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Questão extremamente capiciosa retirada do livro de Bresser Pereira.
Na verdade, quando a questão diz "privatização do estado" não se está falando da privatização do modo comum que conhecemos, que é de transferir para o ente privado um serviço público, mas sim em tomar para si, de forma pessoal, o bem do Estado.
Chave para a questão: Perceba que o examinador fala em PRÉ-CAPITALISMO, ou seja, antes da total liberdade comercial, depois fala em ESTADO PRIVADO, que é diferente de privatização de serviço público. Logo, podemos chegar a conclusão que se trata do modelo PATRIMONIALISTA. onde a administração pública tinha carater pessoal.
Obs: Errei essa questão por interpretar "privatização do estado" como privatização de serviço público.
Gabarito D
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Muito maldosa a questão, daria para errar isso 1x por mês se não prestar muita atenção.
Acho que todos na primeira lida associam Liberalismo com privatização, mas logo em seguida, no enunciado o examinador fala em pré-capitalismo, ou seja, ainda não existia a total liberdade comercial, tudo estava associado ao soberano na administração, logo lembramos da ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIALISTA.
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Depreende-se que a liberdade comercial veio com a passagem de um Brasil pré-capitalista, agrário (semelhante aos feudos medievais) e administrativamente patrimonialista para um Brasil capitalista, industrial e administrativamente burocrático, com a era Vargas e sua política de substituição de importações, a partir de 1930.
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Rhuan, eu respondi errado por conta do enunciado. Ainda pensei assim: "uai, que questão esquisita". Tudo bem que errei, mas adianto que acho as questões dessa banca péssimas, vide questões de informática. Muitos reclamam.
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Querido colega concurseiro, boa tarde.
Gabarito: Letra B.
Sei que algumas pessoas erraram essa questão justamente pela dúvida em relação ao termo "Privatização do Estado", em que muitos associam ao Liberalismo, Neoliberalismo ou, até, à Administração Pública Gerencial.
O comentário do nosso colega Dimas Pereira é perfeito para seu entendimento, sua compreensão, não sendo necessário tecer mais nada sobre.
Dessa forma, o que trago aqui é uma questão extremamente parecida (considere igual), abordando o mesmo tema, para você treinar mais.
Código da questão: Q1063632
É isso, meus queridos.
Um abraço.
"Resiliência" - Gaules
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Para resolução da questão em análise,
faz-se necessário o conhecimento dos modelos de administração pública, sendo
mais especificamente cobrado o Patrimonialismo.
Diante disso, vamos a
um breve conceito de Patrimonialismo.
No entendimento de
Bresser-Pereira (2001), Patrimonialismo
significa “a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o
patrimônio público e seus bens privados". (apud PALUDO, 2013, pág. 58.) (Grifo nosso.)
Com efeito, o
patrimonialismo foi o primeiro modelo de administração pública e sua principal
característica é a confusão entre bem público e bem pessoal, pois neste modelo
tudo que pertencia ao Estado, pertencia ao príncipe também.
Não havia
profissionalismo na administração pública, tampouco escolha por mérito, já que
o príncipe ou imperador nomeava as pessoas por confiança ou afinidade para
atender seus interesses e não a finalidade pública.
Outras duas
características marcantes são a corrupção e o nepotismo, pois os cargos
públicos eram ofertados a parentes e a coisa pública era utilizada em proveito
próprio ou para conseguir algum tipo de vantagem.
Note-se que algumas
características do patrimonialismo são bem atuais, embora o modelo predominante
de administração pública atual ser o Gerencialismo. Portanto, o patrimonialismo
não foi extinto e coexiste com os outros modelos em menor nível de atuação.
Ante o exposto, a
alternativa correta é a letra D, uma vez que estabelece uma das principais
características do Patrimonialismo que é a não distinção entre o público e o
privado.
No
Patrimonialismo havia uma a incapacidade ou a relutância de o
príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados, ou seja,
os bens públicos também eram entendidos como patrimônio do governante. Com isso, ocorria a chamada privatização do
Estado, pois tudo era de propriedade do soberano.
Fonte:
PALUDO, Augustinho
Vicente. Administração Pública. 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.
Gabarito do Professor: Letra D.