RESPOSTA "B"
Vejamos:
Entretanto, a sociologia e a antropologia vêm mostrando há algum tempo a não existência de uma “natureza humana” atávica, universal e, consequentemente, a não universalidade desses modelos e representações acima referidos pregnantes entre os saberes “psi”, e que eles podem não só variar de uma cultura para outra e através dos tempos, mas entre as classes sociais também. Quando os psicólogos transpõem suas técnicas e teorias psicológicas para o atendimento da clientela que freqüenta as instituições públicas de saúde, geralmente pertencentes às classes populares, partem do pressuposto de que essa população compartilha da mesma visão de mundo, das mesmas representações e modelo de subjetividade. Inúmeros trabalhos já se encarregaram de mostrar que a diversidade cultural entre psicólogos e usuários - pertencentes geralmente a diferentes grupos sociais - também tem implicação no que tange ao modelo de subjetividade próprio a cada um (Freire Costa, 1987). Além disso, que nas classes populares existe uma maneira própria de expressão dos conflitos - “ a doença dos nervos “, muito comum na realidade de Teresina, que em muito se diferencia da racionalidade presente no modelo psicológico dominante entre os profissionais.
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v3n1/a04v03n1.pdf