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ID
2348017
Banca
IDECAN
Órgão
MS
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cármen Lúcia: “O direito à saúde não é um gasto. É um investimento”

“O direito à saúde tem custo. Mas isso não é um gasto, é um investimento”, disse hoje, segunda-feira (7) a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela está empenhada em facilitar o acesso dos juízes à informação confiável sobre medicamentos, dispositivos médicos e técnicas cirúrgicas.

Cármen Lúcia e o ministro da saúde, Ricardo Barros, estiveram hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para iniciar uma parceria entre o CNJ, o governo federal e a instituição. O objetivo é criar uma plataforma on-line com pareceres técnicos sobre os produtos de saúde. De qualquer lugar do país, os magistrados poderão consultá-la antes de tomar decisões.

É um passo importante. Essa base de dados pode ajudar a reduzir o número de decisões judiciais em total dissonância com as evidências científicas da medicina. Todos perdem quando isso acontece.

Só quem ganha quando uma decisão judicial não encontra amparo nas evidências científicas é a indústria farmacêutica. Para uma empresa mal-intencionada, é mais fácil estimular as ações judiciais (financiando associações, oferecendo advogados aos pacientes e assediando médicos) do que convencer as autoridades regulatórias e os gestores públicos da superioridade de seu produto – tanto em termos de eficácia quanto de custo.

Cada comprimido da droga fabricada pela empresa americana Aegerion Pharmaceuticals custa cerca de US$ 1.000 por dia. Essa história provocou um prejuízo de R$ 9,5 milhões à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Poderia ter consumido R$ 40 milhões se as autoridades não tivessem percebido o esquema a tempo de interrompê-lo.

O ponto crucial desse debate é determinar o que o Estado ou os planos de saúde devem ser obrigados a fornecer aos cidadãos. Se não há orçamento no mundo capaz de bancar todas as inovações criadas pela indústria farmacêutica, as evidências científicas devem ser o início de qualquer conversa.

“É fundamental ter a certeza de que, para aquele pleito, existe evidência científica de que a droga é indicada para o paciente”, diz o bioquímico Luiz Fernando Lima Reis, diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. “E, obviamente, essa indicação levou em conta eficiência, eficácia e segurança.”

(Cristiane Segatto, Época. 07/11/2016. Adaptado.) 

Tendo em vista os aspectos sintáticos, referindo-se aos mecanismos de construção do enunciado, analise o período em destaque: “Poderia ter consumido R$ 40 milhões se as autoridades não tivessem percebido o esquema a tempo de interrompê-lo.” (5º§). A afirmativa verdadeira acerca de tal construção está indicada em:  

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

     

     

    Que prova essa...vou arriscar comentar o meu entendimento, vamos lá!

     

     

    a) ERRADA. "consumiria" ficaria correto, pois iria concordar com o sujeito "Essa história".

     

    b) ERRADA. No período há apenas um sujeito: as autoridades.

     

    c) CORRETA. É isso. O sujeito que pode ser identificado no contexto é "Essa história" e não há pistas desinenciais do verbo na oração.

     

    d) ERRADA.  Ocorre o preenchimento. 

     

    e) ERRADA. O emprego da terceira pessoa do plural em uma das orações do período não indica a indeterminação do sujeito.

     

     

  • A) ERRADA - Tendo em vista a concordância com o sujeito, a expressão “poderia ter consumido” pode ser substituída por “consumiriam”. 

    Deveria ser Consumiria (no singular), concordando com o sujeito "Essa história". 

     

    B) ERRADA - No período, existem sujeitos cujas funções semânticas são distintas, sendo um deles o agente e os outros dois, pacientes do processo. 

    Há DOIS sujeitos:

    Essa história [...] poderia ter consumido[...]    (ATIVO)  /  [...]se as autoridades(sujeito) não tivessem percebido o esquema[...]. (ATIVO)

     

     C) CORRETA - O sujeito de uma das orações do período não tem indicação de pistas desinenciais do verbo, mas pode ser recuperado no contexto.  

    Poderia ter consumido. O que poderia ter consumido? Não tem como saber anlisando somente a frase do enunciado. Tendo que retomar o texto anterior para poder identificar o sujeito, que seria "Essa história".

     

    D) ERRADA - Nas orações compostas por locuções verbais, não ocorre o preenchimento do lugar sintático do sujeito, sendo assinalada sua existência pela flexão verbal.

    JÁ EXPLICADO PELO COLEGA.

     

     E) ERRADA - O emprego da terceira pessoa do plural em uma das orações do período indica a indeterminação do sujeito tendo em vista a intenção da omissão de sua identidade. 

    [...]"se as autoridades não tivessem(VERBO NA TERCEIRA PESSOA DO PLURAL) PERCEBIDO"[...]. Sujeito DEERMINADO (AS AUTORIDADES).

  • Letra  c    

    "poderia ter consumido"  se refere à   Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.


     

  • Valeu Richard !   ! !

    Você é fera ! ! !

    Muito obrigado pelas explicações ! ! !

  • Quem Poderia ter consumido R$ 40 milhões ?empresa americana Aegerion Pharmaceuticals .

  • com relação ao comentário do Richard sobre a letra C(correta), acredito que o contexto posterior também torna possível identificação do sujeito

  • Dificiiii.....

  • ESSA HISTÓRIA poderia ter consumido 40 milhões...

  • GABARITO CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC.

  • Essa prova foi pra Administrador ou para professor de português?

  • Pra acertar essa questão tem que observar o texto. O problema é que o enunciado diz pra analisar o período, ou seja, faz isso pra ludibriar o candidato de forma maldosa. De fato o gabarito é C.

  • A história, gabarito C; não foi difícil, bastava ler o texto.

  • Poderia ter consumido = quem? ELE/ELA/ALGO

    A afirmativa fala que não há pistas desinenciais. Porém, há, sim, pistas desinenciais. Pelas pistas, sabe-se que o sujeito está na 3ª pessoa do singular. Como não há pistas desinenciais? Gabarito maluco.