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ID
2348644
Banca
FCC
Órgão
TRT - 11ª Região (AM e RR)
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos diante de uma escolha importante da vida. A resposta é surpreendente: para as decisões pouco importantes, disse ele, vale a pena pensar bem. Quanto às grandes escolhas da vida, você terá menos chance de errar se escolher por impulso.

      A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas. No caso das escolhas profissionais, as motivações inconscientes são decisivas. Elas determinam não só a escolha mais “acertada”, do ponto de vista da compatibilidade com a profissão, como são também responsáveis por aquilo que chamamos de talento. Isso se decide na infância, por mecanismos que chamamos de identificações. Toda criança leva na bagagem alguns traços da personalidade dos pais. Parece um processo de imitação, mas não é: os caminhos das identificações acompanham muito mais os desejos não realizados dos pais do que aqueles que eles seguiram na vida.

      Junto com as identificações formam-se os ideais. A escolha profissional tem muito a ver com o campo de ideais que a pessoa valoriza. Dificilmente alguém consegue se entregar profissionalmente a uma prática que não represente os valores em que ela acredita.

      Tudo isso está relacionado, é claro, com a almejada satisfação na vida profissional. Mas não vamos nos iludir. Satisfação no trabalho não significa necessariamente prazer em trabalhar. Grande parte das pessoas não trabalharia se não fosse necessário. O trabalho não é fonte de prazer, é fonte de sentido. Ele nos ajuda a dar sentido à vida. Só que o sentido da vida profissional não vem pronto: ele é o efeito, e não a premissa, dos anos de prática de uma profissão. Na contemporaneidade, em que se acredita em prazeres instantâneos, resultados imediatos e felicidade instantânea, é bom lembrar que a construção de sentido requer tempo e persistência. Por outro lado, quando uma escolha não faz sentido o sujeito percebe rapidamente.

(Adaptado de KEHL, Maria Rita. Disponível em: rae.fgv.br /sites/rae.fgv.br/files/artigos)

Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos...

Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ITEM B

     

    OBSERVE QUE O PRONOME RELATIVO ''QUE'' É UMA PALAVRA ATRATIVA.

     

    LOGO,OCORRERÁ UMA PRÓCLISE. 

     

    QUESTÃO: PEDINDO CONSELHOS A ELE

    ITEM B) QUE LHE PEDIA CONSELHOS...

     

  • Quem pede, PEDE ALGO, O QUE?? O CONSELHO. (OD)
    A ALGUÉM, a ele, lhe, AO CONHECIDO.(OI)
    Freud (SUJEITO)


    GAB LETRA B

  • Fui na ideia de oração reduzida de gerúndio

  • Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos...

     a) através de que se pedia  : OS CONSELHOS ERAM PEDIDOS (NO PLURAL).

    O CERTO SERIA: ATRAVÉS DE QUE SE PEDIAM / ATRAVÉS DA QUAL SE PEDIAM

     b) que lhe pedia: CERTO. PEDIA (VTDI), EXIGE PRONOME PESSOAL DO CASO OBLÍQUO "LHE", QUE É UTILIZADO COMO COMPLEMENTO DE VERBO TRANSITIVO INDIRETO. "PEDIA CONSELHO A FREUD". ALÉM DISSO, O PRONOME RELATIVO "QUE" ATRAI O "LHE", FAZENDO PRÓCLISE.

     c) da qual pedia-lhe: TRÊS ERROS. 1- "DA QUAL"(ERRADO). PEDIA-SE CONSELHOS NA CARTA, NÃO "DA CARTA".

                                                           2- O PRONOME RELATIVO "QUAL" ATRAI O PRONOME OBLÍQUO, FAZENDO PROCLISE

                                                           3- DUAS PREPOSIÇOES NO COMPLEMENTO VERBAL VTDI: "DA... PEDIA-LHE"(PEDIA A ELE). 

                                                           O CERTO SERIA : A QUAL LHE PEDIA / NA QUAL O PEDIA

     

     d) onde pedia-se: 2 ERROS: ONDE NESSE CASO TEM SENTIDO DE PRONOME RELATIVO (MESMO SENTIDO DE "EM QUE") E ATRAI O PRONOME, FAZENDO PRÓCLISE.

     

     e) em que se pedia: PROBLEMA DE CONCORDÂNCIA VERBAL. O VERBO CONCORDA COM SEU SUJEITO: CONSELHOS ERAM PEDIDOS (EM QUE SE "PEDIAM"). 

    ADEMAIS, OS CONSELHOS ERAM PEDIDOS DIRETAMENTE À FREUD, E NÃO DE FORMA GENERALIZADA, A TODOS, DE FORMA QUE O PRONOME IDEAL NO CASO É O LHE, NÃO O "SE". (QUE LHE PEDIA, NÃO QUE SE PEDIA)

  • Lhe= a ele, a ela

    Que lhe pedia= Que pedia a ele.

