-
Gabarito D.
Superconformidade às rotinas e aos procedimentos
A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como meio de garantir que as
pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera. Como uma burocracia eficaz exige
devoção estrita às normas e aos regulamentos, essa devoção às regras e aos regulamentos
conduz à sua transformação em coisas absolutas: as regras e rotinas não mais
são consideradas relativas a um conjunto de objetivos, mas passam a ser absolutas.
Com o tempo, as regras e as rotinas tomam-se sagradas para o funcionário. O impacto
dessas exigências burocráticas sobre a pessoa provoca profunda limitação em sua liberdade
e espontaneidade pessoal, além da crescente incapacidade de compreender o
significado de suas próprias tarefas e atividades dentro da organização como um todo.
O efeito da estrutura burocrática sobre a personalidade dos indivíduos é tão forte que
leva à “incapacidade treinada” (no conceito de Veblen)9 ou à “deformação profissional”
(no conceito de Wamotte), ou ainda, à “psicose ocupacional” (segundo Dewey):
o funcionário burocrata trabalha em função dos regulamentos e rotinas e não em função
dos objetivos organizacionais que foram estabelecidos.10 Essa superconformidade
a regras, regulamentos, rotinas e procedimentos conduz a uma rigidez no comportamento
do burocrata: o funcionário passa a fazer o estritamente contido nas normas,
nas regras, nos regulamentos, nas rotinas e nos procedimentos impostos pela organização.
Essa perde toda a sua flexibilidade, pois o funcionário restringe-se ao desempenho
mínimo. Perde a iniciativa, a criatividade e a inovação.
-
FORMAS/MODELOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PATRIMONIALISTA
Esta forma de administração pública predominou no período pré-capitalismo. No modelo de administração pública patrimonial, os bens do Estado são administrados de forma pessoal, como se pertencessem ao próprio governante, ou seja, a res publica (coisa do povo) se confundia com a res principis (coisa do príncipe).
A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA
Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.
A organização na burocracia segue o modelo racional-legal, ou seja, deve funcionar com base em normas, leis e regulamentos, independentemente das vontades pessoais dos agentes.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL
Com o aparecimento das disfunções da burocracia, surgiu a necessidade de um novo modelo para ser utilizado na Administração Pública. Dessa forma, o gerencialismo emergiu com o foco do controle voltado para os resultados, isto é, a posteriori.
A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.
GABARITO - D
-
GABARITO:D
Administração Burocrática
Conceito
Burocracia é administração da coisa pública por funcionário sujeito a hierarquia e regulamento rígidos, e a uma rotina inflexível. Recebe o significado abrangente de classe dos burocratas. Identifica-se com grande influência ou prestígio de uma estrutura complexa de departamentos na administração da coisa pública.
A administração pública burocrática distingue claramente o público e o privado. Nela há separação entre o político e o administrador público. Aqui se deu o surgimento de burocracias públicas compostas por administradores profissionais com recrutamento e treinamento específicos. O relacionamento entre estas pessoas e os políticos devia ser marcado pela neutralidade dos primeiros. Os Estados democráticos, durante o século XX, tinham como principal modelo de administração pública.
Características
O Estado burocrático comporta instituições basicamente hierarquizadas e controle enfocado nos processos.
Combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista eram seus maiores objetivos. Para tal, orientava-se pelas idéias de profissionalização, carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo.
As críticas à administração pública burocrática são muitas; dentre elas a separação do Estado e sociedade, pelo fato de os funcionários se concentrarem no controle e na garantia do poder do Estado.
Em resumo, os atributos da administração pública burocrática poderiam ser representados pelo controle efetivo dos abusos. Os defeitos, por sua vez, seriam a ineficiência e a incapacidade de se voltarem para o serviço dos cidadãos como clientes.
O modelo burocrático, presente na Constituição de 1988 e em todo o sistema do direito administrativo brasileiro, é baseado no formalismo e na presença constante de normas e rigidez de procedimentos.
A história dos Estados Modernos caracterizou-se por dois períodos principais, sob influência dos sistemas econômicos do liberalismo e do estado social, com influência direta sobre os respectivos modelos.
