E quem pensava ter liberado o mundo de um ideal inútil, o de
sociedades regidas por abstrações como igualdade e
solidariedade, se vê prisioneiro do invisível, de um sopro que
ninguém controla, da maior abstração de todas.

(Adaptado de Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)

Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • To em dúvida quanto ao Erro da alternativa E, alguém sabe me dizer?

    Obrigado
  • O erro na E nao sería a falta da crase em..............abstrações à igualdade e à solidariedade????
  • e) É muita ironia quando o autor considera que são abstrações a igualdade e a solidariedade, embora ressalve que nem tanto quanto o capital invisível. (INCORRETA)

    - Não seria erro de crase, porque o sujeito composto "a igualdade e a solidariedade" jamais poderia ter acento grave.

    - Penso que o que falta mesmo nessa alternativa é a oração principal. Veja que há duas orações subordinadas na frase, mas falta a oração principal, o que a torna incorreta.

  • Alguém poderia explicar o item correto (letra c)?

  • Ao contrário das religiões antigas, em que mesmo a onipotência divina apresentava limites, a metafísica das bolsas implica o plano do absoluto.

    A metafísica das bolsas implica o plano absoluto ao contrário das religiões antigas em que a onipotência divina apresentava limites.

    IMPLICAR

    1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: a) Dar a entender, fazer supor, pressupor


  • ACHO que o problema da letra E está no verbo "ressalve", que deveria ser "ressalte".

    Ressaltar: colocar em relevo, realçar, dizer de forma enfática, salientar, sobressair-se; distinguir-se

    Ressalvar: prevenir com ressalva, proteger, resguardar, acautelar-se. 

  • Galera, já vi resolução de questões similares da FCC, o que faltou na alternativa E foi CLAREZA. Isso mesmo.

    No enunciado a questão pede a alternativa CLARA e CORRETA. Nesse tipo de questão sempre haverá alternativas com erros gramaticais e outras, embora gramaticalmente corretas, estranhas na questão do sentido, da clareza, da entendibilidade do que foi escrito.

    Espero ter ajudado. Há braços.


ID
99733
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-PB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os números do relatório da CPI dedicada originalmente
aos Correios são expressivos, dos milhares de páginas de texto
e documentos aos mais de cem acusados. É o tempo do
espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado
concreto, o das absolvições e o das punições. Os dois
momentos do mar imenso entre relatório e resultado estão no
julgamento final, cuja tendência é pessimista, a contar de
exemplos recentes. Não deveria ser.

Não deveria ser pela natureza mesma das comissões
parlamentares de inquérito, cujo nome é raramente objeto de
meditação até pelos operários do direito. "Comissão", além do
significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do
dinheiro pago em remuneração de serviço, é também o do
grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum.
Interesse comum? Não. De interesses conflituosos pela própria
natureza política de seu trabalho, pois o vocábulo
"parlamentares" as afirma integradas por componentes de uma
das casas do Congresso ou mistas, funcionando segundo seus
regimentos internos. (...)

"As comissões são úteis ou necessárias?", perguntará
o leitor. Sem a menor dúvida e vigorosamente, respondo sim.
Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar,
no Brasil e em qualquer país onde haja comissões
parlamentares. Se os legisladores devem ser a expressão
média de seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam
compostos por homens e mulheres de bem, dedicados e
honestos, mas também por pilantras, patifes, cachaceiros,
delinqüentes e assim por diante. (...) Seria ideal que o povo
escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas
sem razão. O povo vota sob influência do poder econômico,
após seleção dos favoritos de chefes partidários, para exclusão
dos que assumam linha independente da adotada pelas
lideranças e assim por diante.

Voltando à CPI dos Correios, cabe esclarecer por que
há um oceano entre o relatório e o resultado. "Inquérito" é
trabalho de apuração. Se bem feito, propicia bom material aos
julgadores. Se malfeito, facilita a "pizza", essa maravilhosa
invenção atribuída aos italianos em geral, mas que vem do sul
da Itália. "Pizza" transformada em cambalacho e tapeação? Não
necessariamente. Muitas vezes o defeito da distância entre a
apuração e o julgamento está naquela, e não neste,
principalmente se for judicial. O mal do julgamento político está
em que não considera seu efeito paralelo do desprestígio para o
Parlamento como um todo. No caso atual, porém, não se pode
negar que já houve resultados apreciáveis. Para o relatório lido
nesta semana cabe esperar pela travessia do oceano e torcer
para que chegue a bom porto.

(W. Ceneviva. Folha de S. Paulo. 01/04/2006, C2)

Se bem feito, propicia bom material aos julgadores.

No texto, o conectivo se pode ser substituído, sem alteração de sentido, por

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma conjunção subordinativa condicional, que são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, exprimem uma condição sem a qual o fato da oração principal se realiza (ou exprimem hipótese com a qual o fato principal não se realiza). As conjunções subordinativas condicionais são: se, caso, contanto que, a não ser que, desde que, salvo se, etc.Exemplos: Se você não vier, o jogo não começará; Caso ocorra um imprevisto, a prova do concurso será cancelada; Chegaremos a tempo, contanto que o taxi não atrase. Assim, alternativa "C" como resposta correta.
  • Não se trata exatamente da função sintática do "se", mas do emprego da conjunção condicional "se". O leitor precisaria ter percebido a relação de sentido expressa pelo "se", que nesse caso é de CONDIÇÃO, HIPÓTESE. Logo, a opção que traz o termo que indica condição é a C, SE = CASO. O QUANDO não dá certo porque indica TEMPO; o MESMO, o MAS e o EMBORA, contraposição, oposição.
  • SE- CASO( CONJUNÇÕES CONDICONAIS)SÓ propicia bom material aos julgadores( SE- CASO)- BEM FEITO.
  • conjunção subordinada Condicional - Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal. São elas: se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc. Ex:Seria mais poeta,a menos que fosse político.
  • Pelas estatisticas da questão podemos ver que ao menos 30% marcaram a letra A. 

    Alguém pode me explicar por que não pode ser QUANDO no lugar de SE? 

    Forte abraço. 
  • Respondendo a pergunta do colega, a conjunção QUANDO exprime ideia de tempo. Embora também utilizamos o QUANDO no dia-dia para exprimir essa ideia de condição, não estamos seguindo a norma culta da língua, que é o que a prova cobra.

ID
110821
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BANESE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os itens a seguir apresentam trechos adaptados da resposta de um
diplomata, em entrevista concedida à revista Istoé, à pergunta:
O Brasil ainda pode ser classificado como país periférico?
Julgue-os quanto aos processos coesivos, à pontuação e à
regência.

Problemas relacionados com os direitos humanos, como os massacres da Candelária, do Carandiru, de Vigário Geral, além de episódios recentes, como o que envolveu o empresário chinês Chan Kim Chang, cuja tortura e morte foram uma vergonha, abalam a imagem brasileira no exterior.

Alternativas
Comentários
  • Questão está com gabarito errado:

     

    ...cujas tortura e morte foram uma vergonha...

  • gostaria de uma explicação á mais nessa questão...o comentário da colega tem lógica....por favor aguardo resposta, achei vírgulas desnecessárias
  • Problemas relacionados com os direitos humanos, como os massacres da Candelária, do Carandiru, de Vigário Geral, além de episódios recentes, como o que envolveu o empresário chinês Chan Kim Chang, cuja tortura e morte foram uma vergonha, abalam a imagem brasileira no exterior.

    O pronome CUJO refere-se ao termo anterior, mas concorda com o termo posterior. Cuja tortura (singular). Está correta a questão.
  • Problemas relacionados com os direitos humanos, como os massacres da Candelária, do Carandiru, de Vigário Geral, além de episódios recentes, como o que envolveu o empresário chinês Chan Kim Chang, cuja tortura e morte foram uma vergonha, abalam a imagem brasileira no exterior
    .

    Frase esta perfeita. (as vírgulas são decorrentes de enumerações (, como, do carandiru, de vigario) são exemplos.

    A primeira vírgula poderia ser substituída por dois pontos, mas pode ser vírgula tb.

    Cuja concorda com tortura esta correta.

    As vírgulas no final se justificam para dar "ar" para o leitor.
    Frase está F .
  •  cuja tortura e morte foram uma vergonha

    é o mesmo de: o gato e o cachorro comeram a ração. nada de mais
  • Pode-se usar tanto a preposição "com" quanto a preposição "a".
  • "tortura e morte foram uma vergonha" está na ordem direta sendo que há apenas uma opção para a forma verbal (foram). 

    Também estaria correto: "...foi/foram uma vergonha a tortura e a morte..." caso de ordem indireta da frase;

  • Problemas relacionados com os direitos humanos, como os massacres da Candelária, do Carandiru, de Vigário Geral, além de episódios recentes, como o que envolveu o empresário chinês Chan Kim Chang, cuja tortura e morte foram uma vergonha, abalam a imagem brasileira no exterior. Correção gramatical OK.

  • Não haveria erro de paralelismo em "de Vigário Geral" por não estar especificado pelo artigo?

  • Problemas relacionados com os direitos humanos, como os massacres da Candelária, do Carandiru, de Vigário Geral, além de episódios recentes, como o que envolveu o empresário chinês Chan Kim Chang, cuja tortura e morte foram uma vergonha, abalam a imagem brasileira no exterior.

    Justificativa: Como pronome relativo, equivalente a "do que", "do qual", a forma "cujo" (bem como as suas flexões "cuja", "cujos", "cujas", equivalentes respectivamente a "da qual", "dos quais", "das quais") inicia orações de valor adjetivo. Por isso, visto que os adjetivos não devem ser separados por vírgulas dos substantivos que qualificam ou determinam, em princípio a forma "cujo" (bem como as respectivas flexões), pronome relativo, não deve ser precedida de vírgula, embora ela inicie orações. Não obstante isso, quando uma oração relativa de "cujo" constitui uma expressão intercalada, a forma "cujo" é precedida de vírgula.

    Ex.:

    "Vi o homem cujo filho é bom"; (forma direta)

    "o homem, cujo filho é bom, partiu ontem para o Porto' (forma intercalada)

    in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-virgula-antes-de-cujo/23873 [consultado em 08-02-2022]


ID
110824
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BANESE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os itens a seguir apresentam trechos adaptados da resposta de um
diplomata, em entrevista concedida à revista Istoé, à pergunta:
O Brasil ainda pode ser classificado como país periférico?
Julgue-os quanto aos processos coesivos, à pontuação e à
regência.

O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, por causa que existem problemas de direitos humanos, e perante práticas lamentáveis contra o meio ambiente.

Alternativas
Comentários
  • n entendi o erro!!alguém pode me explicar

  • Creio q está incorreta a formação "por causa que", portanto o correto seria por causa DE problemas...

  • A Cespe pega pesado

    onde tá o erro nessa questão ? ?

     

  • Acredito que o erro está na vírgula antes do "e",
     

     


  • Também acho que o problema é a vírgula antes do "e", porém não estou segura disso. Alguém pode esclarecer?

    Bons estudos.
  • Creio que seria necessário adicionar uma vírgula ao texto.

    O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, por causa que existem problemas de direitos humanos, e perante práticas lamentáveis, contra o meio ambiente.
  • O errado está no por causa que.

    Devido à regencia nominal da palavra "causa". Veja o exemplo:
    "A causa da fome é a miséria" - "causa" pressupõe a preposição "de" ( e o artigo "a").
    Veja como ficaria estranho:
    "A causa "que" a fome é a miséria". (errado).
    Não é apenas questão de convenção não, pois há uma origem semântica ou seja, um significado por trás disso:
    "Causa" vem do verbo "causar" algo, que é uma ação direta, sem preposições. Quado dizemos que alguém causa alguma coisa, estamos atribuindo uma responsabilidade DIRETA ao sujeito. Já quando dizemos que o efeito é a consequência DA causa, estamos, fazendo uma hipótese explicativa onde há uma hierarquia de significado. Voltando ao exemplo inicial:
    "A causa da fome é a miséria" - causa está dentro dos subconjuntos das explicações sobre a fome, e depende semanticamente desta para existir. Se não existisse fome, não haveria "causa da fome".
    Enfim, "causa de " define uma relação hierárquica entre causa e explicação e "causa que" não consegue definir relação alguma entre causa e explicação, pois "que" já é parte da explicação e não uma relação com ela. Entendeu ? 
  • Creio que o erro não esteja no "e", pois é só substituirmos por mas.

    ..., mas perante práticas lamentáveis contra o meio ambiente.

    A palavra contra exige preposição, portanto, significa em oposição a; em luta com.

    ..., e perante práticas lamentáveis contra ao meio ambiente.

    Um abraço!
  • A frase do jeito que está ficou sem sentido, acho que se colocar a vírgula como o colega acima falou fica certa.

    Mas para visualizar melhor o sentido, a frase deve ser escrita assim:

    "O Brasil ainda apresenta, perante práticas lamentáveis, uma imagem de luzes e sombras contra o meio ambiente, por causa que existem problemas de direitos humanos."
  • POR CAUSA QUE NÃO EXISTE GALERINHA

  • "O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, por causa"
    Basta analisar: Se o Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, apresenta por causa de alguma coisa ou por causa de alguém e não por causa que.

    Então poderia ser escrita: O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, por causa da existência de problemas de direitos humanos...

  • e como ficaria a e reescritura do texto?

    O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, por causa de existem problemas de direitos humanos, e perante práticas lamentáveis contra o meio ambiente.  Nao me parece correto.


  • Talvez não seja uma resposta gramaticalmente tão correta, mas é óbvio que construção por causa que simplesmente não existe, daí que a forma correta seria:  O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, porque existem problemas de direitos humanos, e perante práticas lamentáveis contra o meio ambiente.

    Força e Coragem a todos !
  • Essa é pesada, mas é pura convenção da língua portuguesa, não existe a expressão por causa que, e sim por causa de, se não puder usar o por causa de tem que trocar pela palavra porque.

    Eles quiseram fazer uma pegadinha pois quando falamos sempre dizemos: "Não fui à praia por causa que estava chovendo", ao invés de "Não fui à praia por causa da chuva".

    Enfim, o CESPE sempre pegando pesado rs.
    Por causa de é a forma correta, sinônimo de porque (por causa de estar = por estar = porque estava)
  • Apesar de popular, a locução não existe. Use PORQUE.
    Ex: Ficou rico porque recebeu uma herança.

  • Lembrei-me de( to aprendendo) um professor que disse: NUNCA fale POR CAUSA DE, é muito informal.

  • Apelou em cespe, "por causa que" kkk

  • Pensei da mesma forma Moisés Benevides.

  • TIVE ATÉ DIFICULDADE PRA LER A FRASE... PQP

  • O Brasil ainda apresenta uma imagem de luzes e sombras, (porque) existem problemas de direitos humanos, e perante práticas lamentáveis contra o meio ambiente.


ID
119056
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              O cosmopolita desenraizado

      Quando Edward Said morreu, em setembro de 2003, após batalhar por uma década contra a leucemia, era provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo. Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno, gerou uma subdisciplina acadêmica por conta própria: um quarto de século após sua publicação, a obra continua a provocar irritação, veneração e imitação. Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada, restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova York - onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.


      Mas ele não viveu confinado. Desde 1967, cada vez com mais paixão e ímpeto, Edward Said tornou-se também um comentarista eloquente e onipresente da crise do Oriente Médio e defensor da causa dos palestinos. O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said - sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. Mas isso transformou o professor de literatura comparada da Universidade de Columbia num intelectual notório, adorado ou execrado com igual intensidade por milhões de leitores.

      Foi um destino irônico para um homem que não se encaixava em quase nenhum dos modelos que admiradores e inimigos lhe atribuíam. Edward Said passou a vida inteira tangenciando as várias causas com as quais foi associado. O "porta-voz" involuntário da maioria dos árabes muçulmanos da Palestina era cristão anglicano, nascido em 1935, filho de um batista de Nazaré. O crítico intransigente da condescendência imperial foi educado em algumas das últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos impérios europeus; por muitos anos falou com mais facilidade inglês e francês do que árabe, sendo um exemplo destacado da educação ocidental com a qual jamais se identificaria totalmente.

      Edward Said foi o herói idolatrado por uma geração de relativistas culturais em universidades de Berkeley a Mumbai, para quem o "orientalismo" estava por trás de tudo, desde a construção de carreiras no obscurantismo "pós-colonial" até denúncias de "cultura ocidental" no currículo acadêmico. Mas o próprio Said não tinha tempo para essas bobagens. A noção de que tudo não passava de efeito linguístico lhe parecia superficial e "fácil". Os direitos humanos, como observou em mais de uma ocasião, "não são entidades culturais ou gramaticais e, quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar".

            (Adaptado de Tony Judt. "O cosmopolita desenraizado". Piauí, n. 41, fevereiro/2010, p. 40-43)

Mas ele não viveu confinado. (início do segundo parágrafo)

A noção adversativa da palavra em destaque articula a frase acima ao segmento:

Alternativas
Comentários
  • Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada,
    restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova
    York ? onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria
    sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.
    Mas ele não viveu confinado.
  • A frase “Mas ele não viveu confinado” não se articula com a construção da alternativa (A), pois não existe nela pensamento que possa ser contraditado com a ideia presente na frase do enunciado.

    Igual situação ocorre com a construção da assertiva (B), uma vez que nela se dá a notícia de sua morte e de que Edward Said seria provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo, o que não poderia ser contraditado pela frase do enunciado.

    Da mesma forma, não há, entre a frase do enunciado e as construções contidas nas alternativas (C) e (D), ideia que sustente lógica na exposição de uma oposição em relação às duas.

    Em relação à frase contida na assertiva (E), a construção do enunciado possui lógica na articulação, pois aborda que o autor, embora não tivesse feito mais nada, não viveu confinado. Correta.

    Resposta: E
    Fonte: http://professormenegotto.blogspot.com/2011/12/segunda-edicao-das-questoes-da-fcc-para.html


ID
119620
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Despedida
Rubem Braga

E no meio dessa confusão alguém partiu sem se
despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez
fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma
separação como às vezes acontece em um baile de
carnaval - uma pessoa se perde da outra, procura-a por
um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor
para os amantes pensar que a última vez que se
encontraram se amaram muito - depois apenas aconteceu
que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a
vida é que os despediu, cada um para seu lado - sem
glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e
também uma lembrança boa; que não será proibido
confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso
dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um
inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um
indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas
não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a
lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas
que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma
estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa
noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros
verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes
como as cigarras e as paineiras - com flores e cantos. O
inverno - te lembras - nos maltratou; não havia flores,
não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro
como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um
telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que
não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos
as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo
menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e
digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de
cigarra perdido numa tarde de domingo.

A conjunção destacada abaixo estabelece entre as orações uma relação de:

"E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam(...)"

Alternativas
Comentários
  • porém, contudo, mas não se perderam. Adversidade.

  • As conjunções adversativas estabelecem uma relação de adversidade, contrariedade, oposição. A ideia de adversidade cria uma expectativa que não se concretiza. As conjunções mais comuns são MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO, NÃO OBSTANTE.
  • "E que houve momentos perfeitos que passaram (ao afirmar que passaram, subtende-se que se acabaram, extinguiram-se)

    , mas não se perderam(...)" (aqui vem a ideia adversativa demonstrando que não se perderam, que ficaram em algum lugar da memória)

    ALTERNATIVA B

  • ADVERSATIVAS

    e, que, mas, contudo, porém, no entanto, entretanto, todavia, não obstante, senão.

  • adversativas TOME NO COPO TODAVIA MAS ENTRETANTO NO ENTANTO CONTUDO PORÉM

ID
119662
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para a questões de 1 a 3, leia o texto abaixo, de
Gilberto Dimenstein:


Proponho um brinde à lei seca

Merece um brinde --aliás, vários brindes. Desde que
evidentemente não se volte dirigindo para casa.

Dados colhidos por Mônica Bergamo, da Folha, a partir
de relatórios oficiais, mostram que, desde a implantação
da lei que inibe o motorista de dirigir alcoolizado, a queda
no número de atendimentos nos hospitais especializados
em trauma, na cidade de São Paulo, foi de 55%.
Isso em apenas três semanas. O efeito, de fato, não
é da nova lei --já havia uma legislação que obviamente
proibia a combinação de bebida com direção. Pesaram
aqui a educação e, em especial, a punição.
O fato é que, neste momento, mexer abruptamente na
lei pode significar a tradução de que "liberou geral" e
implicar imediatamente mortes.
É hora, agora, de avançar ainda num esforço de também
impedir a glamourização da bebida feita pela publicidade.

No subtítulo, a expressão "desde que" estabelece uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • d) condiçãoPrincipais conjunções condicionais: se, caso, exceto, salvo, desde que, contanto que, sem que, a menos que, a não ser que etc.Indicam a situação necessária à ocorrência ou não da ação do verbo da oração principal.
  • "Desde que" com sentido de tempo não é, pois o contexto não o diz. (ex: Desde quando era menino, eu brincava com os amigos.) Logo, portanto, o único sentido restante é de condição.(Ex: Eu vou ao baile, desde que Roberta vá comigo.)

  • Exemplo: "Luana pode ir na festa DESDE QUE volte as 22h"   CONDIÇÃO

  • Conjunção suborinativa adv. condicional.

    Desde que, contanto que, caso, se...

     

  • "Filipe será aprovado no concurso pretendido, desde que estude!.” -> Desde que, contanto que, caso, se... todos esses exercem a função de CONDICIONAR a minha aprovação ao estudo.

  • GABARITO: LETRA D

    Condicionaisintroduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo:

    Se precisar de minha ajuda, telefone-me.

    Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
120046
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A cor do invisível

Certo autor famoso dividiu um livro seu em duas partes: na primeira, contos realistas, na segunda, contos fantásticos. Resultado: tem-se a frustrada impressão de que ficou cada uma das partes amputada da outra, quando na realidade os dois mundos convivem. Por que chamar de invisível ou fantástico a esse mundo de que faz parte a caneta esferográfica com que vou abrindo caminho pelo papel como um esquiador sobre o gelo? Este é o mundo que se vê... e no entanto pertence ao mesmo mundo espiritual que está movendo a minha mão.
Um dia, num poema, ante esse frêmito que às vezes agita quase imperceptivelmente a relva do chão, eu anotei: são os cavalos do vento que estão pastando.
Invisíveis? Disse Ambrosio Bierce que, da mesma forma que há infrassons e ultrassons inaudíveis ao ouvido humano, existem cores no espectro solar que a nossa vista é incapaz de distinguir. Ele disse isso num conto seu, para explicar os estragos e as estrepolias de um monstro que "ninguém não viu".
Mas deixemos de horrores e de monstros - coisas de velhas e crianças - e acreditemos na cor dos seres por enquanto invisíveis para nós, como é chamado invisível este oceano de ar dentro do qual vivemos. Há muitas cores que não vêm nos dicionários. Há, por exemplo, a indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: ? a cor do tempo...


(Adaptado de Mário Quintana, Na volta da esquina)

Constituem uma causa e seu efeito, nesta ordem:

Alternativas
Comentários
  • Questão muito fácil. Vejam sóo que diz o texto:

    Certo autor famoso dividiu um livro seu em duas partes: na primeira, contos realistas, na segunda, contos fantásticos. RESULTADO: tem-se a frustrada impressão...

    Uma fato/acontecimento (CAUSA) RESULTOU EM algo (CONSEQUENCIA)

  • POR CAUSA QUE dividiu um livro seu em duas partes/ O EFEITO FOI A frustada impressão.

ID
121042
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Representatividade ética

Costuma-se repetir à exaustão, e com as consequências
características do abuso de frases feitas e lugares-comuns, que
as esferas do poder público são o reflexo direto das melhores
qualidades e dos piores defeitos do povo do país. Na esteira
dessa convicção geral, afirma-se que as casas legislativas brasileiras
espelham fielmente os temperamentos e os interesses
dos eleitores brasileiros. É o caso de se perguntar: mesmo que
seja assim, deve ser assim? Pois uma vez aceita essa correspondência
mecânica, ela acaba se tornando um oportuno álibi
para quem deseja inocentar de plano a classe política, atribuindo
seus deslizes a vocações disseminadas pela nação inteira...
Perguntariam os cínicos se não seria o caso, então, de não
mais delegar o poder apenas a uns poucos, mas buscar repartilo
entre todos, numa grande e festiva anarquia, eliminando-se
os intermediários. O velho e divertido Barão de Itararé já reivindicava,
com a acidez típica de seu humor: "Restaure-se a
moralidade, ou então nos locupletemos todos!".
As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos
pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese
cristalizada da índole de toda uma sociedade, incluindo-se aí as
perversões, os interesses escusos, as distorções de valor. A
chancela da representatividade, que legitima os legisladores,
não os autoriza em hipótese alguma a duplicar os vícios sociais;
de fato, tal representação deve ser considerada, entre outras
coisas, como um compromisso firmado para a eliminação
dessas mazelas. O poder conferido aos legisladores deriva,
obviamente, das postulações positivas e construtivas de uma
determinada ordem social, que se pretende cada vez mais justa
e equilibrada.
Combater a circulação dessas frases feitas e lugarescomuns
que pretendem abonar situações injuriosas é uma
forma de combater a estagnação crítica ? essa oportunista aliada
dos que maliciosamente se agarram ao fatalismo das "fraquezas
humanas" para tentar justificar os desvios de conduta do
homem público. Entre as tarefas do legislador, está a de fazer
acreditar que nenhuma sociedade está condenada a ser uma
comprovação de teses derrotistas.

