(Gabarito B). 3.4. Administração Pública gerencial
O mundo mudou, a sociedade mudou e as pessoas mudaram, assim como a economia das nações apresentou grandes mudanças e tecnologias inusitadas surgiram. A competitividade das nações, a eficiência na administração e a busca por resultados se tornaram palavras de ordem. O Estado político estava em crise e procurava redefinir seu papel. Era necessário que a Administração Pública também mudasse para dar conta de atender às exigências da nova ordem mundial, e à expansão das funções econômicas e sociais do Estado.
Atenção → A reforma gerencial significa a introdução da cultura e das técnicas gerenciais modernas na Administração Pública (regra geral, oriundas da iniciativa privada).
A principal fonte desse item é o Pdrae18 (1995).
A Administração Pública gerencial emerge na segunda metade do século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior. A eficiência da Administração Pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.
A partir da redefinição do seu papel, o Estado deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para se adequar a uma nova função de “Estado gerencial”. Assim, reforma do Estado priorizou a transferência para o setor privado das atividades que podem ser controladas pelo mercado.
Através da liberalização comercial , esse mesmo mercado passa a ter mais liberdade de ação, com o abandono da estratégia protecionista de substituição das importações. Para BRESSER PEREIRA (2001:30), o Estado gerencial vai “além de criar agências reguladoras: é também o Estado democrático e eficiente que financia a fundo perdido os serviços sociais e a pesquisa científica e age como capacitador (enabler) da competitividade das empresas privadas”
https://www.passeidireto.com/arquivo/22204756/reformadoestado
Para resolução da questão em análise, faz-se
necessário o conhecimento sobre estado gerencial.
Diante disso, vamos a uma breve explicação.
Segundo Paludo (2013), o estado gerencial ou nova
administração nasce para superar o caráter rígido da administração burocrática.
Essa superação possui entre seus objetivos a introdução de novas práticas
gerenciais, típicas da administração privada, com o intuito de elevar o
controle social sobre o gestor público.
O principal objetivo do estado gerencial é orientar
a atuação do Estado para o cidadão-usuário ou cidadão-cliente. Isso ocorre através
do fortalecimento e aumento da autonomia estatal, tendo em vista a
descentralização administrativa, parcerias com o terceiro setor e privatizações
de serviços.
Posto isso, vamos à análise das alternativas.
A) ERRADA. Administração burocrática é
fundada na rigidez e na falta de flexibilidade, prioriza a centralização de
atividades e serviços. Com isso impede a capacidade criativa e a inovação nos
diversos segmentos da administração.
B) CERTA.
O estado gerencial vai além da descentralização administrativa, seu objetivo
fulcral é o cidadão-cliente. Efetuar um atendimento eficiente às demandas dos
cidadãos englobam os serviços sociais, as pesquisas, a capacitação, a
competitividade.
C) ERRADA. O estado liberal é caracterizado
pela conciliação entre proteção dos particulares e a ideia de controle da
administração por uma entidade independente, mas com poderes limitados.
Primando por uma economia liberal e mercado livre, o estado liberal prega pela
não interferência estatal em suas atividades.
D) ERRADA. O estado patrimonialista é
originário das monarquias absolutistas, caracterizado pelo “louvor" ao
governante, o qual passa a exercer poderes ilimitados e a utilizar o Estado
como extensão do seu poder.
Fonte:
PALUDO, Augustinho. Administração Pública. 3ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Gabarito do Professor: Letra B.