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ID
2374345
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDF
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista as interações entre câmbio, moeda, balanço de pagamentos e política econômica, julgue o item que se segue.

Em uma economia aberta com regime de câmbio fixo e plena mobilidade de capitais, a política monetária é passiva.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito CERTO

    Economia aberta com regime de câmbio fixo
    política fiscal: é eficaz
    Política monetária: é ineficaz, ou seja: passiva

    bons estudos

  • FIFI MOMO

  • O conceito de política monetária eficáz ou ineficaz é diferente de ativa e passiva.

     

    Política monetária ativa: o Bacen controla a oferta de moeda e, nesse caso, a taxa de juros oscila para determinar o equilíbrio entre oferta e demanda de moeda.

    Política monetária passiva: o Bacen visa determinar a taxa de juros, seja pela taxa de redesconto ou de remuneração dos títulos públicos. Neste caso, deixa a oferta de moeda variar livremente para manter esta taxa de juros, ou seja, a oferta de moeda fica endogenamente determinada.


     

    https://politicamonetaria.webnode.com.br/o-que-e-politica-monetaria-/

     

     

    Ou seja, para manter fixa a taxa de câmbio e consequentemente a taxa de juros (curva IS/LM), ele terá que variar o oferta de moeda. Isso caracteriza uma política monetária passiva.

     

  • a)     O governo aumenta a quantidade de R$ e isso desloca a LM para a direita: aumenta renda e diminui juros;

    b)     A diminuição dos juros internos provoca a fuga de capitais estrangeiros;

    c)      Como o regime é fixo, o Bacen vende moeda estrangeira para manter a taxa de câmbio fixa, e isso diminui a quantidade de R$.

    d)     Essa diminuição de R$ provoca aumento da taxa de juros interna e a curva LM retorna para sua posição inicial.

    Conclusão: a política monetária expansiva é ineficaz no regime de câmbio fixo e economia aberta e por isso termina sendo passiva.

  • Perfeito: com livre mobilidade de capitais e câmbio fixo, a política monetária é inócua.

              Ela apenas responderá de forma passiva para manter o câmbio no nível fixado.

              Isso fica bem claro quando analisamos o efeito de uma política monetária expansiva nesta situação de câmbio fixo e perfeita mobilidade de capitais:

              Note o deslocamento da curva LM leva a economia a um ponto (B) com maior renda e menor taxa de juros.

              Esses juros menores farão com que capitais “fujam” do país, aumentando a demanda por dólar para efetuar esta saída, o que desvalorizaria a taxa de câmbio.

              Para manter o câmbio fixo, o Banco Central precisará atender a esta maior demanda por moeda estrangeira, vendendo dólares em troca de reais.

              Ou seja, ele nada mais está fazendo do que voltar atrás da sua política de aumentar a oferta de moeda local (reais).

              No final, a curva LM volta ao patamar inicial e nada mudou na renda e nos juros, mas o país perdeu reservas no processo.

    Resposta: C

  • Gab. C

    Supondo câmbio fixo, e livre mobilidade de capital, qual será o impacto da política monetária?

    Consideremos o caso de uma expansão monetária. O impacto inicial será o deslocamento na curva LM para a direita, pressionando a taxa de juros para baixo. Com perfeita mobilidade de capital, isso induzirá uma fuga massiva de capitais do país, ou seja, um profundo déficit na Balança de Pagamentos.

    A maior procura por moeda estrangeira terá de ser atendida pelo Banco Central, desfazendo-se das reservas internacionais, para poder manter a taxa de câmbio fixa, o que provocará a retração da oferta de moeda até que a LM volte à posição original, restabelecendo a condição de igualdade entre as taxas interna e externa de juros, cessando a fuga de capitais.

    Percebe-se que a política monetária é totalmente inoperante neste caso, uma vez que o Banco Central não tem nenhum controle sobre o agregado monetário, que terá que se ajustar para garantir a igualdade entre as taxas de juros.

    Fonte: Manual de Macroeconomia (USP); p. 268