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Administração Pública Burocrática
A evolução da sociedade, da democracia e do próprio Estado acarretaram a insatisfação popular com a forma patrimonialista de administração. Administrar o bem de todos “res publica” para o interesse de poucos deixa de ser aceitável. A conseqüência é o surgimento de um modelo de administração pública que pudesse eliminar estas “disfunções administrativas”.
Neste contexto, a Administração Pública burocrática surge, na época do Estado Liberal, em conjunto com o capitalismo e a democracia, pois era preciso fazer algo contra a confusão entre os bens públicos e os privados e contra o nepotismo e a corrupção que eram componentes que estavam sempre presentes na Administração Patrimonialista.
Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento:
• a profissionalização,
• a idéia de carreira,
• a hierarquia funcional,
• a impessoalidade,
• formalismo, em síntese, o poder racional-legal, baseado na razão e na lei.
Esta Administração Pública Burocrática, que veio designar um método de organização racional e eficiente, surgiu na perspectiva de substituir a força do poder exercido por regimes autoritários. O grande empenho para a implantação da Administração Pública Burocrática se deve à tentativa de controlar o conteúdo da ação governamental, para evitar que os políticos agissem contra os interesses coletivos da comunidade. A tentativa de controlar tudo na administração pública e de ditar o modo como as coisas deviam ser feitas, regulando os procedimentos e controlando os insumos, fez com que se passasse a ignorar resultados.
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Características da administração pública gerencial:
• Orientada para o cidadão.
• Orientada para obtenção de resultados.
• Pressupõe que políticos e funcionários públicos sejam merecedores de grau
limitado de confiança.
• Como estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividade e à
inovação.
• Utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos.
Diferenças entre a Administração Pública Burocrática e a Gerencial
Administração Pública Burocrática Administração Pública Gerencial
• Concentra-se no processo.
• É auto-referente.
• Definição de procedimentos para
contratação de pessoal, compra de bens
e serviços.
• Satisfaz as demandas dos cidadãos.
• Controle de procedimentos.
• Orienta-se para resultados.
• Orientada para o cidadão.
• Combate o nepotismo e a corrupção.
• Não adota procedimentos rígidos.
• Definição de indicadores de desempenho
- utilização de contratos de gestão
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A impessoalidade não foi restringinda pela administração pública gerencial.
É, inclusive, princípio constitucional da administração pública.
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Gostei dos dois primeiros comentários. Só não ficou claro para mim a parte sobre: merecedores de confiança limitada.
Dá a entender tanto como algo bom ou ruim. Colocaria confiança relativa aos resultados e não aos meios, ou seja, controla os resultados.
Na questão o erro está em dizer que a Administração gerencial substitui o modelo burocrático e retringiu os institutos citados. Na verdade a gerencial é somada a burocática, seriam dimensões de gestão.
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As características citadas no enunciado, referem-se à Administração Pública Burocrática, cujo marco de criação foi o advento da DASP, em 1936, à época do Estado Novo de Getúlio Vargas.
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Instrumentos praticados pela administração pública, como a divisão do trabalho, a hierarquia de autoridade, a racionalidade, as regras e os padrões e a impessoalidade, foram restringidos com o surgimento da administração pública gerencial,
que substituiu o modelo burocrático até então adotado pelo governo brasileiro.
A administração pública ainda não substituiu o modelo burocrático pelo gerencial. É o que se almeja, mas ainda temos um longo caminho pela frente.
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Na verdade o modelo burocrático é necessário e não há a intenção de substituí-lo, mas oque se almeja é execrar as chamadas disfunções da burocracia como o apego aos regulamentos, excesso de formalismo e de papelatório que são tão enfatizadas pelos leigos, através do modelo gerencial.
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Bem resumido: a administração pública atualmente é um MISTO de burocrática e gerencial. Por isso, os instrumentos citados na questão permanecem até os dias atuais. Além disso, a administração pública gerancial não substituiu totalmente o modelo burocrático.
