- ID
- 2370616
- Banca
- CS-UFG
- Órgão
- UFG
- Ano
- 2017
- Provas
-
- CS-UFG - 2017 - UFG - Analista de Tecnologia da Informação - Desenvolvimento de Sistemas
- CS-UFG - 2017 - UFG - Arqueólogo
- CS-UFG - 2017 - UFG - Arquiteto e Urbanista
- CS-UFG - 2017 - UFG - Arquivista
- CS-UFG - 2017 - UFG - Auditor
- CS-UFG - 2017 - UFG - Bibliotecário Documentalista
- CS-UFG - 2017 - UFG - Contador
- CS-UFG - 2017 - UFG - Engenheiro - Área Mecânica
- CS-UFG - 2017 - UFG - Médico - Psiquiatria
- CS-UFG - 2017 - UFG - Odontólogo
- CS-UFG - 2017 - UFG - Psicólogo - Clínica e da Saúde
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Campanha pede que pediatras de todo o país “receitem livros'
para crianças”
Pediatras de todo o país vêm sendo orientados a "receitar
livros" para seus pacientes de zero a seis anos. A medida, anunciada
nesta semana pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria),
visa estimular o aumento das conexões cerebrais nos pequenos
por meio da leitura feita a eles pelos pais ou por pessoas
próximas.
De acordo com os médicos, bebês que recebem o estímulo de escutar histórias podem se tornar adultos mais articulados,
desenvoltos e inteligentes. Bebês que nascem com deficiência também podem obter benefícios: com este incentivo, o
cérebro pode criar novas conexões para suprir habilidades perdidas.
Para Eduardo Vaz, presidente da SBP, não basta ao pediatra
controlar peso, altura e vacinas. Para ele, é preciso formar
um adulto que tenha qualidade de vida e que exerça sua cidadania.
"Estamos atrasados na inclusão do livro na pediatria.
Ler para o bebê reflete diretamente em seu bom desenvolvimento,
na cognição e na afetividade. Quem lê para o bebê cria
com ele um vínculo afetivo para a vida toda e contribui para
que ele seja um adulto melhor", diz Vaz.
O empresário Igor Rodrigues e a sua mulher, Daniela,
leem diariamente histórias infantis para as filhas gêmeas Lis e
Mariah, de nove meses.
"Não tivemos orientação médica, mas tomamos a medida
porque o nosso mais velho, de 15 anos, não gosta de livros
e é ligado a videogames. Os resultados são claros: elas adoram,
aprendem novas palavras e estão mais espertas", avalia o pai.
Uma das causas do atraso do falar de crianças, de acordo
com Vaz, é a falta de comunicação entre pais e filhos, o que
inclui a leitura. "O médico deve abordar famílias de forma direta,
dizendo que é necessário ler para o bebê. Pais analfabetos
podem contar histórias para os filhos. E essas crianças se alfabetizam
rápido, têm facilidade para aprender línguas e melhor
desempenho acadêmico."
Com apoio das fundações Maria Cecília Souto Vidigal
e Itaú Social, médicos associados à SBP receberão livros para
seus consultórios. Eles receberão também a cartilha "Receite
um Livro – Fortalecendo o Desenvolvimento e o Vínculo", com
os benefícios da leitura a bebês.
Para o linguista Evélio Cabrejo, da Universidade Sorbonne
(França), que veio ao Brasil para o lançamento da campanha,
não importa repetir a mesma história para as crianças.
"O bebê não escuta a mesma história sempre. Ele descobre uma
quantidade enorme de significados diferentes. Além disso, decora
tudo. Está exercendo a memória. É uma operação extraordinária."
MARQUES, Jairo. Folha de S. Paulo. 18 out. 2015. Disponível em: .
Acesso em: 1° fev. 2016.
No título e no primeiro parágrafo, a expressão “receitar
livros” aparece entre aspas. O uso das aspas, nesse caso, se
justifica porque