Boa t@rde!
A instrumentalidade, na perspectiva de Yolanda Guerra, é compreendida como o modo de ser que caracteriza o fazer profissional que é moldado a partir das relações sociais que são estabelecidas no bojo das condições objetivas e subjetivas em que se desenvolve o exercício profissional. E, na medida em que, possibilita o alcance dos objetivos a que se propõe a profissão constitui-se como “[...] condição concreta de reconhecimento social da profissão” (GUERRA, 2007, p.2).
Na medida em que se compreende que a instrumentalidade diz respeito a uma capacidade que se constitui a partir do exercício profissional, é possível perceber que é essa capacidade que possibilita que o profissional transforme as condições objetivas de trabalho que lhe são postas em instrumentos e meios que lhe possibilitem o alcance dos objetivos do seu trabalho.
Sua compreensão pressupõe sua dupla apreensão enquanto “condição necessária do trabalho social”(GUERRA, 2007, p.2) bem como “categoria constitutiva” do exercício profissional,ou seja, o modo como ela se apresenta.
A transformação do instrumento ocorre através da conversão da coisa natural em coisas úteis, configurando para Yolanda Guerra um processo teleológico, pois existe a necessidade de “conhecimento correto das propriedades do objeto” (GUERRA, 2007, p.4).
[...]A instrumentalidade pode ainda ser compreendida enquanto mediação, como passagem de ações instrumentais a ações carregadas de maior pensamento crítico e reflexões teóricas, bem como que as reflexões sobre questões mais amplas do movimento da sociedade como um todo contribua na compreensão de casos particulares. Ela pode ser apreendida como totalidade pressupondo a sua compreensão a partir de suas variadas dimensões: técnico-instrumental, teórico-intelectual, ético-política e formativa (GUERRA, 1997), e como particularidade apresentando-se como a forma de articulação dessas dimensões bem como na elaboração das respostas às demandas sociais.
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