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ID
1987381
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           A bomba-relógio dos lixões

   A escola municipal infantil construída sobre um lixão desativado em Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo, e o deslizamento do morro do Bumba, em Niterói (RJ), representam só a ponta de um iceberg. Não se conhece ao certo a extensão dessa ameaça ambiental subterrânea.
   Em décadas passadas, não havia no país capacidade técnica para administrar de forma adequada resíduos tóxicos de origem industrial e doméstica. O usual era depositá-los a céu aberto, sem impermeabilização do solo, em lixões desprovidos de limites precisos. Aterrados, ficaram disponíveis para a expansão urbana e terminaram ocupados por favelas, parques e até escolas.
    A remediação do problema, no Estado de São Paulo, começou para valer só no século 21. Em 2002, a Cetesb – Companhia Estadual de Saneamento Ambiental – publicou a primeira relação de áreas contaminadas, com 255 locais. Com a identificação paulatina de mais e mais terrenos contaminados no passado, em seis anos a lista saltava para 2 514 pontos de contaminação.
   Na capital do Estado encontram-se 781 dessas áreas. A grande maioria (657) são postos de combustíveis com vazamentos. Mas há 21 depósitos de lixo relacionados e nada menos que 11 680 áreas potenciais de contaminação, cujo risco ainda carece de investigação e avaliação – o que em geral ocorre quando se solicita à prefeitura uma licença de mudança de uso, por exemplo para construção de imóveis.
    Não foi o caso da escola paulistana, inaugurada em 1988. Em 1999, a área foi oficialmente declarada como contaminada. Em 2006, medições constataram alta concentração do gás metano, com risco de explosão. Em 2007, decidiu-se que a escola seria fechada, e os alunos, transferidos, mas eles ainda estão lá.
   Não basta, já se vê, fazer mapeamentos. É preciso que o poder público aja de maneira tempestiva para afastar ao menos os riscos que já são conhecidos.
                                                                                              (Folha de S.Paulo, 16.04.2010)

Em – ... e os alunos, transferidos, mas eles ainda estão lá. – o sentido da conjunção destacada é o mesmo que se verifica na conjunção destacada em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito a idéia de oposição ==>MAS, CONTUDO, ENTRETANTO, TODAVIA, PORÉM, NO ENTANTO, NÃO OBSTANTE...)

     a)O lugar é perigoso, todavia os moradores não querem sair de lá.

  • Mas:

    É usado principalmente como conjunção que introduz uma contrariedade, uma adversidade. Dica: Na dúvida, teste com outras conjunções equivalentes, como porém, contudo, todavia, entretanto. Se o sentido for o mesmo, pode ficar tranquilo e escrever MAS.

    Ex:

    – Hoje acordei animado, mas não quis ir trabalhar. ou (Hoje acordei animado, contudo não quis ir trabalhar.)

    – Já tenho muitos livros, mas não consigo parar de comprar outros. ou (Já tenho muitos livros, entretanto não consigo parar de comprar outros.)

    Mais:

    É, na maioria das vezes, um advérbio de intensidade e corresponde ao contrário de “menos”. Faça a troca mentalmente e veja se é esse o caso. Se for, escreva MAIS sem medo de errar.

  • GABARITO: LETRA A

    → ... e os alunos, transferidos, mas eles ainda estão lá.  → temos uma conjunção coordenativa adversativa, procuramos a que tenha esse mesmo valor:

    a) O lugar é perigoso, todavia os moradores não querem sair de lá. → temos uma conjunção coordenativa adversativa;

    b) Como o lugar é perigoso, as pessoas foram retiradas de lá. → conjunção subordinativa causal, pode ser substituída por: JÁ QUE, VISTO QUE....

    c) O lugar é perigoso, portanto as pessoas devem ser retiradas de lá. → conjunção coordenativa conclusiva.

    d) O lugar é tão perigoso que as pessoas deverão ser retiradas de lá. → tão...que (depois do Tesão vem a consequência... ele é tão perigoso que a consequência é ter que retirar todas as pessoas de lá).

    e) Se o lugar é mesmo tão perigoso, as pessoas deverão sair de lá. → conjunção subordinativa causal, pode ser substituída por JÁ QUE, VISTO QUE; observem que O FATO DO lugar ser tão perigoso FAZ QUE as pessoas devam sair de lá.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Conjunções adversativas = mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, se não obstante, aliás..