Questão Q699743

Texto I

O Relacionamento Aberto

(Por Gregorio Duvivier)

“Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria Tolstói em “Anna Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira.”

Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente. E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: “Valia a pena tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”.

Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os — mesmo que, em ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação.

Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece que esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma porta aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede.

O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por paixão.

Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove meses por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento intermunicipal costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha no final de semana.

O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de trancados, ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser.

Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não, não. Estou num relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em 2017, assim como as ombreiras e a pochete.

Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima coisa a voltar pode ser o Crocs.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml . Acesso em: 18/07/2016)

Ao participarem da estrutura sintática dos textos, as orações estabelecem entre si relações de sentido. Desse modo, em “Há relacionamentos cuja abertura é sazonal” (6º§), a oração destacada cumpre o seguinte papel:

Alternativas

caracteriza um substantivo

completa o sentido de um verbo

indica circunstância, possui caráter adverbial

exerce a função de sujeito

Comentários

Gregório?! ta esquerdando é IBFC?
A frase em destaque CUJA ABERTURA É SAZONAL, "caracteriza um substantivo" (gabarito letra A) porque tem valor de adjetivo, e o adjetivo dá uma caracteristica a palavra "relacionamentos" da frase.
Texto muito inteligente e atual, não importando a ideologia do autor (até porque se fosse um autor de esquerda, só que desconhecido, não haveria comentários como o do "Phillipe BSB").
o que tem de esquerda nesse texto?
Basta termos em mente que pronomes relativos ("cujo", neste caso) introduzem orações subordinadas adjetivas, que como o próprio nome já diz (adjetivo), têm a função de caracterizar substantivos.

Observação: essas orações podem ser de dois tipos, explicativas (isoladas entre vírgulas) ou restritivas (sem vírgulas, como é o caso desta questão).
se trata de uma oração subord. adjetiva

qual é a função do adjetivo guys?

Adjetivo é toda palavra que se refere a um substantivo indicando-lhe um atributo. Flexionam-se em gênero, número e/ou grau. Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios.
verbo haver existencial=oração sem sujeito,ledra D errada.

gab:A
A palavra "cuja" é um pronome relativo, que após o pronome só pode existir o substantivo comum no caso a palavra "abertura".

Desta forma, confirma o gabarito "A" informando que a Oração caracteriza um substantivo.
Ninguem merece ler um bosta de um Dudivier fazendo prova!!! PQP!!
a - correto- caracteriza relacionamento

b- errado, nao como caracterizar verbo haver

c-errado- nao ha nada atribuindo qualidade a alguma ação

d oração sem sujeito
Ninguém merece ler um bosta de um carlos gondin fazendo questões!!! PQP

#FOCOSOMENTENASQUESTOES
"Cuja" é um pronome relativo, cuja função é introduzir uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA. Desse modo, serve para caracterizar o substantivo "relacionamentos".
Gabarito: E

Pra quem reclama do posicionamento político do autor e da banca, continuem assim, pois a concorrencia diminui.
Eu sempre reclamei do posicionamento político das bancas e examinadores, e isso tem me feito acertar muitas questões.
A propósito o texto só não é uma merda, pois retrata uma realidade, ainda que de parte da população, mas não traz a baila nada de produtivo ou contestador, só informa o que já acontece, ou seja, é mais do mesmo.
GABARITO: A
CUJO = pron relativo que tem valor de adj. adnominal.
A boquita, Gregório, a boquita!

https://www.youtube.com/watch?v=rdHD3WXoZ3E
O pronome CUJO está com a ideia de POSSE = ADJETIVO, logo é uma oração ADJETIVA que CARACTERIZA UM SUBSTANTIVO (relacionamentos)

A ABERTURA DOS RELACIONAMENTOS.
Caracteriza o substantivo "relacionamentos".

Bons estudos!
GABARITO - A
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA (VALOR DE ADJETIVO)
QUANDO TEMOS O PRONOME RELATIVO ''CUJO'', ELE DESEMPENHA O PAPEL DE ADJUNTO ADNOMINAL.
VEJA:

ABERTURA DOS RELACIONAMENTOS.

A ABERTURA - SUBSTANTIVO ABSTRATO

DOS RELACIONAMENTOS - ADJUNTO ADNOMINAL

GAB A

APMBB

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