(Demétrio Saraiva, inédito)

As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese cristalizada da índole de toda uma sociedade (...). Considerando-se aspectos de construção da frase acima, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D.

  • Como não tem comentários, vou arriscar alguns. Corrijam se necessário!

    a- o segmento cujos membros são todos eleitos pode ser adequadamente substituído por em cujas os membros são todos eleitos. Cujo: o termo seguinte tem que acompanhar em gênero e número. Cujos membros, certo. Cujas os membros, errado.

    b- a eliminação das duas vírgulas em nada alteraria o sentido veiculado pela frase. Errado, uma oração adjetiva explicativa e deve vir entre vírgulas.

    c- a transposição para a voz ativa do segmento não podem ser vistas resultará na forma não se veemErrado. Não podem ver.

    d- o segmento como uma síntese pode ser adequa- damente substituído por tal uma síntese. Correto, conjunção Comparativa "como" por "tal" (qual) omitiu-se qual.

    e- o segmento de toda uma sociedade está empregado no sentido de qualquer sociedade. Errado, apenas nas sociedades cujos membros são eleitos pelo voto direto.

     


ID
121741
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De toda a água existente no planeta, apenas o percentual de 3% é doce, e sua maior parte está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem.

"O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen. "Esse é um ponto de partida para o grande dilema moderno. De preocupação de indivíduos, passou para cidades, nações e hoje é um tema global."

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos dois bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano, causadas por doenças, má nutrição, fome crônica. Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.

O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água ? incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030. Especialistas anteveem que, se nada for feito, bilhões de indivíduos se juntarão aos que já sofrem com sua falta. As decorrências disso serão doenças, fome, migrações e conflitos pela posse de água.

A má gestão da água tem reduzido os estoques aproveitáveis. Fator importante é a crença da maioria das pessoas de que a água é um bem comum, que não pertence a ninguém em especial. Há, também, uma evidente desproporção entre o que é extraído e o volume de reposição disponível, sobretudo a partir do século passado.

(Adaptado de Eduardo Araia. Planeta, março de 2009, p. 44-49)

Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor. (3º parágrafo)

A oração grifada acima, respeitando-se as possibilidades de entendimento no texto, NÃO poderia ser alterada por:

Alternativas
Comentários
  • LETRA "E" ESTÁ ERRADA!Trata-se de uma oração subordinada adverbial final = indica a finalidade ou o objetivo de ação expressa na oração principal EX: a fim de que, para queJá as outras assertivas introduzem orações causais,temporais e proporcionais.AO AFASTAR MENINOS E MENINAS DA ESCOLA = QUANDO (EXPREIME O TEMPO DE UM ACONTECIMENTO)
  • a) À medida que afasta meninos e meninas da escola. (idéia de PROPORÇÃO)

    b) Como afasta meninos e meninas da escola. (idéia de CONFORME)

    c) Visto que afasta meninos e meninas da escola. (idéia de CAUSA)

    d) No momento em que afasta meninos e meninas da escola. (idéia de TEMPO)

    e) A fim de que afaste meninos e meninas da escola. (idéia de FINALIDADE)

  • Vamos la'...  vamos substituir as opcoes uma a uma e ver no que da... mas antes.. .vamos entender o que a frase nos diz:
    Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor
    Significa que ela(alguem ... o sujeito da oracao) impede que as criancas e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor
    agora ... vamos ver o que o examinador pediu...
    A oração grifada acima, respeitando-se as possibilidades de entendimento no texto, NÃO poderia ser alterada por:
    as opcoes...
    a) A fim de que afaste meninos e meninas da escola
    Em algum momento na frase proposta ficou expressa intencao ou finalidade de afastar as criancas deliberadamente da escola???? NAO. entao de cara esta resposta esta incorreta. Como o enunciado pede para marcar a que NAO se aplica ja encontramos a resposta.
    mas vejamos as outras:
    b)À medida que afasta meninos e meninas da escola
    O texto inicial pode passar corretamente ideia de proporcionalidade sem alterar o sentido semantico da oracao? SIM
    entao esta aqui esta' ok.
    c) Como afasta meninos e meninas da escola
    A ideia de causa e consequencia(consecutiva) pode se encaixar semanticamente na frase? SIM, pois a consequencia de afastar os meninos da escola e' que impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.
    Beleza! esta aqui esta' ok tambem!
    d) Visto que afasta meninos e meninas da escola
    E o inverso? Consequencia e causa(causal)? Pode caber semanticamente no contexto da frase inicial? SIM, pois o que impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor. Por tratar-se de uma ideia reciproca pode ser considerada coerente.
    e) No momento em que afasta meninos e meninas da escola.
    E de tempo??? Pode expressar a ideia do texto inicial?? SIM! Porque se verificarmos direitinho a frase inical, perceberemos que Ao afastar meninos e meninas da escola. O termo negritado pode expressar nocao de tempo perfeitamente.
    Ou seja...O que a banca queria? Tenho uma frase que pode ser modificada com varias nocoes de sentido (tempo, finalidade, causa, consequencia, proporcao). Porem ... dentre estas, qual delas e' a unica que altera o sentido semantico da oracao?
    RESPOSTA CERTA LETRA A
    Tem que ficar atento para o que o examinador esta te pedindo... nao adianata responder o que nao foi perguntado senao vai continuar na fila...
    Nao desanimem! E' assim mesmo... ate' voces entenderem que o examinador e' um ser humano que fica imaginando tudo o que ele pode fazer para te induzir ao erro na intencao de peneirar os candidatos, esse tipo de erro e' comum. Tem que colocar malicia nas questoes para conseguir  entender o que esta sendo pedido e achar a resposta que te levara ao bau do tesouro.
    Espero ter ajudado.
    Bons Estudos
  • Pessoal, o texto trata da escassez de água no planeta terra, portanto, quando o autor afirma "Ao afastar meninos e meninas da escola" - ele está claramente
    referindo-se a falta de H2O.
    Portanto é uma relação de CAUSA.

    Bons estudos.

ID
128362
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Filmes sobre tribunais

Não são poucos os filmes, ou mesmo séries de TV, em
que a personagem principal é uma instituição: um julgamento no
tribunal, com júri popular. É verdade que em muitos desses
filmes há as preliminares das peripécias violentas, da ação
policial, da detenção e do interrogatório de suspeitos, mas o
clímax fica reservado para os ritos de acusação e defesa, tudo
culminando no anúncio da sentença. Que tipo de atração
exercem sobre nós essas tramas dramáticas?

Talvez jamais saibamos qual foi a primeira vez que um
grupo de pessoas reuniu-se para deliberar sobre a punição de
alguém que contrariou alguma norma de convívio; não terá sido
muito depois do tempo das cavernas. O fato mesmo de as
pessoas envolvidas deliberarem em forma ritual deve-se à
crença na apuração de uma verdade e à adoção de paradigmas
de justiça, para absolver ou condenar alguém. A busca e a
consolidação da indiscutibilidade dos fatos, bem como a
consequente aplicação da justiça, não são questões de
somenos: implicam a aceitação de leis claramente
estabelecidas, o rigor no cumprimento dos trâmites processuais,
o equilíbrio na decisão. Ao fim e ao cabo, trata-se de
estabelecer a culpa ou inocência ? valores com os quais nos
debatemos com frequência, quando interrogamos a moralidade
dos nossos atos.

É possível que esteja aí a razão do nosso interesse por
esses filmes ou séries: a arguição do valor e do nível de
gravidade de um ato, sobretudo quando este representa uma
afronta social, repercute em nossa intimidade. Assistindo a um
desses filmes, somos o réu, o promotor, o advogado de defesa,
o juiz, os jurados; dramatizamos, dentro de nós, todos esses
papéis, cabendo-nos encontrar em um deles o ponto de identificação.
Normalmente, o diretor e o roteirista do filme já
decidiram tudo, e buscam deixar bem fixado seu próprio ponto
de vista. O que não impede, é claro, que possamos acionar, por
nossa vez, um julgamento crítico, tanto para estabelecer um
juízo pessoal sobre o caso representado em forma de ficção
como para julgar a qualidade mesma do filme. Destas últimas
instâncias de julgamento não podemos abrir mão.
(Evaristo Munhoz, inédito)

Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
    • a) São filmes de que não cansamos de nos admirar, porquanto com um vago sentimento de vergonha.
    Quem admira, admira ALGO - VTD - dispensa preposição. Porquanto é uma conjunção causal ou uma conjunção explicativa; tente substituí-la no contexto por: pois/porque, se não fizer sentido, está sendo usada incorretamente.
    • b) Conquanto gostemos desses filmes, há neles cenas em cujas das quais tiramos um íntimo proveito.
    • c) Não obstante finjamos desprezá-los, há nesses filmes matéria sobre a qual é interessante refletir. CORRETO
    Não obstante é conjunção coordenativa adversativa - liga orações coordenadas entre si, estabelecendo uma ideia de oposição.
    Quem reflete, reflete SOBRE algo - VTD.
    • d) Se é de nosso propósito tirar o melhor proveito desses filmes, não abdiquemos em   de aproveitá-los como uma oportunidade para reflexão.
    • e) Haja vistoa o alto índice de audiência que obtêm esses filmes, deve-se concluir de que há neles questões que a todos provocam.
    Não existe haja vistO.
  •  c)Não obstante finjamos desprezá-los, há nesses filmes matéria sobre a qual é interessante refletir.

    Não obstante ==  por mais que, não importando quanto <-> locução conjuntiva concessiva

     

  • C)correta -  Não obstante finjamos desprezá-los, há nesses filmes matéria SOBRE "O QUAL" é interessante refletir:  Vejam, para usar esse pronome relativo  - QUAL - o termo deve vir acompanhado de um artigo (até aí, fácil)....E DEVE ser usado DEPOIS de preposições com 2 sílabas ou mais e de locuções prepositivas ..

    Creia, Creia, Creia...VOCÊ pode conseguir!...Bons estudos.


ID
130156
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de
informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais
para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos.
Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o
público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do
jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar
informações originadas de meios especializados em notícia
assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar
uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista
precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de
uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico
exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos
meios de comunicação informações sobre fatos complexos
relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle
externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade
administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande
número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas
na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o
desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas.
O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos
enfocados em segmentos especializados, como a economia, a
informática ou a medicina, campos que também possuem
linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo
jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de
incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como
as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é
lembrada por Leão Serva:

Um procedimento essencial ao jornalismo, que
necessariamente induz à incompreensão dos fatos que
narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são
alheios, mas que permitem um certo nível imediato de
compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser
o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários
confusos aparecerão simplificados para o leitor,
reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de
compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de
Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)

Ainda no trecho de Leão Serva, a expressão Por conta desse procedimento pode ser substituída, sem prejuízo para a correção e o sentido da passagem, por:

Alternativas
Comentários
  • Significado de INFLUXO: [Figurado] Estímulo; o que causa impulso.


ID
148129
Banca
FCC
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O país é o mesmo. O dia, mês e ano também. Brasil,
28 de abril de 2009. No Rio Grande do Sul, o índice de chuvas
está 96% abaixo do que seria normal neste período. A taxa de
umidade despencou para menos de 20%, enquanto o saudável
é praticamente o dobro. Tudo é seca e insolação. Brasil, 28 de
abril de 2009. No Piauí os moradores enfrentam as piores
cheias dos últimos 25 anos. Chove sem parar. Cidades estão
ilhadas. Cerca de 100 mil pessoas ficaram desabrigadas.

"O tempo anda louco", eis a frase leiga e padrão que
mais se fala e mais se ouve nas queixas em relação às radicais
discrepâncias climáticas. Vale para o Norte e Nordeste do país,
vale para a região Sul também. A mais nova e polêmica
explicação para tais fenômenos é uma revolucionária teoria
sobre as chuvas, chamada "bomba biótica", e pode mudar os
conceitos da meteorologia tradicional.

Olhemos, agora, por exemplo, não para a loucura do
tempo em um único país, mas sim para a "loucura a dois". Por
que chove tanto em algumas regiões distantes da costa, como
no interior da Amazônia, enquanto países como a Austrália se
transformam em deserto? Dois cientistas russos sustentam,
embasados na metodologia da bomba biótica, que as florestas
são responsáveis pela criação dos ventos e a distribuição da
chuva ao redor do planeta - como uma espécie de coração que
bombeia a umidade. Esse modelo questiona a meteorologia
convencional, que explica a movimentação do ar sobretudo pela
diferença de temperatura entre os oceanos e a terra. Ao falarem
de chuva aqui e de seca acolá, eles acabam falando de um dos
mais atuais e globalizados temas: a devastação das matas.

Para o biogeoquímico Donato Nobre, do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia e principal proponente da
linha da bomba biótica no Brasil, somente ela é que explica com
clareza a contradição entre a seca e a aridez que estão
minguando as lavouras na região Sul e as chuvas intensas que
transbordam o Norte e o Nordeste.

De acordo, porém, com o professor americano David
Adams, da Universidade do Estado do Amazonas, os físicos
russos estão supervalorizando a força da bomba biótica.

(Adaptado de Maíra Magro. Istoé, 6/5/2009, p. 98-99)

O vapor liberado pela transpiração das árvores sobe na atmosfera.

O vapor encontra camadas de ar frio.
O vapor se condensa e forma as nuvens.

As frases acima encontram-se articuladas em um único período, com clareza, correção e lógica, em:

Alternativas
Comentários
  • d) estrá errada devido dar a entender que são as árvores que sobrem na atmosfera.
  • É preciso entender o que acontece primeiro (qual a sequencia de acontecimentos) e qual a causa -consequencia.

    1º) O vapor é liberado pela transpiração das árvores.

    2º) Ele  sobe na atmosfera.

    3º) Lá o vapor encontra camadas de ar frio.

    4º) Por causa disso ele se condensa e forma as nuvens.

    b) Ao subir na atmosfera, o vapor liberado pela transpiração das árvores encontra camadas de ar frio e se condensa, formando as nuvens. CORRETO.



ID
159433
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É melhor ser alegre que ser triste, já dizia Vinicius de
Moraes. Sem dúvida. O poeta ia mais longe, entoando em rima
e em prosa que tristeza não tem fim. Já a felicidade, sim. Até
hoje, muita gente chora ao ouvir esses versos porque eles
tocam num ponto nevrálgico da vida humana: os sentimentos. E
quando tais sentimentos provocam algum tipo de dor, fica difícil
esquecer - e ainda mais suportar. A tristeza, uma das piores
sensações da nossa existência, funciona mais ou menos assim:
parece bonita apenas nas músicas. Na vida real, ninguém gosta
dela, ninguém a quer.
Tristeza é um sentimento que responde a estímulos
internos, como recordações, memórias, vivências; ou externos,
como a perda de um emprego ou de um amor. Não se trata de
uma emoção, que é uma resposta imediata a um estímulo. No
caso da tristeza, nosso organismo elabora e amadurece a
emoção, antes de manifestá-la. É uma resposta natural a
situações de perda ou de frustrações, em que são liberados
hormônios cerebrais responsáveis por angústia, melancolia ou
coração apertado.
"A tristeza é uma resposta que faz parte de nossa forma
de ser e de estar no mundo. Passamos o dia flutuando entre
pólos de alegria e infelicidade", afirma o médico psiquiatra
Ricardo Moreno. Se passamos o dia entre esses pólos de
flutuação, é bom não levar tão a sério os comerciais de
margarina em que a família é linda, perfeita, alegre e até os
cachorros parecem sorrir o tempo inteiro. Vivemos uma época
em que a felicidade constante é praticamente um dever de
todos. É fato: ser feliz o tempo todo está virando uma obrigação
a ponto de causar angústia.
Especialistas, no entanto, afirmam que estar infeliz é
mais do que natural, é necessário à condição humana. A
tristeza é um dos raros momentos que nos permite reflexão,
uma volta para nós mesmos, uma possibilidade de nos conhecermos
melhor. De saber o que queremos, do que gostamos. E
somente com essa clareza de dados é que podemos buscar
atividades que nos dão prazer, isto é, que nos fazem felizes.
Assim como a dor e o medo, a tristeza nos ajuda a sobreviver.
Sim, porque se não sentíssemos medo, poderíamos nos atirar
de um penhasco. E se não tivéssemos dor, como o organismo
poderia nos avisar de que algo não vai bem?

(Adaptado de Mariana Sgarioni, Emoção & Inteligência, Superinteressante,
p. 18-20)

Ninguém recebe só boas notícias o dia todo. Não há como fugir do sentimento de tristeza. Entender as causas do sentimento de tristeza é importante.

As frases acima articulam-se em um único período, com lógica, clareza e correção, em:

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    A única que fica coerente com o sentido de todas as frases.

    Muito bem elaborada.
  • Na alternativa A) o " Por que"  traz incorreção, B,C e E são incoerentes, sobrando a alternativa D como correta


ID
159463
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Durante os períodos eleitorais, muito se fala do voto
como expressão do exercício de cidadania. No entanto, o conceito
de cidadania não se esgota no direito de eleger e de ser
eleito para compor os órgãos estatais incumbidos de elaborar,
executar ou fazer cumprir as leis. Ao contrário, o conceito de
cidadania, como um dos fundamentos da República, é mais que
o mero exercício do direito do voto.
A cidadania compreende, além disso, o direito de
apresentar projetos de lei diretamente às casas legislativas, de
peticionar ou de representar aos poderes públicos. Em verdade,
a cidadania exige, no Estado Democrático de Direito, que os
cidadãos participem nos negócios públicos - elegendo ou sendo
eleitos como representantes do povo -, principalmente intervindo
no processo de elaboração e na fiscalização das leis, não
apenas em defesa de interesses próprios, mas dos de toda a
sociedade.

Vê-se, pois, como é conveniente que os cidadãos
tenham pelo menos boas noções de processo legislativo, para
saber como e quando devem nele intervir, em defesa do
interesse comum. A educação, por exemplo, é assunto de
interesse público, porque sempre foi não apenas a ferramenta
essencial da construção da cultura e da civilização, mas o
instrumento supremo da sobrevivência humana e de sua
evolução. Foi ela que permitiu aos homens, cada vez mais, uma
elaborada adaptação ao meio ambiente, ao longo de incontáveis
eras. Foi e continua sendo o grande diferencial na história
evolutiva da humanidade.
Por sua reconhecida importância estratégica para a vida
das pessoas e do País, a educação é apresentada como
prioridade nos diferentes programas de candidatos a cargos
executivos e legislativos.

(Adaptado de Cláudio Fonseca, Jornal dos Professores, CPP,
p. 7, julho de 2006)

Por sua reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País, a educação é apresentada como prioridade... (último parágrafo)

Iniciando-se o período acima por A educação é apresentada como prioridade o segmento grifado terá o mesmo sentido original, com outras palavras, em

Alternativas
Comentários
  • Letra A.

    A transposição da frase para a voz fica correta com a substituição de "por sua" por "devido à sua".
  • Por sua reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País, a educação é apresentada como prioridade...

    A educação é apresentada como prioridade POR QUÊ?

    A CAUSA dela ser apresenta como prioridade é DEVIDO ser reconhecida como importância estratégica para a vida das pessoas e do País. 

    Portanto, a frase ficará com o mesmo sentido original assim:

    a educação é apresentada como prioridade, devido à sua reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País.


  • Sinônimo de devido a:

    Por causa de:

     


ID
159484
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

Como a economia dependia da agroexportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos portos marítimos. (final do 2º parágrafo)

As duas afirmativas do período acima transcrito denotam relação de

Alternativas
Comentários
  • LETRA CCAUSA= EXPRIME MOTIVO EX: COMO, PORQUE,POR TER, UMA VEZ QUE, JÁ QUECONSEQUÊNCIA= EXPRIME O RESULTADO DA CAUSA,FATO OU ACONTECIMENTO; EFEITO
  • como em ínicio de frase exprime sentido de causa
  • Nunca devemos nos esquecer, porém de observar o contexto. Pois as mesmas conjunções podem mudar de sentido de acordo com o mesmo:

    As ruas por que passei, tinham pouca iluminação. (Não é conj, explicativa, neste caso por que significa pela qual)

    Percorrera as salas como eu mandara. (Conforme eu mandara)

    Ela é tão bonita como uma flor. (Comparativo)

    Tanto ela como a irmã são meus amigos. (Aditivo)

    Espero ter ajudado!
    abraço a todos!
  • "Por CAUSA da economia depender da agroexportação, a CONSEQUÊNCIA (problema) consiste simplesmente em ligar as regiões pordutoras aos portos marítimos."
  • LETRA C 


    COLOQUE DEVIDO AO FATO ANTES DA EXPRESSÃO , QUE VOCÊ OBTERÁ O MOTIVO(CAUSA) DO ACONTECIDO .
  • O COMO tem valor CAUSAL (pode ser substituído por já que, porque, visto que, uma vez que, porquanto)

    Por ser nexo causal estará sempre no início da oração subordinada adverbial causal.

    Lembrar que a oração que tiver o nexo causal sempre será a causa (por isso do nome). Já a oração principal (a que sobrar - a sem nexo) será a consequência.

    Repetindo (e não tem erro, não tem erro mesmo): a causa sempre será a adverbial causal e a consequência será a oração principal, por isso procure o nexo (conjunção ou locução conjuntiva).

    Lembrar-se, também, de que nexos conclusivos e consecutivos exprimem ideia de causa e consequência da mesma forma que os causais.

    Por fim, o COMO, além de causal, pode ser conjunção comparativa (valor de tal qual), ou conjunção conformativa (valor de conforme, segundo).

    Espero ter ajudado. Bons estudos.

  • COMO tem valor CAUSAL (pode ser substituído por já que, porque, visto que, uma vez que, porquanto). Geralmente como no inicio da frase é sinal que é causal


ID
161713
Banca
FCC
Órgão
TRF - 5ª REGIÃO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Num encontro pela liberdade de opinião

Vimos aqui hoje para defender a liberdade de opinião
assegurada pela Constituição dos Estados Unidos e também
em defesa da liberdade de ensino. Por isso mesmo, queremos
chamar a atenção dos trabalhadores intelectuais para o grande
perigo que ameaça essa liberdade.

Como é possível uma coisa dessas? Por que o perigo é
mais ameaçador que em anos passados? A centralização da
produção acarretou uma concentração do capital produtivo nas
mãos de um número relativamente pequeno de cidadãos do
país. Esse pequeno grupo exerce um domínio esmagador sobre
as instituições dedicadas à educação de nossa juventude, bem
como sobre os grandes jornais dos Estados Unidos. Ao mesmo
tempo, goza de enorme influência sobre o governo. Por si só,
isso já é suficiente para constituir uma séria ameaça à liberdade
intelectual da nação. Mas ainda há o fato de que esse processo
de concentração econômica deu origem a um problema anteriormente
desconhecido - o desemprego de parte dos que estão
aptos a trabalhar. O governo federal está empenhado em
resolver esse problema, mediante o controle sistemático dos
processos econômicos - isto é, por uma limitação da chamada
livre interação das forças econômicas fundamentais da oferta e
da procura.

Mas as circunstâncias são mais fortes que o homem. A
minoria econômica dominante, até hoje autônoma e desobrigada
de prestar contas a quem quer que seja, colocou-se em
oposição a essa limitação de sua liberdade de agir, exigida para
o bem de todo o povo. Para se defender, essa minoria está
recorrendo a todos os métodos legais conhecidos a seu dispor.
Não deve nos surpreender, pois, que ela esteja usando sua
influência preponderante nas escolas e na imprensa para
impedir que a juventude seja esclarecida sobre esse problema,
tão vital para o desenvolvimento da vida neste país.
Não preciso insistir no argumento de que a liberdade de
ensino e de opinião, nos livros ou na imprensa, é a base do
desenvolvimento estável e natural de qualquer povo. Possamos
todos nós, portanto, somar as nossas forças. Vamos manternos
intelectualmente em guarda, para que um dia não se diga
da elite intelectual deste país: timidamente e sem nenhuma
resistência, eles abriram mão da herança que lhes fora
transmitida por seus antepassados - uma herança de que não
foram merecedores.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Conferência pronunciada
em 1936)

Considere as seguintes afirmações:

I. Einstein defende a liberdade de opinião.

II. Um pequeno grupo dominante ameaça a liberdade de opinião.

III. Einstein convoca os intelectuais a defenderem essa liberdade.

As frases acima articulam-se de modo claro, correto e coerente em:

Alternativas
Comentários
  • c-

    Na realidade, nenhuma destas frases esta claro ou coerente. Ate mesmo no gabarito, periodo esta com os sintagmas que carregam a ideia-tópico afastados uns dos outros, fazendo a relação de ideias dificil. A melhor forma seria usar 3 periodos.

