SóProvas


ID
2061853
Banca
INAZ do Pará
Órgão
Prefeitura de Itaúna - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão

    Num dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho, tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ela ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se curiosa:

    - Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?

    - Estou redigindo a minha tese de doutorado, disse o coelho sem tirar os olhos do computador.

    - Humm... E qual é o tema da sua tese?

    - Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

    A raposa ficou indignada:

    - Ora! Isso é ridículo! Nós, as raposas, é que somos os predadores dos coelhos!

    - Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.

    O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouvem-se uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor e depois o silêncio. Em seguida o coelho volta sozinho e mais uma vez retoma os trabalhos no notebook, como se nada tivesse acontecido

    Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve saber do que se trata, antes de devorar o coelhinho:

    - Olá, meu jovem coelho. O que o faz trabalhar tão arduamente?

    - Minha tese de doutorado, Sr. Lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os piores predadores naturais dos lobos.

    O lobo não se conteve e caiu na gargalhada com a petulância do coelho:

    - Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...

    - Desculpe-me, mas se você quiser, eu posso apresentar a prova da minha tese. Você gostaria de me acompanhar à minha toca?

    O lobo não consegue acreditar na sua sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois, ouvem-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta a dedilhar o teclado de seu laptop, como se nada tivesse acontecido...

    Dentro da toca do coelho, vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e peles de diversas exraposas e, ao lado destas, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado e sonolento, a palitar os dentes.

MORAL DA HISTÓRIA:

Não importa quão absurdo é o tema de sua tese.

Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico.

Não importa se os seus experimentos nunca chegarem a provar sua teoria.

Não importa nem mesmo se suas ideias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos.

O que importa é quem é o seu orientador.

Autor desconhecido

Qual a função sintática do termo sublinhado em: “Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?”?

Alternativas
Comentários
  • Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.  Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso.

    Não fale tão alto, Rita!
                                 Vocativo

    Senhor presidente, queremos nossos direitos!
      Vocativo

    A vida, minha amada, é feita de escolhas.
                  Vocativo

     

  • Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?            OBS.  Vocativo, pois é um termo independente, logo não é um termo obrigatório.

     

    Gabarito:B

  • Vai uma dica simples para ajudar os colegas.

     

    Nesse tipo de frase que tem o nome de alguém, geralmente quando o nome está entre vírgulas é um vocativo. 

     

    Exemplo: Dimas, ajude-me nessa questão! ( o "Dimas" não é o sujeito, pois o sujeito é "eu" que é retomado pelo pronome "me"

     

    Exemplo: Você é muito chato, Fabiano. 

     

    Gabarito B

  • Uma dica para o vocativo,  se você tirá-lo, a frase não  perderá o sentido, ele vai vir tbm entre vírgula como se fosse uma explicação

  • Gab. B

     

    Simplificando:

     

    VOCATIVO = falo COM ALGUÉM (relação de interlocução)

    APOSTO = falo DE ALGUÉM

     

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • Segue um exemplo para melhor compreenção do assunto.

    SUJEITO x VOCATIVO

     

    O SUJEITO é o termo que pratica a ação do verbo, enquanto que o VOCATIVO é uma forma de se dirigir à pessoa que vai ouvir (ou ler) a oração. A dica para diferenciar os dois é a seguinte: o vocativo, na maior parte das vezes, estará isolado com vírgula (ou com pontos de exclamação ou de interrogação). O sujeito, por outro lado, nunca estará ao lado de um verbo junto com uma vírgula ou qualquer outro tipo de pontuação.

     

    Veja o exemplo:

     

    Zilda precisa parar de fumar. 

     

    Quem precisa parar de fumar? Resposta: Zilda. Logo, Zilda é o sujeito da oração (porque é ela quem precisa parar de fumar). Perceba que não existe vírgula ou ponto de exclamação ou de interrogação entre Zilda e o verbo ("precisa"). 

     

     

    Agora, veja estes exemplos:

     

    Zilda, precisa parar de fumar. 

     

    Zilda! Precisa parar de fumar!

     

    Zilda... precisa parar de fumar.

     

    Nesse caso, a pessoa que está mandando Zilda parar de fumar está falando diretamente para ela (é como se você parasse de frente para Zilda e falasse para ela: "Zilda, precisa parar de fumar"). Ou seja: Zilda é um vocativo. Observe que Zilda sempre aparece marcada com algum tipo de pontuação (vírgula, exclamação, reticências).