GABARITO: A
A - Função poética, porque esse texto se caracteriza como uma prosa poética;
B - ERRADO - Função emotiva, porque não há diálogos; (A justificativa é que está errada, pois a função emotiva ou expressiva reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Nesse texto percebemos esse tipo de função da linguagem)
C - ERRADO - Função referencial, porque é evidente que esse texto informa com clareza; (O texto literário normalmente não tem função de informar, trata-se de característica de outros tipos de texto: jornais, revistas, textos científicos, etc.)
D - ERRADO - Função fática, porque a cronista busca o convencimento do leitor; (A função fática é aquela que verifica o canal de comunicação: Alô!; Tudo bem? ; etc.)
E - ERRADO - Função apelativa, porque a cronista estabelece um contato direto com o leitor. (Na função apelativa ou conativa busca-se o convencimento do leitor/interlocutor).
A prosa é o texto no estilo natural, sem a sujeição às convenções que imperam no domínio da poesia(rima, ritmo, métrica, sílabas, musicalidade). Trata-se do estilo mais utilizado na linguagem do cotidiano, especialmente adequado para expressar o pensamento racional, dado os atributos analíticos e objetivos de sua forma discursiva.
Os contos, crônicas, novelas, romances, cartas, ensaios, além dos textos acadêmicos, jornalísticos e publicitários, são exemplos de texto em prosa. Desse modo, existem modalidades de prosa literária e prosa não literária.
a de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).
2) Função Expressiva ou Emotiva
Palavra-chave: emissor
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
3) Função Apelativa ou Conativa
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
Função Poética
Palavra-chave: mensagem
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.
a) “... a lua era um desparrame de prata”.
(Jorge Amado)
b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa.
(Texto publicitário)
5) Função Fática
Palavra-chave: canal
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Alô? Está me ouvindo?
Função Metalinguística
Palavra-chave: código
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.
Exemplo:
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
Observações:
- Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.
- As funções para a linguagem foram bem caracterizadas em 1960, por um famoso linguista russo chamado Roman Jakobson, num célebre ensaio intitulado "Linguística e Poética".