     

    a) repetição do verbo defender (pleonasmo) e ambiguidade em julgar ameaçada.

    b) Porquanto é conjunção explicativa, deixando a construção agramatical.

    c) ok

    d) "sua mesma liberdade" expressa ideia diferente dos periodos originais.

    e) ambiguidade em "ameaça de um pequeno grupo dominante". ameaça a quê?


ID
162133
Banca
FCC
Órgão
TCE-AL
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Propósitos e liberdade

Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há
mais nenhum ponto zero possível. Não há como começar do
nada. Talvez seja isso que torna tão difícil cumprir propósitos de
Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer
novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos
presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro.
Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história.
Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como
pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente
premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida?
Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da
nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a
liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam
livre-arbítrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre
o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por
exemplo. Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores, que nos
dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma
nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos
a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o
improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças,
determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a
iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir
novos tempos.
Nossa história e nosso passado não são nem cargas
indesejadas, nem determinações absolutas. Sem eles, não
teríamos de onde sair, nem para onde nos projetar. Sem
passado e sem história, quem seríamos? Mas não é porque não
pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais
poderemos. Nossa capacidade de dar um novo início para as
mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz
da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e
um destino. Somos livres quando, ao agir, recomeçamos.
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e
involuntários, sempre destinam nossas vidas para algum lugar.
A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria
destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de
romper com a casualidade aparente da vida e apagar a
impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida.

(Dulce Critelli. Folha de São Paulo, 24/01/2008)

Nossa história e nosso passado não são nem cargas indesejadas, nem determinações absolutas.

Mantêm-se o sentido e a correção da frase acima substituindo- se o segmento sublinhado por

Alternativas

ID
167980
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estradas e viajantes

A linguagem nossa de cada dia pode ser altamente
expressiva. Não sei até quando sobreviverão expressões, ditados,
fórmulas proverbiais, modos de dizer que atravessaram o
tempo falando as coisas de um jeito muito especial, gostoso,
sugestivo. Acabarão por cair todas em desuso numa época como
a nossa, cheia de pressa e sem nenhuma paciência, ou
apenas se renovarão?

Algumas expressões são tão fortes que resistem aos
séculos. Haverá alguma língua que não estabeleça formas de
comparação entre vida e viagem, vida e caminho, vida e estrada?
O grande Dante já começava a Divina Comédia com "No
meio do caminho de nossa vida...". Se a vida é uma viagem, a
grande viagem só pode ser... a morte, fim do nosso caminho.
"Ela partiu", "Ele se foi", dizemos. E assim vamos seguindo...

Quando menino, ouvia com estranheza a frase "Cuidado,
tem boi na linha". Como não havia linha de trem nem boi
por perto, e as pessoas olhavam disfarçadamente para mim, comecei
a desconfiar, mas sem compreender, que o boi era eu;
mas como assim? Mais tarde vim a entender a tradução completa
e prosaica: "suspendamos a conversa, porque há alguém
que não deve ouvi-la". Uma outra expressão pitoresca, que eu
já entendia, era "calça de pular brejo" ou "calça de atravessar
rio", no caso de pernas crescidas ou calças encolhidas, tudo
constatado antes de pegar algum caminho.

Já adulto, vim a dar com o termo "passagem", no
sentido fúnebre. "Passou desta para melhor". Situação difícil:
"estar numa encruzilhada". Fim de vida penoso? "Também, já
está subindo a ladeira dos oitenta..." São incontáveis os exemplos,
é uma retórica inteira dedicada a imagens como essas.
Obviamente, os poetas, especialistas em imagens, se encarregam
de multiplicá-las. "Tinha uma pedra no meio do caminho",
queixou-se uma vez, e para sempre, o poeta Carlos Drummond
de Andrade, fornecendo-nos um símbolo essencial para todo e
qualquer obstáculo que um caminhante fatalmente enfrenta na
estrada da vida, neste mundo velho sem porteira...


(Peregrino Solerte, inédito)

Considerando-se o contexto, expressam uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos:

Alternativas
Comentários
  • "Algumas expressões são tão fortes que resistem aos séculos."

    Causa:Algumas expressões são Tão  fortes...

    Efeito:  que  resistem aos séculos.

  • EFEITO; CONSEQUÊNCIA:CONSECUTIVA; A CONJUNÇÃO---- QUE --------PRECEDIDA DE (TÃO- TAL-TANTO-TAMANHO) TEM VALOR  EFEITO -( CONSEQUÊNCIA).

     

     

    b) Algumas expressões são tão fortes // que resistem aos séculos.

  • É pelo fato (CAUSA) de serem fortes que

    (CONSEQUENCIA, EFEITOS) resistem aos séculos.

  • Questão tão fácil que assusta responder.


ID
170401
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

... Virgília cingiu-me com seus magníficos braços,
murmurando:

- Amo-te, é a vontade do céu.

E esta palavra não vinha à toa; Virgília era um pouco
religiosa. Não ouvia missa aos domingos, é verdade, e creio até
que só ia às igrejas em dia de festa, e quando havia lugar vago
em alguma tribuna. Mas rezava todas as noites, com fervor, ou,
pelo menos, com sono.


(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Obra
completa. Org. A. Coutinho. Volume I. Rio de Janeiro: Aguilar,
1959, p. 474)

O e inicial em E esta palavra não vinha à toa tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Natália, tb fiquei pensando nessa, mas analisando bem, vemos q a palavra ñ seria amo-te, mas sim céu.

    Se vc olhar o sentido da oração E esta palavra não vinha à toa; Virgília era um pouco religiosa, percebemos q ser um pouco religiosa está diretamente relacionada a céu, concorda? O céu remete à idéia de religião. Entendeu?  

    A C seria certa se fosse: coordenar esta palavra não vinha à toa a céu.

    Espero ter ajudado!

    Bons estudos! Não desanimem!
  • confesso que não entendi a questão... por que não pode ser a "c"?

    alguém que se habilite?

ID
170407
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

... Virgília cingiu-me com seus magníficos braços,
murmurando:

- Amo-te, é a vontade do céu.

E esta palavra não vinha à toa; Virgília era um pouco
religiosa. Não ouvia missa aos domingos, é verdade, e creio até
que só ia às igrejas em dia de festa, e quando havia lugar vago
em alguma tribuna. Mas rezava todas as noites, com fervor, ou,
pelo menos, com sono.


(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Obra
completa. Org. A. Coutinho. Volume I. Rio de Janeiro: Aguilar,
1959, p. 474)

... e creio até que só ia às igrejas em dia de festa, e quando havia lugar vago em alguma tribuna.

O e sublinhado no segmento acima

Alternativas
Comentários
  • Essa questão trata do famoso PARALELISMO SINTÁTICO.

    O que é isso meu Deus? É um encadeamento de funções sintáticas idênticas ou um encadeamento de orações de valores sintáticos iguais. Orações que se apresentam com a mesma estrutura sintática externa, ao ligarem-se umas às outras em processo no qual não se permite estabelecer maior relevância de uma sobre a outra, criam um processo de ligação por coordenação.

     e creio até que só ia às igrejas em dia de festa, E creio até que só ia às igrejas quando havia lugar vago em alguma tribuna.

    Portanto, o 'E' coordena dois termos de idêntica função sintática na oração, ainda que sob estruturas diferentes.


ID
190759
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As opções a seguir apresentam trechos adaptados do editorial d'O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Assinale a opção cujo texto respeita as normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Alternativas
Comentários
  • a) O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50 mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes chegou a 31.510 pessoas.
    b) Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate à dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 1.297 casos da doença.
    c) Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue do tipo 1, são fatores que determinaM o aumento do número de casos. Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos encarregados do combate a dengue.
    d) O surto de 2008 assustou as autoridades e a população. Tanto que, nos quatro primeiros meses do ano passado, o Brasil conseguiu reduzir em 51% a quantidade de casos de dengue em comparação com o mesmo período de 2008, passando de 440.360 para 226.513.  Certíssima
    e) Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, tanto os governos estaduais como a União não poupARAM recursos financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.
     

  • Há um outro erro, além da ausência do acento indicativo de crase. É a vírgula para isolar o adjunto adverbial de tempo (no primeiro trimestre). As vírgulas não são obrigatórias em expressões curtas, como é o caso da expressão no texto, mas, se abrir com vírgula, tem que fechar.

    Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate à dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no primeiro trimestre, e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 1.297 casos da doença

  • a) O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam   havia 50 mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes chegou a 31.510 pessoas.


    b) Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate a  à dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 1.297 casos da doença.
    c) Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue do tipo 1, são fatores que determina  determinam o aumento do número de casos. Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos encarregados do combate a  à dengue.
    d) O surto de 2008 assustou as autoridades e a população. Tanto que, nos quatro primeiros meses do ano passado, o Brasil conseguiu reduzir em 51% a quantidade de casos de dengue em comparação com o mesmo período de 2008, passando de 440.360 para 226.513.
    e) Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, tanto os governos estaduais como a União não poupou  pouparam recursos financeiros e técnicos para apoiar às  as prefeituras no combate da dengue.
  • Numa boa ficou muito confuso essa resolução de vcs, porq não colocam entre parenteses os erros???

  • O comentário da professora foi bom tb!!

  • Letra D.


    Complementando a explanação Eliana Carvalho.


    e) Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, tanto os governos estaduais como a União não poupou (pouparam) recursos financeiros e técnicos para apoiar às (as) prefeituras no combate da dengue.


    Pouparam retoma ao sujeito composto governos estaduais e união.


    Apoiar é verbo transitivo direto (quem apoia, apoia alguém).

  • na letra E a expressão " de responsabilidade de governos locais e da população" não é adjunto adnominal de ações complementares? não deveria estar sem vírgula?


  • GAB D

    BIZU:

     

    -HAVER (existir): 3ºp.s        ex:Haverá dias melhores.

    -FAZER (tempo): 3ºp.s        ex:Faz anos que não o vejo.

    VERBOS AUXILIARES DESSES DOIS: singular               ex: Deve haver vários alunos aprovados.

     

  • a) O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviaM50 mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes chegou a 31.510 pessoas.

    b) Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate à dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 1.297 casos da doença.

    c) Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue do tipo 1, são fatores que determinaM o aumento do número de casos. Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos encarregados do combate a dengue.

    d) O surto de 2008 assustou as autoridades e a população. Tanto que, nos quatro primeiros meses do ano passado, o Brasil conseguiu reduzir em 51% a quantidade de casos de dengue em comparação com o mesmo período de 2008, passando de 440.360 para 226.513.  Certíssima

    e) Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, tanto os governos estaduais como a União não poupARAM recursos financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.

    Patricia

  • a) O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviaM50 mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes chegou a 31.510 pessoas.

    b) Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate à dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 1.297 casos da doença.

    c) Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue do tipo 1, são fatores que determinaM o aumento do número de casos. Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos encarregados do combate a dengue.

    d) O surto de 2008 assustou as autoridades e a população. Tanto que, nos quatro primeiros meses do ano passado, o Brasil conseguiu reduzir em 51% a quantidade de casos de dengue em comparação com o mesmo período de 2008, passando de 440.360 para 226.513.  Certíssima

    e) Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, tanto os governos estaduais como a União não poupARAM recursos financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.

    Patricia

  • O surto de 2008 assustou as autoridades e a população. Tanto que, nos quatro primeiros meses do ano passado, o Brasil conseguiu reduzir em 51% a quantidade de casos de dengue em comparação com o mesmo período de 2008, passando de 440.360 para 226.513. Correto.

  • Finalmente, acertei uma.

    Ps: desabafo. rsrs

    letra d.

    “Algum dia direi: “Não foi fácil, mas consegui!”

  • O comentário da Professora Dilma foi show no Gabarito Comentado.


ID
190774
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As opções seguintes apresentam trechos adaptados do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Assinale a opção em que o texto foi transcrito de forma gramaticalmente correta

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo as alternativas:

    *a) O Tribunal Superior Eleitoral regulamentou o uso da Internet na campanha eleitoral, permitindo a propaganda de candidatos a partir de 6 de julho. Promover as candidaturas, por mais acirrada que seja a disputa, não significa nem baixar o nível, nem faltar com a verdade.

    * b) A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põe à disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a disputa.

    * c) A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos significa uma ferramenta de valor inestimável, que já mostrou toda sua eficiência na eleição norte-americana que levou Barack Obama à Casa Branca, em um processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer campanha.

    * d) Esta ferramenta está disponível a custo mínimo, para partidos, candidatos, cabos eleitorais e cidadões comuns. A eleição de 2010 será também um teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia.

    * e) Pelas características da Internet, cuja fiscalização efetiva é impossível, a qualidade das campanhas terá de ser em primeiro lugar uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos.

  • PLURAL DE CIDADÃO - CIDADÃOS E NÃO CIDADÕES, COMO ESTÁ ESCRITO NA ALTERNATIVA "d".

  • Fazendo só um adendo:

    O comentário do colega Gilvandro Alves da Silva está certíssimo, bem completo.

    Na letra "b" o item está errado porque o verbo "põem" não concorda com "das facilidades", e sim com "a Internet" ficando no sigular põe.

    Na letra "c" a palavra "Casa" admite a crase porque está explicada pela palavra "Branca". Caso fosse um contexto que disse: ... que levou Barack Obama a casa... aí não seria permitido o uso da crase, pois a palavra casa não admitiria o emprego do artigo a.

  • Colegas, além dos erros apontados, o plural da palavra  "cidadão" está gradafado de forma incorreta na alternativa "d"( cidadões)
  • a)assirrada,

  • a) Errado: (assirrado); Correto: acirrado.

     b) Errado: A internet põem ; Correto: A internet põe.

    c) Errado: inestimavel,  antes da palavra "Casa" ocorre a crase porque está explicada pela palavra "Branca". ; Correto: inestimável - à "casa branca". 

    d) Errado: Cidadões ; Correto: cidadãos. 

    Alternativa Correta: Letra E. 

    e) Pelas características da Internet, cuja fiscalização efetiva é impossível, a qualidade das campanhas terá de ser em primeiro lugar uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos.

  • Concordo que a alternativa "E" seja a correta, porém, me parece, que faltam vírgulas em: " a qualidade das campanhas, terá de ser, em primeiro lugar, uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos." Estou certo ou não?

  • Ao meu ver é quase isso Raildo. Creio que deva ficar asim:

    Pelas características da Internet, cuja fiscalização efetiva é impossível, a qualidade das campanhas terá de ser   , em primeiro lugar,      uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos.

  • Sim, questão maldosa! Falta pontuação, mas o enunciado pede o texto que foi transcrito de forma gramaticalmente correta. Não cobra pontuação.
  • a) O Tribunal Superior Eleitoral regulamentou o uso da Internet na campanha eleitoral, permitindo a propaganda de candidatos a   partir de 6 de julho. Promover as candidaturas, por mais assirrada (acirrada*) que seja a disputa, não significa nem baixar o nível, nem faltar com a verdade.


    b) A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem (põe*) à disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a disputa.

    c) A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos significa uma ferramenta de valor inestimavel, que já mostrou toda sua eficiência na eleição norte-americana que levou Barack Obama (à*) Casa Branca, em um processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer campanha. 


    d) Esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos candidatos cabos eleitorais e cidadões (cidadãos*) comuns. A eleição de 2010 será também um teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia. 


    e) Pelas características da Internet, cuja fiscalização efetiva é impossível, a qualidade das campanhas terá de ser em primeiro lugar uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos. CORRETA

  • Andréa Rezende  quando a questão diz gramaticalmente correto, isso também inclui pontuação. ficadica

  • Eu tenho uma dúvida se "Internet" está correto em relação a letra maiúscula, mesmo acertando a questão fiquei com dúvida 

  • Acredito que a d) possui mais um erro; corrijam-me se eu estiver errado;

    CUSTO (GASTO) = MASCULINO

    d) Esta ferramenta está disponível ao custo mínimo, para partidos, candidatos, cabos eleitorais e cidadãos comuns. A eleição de 2010 será também um teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia.

  • fiquei em duvida na letra E: "....em primeiro lugar...."

     

    Isso teria q estar isolado por virgulas... É como se tivesse escrito " por exemplo"... 

    famosas expressoes intercaladas.. 

  • a) O Tribunal Superior Eleitoral regulamentou o uso da Internet na campanha eleitoral, permitindo a propaganda de candidatos a partir de 6 de julho. Promover as candidaturas, por mais assirrada (acirrada*) que seja a disputa, não significa nem baixar o nível, nem faltar com a verdade.

    b) A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem (põe*) à disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a disputa.

    c) A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos significa uma ferramenta de valor inestimavel, que já mostrou toda sua eficiência na eleição norte-americana que levou Barack Obama (à*) Casa Branca, em um processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer campanha. 

    d) Esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos candidatos cabos eleitorais e cidadões (cidadãos*) comuns. A eleição de 2010 será também um teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia. 

    e) Pelas características da Internet, cuja fiscalização efetiva é impossível, a qualidade das campanhas terá de ser em primeiro lugar uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos. CORRETA

  • Pelas características da Internet, cuja fiscalização efetiva é impossível, a qualidade das campanhas terá de ser em primeiro lugar uma decisão dos comandos partidários e dos próprios candidatos. Correto.

    Está gramaticalmente correta como manda o enunciado da questão....


ID
247255
Banca
FCC
Órgão
TRT - 12ª Região (SC)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens
de todas as classes sociais, explicava ela, o que exige
uma trama complexa. Acrescento: a mobilidade social é decisiva
nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre ricos e
pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão
social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior que
a vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor,
é sim, mas como aqueles retratos antigos do avô e da avó,
fotografados em preto e branco, mas, depois, cuidadosamente
retocados e coloridos. O fundo é real. A tela: ideais, sonhos,
fantasias.
Novelas vivem de conflitos. Eles são movidos, quase
todos, pela oposição do bem e do mal. Esse confronto dramático
nos empolga. Talvez por isso a democracia não nos
empolgue tanto, no seu dia a dia: porque, nela, os conflitos são
a norma e não a exceção. Ela é o único regime em que divergir,
sem ter de se explicar e justificar, é legítimo. Quando uma
democracia funciona bem, não escolhemos em razão da honestidade
e competência - que deveriam existir nos dois ou mais
lados em concorrência - mas com base nos valores que preferimos,
por exemplo, liberalismo ou socialismo. Mas nossa
tendência, mesmo nas democracias, é converter as eleições em
lutas do bem contra o mal. É demonizar o adversário, transformá-
lo em inimigo. Creio que isso explica por que a democracia,
uma vez instalada, empolga menos que a novela. De
noite, dá mais prazer reeditar o *ágon milenar do bem e do mal,
do que aceitar que os conflitos fazem parte essencial da vida e,
portanto, as duas partes podem ter alguma razão. Aliás, há
muitos séculos que é encenada essa situação de confronto
irremediável entre dois lados que têm razão: desde os gregos
antigos, tem o nome de tragédia. A democracia é uma tragédia
sem final infeliz - ou, talvez, sem final.
As novelas recompensam, em geral, os bons. Mas eles
são bons só na vida privada. É difícil alguém se empenhar em
melhorar a cidade, a sociedade. As personagens boas são
afetuosas, solidárias, mas não têm vida pública. As personagens
más são menos numerosas, mas são indispensáveis.
Condimentam a trama. Seu destino é mais variado, e assim
deve ser, se quisermos uma boa novela. Não podem ser todas
punidas, nem sair todas impunes.


* ágon - elemento de origem grega: assembleia; local onde se realizam
jogos sacros e lutas; luta.

(Trecho do artigo de Renato Janine Ribeiro. O Estado de S.
Paulo, C2+música, D17, 11 de setembro de 2010, com
adaptações.)

As personagens más são menos numerosas, mas são indispensáveis. Condimentam a trama. Seu destino é mais variado, e assim deve ser, se quisermos uma boa novela. Não podem ser todas punidas, nem sair todas impunes.

As frases acima, do final do texto, se organizam de modo lógico, claro e correto em um único período, sem alteração do sentido original, em:

Alternativas
Comentários
  • As personagens más, cujo destino é mais variado, pois nem todas são punidas, nem saem todas impunes, são menos numerosas em uma boa novela, porém indispensáveis, porque condimentam a trama.

    Letra B.
  • Comentando...
    a) , as personagens numa boa novela é o condimento da trama, (errado)
    O verbo "ser" deveria concordar com o "as personagens".
    c)
    Mesmo que as personagens más são menos numerosas, (errado)
    O certo seria: "mesmo que as personagens más sejam menos numerosas".
    d), em cujas personagens não podem ser todas punidas, (errado)
    O certo seria:  "cujas 
    personagens não podem ser todas punidas", porém mesmo que se fizesse essa coreção, a questão ficaria sem clareza.
    e) Sem clareza.

ID
247264
Banca
FCC
Órgão
TRT - 12ª Região (SC)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O crescimento das cidades médias, aquelas com mais de 100.000 e menos de 500.000 habitantes, é o grande fenômeno nacional. Na próxima década, a catarinense Joinville, a gaúcha Caxias do Sul, Niterói e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Santos e São José do Rio Preto, em São Paulo, devem ombrear com Londrina, no Paraná. No sertão nordestino, a pernambucana Petrolina e a paraibana Campina Grande já se comportam como metrópoles. Há vários casos de cidades médias que crescem a um ritmo chinês, como a paulista Hortolândia, a paraense Marabá e Angra dos Reis e Cabo Frio, estas no Rio de Janeiro. Um estudo da socióloga Diana Motta e
do economista Daniel da Mata, ambos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, nos últimos dez anos, elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento brasileiro. Para se ter uma ideia, entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4% ao ano. O das cidades médias contribuiu, em média, 5,4% ao ano - quase o dobro do crescimento verificado nos municípios grandes. Donas de um parque industrial e um setor de serviços mais pujantes, elas respondem, agora, por 28% da economia nacional.

   Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias. O dinamismo constatado pelos dois pesquisadores é um sinal inequívoco de progresso.  "A evolução das cidades médias indica que o Brasil está superando uma deficiência histórica: a concentração da riqueza nos grandes centros situados ao longo do litoral", diz o economista Danilo Igliori, da Universidade de São Paulo. No século XVII, frei Vicente do Salvador, considerado o primeiro historiador do país, condenava o modelo de ocupação do território. "Contentam-se de andar arranhando (as terras) ao longo do mar como caranguejos", escreveu em sua História do Brazil, publicada em 1630. Somente durante o milagre econômico dos anos 70 o governo federal percebeu que algumas cidades médias tinham se tornado polos econômicos regionais, atraíam contingentes de imigrantes e precisavam adotar políticas específicas para não enfrentar processos de favelização semelhantes aos vividos por São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto rendeu frutos. Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu tecido urbano.
   Em meados dos anos 90, os investidores depararam com capitais estranguladas e resolveram interiorizar suas operações industriais e comerciais. Hoje, de cada real produzido nas fábricas brasileiras, 44 centavos são provenientes de unidades instaladas em cidades médias. Um dos resultados da expansão econômica foi o aumento vertiginoso do setor de serviços. Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado.

(ESPECIAL CIDADES MÉDIAS. Veja, 1 de setembro de 2010, pp. 78-80, com adaptações.)


Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado. (final do texto)

A relação sintático-semântica que se estabelece entre as orações do período acima é, respectivamente, de

Alternativas
Comentários
  • tanta...que
                        Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades médias [oração principal] : Expressa a causa.
                         que 60% delas não precisam ter maiores vínculos...[ oração subordinada adverbial consecutiva] : Expressa a consequência.
  • Correta A: Causa e consequência
  • Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades médias           (CAUSA)

    que 60% delas não precisam ter maiores vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado.    (CONSEQUÊNCIA)

  • a consequência que as cidades tiveram da não dependência de sua capital, tem como causa a sua independência.
    bons estudos!
  •  Macete Relação Causa/Efeito

    Na 1ª frase deve ter uma das quatro palavras:

    tão, tanto(a), tal, tamanho(a)

     

    GAB. LETRA A

  • Letra A

    Macete para nunca mais errar:

    Depois do Tesão vem a consequência. Tão, Tanto, Tamanho ...

