Psicodinâmica do Trabalho
Para C. Dejours, “o objeto da psicodinâmica do trabalho não é o trabalho” (1996 b, p.7). São as dinâmicas intra e intersubjetivas que conformam o seu objeto. Existe, segue ele, “uma psicologia do trabalho convencional, onde o trabalho figura como atividade-objeto [...]. Mas, precisamente, a psicodinâmica do trabalho não é uma psicologia do trabalho, mas uma psicologia do sujeito.” (p.8).
A interpretação das defesas, como respostas a um sofrimento negado, está no coração da ação em psicodinâmica do trabalho, como ponto de partida do trabalho psíquico. A descrição do vivido se opõe à descrição da gestão numa perspectiva de reconhecimento. Os métodos desta clínica do trabalho encontram aí sua justificação: a vivencia defensiva relacionada ao sofrimento pode se expressar quando é organizado um enquadre coletivo de enquête, realizado para e pela fala.
Clínica da atividade
Na clínica da atividade, nós buscamos tirar partido da dupla tradição da ergonomia e da psicopatologia do trabalho que é uma originalidade francesa (Clot, 1996). São as relações entre atividade e subjetividade que estão no centro da análise. Seu horizonte é o da corrente histórico-cultural em psicologia e em lingüística, entre Bakhtin e Vygostski
Caracteriza-se principalmente pela investigação e produção de instrumentos que viabilizem a compreensão da situação de trabalho real – atividade dirigida, histórica e processual, visando ampliar o poder de agir dos trabalhadores, sobre o mundo e sobre si mesmos.
Psicodinâmica do trabalho e clínica da atividade têm em comum pertencer ao campo da clínica do trabalho.