SóProvas


ID
2061856
Banca
INAZ do Pará
Órgão
Prefeitura de Itaúna - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão

    Num dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho, tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ela ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se curiosa:

    - Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?

    - Estou redigindo a minha tese de doutorado, disse o coelho sem tirar os olhos do computador.

    - Humm... E qual é o tema da sua tese?

    - Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

    A raposa ficou indignada:

    - Ora! Isso é ridículo! Nós, as raposas, é que somos os predadores dos coelhos!

    - Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.

    O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouvem-se uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor e depois o silêncio. Em seguida o coelho volta sozinho e mais uma vez retoma os trabalhos no notebook, como se nada tivesse acontecido

    Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve saber do que se trata, antes de devorar o coelhinho:

    - Olá, meu jovem coelho. O que o faz trabalhar tão arduamente?

    - Minha tese de doutorado, Sr. Lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os piores predadores naturais dos lobos.

    O lobo não se conteve e caiu na gargalhada com a petulância do coelho:

    - Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...

    - Desculpe-me, mas se você quiser, eu posso apresentar a prova da minha tese. Você gostaria de me acompanhar à minha toca?

    O lobo não consegue acreditar na sua sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois, ouvem-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta a dedilhar o teclado de seu laptop, como se nada tivesse acontecido...

    Dentro da toca do coelho, vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e peles de diversas exraposas e, ao lado destas, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado e sonolento, a palitar os dentes.

MORAL DA HISTÓRIA:

Não importa quão absurdo é o tema de sua tese.

Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico.

Não importa se os seus experimentos nunca chegarem a provar sua teoria.

Não importa nem mesmo se suas ideias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos.

O que importa é quem é o seu orientador.

Autor desconhecido

Em: “Poucos instantes depois ouvem-se uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor e depois o silêncio”, a respeito da forma verbal ouvem-se é correto afirmar que ela:

Alternativas
Comentários
  • Poucos instantes depois é ad adv.

    Ouvem-se significando perceber sons com o ouvido (escutar) é verbo TD na voz passiva sintética/pronominal.

    Uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor parecem objeto direto, mas são o sujeito da oração.

    Uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor foram ouvidos...

  •  {“Poucos instantes depois} {ouvem-se uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor} {e depois o silêncio”}

            Adj. Adv. de Tempo       VTD + pronome apassivador      Sujeito Composto (paciente)                 ?

     

    O verbo "ouvir" neste caso é VTD, no sentido de escutar (algo ou alguma coisa), entao ele tem sujeito e está na voz passiva sintética (verbo principal + pronome apassivador "se"). Só não consegui decifrar o que é na oração a frase: "e depois o silêncio".

     

    Alguém para ajudar a esclarecer a questão?

  • Sujeito composto posposto ao verto, a concordância poderá ser lógica ou atrativa. O verbo poderá concordar com "Uns ruídos indecifráveis"(ATRATIVA) ou com "Uns ruídos indecifráveis e alguns grunidos de dor"(LÓGICA). Acho que a alternativa 'B' também está correta. Se alguém puder acrescentar algo, agradeço. ..."e depois o silêncio." É outra oração com o verbo ouvir implícito.

  • Camila focoforçafe... bem explicado...

  • Devemos começar a análise do peíodo pelo VERBO.

    "ouvem-se" : VTD ,pois quem ouve,ouve algo.

    E o que é ouvido?

    "ruídos indecifráveis e alguns grunidos"

    O SE nesse caso é partícula apassivadora ,dá para passar para voz passiva analitica:

    "ruídos indecifráveis e alguns grunidos são ouvidos".

    Dessa forma fica mais fácil enchergar a relação entre o sujeito composto e o verbo!

    espero ter ajudado!

  • SE é um pronome apassivador. 

  • enXergar é com x, pelo amoooorrrr... 

  • Questão deveria ser anulada, pois temos duas respostas corretas (A e B).