  • kkkkkkkkk muito bom o macete.

  • Figurinha repetida também nas provas da FCC... Seja lá quais forem os períodos, frases ou orações em destaque, seguramente 90% dos gabaritos será "causa e consequência".


ID
247276
Banca
FCC
Órgão
TRT - 12ª Região (SC)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O crescimento das cidades médias, aquelas com mais de 100.000 e menos de 500.000 habitantes, é o grande fenômeno nacional. Na próxima década, a catarinense Joinville, a gaúcha Caxias do Sul, Niterói e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Santos e São José do Rio Preto, em São Paulo, devem ombrear com Londrina, no Paraná. No sertão nordestino, a pernambucana Petrolina e a paraibana Campina Grande já se comportam como metrópoles. Há vários casos de cidades médias que crescem a um ritmo chinês, como a paulista Hortolândia, a paraense Marabá e Angra dos Reis e Cabo Frio, estas no Rio de Janeiro. Um estudo da socióloga Diana Motta e
do economista Daniel da Mata, ambos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, nos últimos dez anos, elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento brasileiro. Para se ter uma ideia, entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4% ao ano. O das cidades médias contribuiu, em média, 5,4% ao ano - quase o dobro do crescimento verificado nos municípios grandes. Donas de um parque industrial e um setor de serviços mais pujantes, elas respondem, agora, por 28% da economia nacional.

   Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias. O dinamismo constatado pelos dois pesquisadores é um sinal inequívoco de progresso.  "A evolução das cidades médias indica que o Brasil está superando uma deficiência histórica: a concentração da riqueza nos grandes centros situados ao longo do litoral", diz o economista Danilo Igliori, da Universidade de São Paulo. No século XVII, frei Vicente do Salvador, considerado o primeiro historiador do país, condenava o modelo de ocupação do território. "Contentam-se de andar arranhando (as terras) ao longo do mar como caranguejos", escreveu em sua História do Brazil, publicada em 1630. Somente durante o milagre econômico dos anos 70 o governo federal percebeu que algumas cidades médias tinham se tornado polos econômicos regionais, atraíam contingentes de imigrantes e precisavam adotar políticas específicas para não enfrentar processos de favelização semelhantes aos vividos por São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto rendeu frutos. Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu tecido urbano.
   Em meados dos anos 90, os investidores depararam com capitais estranguladas e resolveram interiorizar suas operações industriais e comerciais. Hoje, de cada real produzido nas fábricas brasileiras, 44 centavos são provenientes de unidades instaladas em cidades médias. Um dos resultados da expansão econômica foi o aumento vertiginoso do setor de serviços. Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado.

(ESPECIAL CIDADES MÉDIAS. Veja, 1 de setembro de 2010, pp. 78-80, com adaptações.)


Embora abriguem bolsões de pobreza, esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu tecido urbano. (final do 2° parágrafo)

Com outras palavras, a mesma ideia está expressa com correção e clareza em:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A. A ÚNICA QUE TERIA TAMBÉM O SENTIDO SERIA A LETRA D, PORÉM
    ESTÁ COM ERRO DE CONCORDÂNCIA VERBAL.
  • A) Correta

    B) As cidades médias, tais como nas grandes...

    C)Os municípios,.........,  Foram nas médias.

    D) Foram as cidades médias que se desenvolveram melhor.

    E) Para favorecer às áreas urbanas...

ID
250807
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fragmentos contidos nos itens seguintes, na ordem em que são apresentados, são trechos sucessivos e adaptados do livro Visão do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 315-25). Julgue-os quanto à correção gramatical.


Bons céus, constelações felizes, são atributos, esses, tão inevitáveis quanto os dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas.

Alternativas
Comentários
  • Na ordem direta a construção seria: Bons céus, constelações felizes, esses são atributos tão inevitáveis quanto os dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas.

    A vírgula isola um elemento deslocado.
  • Por favor, me explique melhor! a vírgula desloca elemento deslocado onde? tinha entendido que "..., são atributos, esses, tão inevitáveis quanto..."  essa vírgula está isolando o sujeito de "são atributos", portanto estaria errado... não entendi!

    obrigada.
  • bom na minha opniao a virgula entre "esses", esta corretamente empregada pelo fato de ser um inciso explicativo.
  • a vírgula entre  "esses" está correta, mas a vírgula antes de "são atributos" que me causa estranhamento.

    alguém poderia explicar melhor??
  • Diogo, as vírgulas isolam aposto explicativo.

    Bons céus, constelações felizes, são atributos, esses, tão inevitáveis quanto os dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas.
  • A crase

    O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contração da preposição "a" com:

    artigo feminino "a" ou "as". o "a" dos pronomes "aquele"(s), "aquela"(s), "aquilo", "aqueloutro"(s) e "aqueloutra" (s). o "a" do pronome relativo "a qual" e "as quais" o "a" do pronome demonstrativo "a" ou "as".

    Observação geral de Crase: Sempre haverá crase quando a oração se refere a alguém ou a alguma coisa.

    O sinal que indica a fusão, que indica ter havido crase de dois aa é o acento grave.

    Acentua-se a preposição a quando, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, o a torna-se ao. As palavras terra e casa são casos especiais de crase. A preposição "a" antes da palavra casa (lar) só recebe o acento grave quando vier acompanhada de um modificador,1 caso contrário não ocorre a crase. Já com a palavra terra (chão firme, oposto de bordo) só ocorre crase quando vier acompanhada de um modificador - da mesma maneira que existe a expressão "a bordo", enquanto que com a palavra terra (terra natal ou planeta) sempre ocorre crase. Exemplos:2 Chegamos cedo a casa (coloquialmente, "em casa"). Chegamos cedo à casa de meu pai. Os jangadeiros voltaram a terra. Os jangadeiros chegaram à terra procurada. Ele voltou à terra dos avós. O pronome aquele (e variações) e também aquilo e aqueloutro (e variações) podem receber acento grave no a inicial, desde que haja um verbo ou um nome relativo que peça a preposição a.2 A contração "à" pode surgir também com a elipse de expressões como "à moda (de)", "à maneira (de)", como em "arroz à grega" (à maneira grega), "filé àChatô" (à moda de Chatô)", etc. É este o único caso em que "à" se pode usar antes de um nome masculino.
  • A expressão "são atributos" é um aposto resumitivo, logo deve estar entre vírgulas. Um exemplo de aposto resumitivo de fácil percepção seria: Dinheiro, jóias, viagens, nada era capaz de satisfazê-la.
  • Essa questão não é tão difícil assim, basta ter em mente algumas coisas:

    Bons céus, constelações felizes ( Aposto explicativo), são ( verbo) atributos ( sentido completo), esses, ( essa vírgula é a elipse do verbo ser, ele a colocou para evitar a repetição do verbo ser na forma são ) tão inevitáveis quanto os dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas. 

  • Correto - Quem devota, devota alguma coisa ou alguém (exige preposição) e a palavraterra esta no plural, logo o artigo que a precede tbm deve estar no plural , a crase é obrigatória  = às

  • Olá, galera! 


    Se a gente entender "Bons céus, constelações felizes" como uma enumeração a gente acaba errando a questão, pois no lugar de vírgula deveria vir "e", dassa forma; "Bons céus E constelações felizes", por que não vem o "E"? Afinal, o que é "Bons céus, constelações felizes"?


    Alguém pode me ajudar?


    srsrs

  • terra determinada crase ok

  • Assim como alguns colegas, também pensei que a vírgula depois de felizes estava separando sujeito de verbo e continuo sem entender o que de fato é "são atributos". 

  • A resposta do Felipe Farias  é a melhor até agora. 

  • Franklin Silva, meu amigo.

    É sim uma enumeração e não precisa, necessariamente, do conectivo "E" para ser uma enumeração.

    ex. saudade, amor, rancor, ódio, tudo são sentimentos.

    OU saudade, amor, rancor e ódio, tudo são sentimentos.

     

    http://www.capcursos.com.br/boletim-60-pontuacao-uso-da-virgula-enumeracao-plural-de-substantivo-composto/boletim-60-pontuacao-uso-da-virgula-enumeracao-plural-de-substantivo-composto/

  • Gostaria de entender mais essa questão! Vamos indicá-la para comentário!

  • GABARITO CORRETO.

     

    Complementando:

    Não há crase antes da palavra terra (em oposição a bordo, no contexto frasal). Se estiver especificada, há crase sempre. Afora isso, pode haver crase.
    Os marinheiros retornaram a terra.
    Os marinheiros retornaram à terra natal.
    O amor à Terra deve imperar, pois é nosso lar.
    Viemos da terra e à terra voltaremos.

  • Na boa, o difícil foi entender que " constelações felizes " era um aposto em relação a " Bons céus ".

    Depois que conseguir entender isso, aí sim conseguiremos acertar a questão. Eu mesmo não entendi isso e por isso errei! Só com o comentário da professora que consegui entender esse aposto. 

    Questão muito boa.

  • bons céus e constelações felizes tem o mesmo valor semântico. É como se bons céus e constelações felizes fossem a mesma coisa, logo, é perfeitamente aceitável a vírgula, pois se trata de um aposto. 

  • Eu achei que tivesse erro de regência, mas só depois fui ver

    Bons céus, constelações felizes, são atributos, esses, tão inevitáveis quanto os ATRIBUTOS dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas.

    CORRETA

  • Muito boa a explanação da Profª Isabel. Só gostaria de fazer uma correção: o órgão é "Superior Tribunal Militar" e não "Supremo Tribunal Militar". Só temos um "Supremo" no judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF).

  • só eu que a achei meio cansativo ler sem vírgula "tão inevitáveis quanto os dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas."

  • Bons céus, constelações felizes, são atributos, esses, tão inevitáveis quanto os dos bons ares das narrativas elogiosas que os viajantes devotavam às terras ignotas. Correção gramatical. ok.

  • Considerei errada a assertiva porque não se utiliza crase antes do vocábulo "terra" quando sem especificação.

  • Casa, Terra e Distância quando tiverem com determinantes recebem crase.

    • devotavam às terras ignotas(determinante).
    • Devotavam as terras... (s/determinante).

ID
250813
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fragmentos contidos no item seguinte, na ordem em que são apresentados, são trechos sucessivos e adaptados do livro Visão do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 315-25). Julgue-o quanto à correção gramatical.


Logo que a notícia chegou aos navios, foi como se uma verdadeira graça dos céus caísse sobre aqueles homens, nem faltou quem se sentisse curado só com ver as frutas.

Alternativas
Comentários
  • Certo

    Não encontrei erro.
    Quanto ao coloquialismo "...só com ver as frutas..." a BANCA não questionou sobre isso, apenas os erros gramaticais.
  • Realmente a questão está certa.
    Uma dúvida que me ocorreu foi quanto ao uso da palavra "nem".

    NEM costuma aparecer nas gramáticas apenas como conjunção coordenativa. Entretanto, o dicionário Houaiss classifica NEM, também, como advérbio de negação, o que torna possível a utilização dessa palavra na forma encontrada no fragmento de texto.
  • Não entendi. O uso do "com"  no final da frase é regido pelo verbo ? Se sim, por quê ? Se não, por quê ?
    obrigado.
  • Só com   (retirado do dicionário aulete digital)
    1  Na companhia, na presença, com a participação, com a ação etc. exclusivos de alguém ou de algo de qualquer natureza: Vive só com suas lembranças: Toca só com aquele acompanhado: Funciona só com gasolina. 

    Apesar de estranho, acredito que o "com" está ligado ao "só", sendo assim a regência está correta e a preposição também. Por isso acredito que a resposta é certa mesmo.

    "... nem faltou quem se sentisse curado só com ver as frutas." Essa parte da oração apenas quer designar que eles só ficaram curados por causa das frutas.

    Foi a melhor resposta que encontrei, se alguém tiver uma resposta melhor, por favor compartilhe.
  • Talvez depois do COM pode ter ficado subtendido o termo " o fato de"... "nem  faltou quem ficasse curado só com (o fato de)  ver as frutas..."é uma opção também...

  • Alguem poderia me dizer se pelo tamnho da pausa e certa 'descontinuidade' da ideia anterior nao achou que deveria ser um ; (ponto-e-virgula) antes de "nem"?
  • Concordo com o Leandro. Teria muito mais sentido se houvesse um ponto ou ponto e vírgula antes de "nem".
  • é... para mim o erro estava na regência "... só com o ver as frutas"...

    Mas, como a professora explicou, está subentendida a expressão: "... só com o (fato de) ver as frutas...."

  • Questão pra deixar em branco, é aqulela que vc olha, vê que está esquisita, mas acha que tá certo, pois está esquisita justamente pra vc errar. 

  • Questão complexa. Admito que não conhecia o uso de "só com ver". Errando para aprender!

  • só eu que não achei o comando da questão??

  • Eu errei pelo "só com ver as frutas". O FATO está implícito: "só com O FATO de ver" e aí fica correta a expressão. Mas eu não pensei assim ao repsonder, achei que o correto seria "só em ver". 

  • "Só com o ver"... Acho que em uma redação nossa não aceitariam assim!!!!
  • "Só COM ver" ferrou minha resposta!

  • Alguém pode me explicar o porq da palavra "caísse" ter acento? Até onde sei, palavra proparoxítona terminada em E não tem acento.
  • Ueslei, a palavra caísse é formada por um hiato, por isso, ela é ascentuada...

  • "com" me derrubou

  • acertei no chute...mas na prova com certeza deixária em branco

  • Gabarito: CERTO

  • Essa é aquela questão que a Cespe inventa regra para ninguém acertar.

    Na prática, nem o mais literal dos gramáticos (ou Literato) utilizaria esse subentendimento para se expressar.

  • L. Vale, é acentuada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • maior covardia termos Implícitos numa frase.... aí fica ao critério da banca em ser C ou E

    acho mais adequado a preposição Em, em vez de COM

  • Acredito que a preposição COM introduz um complemento nominal de CURADO.

    Exemplo: Eles se sentiram curados só COM (prep.) o remédio cítrico (complemento nominal).

    Trecho da questão: (...) quem se sentisse curado só COM (prep.) ver as frutas (complemento nominal).

    Em analogia, o "ver as frutas", de valor substantivo, tem relação sintático-semântica semelhante ao "remédio cítrico". 

    Se eu tiver falado besteira, mandem mensagem.

  • Vejo que o "com"; da parte: "COM ver as frutas". Derrubou muita gente como eu. Porém está correto, pois o (fato de) está implícito na oração.

  • Sinceramente questão do demônio essa.

  • Concordo com alguns comentários, isso de justificar gabarito porque esta implícito isso ou aquilo, pra mim é justificativa de colocar qualquer gabarito na questão. Dessa forma abre possibilidade de qualquer regencia de verbo esta certa ou errada, a depender da banca dizer que isso ou aquilo esta implícito ou não.

    Se não concorda comigo, experimente colocar essa regencia em sua redação. Vamos ver se os examinadores vão ficar deduzindo que ali tem um termo implicito, ou se vão julgar pelo que esta escrito.


ID
254188
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De volta à Antártida


A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa
polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para
reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década.
Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um
documento do governo estabelece uma agenda de prioridades
para o continente gelado até 2020. A principal delas é a
reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para
realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros
e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição
da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e,
nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu
sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou as
estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas
pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento
afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações
para preservar a "paz e a estabilidade" na Antártida, mas
salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem
dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial
do continente.


(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)

A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.


O segmento grifado na frase acima tem sentido

Alternativas
Comentários
  • “Para” inicia a oração subordinada, indicando finalidade da oração principal.
  • Elementos de coesão - Lista bastante útil para resolução de questões da FCC!! 

    adição:
    e, nem, não só... mas também

    adversidade (oposição): mas, contudo, entretanto, todavia, porém, no entanto...

    alternância: ou, ou...ou, ora...ora, já...já,quer...quer...

    explicação: que, porque, pois (anteposto ao verbo)..

    conclusão: portanto, logo, então, por isso, pois (posposto ao verbo)...

    concessão: embora,apesar de, ainda que, mesmo que...

    causa: visto que, já que, porque, porquanto...

    tempo: já, agora, desde que, logo, assim que, quando, enquanto...

    comparação: como, igual a, tanto quanto, mais...que, menos...que...

    proporcionalidade: à medida que, à proporção que, quanto mais

    finalidade: a fim de , para,

    consequência: tal que, tanto que

    conformidade: como, conforme, segundo, de acordo com...
  • Era só pegar uma dica de uma colega que eu vi. Preposição para + verbo no ifinitivo = finalidade
  • É isso ai André,

    Dica de professora de cursinho

    Para + verbo no infinitivo = FINALIDADE

    Não se esqueça!

    ;-)
  • Complementando a dica dos colegas acima,

    PARA + INFINITIVO = FINALIDADE
    ex.: Para não persistirem os sintomas, tomou o remédio

    POR + INFINITIVO = CAUSA
    ex.: Por persistirem os sintomas, procurou o médico

    A + INFINITIVO = CONDIÇÃO
    ex.: A persistir os sintomas, procure um médico.

    AO + INFINITIVO = TEMPO
    ex.: Ao jogar futebol, ponha suas chuteiras vermelhas. = Quando jogar futebol...
  • Conjunções que indicam finalidade: a fim de que, para que, que, porque=para que. Na questão bastava substituir a palavra para por a fim de que.
    Resposta letra C.
  • Conjunção subordinada adverbial FINAL

    >>> expressa uma finalidade

    ·   A fim de

    ·   Para que


ID
255091
Banca
FCC
Órgão
TRE-RN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaixo.
                                                         Gesso

Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
− O gesso muito branco, as linhas muito puras −
Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse).

Há muitos anos tenho-a comigo.
O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pátina [amarelo-suja.

Os meus olhos, de tanto a olharem,
Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.

Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
                                        [recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo
                                                     [mordente da pátina...

Hoje este gessozinho comercial
É tocante e vive, e me fez agora refletir
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.

                                                            Manuel Bandeira 

Mal sugeria imagem de vida
(Embora a figura chorasse).

É correto afirmar que a frase entre parênteses tem sentido

Alternativas
Comentários
  • Embora nessa frase tem valor concessivo.


    Outras conjunções que podem ter valor concessivo.

    Malgrado, a despeito, não obstante, conquanto, apesar de etc.
  • Elementos de coesão - Lista bastante útil para resolução de questões da FCC!! 

    adição:
    e, nem, não só... mas também

    adversidade (oposição): mas, contudo, entretanto, todavia, porém, no entanto...

    alternância: ou, ou...ou, ora...ora, já...já,quer...quer...

    explicação: que, porque, pois (anteposto ao verbo)..

    conclusão: portanto, logo, então, por isso, pois (posposto ao verbo)...

    concessão: embora,apesar de, ainda que, mesmo que...

    causa: visto que, já que, porque, porquanto...

    tempo: já, agora, desde que, logo, assim que, quando, enquanto...

    comparação: como, igual a, tanto quanto, mais...que, menos...que...

    proporcionalidade: à medida que, à proporção que, quanto mais

    finalidade: a fim de , para,

    consequência: tal que, tanto que

    conformidade: como, conforme, segundo, de acordo com...
  • Não deveria ser valor adversativo não? Já que as orações não exercem subordinação entre si(aí caberia a utilização de concessão), mas exercem relação de coordenação(contraste entre as idéias sem exercer função sintática entre si).
  • A resposta é mesmo essa "oração subordinada adverbial concessiva" pois o argumento da oração entre parenteses apenas enfraquece o argumento da oração principal, caso o argumento da principal fosse inteiramente derrubado pela oração seguinte teriamos "oração COORDENADA adversativa"
  • não gosto desta banca.
  • Alternativa B
    Esta muito claro o emprego da Conjução Subordinativa 'embora'

  • Concessiva

    Embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.

    Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principalmas incapaz de impedi-la.

    Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
    É todo graça, embora as pernas não ajudem..

    Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse).
    mal sugeria imagem de vida apesar de que (muito embora) a figura chorasse (não há idéia de oposição - vida/morte riso/choro)
  • E qual é, então, a diferente entre o sentido adversativo e concessivo?
  • Conjunção coordenativa adversativa: Oposição, ressalva ( mudança na direção argumentativa) Mas, porem, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante...

    Conjunção subordinativa concessiva: Contraste, quebra de expectativa ( hipótese de discussão) (muito ) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que,apesar de que...  
  • Pessoal, o mais recomendado não é memorizar as conjunções referentes a cada tipo, e sim entender o sentido exprimido por cada oração.

    Digo isso porque é comum que algumas conjunções sejam utilizadas com outros sentidos que não apenas os mais conhecidos. Assim, se se entender o sentido trazido pela frase, não há possibilidade de erros.

    No caso, como bem ressaltou anteriormente outros colegas, a 2ª oração não aniquila o sentido do que foi dito na primeira. Desta forma, não é uma oração adversativa; na verdade, acentuou-se a possibilidad de que houvesse vida, já trazida na primeira frase.

    Espero ter sido útil!
  • Uma valiosa dica para distinguir a oração coordenada adversativa da oração subordinada adverbial concessiva é verificar os tempos verbais em correlação nos períodos. Observe:

    Embora chovesse, foi trabalhar  (Pretérito imperfeito do subjuntivo # Pretérito perfeito) - Oração subordinada adverbial concessiva

    Reclamaram e não foram atendidos (Pretérito perfeito = pretérito perfeito) - Oração coordenada sindética explicativa


    Bons estudos!
  • INFORMAÇÃO BASTANTE ÚTIL PARA DISTINGUIR A ORAÇÃO CONCESSIVA DA ADVERSATIVA

    Ambas são orações que indicam contraste, porém a:

    Adversativa a anula a informação anteposta. Ex.: Iria comer pão, mas comi uma fruta

    Concessivas é umaoposição mais sutil do que a adversativa. Ex.: Embora fosse comer pão, comeu uma fruta
  • Adversativas - Estabelecem uma relação de adversidade, contrariedade, oposição. A ideia de adversidade normalmente cria uma expectativa que nao se concretiza.
      Ex. Ela foi ao parque, porém nao se divertiu.


    Concessivas - Introduzem uma oração cujo fato ocorrente não altera o fato da outra oração.
      Ex. Embora fosse tarde, ainda saí de casa.
     
  • Mal sugeria imagem de vida 
    (Embora a figura chorasse). 

    Concessiva: 
    O que é dito posteriormente nao aniquila o sentido da oração anterior. 
    Embora a figura chorasse, a imagem continuou pouco sugerindo imagem de vida. Uma não exclui a outra, pelo contrário, reforça, porque mesmo chorando, a imagem mal sugeria imagem de vida.

  • Caros colegas, na minha opinião, a melhor maneira de estudar a gramática, principalmente essa parte de semântica e sintaxe é buscando a interpretação de cada elemento, buscando-se um sentido a ser alcançado dentro da oração.
    Portanto, embora às vezes seja necessário decorar algo, esqueçamos um pouco em prol da lógica que o assunto requer. É bem mais benéfico.
    Bons estudos!

  • Um colega lá em cima explicou corretamente, mas parece que a galera não gostou, haja vista que seu comentário só obteve pontuação ruim!
    Realmente o que diferencia as adversativas e as concessivas tem a ver com o MODO VERBAL.
    vejam esses dois exemplos:
    1) Estuda, mas não aprende. ----ADVERSATIVA.
    2) Embora estude, não aprende. ----- CONCESSIVA.

    AS CONCESSIVAS E ADVERSATIVAS TÊM O MESMO SENTIDO - OPOSIÇÃO -, MAS DUAS COISAS AS DIFERENCIAM, vejamos: 
    A)
    A primeira diferença se relaciona ao perído ser composto por coordenação ou subordinação. 
    O primeiro caso trata-se de uma período composto por COORDENAÇÃO, ou seja, as duas orações "estuda" e "não aprende" são independentes (NÃO PRECISAM DE COMPLEMENTOS), e o conectivo MAS faz a coordenação entre elas.
    O segundo caso trata-se de período composto por SUBORDINAÇÃO, ou seja, tanto a primeira quanto a segunda não fazem sentido sozinhas! 