     

    O conhecido pedia conselhos a ele(Freud).

     

    Gabarito:

  • A única alternativa que faz referência a palavra "conhecido" é a letra "b", todas as outras estão ligadas a palavra "carta".

  • Alternativa D) Onde pedia-se - A palavra onde refere-se a lugar físico sempre, uma carta não é um lugar.  

  • Em 06/05/2018, às 00:22:15, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 15/02/2018, às 20:45:10, você respondeu a opção B.Certa

  • PUTS.. havia acertado na primeira vez que fiz essa questão. Só que nesta, eu acabei errando rs

     

     

  • Para os não-assinantes:

     

    GABARITO ITEM B

     

    OBSERVE QUE O PRONOME RELATIVO ''QUE'' É UMA PALAVRA ATRATIVA.

     

    LOGO, OCORRERÁ UMA PRÓCLISE. 

     

    QUESTÃO: PEDINDO CONSELHOS A ELE

    ITEM B) QUE LHE PEDIA CONSELHOS...

  • Complementando...

     

    Reparem que é possível eliminar a alternativa (a) e (e) pela concorcordância verbal, pois o "se" das 2 alternativas são pronomes apassivadores e necessariamente o verbo posposto teria que concordar com "conselhos".

     

     

     a) através de que se pediaM

     

     

     e) em que se pediaM

     

     

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    Confira o meu material gratuito --> https://drive.google.com/drive/folders/1sSk7DGBaen4Bgo-p8cwh_hhINxeKL_UV?usp=sharing

  • Quem pede, pede algo a alguem VTDI

  • Excelente comentário do Érico Jones.

  • 15/01/19 respondi certo!

  • sinto uma desmotivação, por mais que estude, que tente entender, que buscar aprender, não consigo atingir média de tribunal. É desestimulante.

  • Letra B.

    Nessa questão, o examinador quer que você troque uma oração reduzida por uma desenvolvida.

    Veja que quem pedia conselhos, segundo o texto, é a “carta de um conhecido”. Ao colocar “Freud uma vez recebeu carta de um conhecido que lhe pedia conselhos...”, o pronome relativo retoma “carta de um conhecido” e o pronome “lhe”, que retoma “Freud”, exerce função de OI, pois “pedia” é VTDI.

     

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana

  •  Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos diante de uma escolha importante da vida. A resposta é surpreendente: para as decisões pouco importantes, disse ele, vale a pena pensar bem. Quanto às grandes escolhas da vida, você terá menos chance de errar se escolher por impulso.

       A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas. No caso das escolhas profissionais, as motivações inconscientes são decisivas. Elas determinam não só a escolha mais “acertada”, do ponto de vista da compatibilidade com a profissão, como são também responsáveis por aquilo que chamamos de talento. Isso se decide na infância, por mecanismos que chamamos de identificações. Toda criança leva na bagagem alguns traços da personalidade dos pais. Parece um processo de imitação, mas não é: os caminhos das identificações acompanham muito mais os desejos não realizados dos pais do que aqueles que eles seguiram na vida.

       Junto com as identificações formam-se os ideais. A escolha profissional tem muito a ver com o campo de ideais que a pessoa valoriza. Dificilmente alguém consegue se entregar profissionalmente a uma prática que não represente os valores em que ela acredita.

       Tudo isso está relacionado, é claro, com a almejada satisfação na vida profissional. Mas não vamos nos iludir. Satisfação no trabalho não significa necessariamente prazer em trabalhar. Grande parte das pessoas não trabalharia se não fosse necessário. O trabalho não é fonte de prazer, é fonte de sentido. Ele nos ajuda a dar sentido à vida. Só que o sentido da vida profissional não vem pronto: ele é o efeito, e não a premissa, dos anos de prática de uma profissão. Na contemporaneidade, em que se acredita em prazeres instantâneos, resultados imediatos e felicidade instantânea, é bom lembrar que a construção de sentido requer tempo e persistência. Por outro lado, quando uma escolha não faz sentido o sujeito percebe rapidamente.

    (Adaptado de KEHL, Maria Rita. Disponível em: rae.fgv.br /sites/rae.fgv.br/files/artigos)

    Atente para as afirmações abaixo.

    I. Embora aprove o conselho oferecido por Freud, a autora, ao afirmar que A sugestão parece imprudente, assinala que a ideia de Freud pareceria desajustada ao senso comum.

    II. No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer

    ``claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas``

    III. No primeiro parágrafo, o sinal de dois-pontos introduz uma síntese do que foi dito antes.

    nao está sintetizando, e sim uma EXPLECITACAO.

    Está correto o que se afirma APENAS em

    • A
    • I e II.
    • B
    • II e III.
    • C
    • I e III.
    • D
    • I.
    • E
    • II.