Em um primeiro momento, logo após as revoluções burguesas, deu-se o predomínio do pensamento liberal, pelo qual as funções do Estado resumiam-se à manutenção da ordem interna e defesa da propriedade privada e à proteção das fronteiras contra as invasões dos outros países. Nesse período, havia pouca necessidade de atuação estatal e de contratação de funcionários públicos.
-
B- Está errada, pois o modelo gerencial, tem pontos felxíveis.
D- está certa, pois esse modelo é rígido.
-
Formas de Controle
Burocrática = Processos (meios)
Gerencial = Resultados (fins)
-
em uma questão a CCV Fala a mesma coisa e fala que é gerencial ai do nada na mesma prova é burocracia KKK
-
LETRA D
-
Burocrática.
-
O modelo gerencial foi implementado no Brasil para acabar com a rigidez e engessamento burocrático, porém algumas das características da burocracia de Weber se coadunaram com as do gerenciamento, dentre elas o combate ao nepotismo e à corrupção.
No entanto, quando se fala em rigidez dos procedimentos trata-se da Administração Burocrática.
Por isso, o item D está correto.
-
A questão em exame versa sobre os modelos de administração que as administrações estatais adotados por muitos países, inclusive o Brasil. Sobre isso, vejamos a qual das alternativas apresenta o modelo descrito no enunciado.
De antemão, vale deixar bem claro que só existem, até então, três modelos de administração pública, sendo: o patrimonialista, o burocrático e o gerencial. Sabendo disso, já eliminamos algumas alternativas que não apresentam nenhum modelo administrativo, falo das alternativas A e C. Não existe um modelo de administração chamado de "Atual" ou "Neoliberal".
- O Neoliberalismo é uma doutrina que povoa o campo político e econômico, foi desenvolvida a partir da década de 70, defendendo a ideia de liberdade de mercado absoluta e a restrição de um estado interventor na área econômica, devendo acontecer apenas em casos considerados realmente indispensáveis (e em graus mínimos).
Agora vamos às alternativas que indicaram modelos de administração e ver a qual deles a descrição do enunciado pertence.
B - incorreta. O modelo de Administração Pública Gerencial orienta-se para o cidadão e para a obtenção de resultados, pressupondo que os políticos e funcionários públicos são merecedores de graus limitados de confiança, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação. É o primeiro modelo que tem o cidadão como objetivo de atendimento, que busca apresenta mecanismos para aumento da produtividade, máxima eficiência (fazer mais com menos) e com mecanismos de controle/prestação de contas dos agentes públicos.
D - correta. A Administração Burocrática surge na segunda metade do século XIX, no Estado liberal, como forma de combate à corrupção e ao nepotismo patrimonialista. Constitui-se por princípios orientadores do desenvolvimento à profissionalização, ideia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade, o formalismo. Os controles administrativos que visam combater a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. A burocracia parte de uma desconfiança prévia nos administradores e nos cidadãos que a eles dirigem demandas, por isso controles rígidos dos processos são sempre necessários, como na admissão de pessoal, compras e atendimento a demandas.
E - incorreta. O patrimonialismo foi o primeiro modelo de administração do Estado, vigorando no Brasil desde a independência até a década de 1930 (alguns consideram desde o período imperial até 1930). Nele não havia qualquer tipo de distinção entre o patrimônio público e o particular, tudo era do soberano, que tinha o poder de usar livremente os bens públicos, sem qualquer tipo de prestação de contas à sociedade.
Após analisar as alternativas, concluímos que a alternativa "D" é a correta.
GABARITO: D
Fonte: PALUDO, A. Administração Pública. Salvador: Juspodivm, 2020.
-
✅Letra D.
Modelo Burocrático = Revolução de 30, era Vargas, foi idealizado por Max Weber, separação entre bem público e privado, combate à corrupção e ao nepotismo, apoiada na meritocracia, impessoalidade, é um modelo racional-legal, controle a PRIORI, que significa um controle com ênfase nos meios, baseado na desconfiança esse controle.
Fonte: Prof: Rafael Barbosa.
Como diz um Prof: Candidato não tem que ter sentimento. Candidato tem que ter FOCO!! ✍