Gabarito A
Segundo Giselle Ávila Leal de Meirelles, em sua obra PAUPERIZAÇÃO RELATIVA, DESIGUALDADE SOCIAL E A “QUESTÃO SOCIAL” CONTEMPORÂNEA:
(A) CORRETA. Na América Latina, a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL) subdivide a categoria pobreza em dois grupos, indigentes e pobres não indigentes. Ao simplificar a metodologia cepalina, observamos que a concepção de pobreza converge com a definição básica de pobreza adotada por diversos países capitalistas no contexto de mundialização do capital. Ou seja, para definir quem é a população pobre, costuma-se comparar o rendimento médio das famílias com o custo da satisfação de suas necessidades básicas.
(B) A pauperização absoluta registra-se quando as condições de vida e trabalho dos proletários experimentam uma degradação geral: queda do salário real, aviltamento dos padrões de alimentação e moradia, intensificação do ritmo de trabalho, aumento do desemprego.
(C) A pauperização relativa pode ocorrer mesmo quando as condições de vida dos trabalhadores melhoram, com padrões de alimentação e moradia mais elevados; ela se caracteriza pela redução da parte que lhes cabe do total dos valores criados, enquanto cresce a parte apropriada pelos capitalistas.
(D) A pobreza absoluta é um conceito equivalente ao que se denomina pobreza extrema, ou seja, o aviltamento das condições materiais de sobrevivência de um ser humano ou de sua família. Neste caso, a medição é realizada por meio da renda auferida pelo trabalhador (renda do trabalho) ou pela renda da família (preferencialmente a renda per capita), avaliando-se em que medida estes sujeitos conseguem adquirir a cesta básica de consumo para satisfação de suas necessidades imediatas.
Temporalis, Brasília (DF), ano 15, n. 29, jan./jun. 2015.