SóProvas


ID
2337790
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Os programas neoliberais que, desde os anos 1990, ocupam lugar prioritário nos discursos e agendas políticas dos governos constituem uma nova logística de proteção social. Esses programas

Alternativas
Comentários
  • Gaba letra A

     

    Vale dizer, os programas neoliberais de proteção social que, desde os anos 1990, ocupam lugar prioritário nos discursos e nas agendas políticas dos governos, são aqueles que, agora, obrigam os beneficiários a trabalhar (ou a se submeterem a treinamentos para tal) em troca de assistência. Só que o mercado disponível para esse tipo de força de trabalho é geralmente precário, flexível, desprotegido e de baixa remuneração.

     

    http://pct.capes.gov.br/teses/2013/53001010035P1/TES.PDF

     

     

     

  • Nesse link ( https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questao/78e1c48b-c9 ) tem uma questão da banca cespe falando do welfare mix ou welfare pluralism com comentários da professora. 

     

    Também encontrei um link (http://www.scielo.br/pdf/se/v32n1/0102-6992-se-32-01-00089.pdf ) cujo artigo trata um pouco sobre essa questão do "beneficiário trabalar em troca da assistência". Se alguém tiver outros textos ou referências, compartile. 

     

  • Autor: Victória Sabatine , Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social

    Ivanete Boschetti (Implicações da reforma da previdência na seguridade social brasileira. Revista Psicologia e Sociedade. Volume 15, nº 1. Belo Horizonte, Janeiro/Junho, 2003).

    Conforme a autora, existem várias formas de implementação de políticas sociais e nem todas podem ser caracterizadas como o Welfare State.

    O Welfare State está baseado nos princípios estruturados do Plano Beveridge, o qual apontava que o Estado era responsável por prover as condições de sustento e vida dos cidadãos, buscando que os níveis de desemprego sejam baixos e oferecendo serviços sociais e públicos universalizados, como acesso a saúde, educação, assistência social, habitação, etc. No que concerne o Welfare Pluralism ou Welfare Mix, estes possuem concepção distinta da mencionada anteriormente. Neste "tipo" de Estado de Bem Estar Social, a incumbência de responder as sequelas da questão social são repassadas a sociedade civil, sendo que o acesso a direitos sociais como saúde e educação, serão realizados via mercado. Assim, conceitos distorcidos de solidariedade e voluntariado são utilizados para a não efetivação do dever do Estado na manutenção de serviços sociais e efetivação de direitos. 


    Portanto, pode-se afirmar que este último não prevê a universalização dos direitos como aponta aquele primeiro. Nesse sentido, a assertiva está incorreta pois o Welfare Pluralism ou Mix almejam a desresponsabilização estatal no que concerne a oferta e prestação pública de serviços sociais, implementando a seletividade e exclusão no acesso as políticas sociais, além de repassar para a sociedade civil parcela da responsabilidade de prover condições de vida e de trabalho dignas para os cidadãos.

  • Sem dúvidas, entraria com recurso nessa questão, pois há mais de uma questão correta!

    Yasbeck, no texto "Fundamentos Históricos e teórico-metodológicos do serviço social, 2009" , conclui que, no contexto neoliberal e nos processos de globalização e de valorização do capital financeiro, há o que ela chama de "novas manifestações e expressões da questão social". Nesse sentido, na nota de rodapé ela diz: "Para alguns autores: trata-se de um contexto de mudanças irreversíveis, que atingem, em todo o mundo, o Estado de Bem Estar Social que supunha o pleno emprego e certamente enfrentamos o fim do consenso Keynesiano, alterações demográficas e mundialização crescente da ecnomia e outras graves questões quanto ao financiamento do WS. Temos aí a expansão dos Programas de Transferência de Renda e o Welfare Mix ou o Welfare Pluralism que incorpora crescentemente a presença dos setores não governamentais e não mercantis da sociedade". (Serviço Social: direitos e competências profissionais, p.159)