    B) A segunda diferença é justamente em relação ao MODO VERBAL. Nas ADVERSATIVAS se usa o INDICATIVO (estuda); nas CONCESSIVAS se usa o SUBJUNTIVO (estude). 
    Matava a questão sabendo essa parada do modo verbal, pois CHORASSE está no SUBJUNTIVO (pretérito imperfeito do subjuntivo).
    Ficar decorando os conectivos ou que uma quebra a expectativa e a outra não sei o quê, não adianta porque alguma hora cai na armadilha. 
    Se a primeira oração fosse ESTUDA, EMBORA NÃO APRENDA - ela passaria a ser concessiva devido á alteração do modo verbal e à dependência entre a subordinada (não aprenda) e a principal (estuda). E vejam que o sentido é exatamente o mesmo - oposição. 
  • Regras a parte, o sentido da frase é adversativo. É pura questão de interpretação. Está muito claro que o "Mal sugeria imagem de vida" significa que mesmo que sutilmente, a estátua de gesso sugeria uma imagem de vida "(Embora a figura chorasse)", muito embora a figura/estátua de gesso chorasse.
  • GABARITO: B

    Todas as conjunções podem cair na prova, portanto (olha ela aí novamente, agora em sentido conclusivo, rs), estude, decore, até começar a sonhar com elas!!

    Temos que botar uma coisa na cabeça: quem domina conjunção mata qualquer questão de coesão e coerência, de reescritura de frase, de correção gramatical, de orações coordenadas e subordinadas, de pontuação etc. É um coringa!

    Bom, dada esta pequena dica, vamos ao que interessa aqui: a frase em questão tem sentido concessivo por causa da conjunção concessiva Embora. Simples assim!
  • Conjunção subordinada adverbial CONCESSIVA

    >>> algo que se opõe, mas não impede.

    Embora fosse tarde, ele continuava a estudar.

    Conquanto fosse tarde, ele continuava a estudar.

    Mesmo que fosse tarde, ele continuava a estudar.

    Ainda que fosse tarde, ele continuava a estudar.


ID
259393
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pode-se caracterizar empiricamente a sociedade de consumo por diferentes traços: elevação do nível de vida,  abundância das mercadorias e dos serviços, culto dos objetos e dos lazeres, moral hedonista e materialista, etc. Mas,  estruturalmente, é a generalização do processo de moda que a define propriamente. A sociedade centrada na expressão das necessidades é, antes de tudo, aquela que reordena a produção
e o consumo de massa sob a lei da obsolescência, da sedução e da diversificação, aquela que faz passar o econômico para a órbita da forma moda (LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 159).

Reescrevendo-se o fragmento “Mas, estruturalmente, é a generalização do processo de moda que a define propriamente”, tem-se a melhor redação em:

Alternativas
Comentários
  • Em "D" ele trocou a conjunção adversativa  "MAS"  por  "PORÉM"  e o pronome oblíquo átono "O" por seu referente anafórico  "SOCIEDADE".

    Nas alternativas restantes ele mexeu drasticamente na estutura da frase.
  • no caso seria seria o pronome oblíquo "A"...
  • GABARITO D

    a) Não tem crase em "define à sociedade propriamente.", pois não tem a conjunção "a".Quem define, define alguma coisa, o  verbo é VTD e o complemento um OD.

     b) Não seria adequado pois o conectivo "Portanto" muda o sentido da relação entre as orações. 

    Mas --> Orações coodenadas adversativas. Portanto--> Orações coodenadas conclusivas.

     c) O mesmo motivo da "b"! Logo --> Orações coodenadas conclusivas.

     d)  CERTA.

     e) Muda o sentido. Não é a moda que é definida pela generalização do seu próprio processo, é a generalização do processo de moda que define a sociedade propriamente.

     


ID
259408
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual palavra ou expressão preenche adequadamente a lacuna nos textos abaixo?

I. “Pacientes crônicos terão mais qualidade de vida fora do hospital. ______, é cada vez maior o número de pacientes que continuam internados mesmo depois de superado o problema que os levou à instituição.”

II. “O Rio de Janeiro foi tomado por um clima de ufanismo. ______, não basta cantar vitória durante a batalha.”

III. “______ se discute punição a crimes do regime militar, a tortura continua uma prática comum no Brasil.”

IV. “Vendas disparam ______ os adeptos da boa bebida descobrem os sabores doces e complexos das variedades envelhecidas.”

Alternativas
Comentários
  • I - conjunção (subordinada) CONCESSIVA que nos dá uma ideia contrária à da oração principa.
    II - ufanismo, nesse contexto, significa ORGULHO. A conjunção é (coordenada) ADVERSATIVA; indicando o sentido de oposição.
    III - conjunção (subordinada) PROPORCIONAL. Ela indica algo acontecendo ao mesmo tempo que outra coisa... Punição está para Tortura, na frase.
    IV -
    conjunção (subordinada) PROPORCIONAL Fica evidente que as vendas de bebibas crescem À PROPORÇÃO QUE os adeptos descobrem...
  • quando trabalhamos com conjunções estamos falando de elementos coesivos , e para que haja coerência em uma oração é preciso bastante atenção nos elementos coesivos.
  • A acertiva B preenche corretamente a todas as lacunas. Torna-se necessário analisar o contexto, uma vez que alguns conectores possuem sentidos diferentes dependendo do contexto ao qual foram inseridos.
    Exemplo o conector mas, que pode significar : adversidade ou adição .
  • Pessoal, duas correções:
    a  I é uma coordenada adversativa (apesar disso). A III, subordinada temporal (enquanto)

ID
265186
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando que os itens seguintes, na ordem em que estão
apresentados, são partes sucessivas de um texto adaptado do jornal
Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-os com referência à
correção gramatical.

Apesar de espertezas, de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora — caso da emenda que tornou confuso o prazo de enquadramento dos fichas-sujas — e da divisão surgida no Supremo Tribunal Federal, a lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira.

Alternativas
Comentários
  • Uma intercalação dupla (vírgula e travessão), mas está correto.
  • Creio que o emprego das vírgulas nesse caso, se trata de uma enumeração, sendo que na segunda das enumerações, acontece um aposto explicativo, separado por travessão, o que não deixa de estar correto. A frase está perfeita.
  • Colocando na orde direta:

    A lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira, apesar de espertezas,(e) de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora - caso.....
  • QUESTÃO CORRETA
    Só pra tentar esclarecer o uso das vírgulas e travessões, trata-se de um APOSTO RESUMITIVO x APOSTO ORACIONAL, observem:
    Apesar de espertezas, de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora — caso da emenda que tornou confuso o prazo de enquadramento dos fichas-sujas — e da divisão surgida no Supremo Tribunal Federal, a lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira.
    Vejam que, "de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora ... e da divisão surgida no Supremo Tribunal Federal" é um aposto resumitivo, é como se disséssemos: Apesar de TUDO (ajustes acordados/embutidos na útima hora e da divisão surgida no STF) a lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira.
    Já a oração "— caso da emenda que tornou confuso o prazo de enquadramento dos fichas-sujas —" é uma oração explicativa/aposto oracional que faz referência a parte do aposto resumitivo "de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora".
    RESUMINDO, seria:
    Apesar de espertezas, (aposto resumitivo) — (aposto oracional) — (aposto resumitivo), a lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira. 
    ATENÇÃO!!!
    Aposto Explicativo: NÃO TEM VERBO.
    Aposto Oracional ou Oração Explicativa:
    TEM VERBO.
  • Corretíssima...apesar de confusa e de achar, particularmente, feio. Tem gente que gosta, mas eu acho desnecessário. Não conheço o texto original, mas olha como fica lindo e claro da forma como o Gilberto colocou. Eu escreveria: 

    "Apesar de espertezas e de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora, a exemplo da emenda que tornou confuso o prazo de enquadramento dos fichas-sujas e da divisão surgida no Supremo Tribunal Federal, a lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira.

  • Neste tipo de questão, temos que focar nas regras gramaticais. O fato de o texto está - ou não - visivelmente bonito, não deve influenciar o candidato.

  • Errei a questão por conta do "fichas-sujas" e fui pesquisar sobre...
    No caso, o termo é um substantivo, por isso foi para o plural.
    Segue, abaixo, a explicação do site:

    "A regra, que também serve para você, leitor, diz o seguinte:

    1. Quando for substantivo e significar “pessoa que tem ficha limpa ou suja”, a expressão terá hífen e flexão no plural: “Os fichas-limpas do Congresso”; “Os fichas-sujas da política”; “Eleitor diz não aos fichas-sujas”.

    2. Quando for adjetivo e tiver o mesmo significado acima referido, a expressão será invariável: “Eleitor diz não aos candidatos ficha-suja”; “Precisamos eleger os políticos ficha-limpa”.

    3. Quando significar “ficha que reúne as informações sobre a conduta de uma pessoa”, será sem hífen e variará normalmente no plural: “Ele tem uma ficha limpa”; “A questão da ficha limpa é importante”; “Lei da Ficha Limpa”; “Os políticos planejam apagar suas fichas sujas”.

    Observe que a lei é “da” ficha limpa (= “da ficha que reúne as informações sobre a conduta de uma pessoa”), e não “do” ficha limpa.
    -  http://www.portuguesnarede.com/2010/07/ficha-os-fichas-e-ortografia.html#sthash.BlCJR9in.dpuf"

    ​(PS.: discordo da regra 2, pois, pelo menos no livro que tenho de Mauro Ferreira "Aprender Gramática", ele leciona que quando for um adjetivo composto ligado por hífen, o correto é o segundo termo ir para o plural se ele sozinho for um adjetivo...ou, ficar no singular se não for adjetivo. A primeira palavra fica sempre no singular.
    Ex.: crises político-sociais (o termo social, sozinho, é um adjetivo, por isso vai para o plural. Se não o fosse, ficaria no singular))

  • Porque não é "Apesar das espertezas"?

     

  • Odeio esses tipos de questões kkk

  • Esse "Apesar de espertezas" que me confundiu. Achei que caberia Apesar das...

  • E o paralelismo, Cespe?

    Apesar de espertezas, de alguns ajustes acordados e embutidos na última hora — caso da emenda que tornou confuso o prazo de enquadramento dos fichas-sujas — e da divisão surgida no Supremo Tribunal Federal, a lei pode ser considerada uma vitória da cidadania brasileira.

    "Apesar de espertezas, de alguns ajustes e da divisão"

    Usou apenas a preposição nos dois primeiros termos e determinou o último termo. Ora o examinador leva em conta o paralelismo, ora não o considera.

    Tenso.


ID
284806
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A OUTRA EPIDEMIA
Lya Luft - Veja, 15-07-2009


Para mim, escrever é sempre questionar, não importa se
estou escrevendo um romance, um poema, um artigo. Como
ficcionista, meu espaço de trabalho é o drama humano: palco,
cenário, bastidores e os mais variados personagens com os quais
invento histórias de magia ou desespero. Como colunista, observo
e comento a realidade. O quadro não anda muito animador, embora
na crise mundial o Brasil pareça estar se saindo melhor que a
maioria dos países. De tirar o chapéu, se isso se concretizar e
perdurar. Do ponto de vista da moralidade, por outro lado, até em
instituições públicas que julgávamos venerandas, a cada dia há
um novo espanto. Não por obra de todos os que lá foram colocados
(por nós), mas o que ficamos sabendo é difícil de acreditar. Teríamos
de andar feito o velho filósofo grego Diógenes, que percorria as
ruas em dia claro com uma lanterna na mão. Questionado, respondia
procurar um homem honrado.
Vamos ter de sair aos bandos, aos magotes, catando
essa figura, não uma, mas multidões delas, para consertar isso,
que parece não ter arrumação?

“De tirar o chapéu, se isso se concretizar e perdurar. Do ponto de vista da moralidade, por outro lado, até em instituições públicas que julgávamos venerandas, a cada dia há um novo espanto. Não por obra de todos os que lá foram colocados (por nós), mas o que ficamos sabendo é difícil de acreditar”.

A alternativa que informa o valor semântico correto do elemento destacado é:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    SE - conjunção condicional introduzindo oração adverbial.
    POR OUTRO LADO - adversidade. semelhante à "mas, porém, contudo";
    ATé - valor de inclusão (inclusive em instituições públicas...);
    POR - valor de instrumento (utilizando-se de ...)
    MAS - adversidade.
  • Perdurar e´ a condição para tirar o chapéu.
  • A conjunção SE dependendo do contexto em que estiver inserida poderá ser tanto uma conjunção subordinativa condicional quanto uma conjunção subordinativa integrante. Quando for integrante ela terá o objetivo de integrar, completar o sentido da oração principal. Uma dica que todos os professores dão é que o referido conector poderá ser substituído pela palavra "isso"

     

    EX:  Ele não disse se vem.
            Ele não disse isso.

     

    Observe que o conector "se" no exemplo acima é uma conjunção subordinativa integrante, visto que a oração introduzida por ela pode ser integralmente substituída pela palavra "isso".

     

    Em relação ao conector "se" quando ele for uma conjunção subordinativa condicional, trará a ideia de uma condição, ou seja, para que um fato se realize outro também deverá se realizar, dito de outra forma, a realização de um fato sempre ira depender da realização de outro.
    Pegando o trecho da referida questão: De tirar o chapéu se isso se concretizar e perdurar. Fica nítida a ideia de condição, pois somente "se" tirará o chapéu, caso tal situação se concretize e perdure. Note que eu substituí o conector "se" pelo conector "caso" e o sentido da oração permaneceu inalterado, dado que tais conectores são condicionais podendo um substituir o outro, sem que haja alteração de sentido. São conectores condicionais: (desde que, salvo-se, exceto-se, a não ser que, a menos que, contanto que, caso e se). Depois de todas estas explicações fica claro que a alternativa a ser marcada é a letra A.

     

    Gabarito: A


ID
294760
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e
sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos,
bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da
cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o
Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se
pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se
desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se
ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando
você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é
o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante.
É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava
empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu
ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns
dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou
explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não
respondeu.
E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por
si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá
maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados.
Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.

Ocorre a relação lógica de conseqüência na palavra sublinhada em

Alternativas
Comentários
  • Podemos responder essa questão observando a conjunção subordinada consecutiva (grifada na frase) ou analisando o sentido da frase.


    os ônibus andam tão depressa e caprichosamente - Fato motivador (causa)

    que as perguntas e respostas se desencontravam. - Fato motivado (consequência)
  • "Mas os ônibus andam TÃO depressa e caprichosamente QUE as perguntas e respostas se desencontravam.” 

    = Tal... que, Tanto... que, Tamanho... que

  • gab=E

    para os não assinantes:

    causa=andar depressa

    consequência= que as perguntas e respostas se desencontravam


ID
314017
Banca
FCC
Órgão
TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


Os habitantes das cidades não são necessariamente
mais inteligentes que outros seres humanos, mas a densidade
da ocupação espacial resulta na concentração de necessi-
dades. Assim, nas cidades surgem problemas que em outras
condições as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver.
Encarar tais problemas amplia a inventividade humana a um
nível sem precedentes. Isso, por sua vez, oferece uma oportu-
nidade tentadora para quem vive em lugares mais tranquilos,
porém menos promissores.
Ao migrarem para as cidades, as pessoas de fora ge-
ralmente trazem “novas maneiras de ver as coisas e talvez de
resolver antigos problemas”. Coisas familiares aos moradores
antigos e já estabelecidos exigem explicação quando vistas
pelos olhos de um estranho. Os recém-chegados são inimigos
da tranquilidade.
Essa talvez não seja uma situação agradável para os
nativos da cidade, mas é também sua grande vantagem. A ci-
dade está em sua melhor forma quando seus recursos são de-
safiados. Michael Storper, economista, geógrafo e projetista,
atribui a vivacidade intrínseca da densa vida urbana à incerteza
que advém dos relacionamentos pouco coordenados “entre as
peças das organizações complexas, entre os indivíduos e entre
estes e as organizações”.
Compartilhar o espaço com estranhos é uma condição
da qual os habitantes das cidades consideram difícil, talvez
impossível, fugir. A presença ubíqua de estranhos é fonte de
ansiedade, assim como de uma agressividade que volta e meia
pode emergir. Faz-se necessário experimentar, tentar, testar e
(espera-se) encontrar um modo de tornar a coabitação pala-
tável. Essa necessidade é “dada”, não-negociável. Mas o modo
como os habitantes de cada cidade se conduzem para
satisfazê-la é questão de escolha. E esta é feita diariamente.


(Adaptado de Zygmunt Bauman. Amor Líquido. Tradução:
Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2004,
pp. 127-130)

... a densidade da ocupação espacial resulta na concentração de necessidades. Assim, nas cidades surgem problemas que em outras condições as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver. (1o parágrafo)

Identifica-se entre as frases acima, respectivamente, relação de

Alternativas
Comentários
  • .Por causa da densidade da ocupação espacial resultar na concentração de necessidades, temos como consequência, na cidade, o surgimento de problemas que em outras condições as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver. (1o parágrafo)
  • Veja que a conjunção "Assim" inicia uma oração coordenada conclusiva. Na relação de causa e efeito, sabemos que as conjunções conclusivas também transmitem o valor de consequência. Sempre que houver  uma oração de consequência, a outra a que ela se refere será de causa. Por isso, a alternativa correta é a (B).
    Sucesso a todos!!!

  • ( O FATO DE...causa) da densidade da ocupação espacial resultar na concentração de necessidades...

    (FEZ COM QUE...consequência), na cidade, o surgimento de problemas que em outras condições as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver.


ID
324949
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE MARAVILHOSA?

Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se
multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie.
Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre
os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que
qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças.
Enfm, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro,
na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas,
miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes.
E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e
presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige
cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas
podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira
dos três reinos da natureza e de todas as servidões humanas.
Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão
numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está
excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos
cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um
canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão
pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é
muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens.

Rubem Braga

Nos fragmentos do texto a seguir, aquele(s) que mostra(m) palavras que possui(em) o mesmo signifcado no texto é(são):

I - “...logo eles se multiplicam por 1000” / “...logo ela vai-se elevar”;

II - “...e vendem suas coisas.” / “...para não pisar naquelas coisas.”;

III - “...vendendo de tudo...” / “...óleo de bronzear...”;

IV - “...muita gente comprava coisas...” / “Antigamente a gente fugia...”.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA CERTA: LETRA D

    I - As duas palavras sublinhadas têm o mesmo significado: rapidamente; em pouco tempo;

    II - coisas = objetos/ coisas = dejetos caninos;

    III - de :  intensifica a palavra tudo, dando o significado à expressão de tudo: muitas coisas / óleo de bronzear - o de especifica o tipo de óleo a ser vendido;

    IV -  gente - pessoas  / gente - nós ( o autor se inclui nessa passagem do texto).

    Beijos e boa sorte:)

ID
326893
Banca
FUNCAB
Órgão
IDAF-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

      O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais.
      Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
       De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
       Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo. Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
       Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.

(RESENDE, Célia & LIMA, Ronie. JB Ecológico: 07 / 01/ 2008, p. 54)

No trecho: “Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa!” (parágrafo 4), a conjunção “E” está empregada para sinalizar a mesma relação existente entre as orações coordenadas de:

Alternativas
Comentários
  • O 'e' nesta questão representa uma conjunção adversativa, apontando uma oposição entre as orações. Por isso, a única resposta possível é a letra C.
  • Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. MAS como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa!

    c) Ela se revelou pouco a pouco, MAS nunca se revelou inteiramente.

    As duas conjunções "e" sinalizam a mesma relação adversativa, com o mesmo valor da conjunção "mas".

    Bons estudos.
  • A chave de todas as questões de conjunção é entender seu sentido( que é um saco). Como nosso colega falou,  ''e'' é uma conjunção aditiva, mas nessa frase está com um valor de adversativa, afirmando isso, trocaríamos o ''e'' por ''mas'', mantendo a correção gramatical.

    Uma dica para lembrar das CONJ. COOR. ADVERSATIVAS, lembrem da frase:

    Mas por TODAVIA entre CONTUDO.
    MAS
    POREM
    TODAVIA
    ENTRETANTO
    CONTUDO
    NO ENTANTO(n estando na frase, é lembrar na tora!)

    Abraços e bons estudos
  • O Macete
    Mais POCOTO 2EN
    POrem
    COntudo
    TOdavia
    ENtretando
    no ENtando

    Fica mais Facil pra lembrar POCOTO 2EN
  • CONJ. COOR. ADVERSATIVAS: quando apresentam uma ideia contrária ao fato anterior.

    São introduzidas pelas conjunções ou locuções coordenativas adversativas: MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO, E SIM, E NÃO etc.

    Ex:  “Você insiste em zero a zero
    e eu quero um a um” (e = mas)


    fonte: livro Vade-Mecum (professor: Fernando Moura)

  • ADVERSIDADE

  • Na letra C) a conjunção "e" exprime a ideia de OPOSIÇÃO, a mesma ideia exprimida na frase modelo da questão.


ID
330199
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Após duas semanas, mineradores chilenos são encontrados vivos

Um total de 33 mineradores presos há mais de duas semanas em uma mina no Chile, após um desmoronamento,
disseram estar todos vivos em uma mensagem enviada por meio de uma sonda de perfuração, afirmaram neste
domingo autoridades chilenas.
O presidente chileno Sebastián Piñera disse que um pedaço de papel foi amarrado a uma sonda usada pelas
equipes de resgate para perfurar até o local onde os mineradores estão localizados. Mas o governante ressaltou que
levará meses para tirá-los de lá.
“Os 33 de nós na câmara estão bem,” informou a mensagem, segurada por Piñera na televisão. “Levará meses
(para tirá-los de lá). Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,” afirmou Piñera.
Parentes se abraçaram e se beijaram quando a notícia da mensagem se espalhou pelo lado de fora da entrada da
mina, onde eles estão acampados desde o acidente, em 5 de agosto.

(Santiago (Reuters) http://br.reuters.com – 22/08/2010. Com adaptações)

No período: “Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,” “mas” e “para” estabelecem relações de sentido que indicam, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • MAS - conjunção coordenativa adversativa - introduz oração coordenada adversativa. 
    PARA - Conjunção subordinativa adverbial de finalidade. Introduz oração subordinada adverbial final
  • Complementando...

    As conjunções coordenativas adversativas ligam duas orações independentes e exprimem ideias contrárias, de oposição. São elas (principais): mas, porém, entretanto, no entanto, todavia, e contudo.

    O "para" exprime finalidade e engloba o grupo das conjunções subordinativas finaispara que, a fim de que, porque (=para que).

  • c) Oposição, finalidade. -correto: mas é conj. coord adversativa e é usada para opor uma ideia trazido pelo interlocutor. "para" é conj. subord adv final. Para saber se "para"é csa final, basta trocá-lo por "a fim de".
    Conjunção é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.
     Adversativas

    Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.

     Finais
    para que, a fim de que, porque [para que], que

    Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade,o objetivo da oração principal

        Aqui vai o livro para que o leia.
        Fiz-lhe sinal que se calasse.
  • Eu acho que há controvérsias.  "Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz"

    O termo "mas" não dá a idéia que está concordando. Não vejo idéia de oposição.
    Se analisármos somente a decoreba aí tudo bem, mas vejo outro sentido no contexto.


    Alguem pode me explicar melhor?
  • Na prática.

    Demorará, POR OUTRO LADO não importa o quanto demore A FIM de termos um final feliz.

    POR OUTRO LADO = OPOSIÇÃO
    A FIM = FINALIDADE

    sempre que der para substituir o "para" por "a fim de" é FINALIDADE.
  • Conjunção Coordenada Sindética Adversativa:
    - mas, porém, no entanto, entretanto, contudo, todavia.
    Conjução Subordinada Adverbial Final:
    - para que, a fim de.
  • Oposição, finalidade.

  • FGV vindo assim no começo, é porque o final será avassalador

  • Dá até medo marcar uma questão dessa vindo da FGV kkkkk


ID
331435
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar
de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a
memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem
guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família,
com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei
ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter
nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é
cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões
profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas,
as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as
notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também
preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)

“... e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca...”; a oração grifada traz uma ideia de:

Alternativas
Comentários
  • Conquanto é conjunção concessiva. Pode ser substituído pelo “embora”.
        Exemplo: Não demorei na festa, conquanto estivesse muito boa.
    Gabarito: E

    FONTE: site luta de um concurseiro
  • Não sou adepto de decorar todas as conjunções, mas DUAS pelo menos não pode esquecer!

    Conquanto = Embora
    Porquanto = Porque


    Não tem nem o que pensar na questão!
    É marcar concessão e partir pro abraço!

    []s
  • Discordo dos nobríssimos colegas acima.

    A conjunção que em sua carga semântica exprime sentido, simplesmente, opositivo é somente a COORDENADA ADVERSATIVA.

    A conjunção CONCESSIVA, exprime oposição vinculada a uma permissão (PERMISSÃO MEDIANTE UMA QUEBRA DE EXPECTATIVA)

    Ex. Eu esperava que você fizesse o dever de casa. Você não fez.. Apesar de (Conquanto/ Malgrado/Ainda que/ Embora) você não ter feito, eu permitirei que assista o desenho do POCOYO.

