Fonte de Dimas:
http://www.ead.cesumar.br/moodle2009/lib/ead/arquivosApostilas/1291.pdf
I) Administração pública patrimonialista No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados como perpétuos. Em consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo período histórico, a administração patrimonialista torna-se inaceitável.
II) Administração pública burocrática Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado Liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional-legal. Os controles administrativos, visando a evitar a corrupção, e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso, são sempre necessários controles rígidos dos processos como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas.
III) Administração pública gerencial Emerge na segunda metade do século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior. A eficiência da administração pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.
GABARITO: LETRA D
O patrimonialismo foi o primeiro modelo de administração do Estado. Nele não havia distinção entre a administração de bens públicos e bens particulares: tudo que existia nos limites territoriais de seu “reinado” era tido como domínio do soberano, que podia utilizar livremente os bens sem qualquer prestação de contas à sociedade.
A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori.
A Administração Pública gerencial emerge na segunda metade do século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior. A eficiência da Administração Pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.
FONTE: Administração Pública - Série Provas & Concursos (2016) Augustinho Vicente Paludo.
Para resolução da questão em análise,
faz-se necessário o conhecimento dos Modelos de Administração Pública.
Diante disso, vamos a uma breve
explicação.
A administração pública evoluiu por
meio de três modelos: patrimonialista, burocrático e gerencial.
O Estado patrimonial
(patrimonialismo) foi o primeiro modelo de administração pública e sua
principal característica é a confusão entre bem público e bem pessoal, pois
neste modelo tudo que pertencia ao Estado, pertencia ao príncipe também.
Lado outro, na burocracia
há clara distinção entre bem público e privado. Neste sentido, segundo o PDRAE (1995), "a
Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século
XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o
nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu
desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional,
a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal". (apud PALUDO, 2013, pág. 63).
Por conseguinte, a Nova Administração
Pública (Gerencialismo ou modelo gerencial), foi um conjunto de teorias
surgidas nos anos 70, que orientavam reformas na administração pública baseadas
nos princípios gerenciais das empresas privadas, ou seja, buscava-se trazer a
mesma eficiência e eficácia do ambiente privado para o público.
No Brasil, Segundo Paludo, "o novo
modelo de administração gerencial teve início na era Fernando Henrique
Cardoso (1995), e tinha o firme propósito de que o Estado deveria coordenar e
regular a economia, e, finalmente, começa a reforma da administração rumo ao
modelo gerencial.". (PALUDO, 2013, pág.
94).
Diante disso, vamos às alternativas.
I – Certa. O patrimonialismo tem
como sua principal característica a
confusão entre bem público e bem pessoal. Assim, o Estado é uma mera extensão
do poder do soberano e seus servidores tem status de nobreza real.
II – Certa. A Burocracia surgiu para
combater as práticas do patrimonialismo. Para tanto, foram
instituídos princípios orientadores do seu desenvolvimento: a
profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a
impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal.
III – Certa. O modelo
gerencial foi um conjunto de teorias surgidas nos anos 70, que orientavam
reformas na administração pública baseadas nos princípios gerenciais das
empresas privadas, ou seja, buscava-se trazer a mesma eficiência e eficácia do
ambiente privado para o público.
Fonte:
PALUDO, Augustinho
Vicente. Administração Pública. 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.
Gabarito do Professor: Letra D.