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ID
2132914
Banca
FCC
Órgão
SEGEP-MA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

COP-21 já foi. E agora, o que virá?

    O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os objetivos assinalados formalmente por 196 países sejam alcançados.

    Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a iminente elevação média de temperatura acima de 2 ºC.

    Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais − e melhor − do que tem sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já ultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria − segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU − a progressão rápida da temperatura acima dos 2 °C.

    A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da energia do mundo é suja) se modifique no curto prazo?

    Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo.

    Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao aquecimento global.

O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 1948), o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o Acordo realidade exige atitude. Diária e obstinada.

(Adaptado de: TRIGUEIRO, André. http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-sustentavel/2.html)

Ao relacionar os segmentos destacados, o vocábulo “para” expressa sentido de “em proveito de” na seguinte passagem do texto:

Alternativas
Comentários
  • Letra. B

    o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? 

    o Acordo de Paris faça alguma diferença em proveito da humanidade?

     

  • Gabarito: B

     

    Essas questões têm que ver se faz sentido mesmo a frase 

  • Letra b) é a correta:

     

    "o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade?"

    o Acordo de Paris faça alguma diferença em proveito da humanidade?

  • O QC virou forum de motivação?

  • VAMOS FOCA NOS COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES.

  • Pessoal quer misturar religião com questões de concurso. Por favor respeite os ateus!!

  • Fiquei em dúvida entre a letra B e C. Alguém pode explicá-la, por favor.

     

  • nao entendi, o cara não quer que falem de religião para respeitar a posição dele sobre, mas ele não precisa respeitar a posição do outro sobre....

     

     

  • A alternativa "B" é a CORRETA

     

    Alternativa "A": o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça

    INCORRETA. Nesse caso, a preposição "para" integra a locução conjuntiva "para que" com sentido de finalidade. Assim, a preposição tem sentido de "com a finalidade de", e não de "em proveito de".

     

    Alternativa "B": o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade

    CORRETA. O trecho questiona uma vantagem, um benefício (proveito) que o Acordo de Paris possa fazer à humanidade. Assim, a preposição "para" poderia ser substituída corretamente por "em proveito de". Vejamos como ficaria a frase:

    → Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma diferença em proveito da humanidade?

    Essa é a alternativa correta.

     

    Alternativa "C": Para segui-loé preciso realizar muito mais

    INCORRETA. Esse é mais um trecho em que a preposição foi empregada para indicar finalidade, equivalente a "a fim de", portanto a alternativa está incorreta.

     

    Alternativa "D": um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os objetivos [...] sejam alcançados.

    INCORRETA. Mais uma vez, a preposição foi empregada com sentido de finalidade, equivalente a "com a finalidade de", "a fim de".

     

    Alternativa "E": Para piorar a situação, [...] nada sugere [...] que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa.

    INCORRETA. Nesse caso, a preposição "para" introduz uma tendência, uma avaliação acerca de determinada situação. Veja que o trecho não tem sentido de "vantagem, benefício", portanto a substituição por "em proveito de" estaria incorreta.

     

    Comentário Professor Denise Carneiro