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ID
2299762
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3
Já que praticamente todas as nossas ações diárias mais significativas estão revestidas de linguagem, é importante saber algo sobre o seu funcionamento. E esse funcionamento da linguagem é tão espontâneo que não nos damos conta de sua complexidade.
Quando falamos ou escrevemos, não temos muita consciência das regras usadas ou das decisões tomadas, pois essas ações são tão rotineiras que fluem de modo inconsciente.
Por outro lado, as atividades sociais e cognitivas marcadas pela linguagem são sempre colaborativas e não atos individuais. Por isso, seguidamente operam como fontes de mal-entendidos. Como seres produtores de sentidos, não somos tão lineares e transparentes quanto seria de desejar, e a compreensão humana depende da cooperação mútua. Sendo uma atividade de produção de sentidos colaborativa, a compreensão não é um simples ato de identificação de informações, mas uma construção de sentidos com base em atividades inferenciais.
Para se compreender bem um texto, tem-se que sair dele, pois o texto sempre monitora o seu leitor para além de si próprio, e esse é um aspecto notável quanto à produção de sentido.
Tal concepção teórica traz consequências, como, por exemplo, as seguintes: a) entender um texto não equivale a entender palavras ou frases; b) entender as frases ou as palavras é vê-las em um contexto maior; c) entender é produzir sentidos e não extrair conteúdos prontos; d) entender um texto demanda uma relação de vários outros tipos de conhecimentos, além do linguístico que consta na superfície do texto.
(Luís Antônio Marcuschi. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Editora Parábola, Record, 2008, p. 233. Adaptado).

Analise a formulação do seguinte trecho: “Por outro lado, as atividades sociais e cognitivas marcadas pela linguagem são sempre colaborativas e não atos individuais”. A expressão destacada:

Alternativas
Comentários
  • enveredar

    verbo

    1.

    transitivo indireto

    seguir por uma vereda; tomar um caminho.

    "e. por uma estrada"

    2.

    transitivo indireto e intransitivo

    dirigir-se expressamente a determinado lugar.

    "enveredou dali para casa"

    3.

    transitivo direto, transitivo indireto e bitransitivo

    fig. indicar um caminho a; fazer seguir ou seguir determinado caminho (em sentido intelectual, ideológico ou moral); orientar, encaminhar, guiar.

  • Alternativa D, pois a expressão "por outro lado" indica que vai ser mostrado o outro lado do argumento

  • A expressão «por outro lado» só deve ser usada para se estabelecer um contraste entre dois elementos. Repare-se que uma análise atenta a este  remete para o que se afirma. Ao se enunciar «por outro lado», está-se a apresentar um “outro lado”, “uma outra via”, “um outro caminho” diferente do anterior. A ideia é de contrariar, opor, restringir. Outros conectores que têm a mesma função são: porémcontrariamenteem vez depelo contráriopor oposiçãoainda assimmesmo assimapesar decontudono entanto...

  • Acredito que "POR OUTRO LADO" se trate de uma LOCUÇÃO CONJUNTIVA COORDENADA ADVERSATIVA.

    Concordam?

  • enveredar: 1 encaminhar, orientar, guiar.