Boa noite!
A ausência de vivência acadêmica é um sério problema, pois o discente se limita a convivência com poucos colegas e com um tutor, isto enquanto frequenta o Polo de Apoio Presencial, empobrecendo a formação do mesmo. Haja vista que essa relação limitada o priva de contato com o movimento estudantil, com matrizes teóricas diversas e com a convivência da comunidade acadêmica (que pressupõe o contato com outros cursos). Em concordância com Pereira (2012 p. 61), "o perfil do profissional formado na modalidade EAD será marcado pela realização de estágios precários, pela ausência de transversalidade da pesquisa ao longo da formação, ausência de vivência acadêmica e corpo docente com trajetórias teóricas distintas". Nesta perspectiva, diante do processo de alienação que se dá na sociedade capitalista, evidencia-se um contexto em que a educação da sociedade também se insere na lógica de dominação. Deste modo, não se objetiva a formação de seres pensantes. Logo, esse panorama atual que é imposto à educação superior, com o estímulo ao conservadorismo, tende a ser regressivo e preocupante para com a direção social hegemônica do Projeto Ético-Político do Serviço Social.
PEREIRA, Larissa Dahmer. Educação e Serviço Social: do confessionalismo ao empresariamento da formação profissional. São Paulo: Xamã, 2008.