    Com essa visão apenas de OPOSIÇÂO pode-se incorrer em erro em algumas questões.  ( Cespe que o diga)

    Essa não é CESPE, mas já prova. Questão de concursos   Q210988

    Não só Como Bons Estudos a Todos 
  • Para embolar a cabeça dos bravos concurseiros... rs


    Existem porquanto, coquanto, contanto que e enquanto.



    Porquanto é causal.

    Conquanto é consessiva.

    Contanto que é condicional.

    Enquanto é temporal


    Na minha opinião, essas palavras não podem sair da cabeça quando se trata de oração subordinada adverbial. A banca cobra muito isso.
  • Alternatia "E" - conjunção concessiva. 

    A conjunção conquanto liga duas orações, sendo que a segunda contém um fato que não impede a realização da ideia expressa na oração principal, embora seja contrário àquela ideia (uma exceção).


  • CONquanto = CONcessiva

  • Dúvidas recorrentes:

    Porquanto--> Porque ( explicação)

    Conquanto--> Concessiva 

    #Ficaadica

  • Conquanto é sinônimo de Embora, que é a mais comum conjunção concessiva.

    segue no insta @jeanizidoroo

    Boa sorte!


ID
332329
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Se telefonar, não dirija

       O uso de telefones celulares revolucionou a comunicação
entre as pessoas de forma que muitos esqueceram como
vivíamos sem este aparelho fundamental à evolução da
espécie. Tão logo um cidadão adquire o santo instrumento
da felicidade humana, imediatamente se torna seu escravo.
Viciado em fazer ligações e responder imediatamente a
chamados.
      Qualquer dúvida, por mais banal que seja, torna-se uma
urgência inadiável. A mão se estende rapidamente ao celular.
A ligação é feita. Alívio geral. Na maior parte do dia, isso,
além de cômico, não faz muito mal. Exceto ao bolso.
      Caso a pessoa esteja dirigindo, no entanto, falar ao
telefone pode se transformar em tragédia. O estudo de
dados científicos realizado há cinco anos demonstrou,
claramente, a relação entre o uso do telefone celular e o
aumento do risco de acidentes automobilísticos graves.
      A maioria dessas pesquisas aponta para um momento de
4 a 5,9 vezes maior chance de o motorista se distrair e bater
o carro. Recentemente, foram disseminados ao redor do
mundo aparelhos capazes de garantir ao motorista a
possibilidade de continuar a sua conversa telefônica sem
precisar segurar o celular com uma das mãos. Os famosos
métodos hands free, ou mãos livres: são fones de ouvido
ligados diretamente ao telefone ou a tecnologia blue tooth,
conectados sem fio, e ainda equipamentos viva-voz. Todos
permitem telefonar mantendo as mãos ao volante.
      O problema parecia ter sido resolvido, mas estudos
publicados recentemente chamam a atenção para o perigo
dessas tecnologias. Umas pesquisa realizada na
Universidade do Arizona, em Phoenix, demonstrou que o
emprego de equipamentos hands free não conseguiu reduzir
de forma clara os riscos de acidentes automobilísticos. Basta
falar ao telefone, segurando ou não o aparelho, que este
risco aumenta em mais de quatro vezes. O estudo demons-
trou que dirigir enquanto se fala ao telefone tem o mesmo
nível de risco de acidentes que dirigir bêbado, intoxicado por
etanol.
      O problema do uso do celular ao volante não é das mãos,
mas de cérebro. Problema de foco e atenção. Quando um
indivíduo fala ao telefone, ele mobiliza uma parte importante
do cérebro, responsável pela capacidade de atenção.
      Os especialistas em segurança de trânsito sugerem leis
para banir totalmente o uso do celular ao volante dos carros.
Vai ser uma guerra contra os lobbies da indústria dos
celulares e de seus acessórios.

(Carta Capital, julho 2009)

“Qualquer dúvida, por mais banal que seja, torna-se uma urgência inadiável”; a oração sublinhada não equivale a:

Alternativas
Comentários
  • por mais banal que seja 

    Trata-se uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva (oposição)


    contanto que seja muito banal  - Trata-se de uma Oração Subordinada Adverbial Condicional.
  • Não consigo enxergar como sendo uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL, uma vez que não consigo identificar o verbo para o qual a oração estaria exercendo função de adjunto adverbial. Eu acertei a questão mas pelo visto foi com o pensamento errado hehehe. Fui pensando tratar-se talvez de oração coordenada sindética explicativa (a sublinhada), subordinada completiva nominal ou talvez até adjetiva explicativa. Mas adverbial eu realmente não entendi. Alguém pode ajudar? Obrigado! 
  • Bruno Nardelli,
    creio que o verbo em questão é "tornar".
    A dúvida provavelmente surge por ele aparecer após a oração subordinada adverbial concessiva. Invertendo a ordem fica mais fácil de enxergar:
    "Qualquer dúvida torna-se, por mais banal que seja, uma urgência inadiável."
  • GABARITO C.
    Com exceção da letra C (CONDICIONAL), as outras conjunções são concessivas. Vejamos:
     
    Conjunções subordinativas condicionais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, exprimem uma condição sem a qual o fato da oração principal se realiza (ou exprimem hipótese com a qual o fato principal não se realiza). As conjunções subordinativas condicionais são: se, caso, contanto que, a não ser que, desde que, salvo se, etc.

    Conjunções subordinativas concessivas são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, se referem a uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal, não implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências (expressão das oposições coexistentes). As conjunções subordinativas concessivas são: embora, mesmo que, ainda que, posto que, por mais que, apesar de, mesmo quando, etc.







ID
345544
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A educação possível 

A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que  
uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. 

   Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações  sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida  pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima  dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo  propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares  de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem  bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.   Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém  um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de  construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
   É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra  colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos  ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua  autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e  escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é  trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.  
  Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar,  ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento,  é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar,  escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.  
   No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de  conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer  bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar  como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio  benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”.  
   O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos  dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito  menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender  qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo,  frustrados.  
   Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.  Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à  minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o  currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam  articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto  incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns  com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.  
   Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que  inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito  simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós,  que os escolhemos e sustentamos.
(>Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)

“Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.” (6º§) De acordo com os termos destacados anteriormente, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  •  Correta B. - Orações Coordenadas Conclusivas: estabelecem conclusão. Exemplo: São todos cegos portanto não podem ver.

    São conjunções conclusivas: portanto, logo, por isso, pois, assim.
  • CONCLUSIVAS: logo, portantopois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. 

    EXPLICATIVAS:  que, porque pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo)

  • CONCLUSÃO:

                        

    POR CONSEGUINTE,        

    LOGO,        ASSIM

    PORTANTO,       

    ENFIM

    E  =       POR ISSO.    

     ENTÃO

     

     

    Q828445

    Destarte (desse modo)

     

     

    DICA:

     

    POIS precedido de vírgula e ANTES do verbo   = EXPLICATIVO

     

    POIS entre vírgulas e depois do verbo =   CONCLUSIVO

     


ID
345559
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A educação possível 

A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que  
uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. 

   Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações  sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida  pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima  dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo  propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares  de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem  bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.   Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém  um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de  construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
   É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra  colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos  ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua  autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e  escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é  trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.  
  Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar,  ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento,  é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar,  escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.  
   No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de  conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer  bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar  como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio  benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”.  
   O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos  dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito  menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender  qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo,  frustrados.  
   Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.  Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à  minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o  currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam  articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto  incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns  com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.  
   Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que  inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito  simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós,  que os escolhemos e sustentamos.
(>Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)

Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) Em “... enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes,...” (1º§), a expressão destacada indica tempo.

( ) Em “Dizem que nossa economia floresce,...” (8º§), a autora faz uso da linguagem conotativa.

( ) Em “só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.” (4º§), os termos destacados indicam condição.

( ) A eliminação das vírgulas altera o sentido do trecho: “No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar.” (5º§)

( ) Em “... mas a cultura, senhores, que inclui a educação...” (8º§), o uso da vírgula é facultativo.

A sequência está correta em:

Alternativas
Comentários
  • a) V - Nesse caso, "enquanto" é uma conjunção temporal.

    b) V - Ocorre conotação quando uma palavra é tomada em um sentido incomum ou figurado, nesse caso "floresce". Na frase, ela está empregada no sentido de "crescimento": "dizem que nossa economia cresce".

    c) F - O segundo "se" é um pronome oblíquo, apenas o primeiro é uma conjunção que indica condição.

    d) V - Oração adjetiva explicativa deve ser necessariamente separada por vírgulas, caso contrário ela se torna restritiva.

    e) F - A vígula é obrigatória para separar o vocativo.

    Letra C.

    Bons estudos.
  • Muito interrsante essa questão. Eu acertei, mas de qualuqer forma gostaria de indicá-la para comentário do professor e não tem como. 

  • Acredito que caberia um recurso, pois a conjunção " ENTRETANDO" empregada no texto indica ideia de adversidade!!!

     

    Na luta.... 

  • V - ENQUANTO = TEMPO

    V - ECONOMIA FLORESCE = LINGUAGEM CONOTATIVA

    F - 1º  SE - CASO, CONJUNÇÃO CONDICIONAL.  2º SE= PRONOME OBLIQUO ATONO

    V - Oração adjetiva explicativa deve ser necessariamente separada por vírgulas, caso contrário ela se torna restritiva.

    F - A vígula é obrigatória para separar o vocativo.

  • Complicado assimilar que a expressão "enquanto" tenha valor temporal, embora seja uma expressão sempre expressada nesse sentido. Porém o sentido, considerando o seu contexto, é de adversidade, que foi aplicada entre os "polpudos ganhos" dos deputados com os "salários escrachadamente humilhantes" dos professores.

  • Tive a mesma impressão que você, caro Alex. 

  • Esse Gabarito, eim! Acredito que seria mais correto a alternativa "E".
  • "Enquanto" conjunção proporcional. 


ID
354808
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                     A bola e o livro

A má distribuição de renda no país, os megapatrocínios, a idolatria constante na nossa cultura fazem surgir pessoas despreparadas para o uso de tanto dinheiro, enquanto escolas despencam, hospitais deixam de atender ao mais simples diagnóstico, aposentados choram pelo minguado aumento. Até quando isto vai continuar? A sociedade já não suporta ver estes “ídolos” na mídia. Por que os salários não são igualitários? Por que se concedem altos aumentos na política? Por que alguns artistas ganham a peso de ouro? Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares? Por que tanto interesse das empresas em patrocinar estes jogadores? Será que uma bola é mais valiosa que um livro?

(Maria Marta Nascimento Cardoso – Rio In Carta dos Leitores, O Globo 11/07/2010)

Em: “Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares?” A oração grifada estabelece, com a oração anterior, relação de:

Alternativas
Comentários
  • Errei a alternativa; optei pela "E"
    Explicação: A conjunção sub. adv. concessiva, cabe adequadamente no contexto:
    Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder    (embora, ainda que...)  sem ter ficado nos bancos escolares?”

    Conj sub adv condição: se, caso, desde que, a menos que...etc....??? não substitui bem...o que acham?

    Bons estudos
    • Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares?”
    Se eles não estudam, pq  os jogadores ganham dinheiro....(é uma hipótese)

    Condicionaisintroduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
    Se precisar de minha ajuda, telefone-me.

    Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,etc.
    Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 

    se fosse concessiva teria que ter uma afirmação. Eles não ficam 
  • Também me parece uma idéia de concessão!
    Pois se concessão são idéias contrárias, não há nada mais controverso do que ganhar muito dinheiro sem nenhum estudo!

    Bons estudos!
  • Pelo já exposto, o gabarito correto deve ser o que prevê como correta a letra "e".

    Não existe outra idéia na frase, somente a de concessão.

    Sem erro!
  • Apesar de aparentar uma ideia de concessão, a frase não tem nenhuma afirmação nesse sentido. A minha colega Cléo, foi muito feliz na sua colocação, ela está certíssima em afirmar que é estabelicida uma relação de condição.
  • Questão mal feita e de decoreba então. Porque  não sei qual a relação lógica entre ganhar muito dinheiro e poder, e não ir à escola.
  • Não tem nenhuma ideia de condição nessa oração. É uma clara concessão!! Com certeza o gabarito está errado. A frase pode ser reescrita sem alteração do resultado por: Por que, mesmo sem ter ficado nos bancos escolares, os jogadores ganham tanto dinheiro e poder? (ideia de concessão)
  • SEM = SE NÃO (CONDICIONAL)
    EX: Sem estudar, não passará (se não). Por que os jogadores ganham tanto dinheiro, se não frequentam a escola, se não estudam?
    Não teria como ter Concessão. Tentem substituir, FICARIA SEM SENTIDO: Por que os jogadores ganham tanto dinheiro, embora FREQUENTEM OS BANCOS ESCOLARES ?(TERIA DE TIRAR O SEM, o não tá embutido nele)

  • NÃO ENTENDI O PORQUÊ DA RESPOSTA.
  • Bruno Batista, infelizmente no mundo capitalista prevalace a lei da oferta e da procura.

    Para não desperdiçar o comentário, concordo com a colega que afirmou que concessão não pode ser referente a hipótese.

    Abraços!
  • Lembrando que "por que" separado significa "por qual razão"
    E "porque" junto pode ser causal, final ou explicativa.

    Um dos significados de SEM no dicionário é CONDIÇÃO.

    Sem
    [Do lat. sine.]
    Prep.
     1.     Indica falta, privação, exclusão, ausência, condição, exceção:
    Ex.: Não virei sem ele vir.

    Por qual razão jogadores ganham tanto dinheiro e poder (Or. Principal)
    sem ter ficado nos bancos escolares
    ? (
    Condicional)

    Podemos observar que é a condição NEGATIVA e INTERROGATIVA, o  que causa a confusão lógica/de relação.

    Por que ficam ricos? tendo como condição para isso a falta de estudo?
  • Caros estudantes da Língua Portuguesa. Gostaria de acrescentar que a expressão SEM QUE ou SEM + VERBO NO INFINITIVO pode indicar uma condição ou uma concessão. Para distinguirmos a diferença de sentido, temos de analisar o contexto:

    Nós lhe dávamos roupa e comida, sem que ele pedisse. (embora não= concessão)

    Nós lhe dávamos roupa e comida, sem ele pedir.  (embora ele não pedisse, nós lhe dávamos roupa e comida= concessão)

    Ninguém será bom cientista, sem que estude muito. (se não estudar muito = condição)

    Ninguém será bom cientista sem estudar muito. (se não estudar muito = condição)

    Na oração: Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares. A relação estabelecida só pode ser de concessão. Embora os jogadores não tenham ficado nos bancos escolares, por que eles ganham tanto dinheiro e poder.

    Só inverti a oração, mas a correlação verbal, a coesão e a coerência foram mantidas.

    Por isso não há dúvida que a alternativa correta seja a letra E. 

    P.S. Todos os exemplos foram retirados da Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.



  • Vejam, questão idêntica, mas com gabarito diferente. 

     

    Q212343

  • Cara, como é que você faz prova de uma banca que dá A MESMA QUESTÃO em provas diferentes EM UM MESMO CERTAME, mas elas tem respostas diferentes? COMO É POSSÍVEL ISSO?

  • Na concessão uma coisa independe da outra

    Exemplo: Ainda que não faça sol, irei à praia

     

    CONDICIONAL ( vamos aproveitar para estudar RLM)

    Se fizer sol, irei à praia

    Qual é a condição para eu ir à praia? FAZER SOL. E se não fizer sol? Simplismente não vou à praia. Vejam que na frase anterior não tem  a condição de fazer sol.

    Se você frequentar as salas de aula, conseguirá melhores salários.  CONDICIONAL

    Mesmo não frequentando as salas de aula, os jogadores têm excelentes salário. CONCESSIVA

    E se tem a mesma questão com mais de um gabarito, então a banca está maluca ou aconteceu um erro gráfico. 

     

  • VIDE O GABARITO DA MESMA Q212343

  • É uma condição, pessoal. O fato de "ter ficado nos bancos escolares" é uma condição para "ganham tanto dinheiro e poder". A autora está questionando justamente isso na pergunta da frase analisada. Que essa condição não foi preenchida.


ID
355348
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Grandes e pequenas mulheres

Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.
Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.
Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que apoia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.
Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.
Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.
Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco para assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.
Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.
Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
(Martha Medeiros)

Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.” A palavra destacada anteriormente exprime ideia de:

Alternativas
Comentários
  • "Mas" é uma conjunção adversativa, introduz uma oração que é o contrário (o avesso) do que seria a conclusão lógica.

    LETRA B
  • LETRA B - CORRETA   Trata-se de uma oração coordenada sindética adversativa

    As orações coordenadas sindéticas adversativas
     são aquelas que expressam um pensamento que se opõe, que contrasta com o anterior:

    • Estudava muito, contudo não passou no vestibular.
    • Tomamos todos os cuidados, não obstante engravidamos.

    São exemplos de conjunções coordenativas adversativas:

    Mas, porém, todavia, contudo, não obstante, entretanto, no entanto, etc.


ID
377071
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Está corretamente empregada a palavra destacada na frase

Alternativas
Comentários
  • LEtra b.
    Consertando as erradas:

    a)Constitue  Constitui uma grande tarefa transportar todo aquele material;

    c) Os fiscais reteram  retiveram o material dos artistas;

    d) Quando ele vir vier até aqui, trataremos do assunto;

    e) Se eles porem  puserem as pastas na caixa ainda hoje, pode despachá-la imediatamente

  • INDICATIVO
    Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
    eu requeiro eu requeri eu requeria
    tu requeres tu requereste tu requerias
    ele/ela requer ele/ela requereu ele/ela requeria
    nós requeremos nós requeremos nós requeríamos
    vós requereis vós requerestes vós requeríeis
    eles/elas requerem eles/elas requereram eles/elas requeriam
    RESPOSTA CORRETA: LETRA B, REQUERERAM, RECURSO PARA CONJUGAÇÃO: ONTEM.
    ONTEM, ELES OU ELAS REQUERERAM, OU SEJA, PASSADO PERFEITO:PP
  • Pessoal, 

    Cuidado!!!

    Verbos com terminação "uir"  têm formas escritas com " i ".

    EX : possuir - possui
    atribuir - atribui
    constituir - constitui

    Verbos com terminação "uar"  têm suas formas escritas com "e".

    EX: continuar - continue
    efetuar - efetue
    atenuar - atenue
  • a) Constitue Constitui (Verbo terminado em uir)
    b) Correta
    c) Reteram Retiveram (Verbo reter)
    d) Vir Vier (Verbo ir. Vir é futuro do verbo ver)
    e) Porem Puserem (Verbo por)

    Espero ter ajudado. Bons estudos.
  • GABARITO: B

    O verbo requerer não é conjugado como o verbo querer. No presente do indicativo, ele é conjugado assim: eu requeiro, tu requeres, ele requer, nós requeremos, vós requereis, eles requerem...; nas demais formas verbais, ele se conjuga como o verbo vender (veja, por exemplo, o pretérito perfeito do indicativo: eu vendi/requeri, tu vendeste/tu requereste, ele vendeu/requereu, nós vendemos/requeremos, vós vendestes/requerestes, eles venderam/requereram).

    Blz?
  • Pretérito Perfeito do Indicativo
    eu requeri
    tu requereste
    ele requereu
    nós requeremos
    vós requerestes
    eles requereram

  • O verbo requerer significa PEDIR/solicitar, portanto, conjuga-se de forma igual ao verbo PEDIR e não QUERER.

    Com exceção do Presente do Indicativo/Subjuntivo: EU Requeiro/QUE EU Requeira.

  • Verbo terminado em uir

    Constituir ---> ele constitui (certo); eles constituem (certo); ele constitue (errado)

    Possuir ---> ele possui (certo); eles possuem (certo); ele possue (errado)

    Construir ---> ele constrói (certo); eles constroem (certo); ele constroe (errado)

    Excluir ---> ele exclui (certo); eles excluem (certo); ele exclue (errado)

     

    b)

    c) Os fiscais retiveram

    d) Quando ele vier aqui [verbo VIR no futuro do subjuntivo]

    Diferente do verbo VER no futuro do subjuntivo

    >>> quando eu vir

    >>> quanto tu vires

    >>> quando ele vir

    >>> quando nós virmos

    >>> quando vós virdes

    >>> quando eles virem

    e) Se eles puserem as pastas na caixa ainda hoje


ID
392065
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Volta do bom selvagem A escolha do pobre Vanuatu como o país mais feliz reabre a questão: o que é felicidade?

Okky de Sousa Desde tempos remotos os pensadores tentam definir o que é felicidade. Para o filósofo grego Aristóteles, felicidade seria a manifestação da alma diante de uma vida virtuosa. Na semana passada, a ONG inglesa The New Economics Foundation contribuiu para esse debate com a divulgação de uma pesquisa que traz o ranking dos países onde as populações são mais felizes. O resultado é surpreendente. Seriam os americanos, donos da nação mais rica do planeta, os mais felizes? Nada disso. Os Estados Unidos ocupam um modestíssimo 150.º lugar na classificação. Que tal os italianos, sempre alegres, amantes da boa comida e da boa música? Não passam do 66.º lugar. Os brasileiros aparecem um pouquinho melhor na lista: 63.º posto. Segundo a pesquisa, feliz de verdade é o povo de Vanuatu, um pequeno arquipélago do Pacífico Sul, agraciado com o primeiro lugar na lista. Vanuatu é um país com 210.000 habitantes que vivem basicamente da agricultura de subsistência – colhem coco, cacau e inhame – e não têm acesso à água potável de qualidade. Apenas 3% da população possui telefone fixo, e a mortalidade infantil é de 54 óbitos a cada 1.000 nascimentos, o dobro do índice brasileiro.

A classificação de Vanuatu no topo do ranking dos países mais felizes se explica pelos critérios usados na pesquisa, que levam em conta apenas três fatores: expectativa de vida, bem-estar e extensão dos danos ambientais causados pelo homem em cada país. Como os vanuatuenses se satisfazem com muito pouco, não sabem o que é sociedade de consumo nem sacrificam o meio ambiente para produzir riquezas, acabaram levando a taça. A definição da ONG inglesa para felicidade, portanto, remete à figura romântica do "bom selvagem" criada pelo filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, que viveu no século XVIII. Rousseau enunciou que "o homem é originalmente bom até ser corrompido pela sociedade". Para a New Economics Foundation, o dito continua valendo. Os critérios utilizados na pesquisa produziram outras excrescências na lista de nações com população mais feliz. Entre os dez primeiros postos estão a Colômbia, país conflagrado por uma guerra civil e pelo narcotráfico, e Cuba, onde a população não tem o que comer e vive oprimida pela ditadura geriátrica de Fidel Castro.

A pesquisa da ONG inglesa surge na esteira de um burburinho provocado atualmente nos meios acadêmicos pelos adeptos da chamada psicologia positiva, cujo objetivo é justamente permitir às pessoas a conquista da felicidade. Psicólogos ligados a universidades americanas respeitadas como a Harvard e a da Pensilvânia pregam uma inversão nas técnicas tradicionais de terapia. Eles induzem seus pacientes a enxergar a si próprios não como um redemoinho de desejos frustrados e violências reprimidas, como ensinou Freud, mas como um repositório de forças positivas e virtudes potenciais capazes de abrir as portas para a felicidade. "Durante muitos anos só os falsos gurus da auto-ajuda escreveram sobre a felicidade. Queremos dar consistência e respeitabilidade a esse tema", diz o psicólogo Tal Ben-Shahar, que ministra o curso de psicologia positiva em Harvard.

Mas, afinal, o que a psicologia positiva entende por felicidade? Não se trata de uma pergunta fácil. "Felicidade é conhecer o melhor de nós mesmos" é uma resposta frequente. "As pessoas felizes em geral são casadas, cultivam muitas amizades e têm vida social intensa", tenta identificar o psicólogo americano Martin Seligman, autor do livro Felicidade Autêntica, já lançado no Brasil. Nenhuma resposta consegue contornar o fato de que felicidade é um conceito abstrato que provavelmente não tem correspondência no mundo real. Ser feliz significa viver isento de contratempos, o que só parece possível na visão que os religiosos têm do paraíso. "Momentos felizes são efeitos colaterais positivos da vida", define Adam Phillips, um dos mais conceituados psicanalistas ingleses da atualidade. "Mas o sujeito que se encaixasse no perfil ideal dos manuais de busca da felicidade seria um perfeito idiota", ele completa. Para saber o que é felicidade, só mesmo perguntando aos nativos de Vanuatu.


http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/volta_bom_se...

Como os vanuatuenses se satisfazem com muito pouco, não sabem o que é sociedade de consumo nem sacrificam o meio ambiente para produzir riquezas, acabaram levando a taça.”

A relação lógico-semântica estabelecida pelo conectivo destacado é a de

Alternativas
Comentários
  • Como no sentido de Porque é uma conjunção subordinativa causal. 

