Vamos elencar aqui algumas vantagens de cada traçado, segundo Mascaró:
Traçados de malha fechada:
- Alta legibilidade urbana
- Melhor para os correios e coleta de lixo
- Infraestrutura mais cara
- Sistema viário ocupa mais espaço
- Maior facilidade para manutenções
- Maior risco de acidentes
Dentre os traçados de malha fechada o ortogonal é o mais em conta. Traçados em outros formatos geram glebas irregulares e dificultam o posterior parcelamento.
Traçados de malha aberta
- Possibilitam mais lotes por hectare
- Diminuem a área ocupada pelo sistema viário
- Pior para os correios e coleta de lixo
- Sistema viário ocupa menos espaço
- Maior dificuldade de manutenção
- Dificulta encontrar endereços
- Melhora o senso de vizinhança (segundo Mascaró)
- Menor risco de acidentes
Exemplo: Traçado espinha de peixe
Traçados mistos
Associam as vantagens de cada um dos sistemas.
Utiliza-se malha fechada para as vias principais, e traçado aberto para as vias de menor trânsito.
Exemplo: Cidade de Radburn
(V) Os traçados ortogonais serão mais econômicos, pois as glebas resultantes serão mais regulares, o que proporciona seu melhor aproveitamento e ocupação.
Questionável. Dentro do grupo dos traçados de malha fechada é ok falar isso. Mas o traçado ortogonal é mais caro que um traçado de malha aberta, espinha de peixe, por exemplo.
(V) Nos traçados não ortogonais, os cruzamentos, por serem atípicos, terão maior superfície a ser pavimentada.
(F) A solução mais eficiente é a combinação dos traçados abertos/fechados, definindo-se as vias de trânsito intenso e as arteriais com traçado aberto e vias secundárias e de trânsito eventual com traçado fechado.
Vias de trânsito intenso : traçado fechado
Vias secundárias e de trânsito eventual : traçado aberto
(V) Um dos fatores que mais gera economia nos traçados mistos é o fato de que os transportes têm seus principais custos relacionados às vias principais, que, fechadas, proporcionarão grande economia ao sistema.
Correto. Por fechadas, ele quis dizer, de malha fechada, ou seja, conectadas às vias secundárias.
(V) Os traçados ortogonais serão mais econômicos, pois as glebas resultantes serão mais regulares, o que proporciona seu melhor aproveitamento e ocupação.
"Do ponto de vista de sua economia, pode-se dizer que, em princípio, todos os traçados não ortogonais têm custos maiores que os ortogonais e apresentam taxas de aproveitamento menores, porque formam glebas irregulares." (Mascaró, 2005, p.37)
(V) Nos traçados não ortogonais, os cruzamentos, por serem atípicos, terão maior superfície a ser pavimentada.
"Os cruzamentos, por serem atípicos, também terão maior superfície a ser pavimentada." (Mascaró, 2005, p.37)
(F) A solução mais eficiente é a combinação dos traçados abertos/fechados, definindo-se as vias de trânsito intenso e as arteriais com traçado aberto e vias secundárias e de trânsito eventual com traçado fechado.
"(...) para as vias de trânsito intenso e arteriais principais, o mais adequado é o traçado em malha fechada, porque permite menores percursos; para vias de trânsito eventual, secundário o traçado em malha aberta permite menores custos de implantação e infra-estrutura." (Mascaró, 2005, p.39)
(V) Um dos fatores que mais gera economia nos traçados mistos é o fato de que os transportes têm seus principais custos relacionados às vias principais, que, fechadas, proporcionarão grande economia ao sistema.
" Como a maior parte dos custos de transporte depende de vias principais, e a maior parte dos custos de implantação da infra-estrutura das vias secundárias, estes traçados mistos consequentemente obtiveram um resultado muito econômico para as cidades." (Mascaró, 2005, p.40)
MASCARÓ, Juan Luis. Loteamentos urbanos. 2. ed. Porto Alegre: Masquatro. Editora, 2005.