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Gabarito: Letra D.
NEGLIGÊNCIA – Palavra chave “deixa de fazer“
Falta de atenção ou cuidado – Inobservância de deveres e obrigações.
– “Enfermeiro preguiça”.
Exemplos:
- Flebite pela não troca do acesso venoso.
- Passa do horário para fazer a medicação ou procedimento ocasionando dano ao paciente.”
- Não trocar o curativo do paciente diariamente, conforme prescrição de cuidados e , com isso agravar a lesão.
- Em caso de acidente de carro, com fraturas, não realizar exame físico e anamnese para detectar possíveis lesões, como um TC.
IMPRUDÊNCIA – A palavra chave aqui é correr riscos!
Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução – Temeridade.
– “Enfermeiro que passa dos limites“
Exemplos:
-Transportar paciente em maca sem proteção lateral.
- Realizar punção venosa sem a utilização de luvas.
- Realizar administração de medicamento sem conferir a dose e o leito do paciente.
IMPERÍCIA– A palavra chave é “NÃO SABE FAZER, FALTA DE CONHECIMENTO“
Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício de sua profissão, inábil.
Exemplos:
- Seccionar nervo ciático após injeção intramuscular.
- Desconhece as etapas para a realização da passagem de sonda nasoenteral.
- Administrar medicação de via enteral na parenteral.
- Desconhece quais tipos de cobertutas para cada tipo de ferida.
- Aplicar vacina com agulha errada, ou no local errado.
- Seccionar nervo ciático após injeção intramuscular.
HOMICÍDIO DOLOSO
No homicídio doloso, o a gente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
O homicídio culposo ( quando não há intenção de matar ) difere do doloso pois é aquele em que o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia resultando na morte.
Exemplo:
A auxiliar de enfermagem infundi leite na veia através do acesso venoso ao invés da sonda nasoenteral causando a morte do bebê.
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“Negligência:
Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções.
Imprudência:
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada.
Imperícia:
Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e cause deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia.
Resumindo:
1) negligência: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou inobservância do dever, em realizar determinado procedimento, com as precauções necessárias;
2) imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a imprevidência a cerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu”.
3) imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade;
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PARECER NORMATIVO Nº 001/2015
Participação do enfermeiro nos procedimentos de hemodinâmica mais precisamente na retirada de introdutores vascular
IV – DO PARECER
No Brasil a retirada de introdutores arteriais e venosos pelos médicos residentes é prática comum e, em algumas instituições pelo enfermeiro, apesar de ainda não terem sido realizados levantamentos das instituições de saúde que os realizam e nem estudos sobre as evidências científicas dos resultados deste procedimento.
Porém, conclui-se com base na literatura especializada e na legislação vigente, que o Enfermeiro deverá possuir competência e habilitação para proceder à retirada de cateter introdutor arterial ou venoso, em pacientes submetidos a intervenções coronárias percutâneas possuindo amparo legal para o desempenho da função.
E, deve ainda avaliar, criteriosamente, sua competência técnica, científica e ética visando assegurar uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Deverá utilizar o Processo de Enfermagem como ferramenta metodológica, associado com a utilização de protocolos de boas práticas que garantam a segurança e a normatização da realização do procedimento.