  • Como = já que = causa

    Gabarito B


ID
515032
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Medicina Aeronáutica: Uma Componente Aérea da Saúde Militar

                                                                       Coronel, Médico, José Maria Gouveia Duarte

                                               Tenente-Coronel, Médico, Rui Manuel Vieira Gomes Correia

                                     Tenente-Coronel, Médico, Simão Pedro Esteves Roque da Silveira

      À nossa volta tudo é movimento e instabilidade. Se o ser vivo, prodígio da harmonia, resiste a todas as agressões que o ameaçam e constantemente assaltam, é devido à entrada em ação de oportunos processos de adaptação e compensação, regidos pelo Sistema Nervoso, mas desencadeados pelo próprio distúrbio que se propõem corrigir. Porque ao movimento e instabilidade, ao desequilíbrio, responde o ser vivo na procura de um novo equilíbrio, adaptando-se e criando nova condição que resiste à mudança.

      E é desta sucessão de movimentos e equilíbrios que se faz a vida, onde quer que ocorra, e perante qualquer tipo de condições. A imensa maioria dos seres humanos está habituada a viver a menos de 2 500 metros de altitude. Apoiando-se diretamente no solo, subjugado pela força da gravidade, o Homem mantém-se num estado de relativa estabilidade no meio ambiente a que se foi adotando ao longo dos tempos, mas que lhe é favorável ao desenvolvimento das suas principais funções.

      Apesar da vontade de olhar a terra de um ângulo mais alto, as mais antigas observações do “mal das montanhas” cedo o fizeram entender que não poderia aceder, impunemente, ao cimo dos mais elevados montes do nosso planeta. Depois foram as subidas em balão que lhe permitiram estabelecer princípios claros dos acidentes a que se sujeitaria o Homem quando se elevava na atmosfera. É de então a primeira descrição do “mal de altitude”, caracterizado por problemas respiratórios e cardiovasculares, com náuseas após os 5 000 metros, com alterações nervosas progressivas, com cefaleias, astenia extrema e perda de conhecimento pelos 8 000 metros, tornando-se a morte provável se não se encetar rapidamente a descida!

      Contudo, ainda que preso ao solo pela gravidade, desprovido das asas dos muito admirados pássaros que invejavelmente evoluíam nos céus, o homem tinha, no entanto, um cérebro capaz de pensar e imaginar, sonhar e concretizar. E, ainda que com sacrifícios terríveis, capaz de realizar o sonho acalentado durante séculos: voar! (...). Passou-se do princípio de que toda a gente podia voar, para um outro, em que só aos perfeitos era permitida a atividade aérea.

      Na Medicina Aeronáutica, a seleção de pilotos baseia-se tanto em aspectos ligados à medicina preventiva como à medicina preditiva. Passa pelo conhecimento das circunstâncias que envolvem o ambiente em altitude (...), mas também das patologias que por esse ambiente podem ser agravadas ou desencadeadas e das condições físicas ou psíquicas que podem pôr em causa a adaptação do homem ao ambiente; mas passa também pelo conhecimento médico em geral, particularmente das patologias e condições capazes de gerar quadros de incapacidade, agravados ou não pela atividade aérea, numa base de conhecimento epidemiológico de forma a ser possível o estabelecimento de fatores ou índices de risco passíveis ou não de ser assumidos. Daí o estabelecimento de critérios de seleção para o pessoal navegante, e a necessidade de exames médicos e psicológicos de seleção e revisão.

      No meio militar, em que a exigência operacional se impõe de uma forma muito mais intensa, os aspectos ligados à seleção de pessoal assumem características mais prementes. Estamos perante alguém que se propõe operar um sistema de armas, em ambiente não natural para o homem (não fisiológico), sujeito a condições extremas de agressividade, cuja intensidade e variabilidade ultrapassam há muito os mecanismos de adaptação humana. Porque a aviação militar não trata apenas de transporte de passageiros em condições que se aproximam daquelas que se apresentam ao nível do solo. Ao combatente do ar pretende-se que vá mais alto, mais rápido e mais longe. Impõe-se um risco acrescido pela extensão dos limites a atingir e ultrapassar, desenvolvendo-se mecanismos de segurança que têm por objetivo quebrar ainda mais esses limites, mais do que garantir a segurança do operador. Impõe-se a exposição física e emocional ao risco, ao mesmo tempo que se exige a operação racional de sistemas complexos. Prolongam-se as missões para além da fadiga pela necessidade de projeção do poder. Confia-se o piloto à sua máquina em missões dominadas pela solidão, apenas quebrada via rádio. Espera-se que opere o sistema de armas com crítica e eficácia. E espera-se que retorne, para recomeçar dia após dia.

      Paralelamente à investigação médica no campo da seleção, cedo se percebeu que os aviadores também não recebiam apoio médico adequado. Não só os médicos militares não estavam preparados em áreas importantes da atividade aérea (fisiologia de voo, acelerações, desorientação espacial, medo de voar, sujeição a hipobarismo e hipoxia, etc.), como a cultura militar não previa a presença regular do médico junto do combatente. Por exemplo, para consultar o médico, o piloto necessitava de autorização do seu comandante. 

      O conceito de “flight surgeon” surge nesta sequência, com a necessidade sentida da presença de médico especialista nesta área do conhecimento junto das tripulações. A vida aeronáutica militar, pela sua especificidade, pelo risco inerente à operação nos limites da aeronave e do organismo humano, pela necessidade de aumentar a operacionalidade nos pressupostos de mais alto, mais rápido e mais longe, impunha a necessidade de melhor gestão dos recursos humanos, de maior apoio ao pessoal envolvido nas operações, de mais investigação no âmbito da adequação da interface homem-máquina, de mais e melhor treino, da vivência de situações simuladas, de ambientes equivalentes/próximos da operacionalidade real, da exposição em situações de segurança à altitude, acelerações, circunstâncias de menor ou alterada estimulação sensorial, etc.

      Mas surge também pela necessidade de médicos que conheçam os aviadores não só de forma global, mas também pessoal, com quem consigam estabelecer relações de proximidade e confiança, de forma a melhor avaliarem a prontidão, mas também a fazerem sentir a sua presença, numa atitude preventiva e de colaboração.

       E também a recuperação dos operadores, que se perderam atrás das linhas inimigas, ou que se vão perdendo por doença ou queda em combate, de forma a se tornarem novamente operacionais assume importância relevante na Medicina Aeronáutica. Daí o desenvolvimento de todo um outro conhecimento associado a outras áreas inicialmente não objeto direto da Medicina Aeronáutica – evacuações aéreas, apoio sanitário próximo, investigação de acidentes, diagnóstico e tratamento de doenças capazes de interferir com as aptidões para o voo, etc.

      O conhecimento especializado em áreas médicas e não médicas é requerido ao médico aeronáutico. As especialidades médicas de Otorrinolaringologia, Oftalmologia, Cardiologia, Neurologia, Psiquiatria/Psicologia, são de particular importância.

      O apoio a quem voa é, sem dúvida, cada vez mais um esforço de equipe. O especialista em medicina aeronáutica deverá ser capaz de, para além do conhecimento que lhe é exigido nestas áreas, comunicar com outros especialistas. Assim saberá tratar toda a informação, avaliar o impacto na saúde e estado do piloto, relacioná-lo com o meio e decidir acertadamente sobre a sua atual capacidade para o voo.

      Sendo a prioridade principal de qualquer Força Aérea a manutenção da prontidão operacional que lhe permita o cumprimento das missões que lhe são atribuídas, compete-lhe, portanto, o esforço exigido para a manutenção de aeronaves no ar, equipadas, e com tripulações treinadas e capazes de cumprir essa missão, com minimização dos riscos e menor custo em termos operacionais.

      A saúde das tripulações, o treino desenvolvido, a familiaridade com os ambientes são fatores que acentuam as capacidades de adaptação, as possibilidades de correção de erros e o bom resultado final da cada missão. A prevenção de incapacidades súbitas não esperadas, a condição sensorial do operador, o desempenho adequado em termos físicos, cognitivos ou emocionais, são fatores passíveis de prevenção ou de minimização em termos de riscos assumidos.

      Daí o interesse da medicina aeronáutica, como valência imprescindível de uma organização militar que opere meios aéreos. Não só nas vertentes de seleção de pessoal, como na formação, no treino, na investigação, na operação de simuladores, na programação de algumas missões, no apoio ao combate e no tratamento e reabilitação.

      Os médicos aeronáuticos colocados nas Unidades (Bases Aéreas) constituem a linha da frente da medicina aeronáutica e são, como tal, os primeiros responsáveis pelo apoio ao pessoal navegante. Todos estes médicos estão habilitados com o Curso Básico de Medicina Aeronáutica e cumprem horas de voo nas esquadras sediadas nessas bases. Possuidores de uma preparação clínica, que se pretende sólida, sentem e vivem no seu quotidiano os problemas próprios do voo.

      A sua tarefa na assistência ao pessoal navegante compreende o ensino e a demonstração da fisiologia de voo, a detecção precoce de alterações recuperáveis que possam interferir na aptidão para o voo ou com a otimização da condição física e psicológica para o desempenho das missões, o aconselhamento em termos de adequação das condições de cada tripulante às missões, a suspensão temporária da atividade aérea em casos de incapacidades súbitas e breves, a orientação para o Hospital ou o Centro de Medicina Aeronáutica de situações não passíveis de intervenção a nível da Base Aérea.

      Este estatuto de Flight Surgeon visa, sobretudo, influenciar todo o pessoal navegante que com ele convive diariamente a adotar estilos de vida baseados em medidas preventivas que conduzam à preservação do máximo das suas capacidades e da respectiva aptidão. O estabelecimento de relações de confiança e respeito mútuo entre o Pessoal Navegante e os médicos aeronáuticos é essencial para a eficácia da atividade aérea, permitindo o cumprimento escrupuloso da segurança de voo.

Texto adaptado de <http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=120> . Acesso em 27 jun. 2009

Assinale a alternativa cujos elementos destacados NÃO apresentam valor de acréscimo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A) “...constituem a linha da frente da medicina aeronáutica e são, como tal, os primeiros responsáveis pelo...” ===> conjunção subordinativa comparativa.

    B) “Não só nas vertentes de seleção de pessoal, como na formação, no treino, na investigação, na operação...” ===> não só...como (expressão que é classificada como conjunção coordenativa aditiva).

    C) “A seleção baseia-se tanto em aspectos ligados à medicina preventiva como à medicina preditiva.” ===> tanto..como (expressão que é classificada como conjunção coordenativa aditiva).

    D) “...das circunstâncias que envolvem o ambiente em altitude (...), mas também das patologias...” ===> locução conjuntiva coordenativa aditiva.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
516118
Banca
FUMARC
Órgão
BDMG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III

Uma boa charge política não precisa de exegese, exatamente como uma boa piada dispensa explicação. Portanto as palavras do cartunista Laerte (painel do Leitor, 15/03) em defesa do colega João Montanaro, de 15 anos, só me convenceram de que a obra chocante talvez seja candidata a ser pendurada num museu qualquer ou numa galeria. Montanaro é menor de idade. Quem foi o maior de idade que o contratou para exercer uma função tão significativa no dia a dia de qualquer jornal que se preza e que respeita os seus leitores?

(Paula Mavienko-sikar, São Carlos, SP, in Painel do Leitor , 18/03/2011)

Sobre a composição do texto III, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a)Uma analogia é uma relação de equivalência entre duas outras relações. As analogias têm uma forma de expressão própria que segue o modelo: A está para B, assim como C está para D.
    A (uma boa charge política) está para B (exégere), assim como C (boa piada) está para D (explicação).

    b) A conjunção “portanto” foi usada para introduzir uma conclusão relacionada à analogia apresentada na primeira frase do texto. A locução “sendo assim” estabeleceria a mesma relação semântica.

    "Uma boa charge política não precisa de exegese, exatamente como uma boa piada dispensa explicação. Sendo assim as palavras "

    c) A expressão “de 15 anos”, ao ser colocada entre vírgulas, ganha um destaque na frase. Trata-se de uma informação sobre João Montanaro indispensável para o propósito do texto. Veja que não se trata de uma informação redundante.

    d) a interrogação contribui para que se possa inferir a intenção de responsabilizar o problema para outrem que não o chargista Montanaro.

    Veja no texto III que a pergunta feita no final deixa claro que quem contratou o chargista Montanaro é o responsável: “Montanaro é menor de idade. Quem foi o maior de idade que o contratou para exercer uma função tão significativa no dia a dia de qualquer jornal que se preza e que respeita os seus leitores?”
  • Questão correta "C", resumindo, podemos chegar a conclusão que não existe nenhum redundancia na expressão "de 15 anos"

    Bons estudos
  • "de 15 anos" é um aposto


ID
516811
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia as frases abaixo e responda a questão que segue.

I. Como a ponte caiu, não pude seguir viagem.

II. Desde que cheguei, morro de saudade.

III. Tudo aconteceu como planejei.

IV. Serei vitorioso, desde que trabalhe muito.

V. Quanto mais o tempo passa, mais o sonho torna-se realidade.

As relações expressas pelos termos sublinhados nas frases acima são, respectivamente, de

Alternativas
Comentários
  • b) causa – tempo – conformidade – condição – proporção.


    Conjunções subordinativas:

    * Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como...

    Exemplo: O tambor soa porque é oco. [porque é oco: causa; o tambor soa: efeito].


    * Temporais: quando, enquanto, logo que, mal ( = logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que...

    Exemplo: Venha quando você quiser.


    * Conformativas: como, conforme, segundo, consoante...

    Exemplo: As coisas não são como (ou conforme) dizem.


    * Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não)...

    Exemplo: Ficaremos sentidos, se você não vier.


    *Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais... 

    Exemplo: À medida que se vive, mais se aprende.


    Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. São Paulo: Nacional, 2008. páginas 291 a 293.

  • Essas questões são boas, pois da para fazer por eliminação


ID
516925
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava  estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas

Alternativas
Comentários
  • Na primeira ocorrência, o conectivo “mas” expressa conteúdo de oposição: o vento batendo na cortina
    contrasta com o calor do apartamento. Na segunda, não tem valor de adversidade, mas de reiteração: o narrador diz que a personagem plantara “as sementes que tinha na mão, não outras”; logo, o trecho “mas essas
    apenas” enfatiza a informação dada.
    Resposta: E
  • É recorrente no Enem a análise de um mesmo termo em condições diferentes num mesmo texto. O advérbio “mas” aparece duas vezes no texto, porém em contextos diferentes. O primeiro “mas” tem o sentido de adição, ou seja, soma uma ideia à outra, no caso a frase anterior e a qual pertence (“O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Maso vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte”). O segundo tem o sentido de ênfase (“Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.”). A alternativa que responde a questão, então, é a letra E.
     
  • Nessa questão, o conectivo mas assume funções distintas em suas duas aparições. Na primeira como indicador de oposição (“O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo...”). No segundo assume caráter de adição (“Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas”). Logo, a opção E confirma essa função distinta do conectivo mas.

  • Fonte: QC

    Autor: Verônica Ferreira, Professora de Português, de Português, Redação Oficial, Literatura


    É recorrente no Enem a análise de um mesmo termo em condições diferentes num mesmo texto. O advérbio “mas” aparece duas vezes no texto, porém em contextos diferentes. O primeiro “mas” tem o sentido de adição, ou seja, soma uma ideia à outra, no caso a frase anterior e a qual pertence (“O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Maso vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte”). O segundo tem o sentido de ênfase (“Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.”). A alternativa que responde a questão, então, é a letra E.

  • Letra E

    Mas o vento batendo na cortina...

    ...nao outras, mas essa apenas.


ID
580948
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Japão lança nave movida pela energia do sol

'Pipa solar' será empurrada pela pressão da luz


    Na época de veículos "verdes", os ônibus espaciais estão indo para o ferro-velho e as primeiras "pipas espaciais" ou "veleiros solares", movidos apenas pelo sol, começam a aparecer.

    Nesta segunda-feira, às 18h44 (horário de Brasília), a Agência Espacial Japonesa (Jaxa) tentará lançar o primeiro veículo desse tipo, a sonda Ikaros, que chegará perto de Vênus movida por uma espécie de vela que gera movimento quando se choca com fótons – as partículas que carregam a luz.

    Quando chegar ao Espaço, a nave será parecida com um carretel, com a vela toda enrolada. Girando, em algumas semanas, o tecido – cerca de dez vezes mais fino que um fio de cabelo – se desdobrará, e o objeto ganhará a forma de um quadrado de 14 metros de lado com uma pequena carga útil no centro. A ideia é que a nave comece sua jornada devagar, mas que ganhe aceleração continuamente.

    Para dirigir a "pipa solar", os japoneses prepararam um sistema que aumenta ou diminui a reflexão nas bordas do tecido, fazendo com que um lado ou outro acelere mais. Também será levado a bordo, para testes, um jato propulsor movido a gás e energia solar que consegue mudar a trajetória da sonda.

    Como não terá estrutura para sustentar as velas, a nave Ikaros irá contar com a força centrífuga – que faz pressão de dentro para fora – para manter o tecido esticado. Serão colocados quatro pequenos pesos na ponta da vela para puxá-la para fora, e a nave ficará eternamente girando sobre si mesma.

    Grande parte da trajetória do Ikaros será paralela à da sonda Akatsuki, que analisará a atmosfera de Vênus e entrará em órbita nesse planeta. A nave solar, contudo, seguirá adiante e dará a volta em torno do sol. Como não utilizam combustível, as naves que se movem apenas pela luz são uma grande esperança em viagens especiais muito longas, impossíveis de serem feitas com os foguetes tradicionais.

    Duas tentativas de lançar veículos como o Ikaros já foram feitas, mas tiveram problemas no lançamento. No final de 2010, a Planetary Society – uma das maiores ONGs do mundo dedicada à astronomia – pretende colocar no Espaço a sonda LightSail-1, também para testar a tecnologia da "navegação solar".

    O nome Ikaros, apesar de ser uma sigla (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation Of the Sun ou "Nave-pipa Interplanetária Acelerada pela Radiação do Sol") lembra o personagem da mitologia grega Ícaro.

    Segundo a lenda, o jovem alçou voo usando uma asa fabricada com penas e cera, mas se inebriou com a sensação de deixar o chão e chegou perto demais do sol. Suas penas derreteram e ele caiu no mar, morrendo afogado.

    Os engenheiros japoneses, é claro, esperam que a história da nave-pipa tenha um final diferente.

(DefesaNet/17 maio 2010) 

Leia o trecho abaixo. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a palavra ou expressão que NÃO pode substituir o vocábulo destacado.

Como não utilizam combustível, as naves que se movem apenas pela luz são uma grande esperança em viagens espaciais muito longas, impossíveis de serem feitas com os foguetes tradicionais."

Alternativas
Comentários
  • Aditivas

    Indicam uma relação de adição à frase. Unem palavras de mesma função sintática. São elas: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como e etc.

    Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. 


ID
581008
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho abaixo, analise as afirmações e marque V para verdadeiro ou F para falso. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Havia muitas pessoas aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos, entretanto, o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson afirmou que o processo ainda está em fase ascendente, e não há previsão para que o fenômeno acabe. “Realmente não existe possibilidade de dizer quando a erupção vai parar”.


( ) Na primeira oração, há elipse do sujeito.

( ) A conjunção destacada pode ser substituída por todavia.

( ) “Aguardando” é o verbo de uma oração adjetiva.

( ) A vírgula após “ascendente” é dispensável.

( ) A oração destacada é classificada como subordinada adverbial final. 

Alternativas
Comentários
  • A

    F/ V/ V/ V/ F

  • ( V ) “Aguardando” é o verbo de uma oração adjetiva.

    (

    Havia muitas pessoas / que aguardavam a possibilidade de abertura dos aeroportos

    Oração Principal / Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

    =>

    Havia muitas pessoas / aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos

    Oração Principal / Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Reduzida de Gerúndio

    )

  • A oração destacada na vdd é completiva nominal

    Previsão sempre será "previsão de que?"

    Tiver errado, liga nós

  • Da para matar a questão nas 2 primeiras

    ''Havia muitas pessoas aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos''--(HAVER) verbo impessoal= sem sujeito

    ENTRETANTO=CONJUNÇÃO ADVERSATIVA(MAS,PORÉM,NO ENTANTO,TODAVIA)

  • Para resolver a questão bastava saber duas coisas:

    Havia muitas pessoas aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos, entretanto, o geofísico islandês Magnus Tumi..

    1. Haver com sentido de existir é impessoal e não tem sujeito! (ou seja, se não tem sujeito, ele não está elíptico)
    2. Entretanto é conjunção adversativa , logo pode ser substituída por outra conjunção adversativa( Todavia)

    Com isso, a única alternativa que começa com é a letra A (gabarito da questão)

    A- F/ V/ V/ V/ F


ID
587611
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

REMÉDIOS
Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etiologia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medicamentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Doméstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se automedicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas.

“As drogas medicinais oudrogas da virtude", prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação."
No texto há um conjunto de elementos que se prendem a termos anteriores a fim de produzir coesão (ligações formais e semânticas) entre esses elementos. A indicação INCORRETA de um desses termos é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    a) Correta. Usavam produtos nativos na formulação dos remédios europeus (=sua formulação)

    b) Incorreta. Só é citada uma espécie de droga: drogas medicinais (também conhecidas como drogas da virtude). A concordância se dá com a espécie de droga mencionada anteriormente. O particípio encontra-se no plural concordando com drogas medicinais.

    c) Correta. Eram manipuladas por boticários. 'Por' faz a ligação entre a forma verbal (eram manipuladas) e seu agente (boticários)

    d) Correta. Mesmo sujeito = boticários.

    e) Correta. O pronome relativo 'que' se refere exatamente ao sujeito da oração, boticários.

  • eu errei a questão por entender que "sua formulação" refere-se a drogas medicinais.

    (...) Drogas medicinais eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação.

    Obs.: Concordo que a alternativa b está errada, mas não consegui entender a alternativa a.

  • Gabarito: B

    Não são dois tipos de drogas. ´É um tipo e ele explica entre vírgulas essa droga.

  • Na minha opinião, "sua" se refere a "drogas medicinais" e não a "remédios europeus".

  • Como o item a está correto? Não faz o menor sentido “sua formulação” se referir a remédios europeus e não a drogas medicinais.
  • Questão péssima! não desista, a letra A está errada mesmo.

  • Opção A absurda. Se o remédio é importado, como vai usar algo pra formular ele se ele já está pronto?

  • INCONFORMADO COM O GABARITO

  • Vamos pedir comentário do professor, pois a letra A poderia ser gabarito também, eu acho.


ID
587614
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

REMÉDIOS
Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etiologia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medicamentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Doméstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se automedicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas.

“Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Doméstica".
Se reescrevermos essa frase do texto de modo a manter o seu sentido original, teríamos como INADEQUADA a seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Mas tb é sinônimo de entretanto, não entendo a resposta ter sido a C. Me parece que todas estão corretas. O único detalhe na C é que não tem a vírgula no mas. Seria esse o erro?

  • Gabarito: C

    Não sei... só sei que foi assim...

    #ninguémvaimeparar

  • O "mas" pode estar sendo um conectivo de adição.


ID
587617
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

REMÉDIOS
Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etiologia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medicamentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Doméstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se automedicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas.

A alternativa em que o conectivo em destaque tem seu valor semântico corretamente indicado é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Adição: Assim como, também, e...

  • É o mesmo problema da Q1619301.


ID
609991
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Chesf
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

APELO

   Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

   Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada.

    Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

 (TREVISAN, Dalton. Apelo. In: BOSI, Alfredo, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo, Cultrix/Edusp. 975. p. 190.)



Em qual das alternativas abaixo NÃO se verifica a presença de um conector e de seu referente?

Alternativas
Comentários
  • Prezados, ja que esta questão foi anulada, porque vcs não retiraram essa questão ???

ID
612193
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído de um outdoor e, a seguir, assinale a alternativa gramaticalmente INCORRETA

Bebeu e está dirigindo?
Desculpe a intimidade, mas a viúva é bonita?
Dirigir e beber é suicídio. Não brinque no trânsito.
.

Alternativas
Comentários
  • Sou gamado em jovens viúvas...

    Só uma consideração sobre a frase

    "Dirigir e Beber é suicídio"

    Temos nesse caso um sujeito representado por infinitivos.

    a) Quando não há determinante, o verbo fica no singular:

    "Olhar e Ver era para mim um ato de defesa"

    b) Havendo determinante, o verbo irá para o plural:

    "O lutar e o vencer constituem a nossa meta"

    c) Quando os infinitivos exprimem ideias opostas então o verbo vai para o plural

    "Rir e Chorar quase sempre contagiam"

    Além disso

    Viúva é acentuado porque é um hiato (vi-ú-va) de u ou i sozinho ou seguido de s (pa-ís)
    Suicídio é acentuado porque é uma paroxitona terminada em ditongo.