"...Os aspectos da administração gerencial assemelham-se às técnicas utilizadas pelas empresas privadas, em especial, o caráter competitivo e a contenção de gastos priorizando a eficiência e a qualidade dos serviços. Cabe ressaltar que a administração gerencial teve seu notório avanço dentro da administração publica, contudo não rompeu em todos os sentidos com a administração burocrática, sendo impossível negar todos os métodos e princípios apresentados por tal instituto, pois o gerencialismo se apóia como por exemplo,na burocracia...".
Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5887
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A administração pública gerencial surge como uma proposta para flexibilizar a gestão da coisa pública, melhorar sua eficiência, eficácia e
efetividade e centrá-la nas necessidades do cliente-cidadão. Apesar das grandes diferenças de mentalidade entre esse modelo e o da administração pública burocrática, vários conceitos da burocracia continuam existindo na administração pública, como a divisão do trabalho, a hierarquia, a racionalidade, as regras, a impessoalidade, etc.
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A Adm Gerencial não substitiui o Modelo Burocrática, nem mesmo se tem interesse em substitui-lo. A Adm Gerencial aceita a Adm Burocrática e está apoiada na Adm Burocrática, embora flexibilizando alguns de seus princípios.
O que se deseja é abolir as disfunções que a Burocracia traz: formalismo exagerado, resistência a mudança, despersonalização, conformidade com procedimentos de rotina, dificuldade com clientes, etc
Por mais que nós associamos a burocracia como algo ineficiente como excesso de papelório, etc, essa não é a melhor definção de acordo com seu criador Weber. PAra Weber, a Burocracia é algo eficiente que veio para trazer maior tranparência, maior controle e profissionalismo para então Adm Petrimonista que existia.
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A administração pública evoluiu por meio de três modelos básicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. ESSAS TRÊS FORMAS SE SUCEDEM NO TEMPO, SEM QUE, NO ENTANTO, QUALQUER UMA DELAS SEJA INTEIRAMENTE ABANDONADA.
Idalberto Chiavenato – Administração Geral e Pública – Pág. 107
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A administração pública gerencial surge como uma proposta para flexibilizar a gestão da coisa pública, melhorar sua eficiência, eficácia e efetividade e centrá-la nas necessidades do cliente-cidadão. Apesar das grandes diferenças de mentalidade entre esse modelo e o da administração pública burocrática, vários conceitos da burocracia continuam existindo na administração pública, como a divisão do trabalho, a hierarquia, a racionalidade, as regras, a impessoalidade, etc.
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O Modelo gerencial surge como uma proposta para flexibilizar a Administração pública e melhorar a eficiência. No entanto, um modelo não foi substituído pelo outro, mas conviveram harmonicamente.
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A administração gerencial não substituiu o modelo burocrático. Os dois modelos co-existem.
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OS INSTRUMENTOS DA BUROCRACIA, QUE ERAM RÍGIDOS, FORAM APERFEIÇOADOS, FLEXIBILIZADOS, AO NOVO MODELO GERENCIAL.
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Instrumentos praticados pela administração pública, como a divisão do trabalho, a hierarquia de autoridade, a racionalidade, as regras e os padrões e a impessoalidade, foram restringidos com o surgimento da administração pública gerencial (BUROCRÁTICA), que substituiu o modelo burocrático (PATRIMONIALISTA)até então adotado pelo governo brasileiro.
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QUESTÃO ERRADA.
E para complementar, nenhum modelo gerencial substituiu o outro, eles convivem simultaneamente até os dias atuais.
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Na questão Q269401, a banca considerou correta a seguinte afirmativa: "A administração pública burocrática
substituiu a administração patrimonialista, na qual o Estado era entendido como propriedade do rei e em que não havia clara distinção entre o patrimônio público e o privado". Então pode-se deduzir que em algumas questões o Cespe considera que os modelos foram substituídos e em outras não. Não dá pra entender o que para a banca significa a palavra "substituiu".