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ID
2057752
Banca
COMVEST UFAM
Órgão
UFAM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir:

Se a exploração de cassiterita tem defensores, não faltam também os críticos. Muitos acusam-na de criar uma riqueza passageira, que beneficiará principalmente as empresas multinacionais, restando apenas os imensos buracos no coração da selva amazônica. A eliminação da garimpagem realmente tirou de Rondônia sua fase de fartura, quando alguém podia entrar de mãos vazias numa área de exploração e retornar dias depois com dinheiro até a cintura e uma pistola 45 na mão. De 1967 a 1971, os valentes homens do garimpo transformaram a fisionomia de Porto Velho, que se tornou uma cidade onde o dinheiro corria farta e irresponsavelmente. Até hoje, na cidade, uma corrida de táxi, por mais curta, é sempre muito cara. É um testemunho abrupto daqueles tempos em que os garimpeiros alugavam carros, fechavam bares, restaurantes, casas noturnas e se sentiam um pouco donos do mundo. Julgados por padrões civilizados, aqueles tempos eram verdadeiros abscessos.

(Do livro “Amazônia, a última fronteira”, de Edilson Martins, p. 68. Adaptado.)

Sobre o texto, foram feitas as seguintes afirmativas:

I. O autor se sente decepcionado com o declínio de Porto Velho, após o encerramento do período da garimpagem.

II. O pronome “na” (em “acusam-na”, no segundo período do texto) se refere à exploração da cassiterita.

III. Existe ditongo nasal nas palavras “transformaram” e “muito” e ditongo oral decrescente em “restaurante”.

IV. A separação silábica da palavra “abrupto” é “a-brup-to”, enquanto a de “abscessos” é “abs-ces-sos”.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe dizer por que o item III está incorreto?

  • O item III está correto. Os itens errados são I e o IV. Divisao silábica de abrupto é Ab_rup_to
  • Ditongo nasal é aquele com som nasal e pronúncia fechada e podem ser representados por vogal e semivogal (mãe, pão, cão, mãos) ou pelas vogais A e E seguidas de M (falam, batem, alguém, põem), pronunciado ora pelo boca ora pelo nariz. No caso em questão, transformaram = vogal A seguida de M (não aparece escrita a semivogal no ditongo em (ẽi) e am (ãu)) e muito = ditongo com vogal U e semivogal I. 

    Restaurante - ditongo oral pronunciado totalmente pela boca e decrescente porque a pronuncia da sílaba res-tau-ran-te - AU (vogal + semivogal) = vogal A é mais forte e a semivogal U é mais fraca.

     

  • I. O autor se sente decepcionado com o declínio de Porto Velho, após o encerramento do período da garimpagem. INCORRETA! Nao, pois no texto percebe-se que ele é contra a garimpagem.

     

    II. O pronome “na” (em “acusam-na”, no segundo período do texto) se refere à exploração da cassiterita. CORRETA! "Se a exploração de cassiterita tem defensores, não faltam também os críticos. Muitos acusam-na de criar uma riqueza passageira, {...}" = "Muitos críticos acusam a exploraçao de cassiterita de criar uma riqueza passageira"

     

    III. Existe ditongo nasal nas palavras “transformaram” e “muito” e ditongo oral decrescente em “restaurante”. CORRETA! "transformaram" = trans-for-ma-ram (am = ãu); "muito" = mui-to; "restaurante" = res-tau-ran-te ("a" = vogal + "u"= semi-vogal = ditongo decrescente, ou seja, do som mais forte para o mais fraco). 

     

    IV. A separação silábica da palavra “abrupto” é “a-brup-to”, enquanto a de “abscessos” é “abs-ces-sos”. INCORRETA! "a-brup-to" (incorreta) > "ab-rup-to" (correta); já "abs-ces-sos" (correta). Sempre se separa por hífen quando o prefixo termina com "b" ou "d"  (ex: sub, sob, ab, ad, etc) e a palavra seguinte começa com "r" (ex: rupto, renal, rogar, reitor, etc).

     

    GABARITO: C

  • Camila valeu pela explicaçao.

  • Eu diria que o item I está incorreto porque o texto não mostra o declínio após a garimpagem, mas sim o "legado" da garimpagem na cidade, digamos assim. Porto Velho declinou a partir de 1967 a 1971, como o autor coloca no texto.

  • " O pronome "na" " Achei que era uma pegadinha, já que o pronome é o "a" , que se transforma em "na" por motivo fonético.