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ID
2305003
Banca
PUC - GO
Órgão
PUC-GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

O Texto 5 trata da dura vida no garimpo, “que até o diabo rejeita”. Um desses garimpeiros, cansado da vida atribulada no garimpo, resolveu ir embora. No caminho de volta, deparou-se com uma casa, onde pediu abrigo e comida por sete dias, tempo que julgava necessário para descansar, a fim de seguir viagem. Temendo que o viajante fugisse sem pagar, o morador concordou; porém, exigiu pagamento adiantado. Inseguro de pagar tudo e ser lesado, o garimpeiro, que dispunha apenas de barras de ouro, concordou em pagar, adiantado, mas uma diária a cada manhã. Apresentou ao morador uma pequena barra cujo valor equivalia ao custo das sete diárias e pediu troco. O morador, porém, disse que não tinha dinheiro para troco. E sugeriu que o garimpeiro cortasse a barra para efetuar o pagamento conforme o combinado. Qual seria a menor quantidade de cortes na barra e em que tamanhos para que o acerto diário pudesse ser feito (assinale a resposta correta)?

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe responder isso? Pelo amor do que lhe é sagrado.

  • 1° dia o garimpeiro dá 1/7

    2° dia o garimpeiro dá 2/7 e recebe de troco 1/7 (q ele havia dado no dia anterior)

    3° dia o garimpeiro dá 1/7 (q havia cortado no primeiro dia)

    4° dia o garimpeiro dá os 4/7 restantes e recebe de troco 3/7 (1/7 +2/7 q havia dado)

    5° dia o garimpeiro da 1/7

    6° dia ele dá 2/7 e recebe 1/7 de volta

    7° dia finalmente ele dá o ultimo 1/7.

    Resposta D