SóProvas


ID
2292442
Banca
FCC
Órgão
PGE-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Pensar o outro

    A expressão “colocar-se no lugar do outro” é antes um clichê da boa conduta que uma prática efetivamente assumida. É mais fácil repetir a fórmula desse pré-requisito para uma discussão consequente do que levar a efeito o que esta implica. Quem, de fato, é capaz de se colocar no lugar do outro para bem discernir um ponto de vista alheio ao seu? Qualquer pessoa que, por exemplo, frequente as redes sociais, sabe que, numa discussão, os argumentos de um contendor não levam em conta a argumentação do outro. Em vez de se contraporem ideias em movimento, batem-se posições já cristalizadas. A rigor, não há propriamente confronto: cada um olha apenas para si mesmo. 

    Há a convicção de que aceitar a razão do outro é perder a própria. Por que não avaliar que o exame dos argumentos alheios pode ser uma forma de fortalecer os nossos? E se os nossos forem de fato mais fracos, por que não abdicar deles, acolher a verdade que está do outro lado e fortalecer-nos com ela? A dinâmica de um debate deve admitir o pensamento crítico, que é, e deve ser sempre, um pensamento disposto à crise. A vida não para de nos mostrar que é com os momentos críticos que mais aprendemos. Colocar-se no lugar do outro inclui a possibilidade de querer ficar nele: por que não admitir que a razão pode estar do outro lado? Negar o outro é condenar-nos à imobilidade – essa irmã gêmea da morte.

(MELLO, Aristides de, inédito)

É preciso corrigir a redação confusa e incorreta deste livre comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • verbo no fulturo do presente 

    julga-lo 

  • "As razões do outro não devem de ser desconsideradas caso lhes julguemos mais frágeis do que supomos ser as nossas próprias ideias. "

    A preposição "de" não é exigida por nenhum verbo da frase.

     

  •  gabarito: B

    As razões do outro não devem de ser desconsideradas caso os (OD) julguemos mais frágeis do que supomos ser as nossas próprias ideias (OI).

  • Julgar é VTD. Então ficaria "... caso AS julguemos mais frágeis..."

  • Corrigindo o comentário do Rodrigo Inacio o correto seria : As razões do outro não devem de ser desconsideradas caso as julguemos mais frágeis do que supomos ser as nossas próprias ideias.

    O pronome está retomando o sujeito As Razões( feminino), sendo assim, a forma correta seria as, não os.

  • na letra E não deveria ser "esses" em vez de "estes"?

  • Por mais que a letra B tenha um erro gramatical a letra E está absolutamente sem nexo. Se nossos argumentos se apresentam mais fracos que o dos outros por qual motivo não se deve abdicar deles? Tremendamente confuso. A questão pede a que possui confusão e que está incorreta. Uma possui uma coisa, outra possui outra. Complicado.

  • dever neste contexto é VTD

    supor Verbo VTD

    julquemos VTD

  • O v. 'julgar' é transitivo direto.

    O resto tá liso.

  • Acredito que o verbo "supor" está conjugado e deveria ser escrito assim:

     

    "Que (nós) suponhamos..."

     

    Creio que seja mais um detalhe no erro da frase da letra B que confirma ser ela a alternativa correta!!!

    Se eu estiver errado, avisem-me. Bons estudos!!!

  • Também errei marcando a letra E porque achei que o pronome demonstrativo "estes" (...argumentos se estes se revelarem...") estava colocado de forma errada, pq aprendi em aula que este é sempre usado com função catafórica. 
    Só que pesquisando sobre o tema na Gramática do Fernando Pestana, vi que "este(a/s) e isto" normalmente tem valor catafórico, mas podem também ter valor anafórico.

    P. 313 - A Gramática para Concursos Públicos / Fernando Pestana

  • Gabarito LETRA B

    As razões do outro não devem de ser desconsideradas caso lhes julguemos mais frágeis do que supomos ser as nossas próprias ideias.

     

    devem ser

    as julguemos (as razões do outros)

    Julgar - vtd

     

    lhes = forma oblíqua objetiva indireta correspondente eles/ elas. 

     

    --

    letra e --> abdicar = abrir mão/renunciar. Ora, se nossos argumentos são mais fracos não há motivo para não abrir mão deles.

  • Quanto ao verbo "dispor", se aparecer com o sentido de "colocar em determinada ordem" - (Ela dispôs os arranjos de flores pela igreja) - é transitivo direto, exigindo o complemento direto (os arranjos de flores). Se significar "decidir-se" - (Quando se dispôs a estudar, já era tarde) - é regido pela preposição "a" (dispor-se a); caso signifique "possuir" - (Dispõe de muito dinheiro) - recorre à preposição "de".Quanto ao verbo "dispor", se aparecer com o sentido de "colocar em determinada ordem" - (Ela dispôs os arranjos de flores pela igreja) - é transitivo direto, exigindo o complemento direto (os arranjos de flores). Se significar "decidir-se" - (Quando se dispôs a estudar, já era tarde) - é regido pela preposição "a" (dispor-se a); caso signifique "possuir" - (Dispõe de muito dinheiro) - recorre à preposição "de".


    d)
    A força de nossa argumentação só pode ser comprovada caso se disponha a um confronto verdadeiro com os argumentos do nosso contendor.
    estar disposto a/decidido a confrontar os argumentos.

    ----------------------------------------------------------------

    Nesses dois aparece a conjunção comparativa, que pode ser utilizada de duas maneiras. (mais que OU mais do que)
    c) mais consistente do que a nossa.
    mais consistente que a nossa.
    b) mais frágeis do que supomos ser as nossas próprias ideias.
    mais frágeis que as nossas

    --------------------------------------------

    Junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

     e)
    Não há por que não abdicar ( não há motivo para não abdicar) de nossos argumentos se estes se revelarem
    o primeiro "se" é condicional
    o segundo "se " é reflexivo os argumentos eles mesmos revelarem-se frágeis

  • A Letra B não precisava nem saber português, bastava ler para verificar que é ininteligível. Não se entende nada da leitura. 

  • b-

    Julgar é verbo transitivo direto, o que exige objeto direto (sem preposição). Pronome pessoal do caso oblíquo -lhe exerce a função de complemento verbal de objeto indireto, sendo inadequado para o verbo principal da oração