    No caso da questão,como o verbo estar anteposto ao sujeito composto, ele poderá concordar com o mais próximo (atração) ou concordar com ambos. Porém, se a oração estivesse posposto ao verbo, ele, obrigatoriamente, deveria ir para o plural concordando com o sujeito composto. 

     

  • A particula "se" é pronome apassivador.

  • Opções A e a B estão cerretas concordo com o Uriam.

  • Cida, compreendo o que você está falando. Contudo, acredito que o que tornou a alternativa B errada foi o emprego do "APENAS" na frase.  

  • Cida South e Uriam Sousa,

    A afirmativa da questão "b" indica que o verbo está concordando apenas com ruídos indecifráveis. Percebam que a regra diz que quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, admite-se concordância com o núcleo mais próximo, mas isto não siguinifica que o verbo não mantém relação com o segundo núcleo, no caso desta quetão.

    Assim, afirmar que o verbo matém relação apenas com o núcleo mais próximo tornou a questão errada.

     

  • 1. A regra que o Uriam Sousa citou, de concordância rígida ou concordância atrativa, serve apenas para a flexão verbal de número (singular ou plural) em relação ao verbo. Porém, os dois sujeitos estão no plural {uns ruídos indecifráveis} e {alguns grunidos de dor}, então neste caso, o verbo é obrigado a flexionar no plural independente se usarmos a concordância atrativa ou rígida. 

     

    2. A questão pede a forma verbal do verbo "ouvir" - ouvem-se, ou seja, quer saber a função sintática do "ouvem-se" na oração, e a alternativa B traz a palavra APENAS, indicando que há somente um sujeito na oração {uns ruídos indecifráveis}, o que a torna incorreta, porque o verbo "ouvem-se" se relaciona sintaticamente com os dois sujeitos (sujeito composto): uns ruídos indecifráveis e alguns grunidos de dor.

     

    Bom estudo a todos!

  • Débora, acho que vc se equivocou na sua explicação.. como pode ser um PIS? O SE está como função de PA

  • Kelly Figueiredo concordo plenamente com vc! A Débora Mota se equivocou ao dizer que o pronome apassivador "SE" da voz passiva sintética do verbo "ouvir" - "ouvem-se" é o índice de indeterminação do sujeito. Se fosse isso, como o próprio nome já diz, não haveria sujeito expresso e neste caso há e ainda é sujeito composto: "[...] uns ruídos indecifráveis e alguns grunidos de dor [...]". O sujeito só pode ser indeterminado, com o índice "se" de indeterminação do sujeito, se o verbo estiver na 3ª pessoa do SINGULAR e se for V.T.I. ou V.I., ex: vive-se (V.I.), gosta-se (V.T.I.), entre outros. Neste caso, o verbo "ouvir" - "ouvem-se" é V.T.D. e está na 3ª pessoa do plural. Quando há V.T.D. + "se" (pronome apassivador) teremos SEMPRE voz passiva sintética.

     

    Bom estudo a todos!!!

  • Questão complicada. Embora o "ouvem-se" concorde com "ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor", se o "algum grunhido de dor" estivesse no singular, continuaria requerendo o "ouvem-se" no plural. Ao meu ver, tanto A como B estão corretas!

  • VTD + SE ----------> SE = PRONOME APASSIVADOR ------------> O VERBO CONCORDA COM O SUJEITO.

    No caso temos um sujeito composto, com dois nucleos.

  • Wanessa, exatamente indo por aí: Se fosse "um ruído indecifrável" continuaria no plural, pois o sujeito é composto

  • Sujeito composto anteposto: o verbo vai para o plural.


    Ex. A definição dos projetos e a aprovação das medidas dependerão dos
    parlamentares.

     

    Sujeito composto posposto: o verbo vai para o plural ou concorda com o
    núcleo mais próximo.


    Ex. Dos parlamentares dependerá a definição dos projetos e a aprovação
    das medidas. 
    Ex. Dos parlamentares dependerão definição dos projetos e a aprovação
    das medidas.

     

    Fonte: Gran Cursos Online