  • DIRIGIR e BEBER exercem a função de SUJEITO.
  • por favor alguém expliuqe com mais clareza que eu ñ estou conseguindo entender
  • Dirigir e beber é suicidio.    
    Nesse caso, "dirigir e beber" exercem função de sujeito composto (pq tem dois núcleos) e jamais poderiam ser objetos pq o verbo presente na oração (é) é um verbol de ligação que liga o sujeito ao seu predicativo, portanto, nesse caso, não temos objetos diretos.
    Bons estudos!!!



  • Realmente a alternativa C me deixou em duvida e ainda estou:

    Vejamos:

    Dirigir e beber é suicídio - foi informado que (Dirigir e beber)é sujeito

    Mas no meu entendimento coloquei desta forma: É suicidio Dirigir e beber , logo, o que é suicidio? beber e digirir = Obj.


    Por outro lado  A expressão NO TRÂNSITO  apresenta todas as caracteristicas de Adjunto Adverbial de lugar, pois indica uma circunstancia e modificando o sentido do verbo.

    Certo Galera QC?


  • Aurélio, para existir objeto direto teríamos que ter um verbo transitivo direto. Que não é o caso do verbo é, pois ele é um verbo de ligação.
  • Ola,
    Entendi a resposta e os comentarios. E realmente nao tenho duvidas que a Opcao C e a alternativa errada.
    Fiquei somente confusa na alternativa D, a expressao NO TRANSITO  identifica um adverbio de lugar? por quë?
    Penso que o verbo "brincar", ele e um verbo intransitivo? ou um verbo transitivo indireto?...QUEM BRINCA, BRINCA COM ALGUEM...nesse caso pede preposicao...ou ele e intransitivo??? fiquei confusa?
  • BEBER e DIRIGIR são sujeitos oracionais.

  • é prestar atenção na pergunta é alternativa incorreta = beber é dirigir desempenha função de sujeito o verbo é !


ID
612268
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A expressão “assim que” no texto a seguir denota relação de : Assim que escurecer vou namorar.

Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
Com um marido invisível.

( http://pensador.uol.com.br/autor/adelia prado/)

Alternativas
Comentários
  • conjunção temporal: assim que

ID
613303
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BRB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O item a seguir apresentam fragmentos de texto adaptados do sítio www.revistatemalivre.com. Julgue-os quanto à correção gramatical.

Restavam ao governo português duas alternativas para aumentar a liquidez do sistema e financiar os gastos. Uma delas, que consistia em promover a elevação do valor de face da moeda, ainda que possibilitasse um aumento nominal do estoque de moeda, apresentava custo político elevado, já que, na prática, ocasionaria a depreciação do poder de compra da moeda.

Alternativas
Comentários
  • Item correto. 

    A dúvida poderia existir na concordância do verbo 'restar' logo na primeira oração. Concorda com o sujeito 'duas alternativas'. Reescrevendo:

    Duas alternativas restavam ao governo português..."
  • GABARITO: CERTO

      Olá pessoal, 


       Questão sobre diversos aspectos gramaticais. Está correta gramaticalmente a estrutura do fragmento.

    Bons Estudos!!!!
  • Uma dica normalmente quando a questão tem muitos períodos intercalados, separados por vírgulas, estão corretos. A banca tenta fazer confundir , dificultando. É o mesmo pensamento questão muito fácil , no cespe, normalmente está errada e questão muito difícil que aparentemente não tem nada haver está correta.
  • Não entendi o trecho que fala "...de face da moeda" . Achei que estivesse errada nesse ponto!

  • Fiquei em dúvida quanto à correlação entre os tempos verbais na seguinte frase:

    Uma delas apresentava custo político elevado já que ocasionaria a depreciação do poder de compra.

            Pretérito imperfeito do indicativo                             Futuro do pretérito 

    Pelas correlações que havia decorado, a frase estaria incorreta, mas interpretando percebi que está correta!
  • Wellington,

    O valor de face é o "valor de uma obrigação, nota ou outro título como expresso no certificado ou instrumento. Apesar do preço das obrigações flutuar a partir do momento de emissão até o seu resgate, elas são resgatadas no prazo de vencimento pelo seu valor de face, a menos que tenha ocorrido default. O valor de face é o montante sobre o qual o pagamento de juros é calculado. Por exemplo, uma obrigação com valor de face de $1.000 e juros de 10% paga $100 ao ano."


    http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=3052
  • Detalhe ao governo português não é o sujeito, pois não existe sujeito preposicionado.

    Como o colega já falou o verbo (restavam) vai concordar com o sujeito duas alternativas


    GABARITO:CERTO
  • Não se tem sujeito preposicionado.abç

  • Achei estranha, muita repetição, mas... gabarito é gabarito.

  • Após "financiar os gastos" não deveria ser dois pontos no lugar de ponto final?

  • Valeu Luiza, pela explicação! Assim como o Wellingthon, eu não havia entendido o trecho "de face da moeda" e achei também que estava incorreto :/

  • As repetições de "moeda" não são incorretas, apenas deselegantes.

  • achei que deveria, após o e, haver um para construindo um paralelismo:para aumentar a liquidez do sistema e_para_ financiar os gastos

  • O enunciado da questão tem erro gramatical kkkkkk.O item a seguir APRESENTAM

  • Chutei, não faria se fosse no concurso, da CESPE.

  • Pensei que tinha um erro de correlaçao verbal entre possibilitasse e apresentava.

     

  • Eu me sinto idiota estudando portugues. Não entendo nada com nada.

    Tirava notas excelente na escola publica. Hoje descubro que eu não era excelente o ensino que era precário.

    Mas vamos pra cima. 

  • correto, mas não usaria o termo ' já que' em uma redação.. 

  • ''promover a elevação'''  Pensei que tivesse crase =(

  • O que eu achei estranho foi o fato dele usar a preposição de mais o artigo definido a na primeira e terceira vez que ele fala "da moeda", como se ele quisesse definir que não era uma moeda qualquer. Contudo, na segunda vez que ele fala sobre moeda, ele não usa o artigo definido a, aparentemente era como se ele falasse de uma moeda qualquer. Eu errei por isso.

    Observem:

    Restavam ao governo português duas alternativas para aumentar a liquidez do sistema e financiar os gastos. Uma delas, que consistia em promover a elevação do valor de face da moeda, ainda que possibilitasse um aumento nominal do estoque de moeda, apresentava custo político elevado, já que, na prática, ocasionaria a depreciação do poder de compra da moeda.

  • Restavam ao governo português duas alternativas para aumentar a liquidez do sistema e financiar os gastos. Uma delas, que consistia em promover a elevação do valor de face da moeda, ainda que possibilitasse um aumento nominal do estoque de moeda, apresentava custo político elevado, já que, na prática, ocasionaria a depreciação do poder de compra da moeda.

    1-) Quem restava, restava A ALGUMA COISA - VTI

    2-) Restava o quê? Duas alternativas (sujeito)

    3-) Uma delas? aumentar a liquidez do sistema e financiar os gastos

    4-) que = as quais (consistia em promover a elevação do valor de face da moeda)

                                                oração subordinada adjetiva EXPLICATIVA

    5-)

    CONCESSIVAS: embora, conquanto, posto que, ainda que, mesmo que, mesmo com, apesar de que, não obstante, a despeito de, por mais que, se bem que, malgrado - leva o verbo para o subjuntivo

     

     

    6-) uma delas: apresentava custo político elevado

    7-) CAUSAIS: como e com (início de período) pois que, porque, visto que, já que, por causa, uma vez que, devido a, na medida em que, em virtude de

    8-) na prática: adjunto adverbial de modo (vírgula facultativa)

    9-) ocasionaria (Futuro do Pretérito – hipótese)

  • duas alternativas restavam ao governo português...

    o RESTAVAM está certo

  • O governo português não é o sujeito, pois não existe sujeito preposicionado.

  • Cogitei que tivesse um erro de correlação verbal entre possibilitasse e apresentava.Mais alguém percebeu isso?

  • Aquele medo de marcar que está certo por que não encontrou erro!

    "Restavam" concorda com "duas alternativas".

  • pensei que tinha erro de correlação verbal.

    Correto seria:

    Possibilitasse.....Apresentaria

    Imperfeito do subjuntivo + Futuro do pretérito

  • EXAMINADOR REPROVADO:

    O item a seguir apresentam fragmentos de texto adaptados do sítio www.revistatemalivre.com.

    CERTO:

    O item a seguir apresenta fragmentos de texto adaptados do sítio www.revistatemalivre.com.

  • Se não está na ordem direta, porque não está com vírgula?


ID
613306
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BRB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O item a seguir apresenta fragmentos de texto adaptados do sítio www.revistatemalivre.com. Julgue-o quanto à correção gramatical.

Outras alternativas, menos problemáticas, seriam a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo. Essa solução teria sido apresentada por um nobre à D. João VI durante a viagem da Corte Portuguesa da Europa para o Brasil. Desde o século XVII eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.

Alternativas
Comentários
  • "Errada"

    Correção: apresentada por um nobre a D. João VI. Note a retirada da crase, proibida antes de masculino.
  • Além do acento grave inadequado, por não ter ocorrido crase, há mais um problema gramatical: depois do adjunto adverbial "Desde o século XVII", deveria ser empregada a vírgula, uma vez que ele foi deslocado para o início da oração.
  • Outras alternativas, menos problemáticas, seriam a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo. Essa solução teria sido apresentada por um nobre à D. João VI durante a viagem da Corte Portuguesa da Europa para o Brasil. Desde o século XVII eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.
    O verbo concorda com o sujeito da oração. Neste caso, o verbo ser não está concordando com o sujeito da oração que é A EMISSÃO DE PAPEL MOEDA.
  • GABARITO: ERRADO

      Olá pessoal,


      Há dois erros de crase na construção, a saber:

    1. no segmento “atender as necessidades”, deve ser indicado sinal de crase, porque “atender”, no caso, está empregado como “dar atendimento”, exigindo preposição “a”; de outro lado, “necessidades” é palavra feminina, exigindo artigo “as”, logo deve ser corrigido para “... atender às necessidades”.
    2. no trecho “...teria sido apresentada por um nobre à D. João VI...”, não deve haver crase, porque D. João VI é expressão masculina, e não existe crase antes de expressão masculina.

    Espero ter ajudado. Bons estudos!!!!

    Fonte: 
    http://professormenegotto.blogspot.com/
  • Galera, de cara já tem um erro de concordância, visto que, o segmento inicia com  "Outras alternativas, menos problemáticas, seriam", porém o autor só cita uma alternativa, vejam: "Outras alternativas, menos problemáticas, seriam a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo.

    Seria necessário outra alternativa além da emissão de papel moeda para que a concordância ficasse correta, ou colocar o sujeito e o verbo no singular.
  • Essa questão tem no mínimo uns 5 erros, bem que o cespe poderia colocar apenas 1. Com tantos erros a chance errar é bastante baixa.
    Eu acertei porque vi alguns erros e passei batido em outros
  • Um dos erros gritantes é o emprego de crase antes do nome masculino. 
  • Gabarito errado...

    Forma correta: Outras alternativas, menos problemáticas, (SERIA) a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender (ÀS) necessidades de gastos do governo. Essa solução teria sido apresentada por um nobre (A) D. Jõao VI durante a viagem da Corte Portuguesa da Europa para o Brasil. Desde o século XVII eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.
  • Além dos erros apontados pelos colegas, também é necessário vírgula para isolar o adj. adverbial deslocado no último período, portanto, a frase ficaria correta se fosse escrita da seguinte forma: Desde o século XVII, eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.
  • Errado
    Outra alternativa, menos problemática, seria a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender às necessidades de gastos do governo. Essa solução teria sido apresentada por um nobre a D. João VI durante a viagem da Corte Portuguesa da Europa para o Brasil. Desde o século XVII, eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.
  • o verbo ATENDER nesse caso foi empregado como VTDI... "as necessidades" NÃO precisa ser craseado pois no caso está atuando como objeto direto de atender. Veja:

    ...banco emissor capaz de atender (VTDI) as necessidades (OBJETO DIRETO) de gastos do governo (OBJETO INDIRETO).

    Atender O QUÊ? = AS NECESSIDADES
    DE QUEM? = DOS GASTOS DO GOVERNO.


  • O verbo "Atender" pode ser:

    Intransitivo:

    Já toquei a campainha, mas ninguém atende.
    Aquele advogado atende muito bem.

    Transitivo Indireto no sentido de levar em consideração o que alguém diz:

    • Atenda ao que lhe digo.
    • “Não atendera aos amigos, fora entregar-se a impostores” (Graciliano Ramos)
  • O verbo atender é VTD e VTI


    Eu marquei errada porque não se usa crase antes de nome próprio masculino.

  • Outras alternativas, menos problemáticas, seriam a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo.

    A emissão de papel moeda seria somente uma alternativa. E as outras?Pela crase antes do nome próprio masculino e ainda pela ausência de crase em atender às necessidades. Por esses motivos marquei   E
  • ATENDER - REGÊNCIA:


    Atender alguém - Transitivo Direto (sem preposição):

    • Por que o senhor não atendeu o repórter?
    • A professora atendeu os alunos um por um.

    Atender alguma coisa - Transitivo Indireto (preposição a)

    • O novo produto atende às exigências do mercado.
    • Já atendemos aos apelos dos usuários.

    Obs.: Atender não aceita, como complemento, o pronome lhe(s), exigindo o(s) e a(s).

    • O chefe o atenderá mais cedo.
    • Nossa secretária já recebeu os pedidos e os atenderá amanhã.

  • "apresentada por um nobre a D. João VI..."

    quem apresenta, apresenta algo A alguém ( regência do verbo, pede preposição A) ...

    D.João VI , não tem regência pedindo artigo A 

    DICA: para sabermos se pede regência, podemos criar uma nova frase.

     Ex: D. João VI viajou muito --->  correto.

     A D. João VI viajou muito ---> errado ( Não faz sentido colocar o artigo A ).

    Outra observação é que não existe crase antes de palavras masculinas.

  • Além dos diversos erros citados pelos colegas, tem o pleonasmo de "outras alternativas".

    "Outra alternativa” é pleonasmo, pois alter já significa “outro”. Diga, apenas, “alternativa”. Há também uma diferença entre “alternativa” e “opção”. A rigor, “alternativa” se aplica a uma possibilidade de escolher apenas entre duas questões. “Opção” é quando há mais de duas possibilidades de escolha.

  • ERROS:

    1) "Atender ÀS necessidades".... visto que, quando se trata de "coisa", a palavra 'atender' requer preposição. Mas quando se trata de "pessoa", não. Exemplo: Paulo atendeu ao telefone para atender cliente. 

    2) "A D. João VI", não vai crase pq é palavra masculina.

    3) Após "DESDE O SÉCULO XVII, deve haver vírgula, pois o adjunto adverbial está deslocado (o normal é ficar no final da frase, caso em que não vai vírgula).


  • "...à D. João..." - crase antes de substantivo masculino. Em assertivas do CESPE UM ERRO APENAS já invalida a questão.

  • Outras alternativas, menos problemáticas, seriam a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo. Essa solução teria sido apresentada por um nobre à D. João VI durante a viagem da Corte Portuguesa da Europa para o Brasil. Desde o século XVII eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.

     

    Crase diante de pronome de tratamento [ERRADO]

  • Essa solução teria sido apresentada por um nobre AO D. João VI durante a viagem da - Não se usa crase antes de palavra ou sujeito masculino.

  • ERRADO

     

    Parei de ler na primeira crase faltante.

  • Dois ERROS:

    Primeiro : não se usa crase antes de sujeito masculino à D. João V

    Segundo: Quem vai a volta da Crase á: durante a viagem da Corte Portuguesa 

  • Desde o século XVII eram feitas ...

    Tinha que ter vírgula depois de XVII

  • Séria interessante se eles botassem aonde estava o erro, depois de respondido.

  • erro esta na crase (à)  D. joão .....correto... a D joão

     

  • Tem erro de concordância também, pois Outras alternativas seriam.... mas ele só dá uma.
  • ñ acredito que errei isso: UMA CRASE. choro

     

  • ah, crase bendita!!!

  • Errada.

     

    Segundo o Prof Alexandre Soares.

     

    Correção:

     

    ---> apresentada por um nobre a D. João VI. ( sem crase)

    ....> ..."para que SE criassem..."

    ....> "atender as necessidades" (o professor não chegou a mencionar se estava errado.") 

     

    Potanto, só as duas prmeiras. 

     

  • Gente, ali depois de: Desde o século XVII ( , )(essa vírgula tbm não seria obrigatória?) 

    É adjunto adverbial de longa extensão. 

  • "Outra alternativa,menos problemática,seria a ...atender às necessidades...por um nobre a D.João VI"

  •  

    A crase é obrigatória porque o verbo atender, na acepção em que surge na frase apresentada , rege a preposição a. Quer o vocábulo esteja no singular (a) quer no plural (as), temos de fazer sempre a contracção. Assim: «atendemos à necessidade»/«atendemos às necessidades».

     

    NO entanto, cuidado:

    O verbo pode surgir sem preposição quando tem o sentido de:

    a) «receber alguém em casa, receber em entrevista ou em consulta»; ex.: «Hoje não atendo ninguém que me procure»; «O director atendeu o candidato»; «O médico atendeu a doente no fim da consulta.»

    b) «procurar saber o que um cliente deseja e servi-lo, satisfazendo o seu pedido»; ex.: «Só havia uma empregada para atender os clientes.»

     

    https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-regencia-de-atender/25080

  • Identifiquei erro de concordância, erro quanto ao uso da crase, além do adjunto adverbial de grande extensão (segundo o CESPE, com mais de três palavras, é obrigatório o uso da vírgula)

  • Só na leitura do primeiro período já se identifica um erro de concordância.

    Outras alternativas, menos problemáticas, seriam a emissão de papel-moeda por meio da criação de um banco emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo.

  • O único erro que percebe foi a crase antes da palavra masculina que e proibido.... acertei, mas preciso estudar mais.

    Não desista com fé em Deus passaremos!!!

  • Gabarito: ERRADO

    no trecho “...teria sido apresentada por um nobre a D. João VI...”, não deve haver crase, porque D. João VI é expressão masculina, e não existe crase antes de expressão masculina.

    no trecho “...Desde o século XVII eram feitas sugestões aos reis portugueses para que se criasse instituições bancárias.

    Explicação: Professor Alexandre Soares

  •  Desde o século XVII, eram feitas sugestões aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias.

  • Gab: Errado

    Crase antes de palavra masculina

  • atender

    referir a alguma coisa: "a" é obrigatória. Atender ao telefone (questao)

    referir a uma pessoa: "a" é facultativa. Atender o cliente

  • Atender às (prep. regência do verbo atender + artigo) necessidades.

    Atenção!!! Atender a coisa: preposição obrigatória.

    Atender a pessoa: facultativa.

  • Falou em alternativa "S" , porém só apresentou uma.

  • mas eu achei que "brando" fosse pegadinha...e aí?


ID
617440
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cada período abaixo é composto pela união de duas orações.
Em qual deles essa união está de acordo com a norma - padrão?

Alternativas
Comentários
  • a) A exposição a que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. ERRADA.
    Quem se refere se refere A alguma coisa.

    b) Mora em Recife o pesquisador que os cujos postais estão sendo expostos. ERRADA.
    O pronome relativo cujo e suas variações estabelece uma relação de posse.

    c) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. CORRETA.

    d) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou. ERRADA.
    Não é uma relação de posse.

    e) O assunto que pelo qual o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. ERRADA.
    Quem se interessa se interessa POR alguma coisa.
  • (A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês.
     
    O verbo “referir” rege a proposição “a”, por isso o pronome relativo “que” deve vir juntamente com essa preposição: “a que”.
     
    Correção: A exposição a que o pesquisador se referiu...
     
     (B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos.
     
    O pronome relativo “que” refere-se a um termo anterior. No caso da frase da alternativa (B), o pronome “que” refere-se ao termo “pesquisador”.
     
    Veja que, substituindo o “que” pelo seu referente, a frase fica sem sentido: O pesquisador os postais estão sendo expostos.
     
    Quando há essa relação de posse, o pronome relativo que deve ser usado é “cujo”.
     
    CorreçãoMora em Recife o pesquisador cujos postais estais sendo expostos.
     
     
    (C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.
     
    Os postais eram elaborados nos estúdios. Veja que há, em relação aos termos “eram elaborados” e “os estúdios”, a preposição “em”.
     
    Essa preposição deve aparecer antes do pronome relativo “que”: em que eram elaborados...
     
     
    (D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou.
     
    O pronome relativo “cujo”, conforme falamos na alternativa (B), deve ser usado quando há um relação de posse.
     
    Na frase da alternativa (D), não há essa relação. Veja que fica incoerente dizer que a exposição do sucesso alcançou.
     
    CorreçãoFoi impressionante o sucesso que a exposição de cartões-postais alcançou.
     
     
    (E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo.
     
    O verbo “interessar” rege a preposição “por”. Essa preposição deve vir juntamente ao pronome relativo.
     
    O mesmo ocorre com a preposição “a” na alternativa (A) e o “em” na alternativa (C).
     
    CorreçãoO assunto pelo qual o pesquisador se interessou traz...
  • a) a que = na qual   (referir-se "a")

    b) o pesquisador cujos postais   (relação de posse) 

    c) em que = onde    (indica lugar)

    d) que a  (não tem relação de posse, logo não se usa "cuja") 

    e) por que = pelo qual  (interessar-se por)

  • Pessoal o "que" é pronome relativo universal.

    O fato da "b" estar errada não é por ele ter sido usado em vez do cujo, mas sim pela falta da preposição "de" que deveria antecedê-lo.

    Bons estudos.

  • Gabarito: C

    Onde eram elaborados os postais? Nos estúdios. Logo pede a preposição em + artigo os. "nos estúdios..."

  • Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.

    GAB: C


ID
627535
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os anônimos

   
 Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe". Seu nome: Branca de Neve.
     A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos.
     Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.


(Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses) 

Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento. (errado)
    ...., de cujo...
    b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esqui- var. (certo)
    Quem se esquiva, se esquiva DE algo.
    c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso. (errado)
    ... da qual...
    Quem participa, participa de algo.
    d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama já conhecida de Branca de Neve. (errado)
    ... da qual...
    e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão depender todas as demais. (errado)
    ... de que...

  • Pessoal, por favor: me ajudem a responder esse tipo de questão.
  • Marcus Peterson, o comentário acima do seu é bastante elucidativo e esclarecedor. Está de acordo com a maneira de proceder para se chegar à resposta. Verificando a regência de cada verbo.


    OBS: alguém por favor, e na minha página de recados, pode me orientar sobre como fazer menção ao nome de alguém de modo que o mesmo fique com o formato de link para o perfil da pessoa citada? Ou seja, citei o nome do Marcus mas desejo saber como faço para que fique em azul.
  •  a)O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento. (errado)
    Veja: Talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento do símbolo...
    .
    .


    b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esqui- var. (certo)
    Muita gente (...) não consegue se esquivar do vício (de um vício). Quem se esquiva, se esquiva DE algo.
    .
    .

    c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso. (errado)
    ... da qual...
     O personagem (...) participa da trama. Quem participa, participa de algo.
    .
    .


    d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama já conhecida de Branca de Neve. (errado)
    ... da qual...
    Toda a trama decorreria da decisão.
    .
    .


    e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão depender todas as demais. (errado)
    Todas as demais irão depender da ação. Quem depende, depende de alguma coisa.

  • Rafael Lopes, que delícia de explicação foi essa, simples e sem o "blábláblá" técnico habitual.

    Adorei, obrigada!

  • b-

    Esquivar é verbo transitivo direto reflexivo e indireto. Quem esquiva, esquiva-se DE algo. 

  • a) quem tem conhecimento, tem conhecimento DE algo ---> rege preposição DE.

    b) quem se esquiva, esquiva-se DE algo ---> rege preposição DE.

    c) quem participa, participa DE algo ---> rege preposição DE.

    d) toda trama decorreria DE QUÊ? de uma decisão. ---> rege preposição DE.

    e) quem depende, depende DE algo ----> rege preposição DE

  • a) quem tem conhecimento, tem conhecimento DE algo ---> rege preposição DE.

    b) quem se esquiva, esquiva-se DE algo ---> rege preposição DE.

    c) quem participa, participa DE algo ---> rege preposição DE.

    d) toda trama decorreria DE QUÊ? de uma decisão. ---> rege preposição DE.

    e) quem depende, depende DE algo ----> rege preposição DE