SóProvas


ID
2124634
Banca
IDECAN
Órgão
PRODEB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De Gutenberg a Zuckerberg

    Após cinco anos e meio dedicados apenas a funções executivas, volto a ter um espaço para troca de ideias e informações. Desta vez, sobre o mercado digital com suas histórias de bastidores, dados infindáveis, surpresas, o dia a dia de start ups aqui e lá no Vale (sim, o do Silício) e entrevistas com quem sacode este mercado ou é sacudido por ele.

    O título do blog (seria blog, vlog, site, plataforma digital?) vem de From Gutenberg to Zuckerberg: Leveraging Technology to Get Your Message Heard, palestra de Michael Eisner que passa bem além do trocadilho engraçadinho.

    O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia criamos todos os problemas que a humanidade não tinha antes de inventarmos os nossos gadgets, softwares, redes e o que mais pudesse ser desenvolvido em nossas garagens (imaginárias, Wozniak?). Errado. Explico.

    Não criamos nada. Desculpe, amigos, mas é a verdade. Ferramentamos, apenas. Como Gutenberg o fez pelos idos de 1450. No big deal. Repetimos a história. Se o poder saía das mãos de dedos manchados dos monges copistas e passava a um tipo que podia multiplicar exponencialmente os caracteres que formavam a informação, com Zuck e seus contemporâneos deu‐se o mesmo. O jornalista, até então dono absoluto do palco italiano, da bola e do campo, teve que deitar a régua. O que era vertical, top down, passou a ser horizontal, em uma distribuição de informações via iguais.

    Nenhuma novidade aqui. O que as redes sociais fizeram foi repetir o fenômeno evolutivo. Is revolução digital the new revolução industrial? É provável sob muitos aspectos, mas uma revolução somente se conhece a posteriori, contentemo‐nos em evoluir por ora. Não é pouco.

    E sobre criarmos plataformas‐problema, qual foi a primeira rede social que você conheceu? A fofoqueira de sua rua. Ficava na janela, ouvia no máximo 140 caracteres de qualquer conversa, tempo necessário para que o transeunte desavisado percorresse o espaço da fachada da casa da moça. Retuitava ao marido, à filha, compartilhava. De vez em quando, curtia. E quando ia ao salão de beleza, viralizava.

    Não, esta criação não nos pertence. Ferramentamos, ajudamos e até atrapalhamos, ok. Mas como sempre fizeram estes seres humanos, gregários, que insistem em viver em uma sociedade em rede.

    Mas agora resolveram chamar de rede social.

(Antonio Guerreiro. Disponível em: http://gutzuck.com/de‐gutenberg‐a‐zuckerberg‐20150105/)

O emprego das vírgulas pode ser justificado de acordo com os casos previstos gramaticalmente. Tendo em vista tal consideração, é correto afirmar que em “O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia [...]” (3º§) o uso das vírgulas justifica‐se pelo mesmo motivo visto em:

Alternativas
Comentários
  • A vírgula do enunciado caracteriza a separação do aposto. Letra D.
  • aposto explicativo, vem entre virgulas

  • O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia [...]

                                                                                                 Aposto Explicativo - explica o termo "nós"

     

     

    “O brasileiro, um cidadão persistente, enfrenta grandes dificuldades.”

                        Aposto Explicativo - explica o termo "brasileiro"

     

     

     

  • Letra D

     

  • d-

    O Aposto explicativo explica um substantivo, geralmente por necessidade do contexto, sendo isolado por vírgulas ou travessões.

  • GABARITO - D

    Não se confunde aposto x Vocativo

    Este, é um chamado. Usado para chamar a atenção do interlocutor.

    Um exemplo para memorizar: usa mãe te chamando quando vc fazia danação!

    Menino, vem cá!

  • Analisando

    O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia [...]

    nós quem? = os caras da internet.

    Estamos diante de um aposto explicativo. Vamos analisar os itens:

    a) “Amigos, não há amigos.” temos um vocativo;

    b) “Eu, porém, nem me incomodava.” temos um caso onde há quebra de texto, ou seja intercalação. Veja: "Eu nem me incomodava", o uso do porém "quebra" a frase.

    c) “Ou fosse do cansaço, ou fosse do livro, adormeci também.” Eu considerei a vírgula por conta do zeugma, caso esteja incorreto, por favor avisem.

    d) “O brasileiro, um cidadão persistente, enfrenta grandes dificuldades.” note que temos um caso de aposto.

    #vousernomeado.