SóProvas


ID
2386123
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            A representação da “realidade” na imprensa

      Parece ser um fato assentado, para muitos, que um jornal ou um telejornal expresse a “realidade”. Folhear os cadernos de papel de ponta a ponta ou seguir pacientemente todas as imagens do grande noticiário televisivo seriam operações que atualizariam a cada dia nossa “compreensão do mundo”. Mas esse pensamento, tão disseminado quanto ingênuo, não leva em conta a questão da perspectiva pela qual se interpretam todas e quaisquer situações focalizadas. Submetermo-nos à visada do jornalista que compôs a notícia, ou mesmo à do câmera que flagra uma situação (e que, aliás, tem suas tomadas sob o controle de um editor de imagens), é desfazermo-nos da nossa própria capacidade de análise, é renunciarmos à perspectiva de sujeitos da nossa interpretação.

      Tanto quanto os propalados e indiscutíveis “fatos”, as notícias em si mesmas, com a forma acabada pela qual se veiculam, são parte do mundo: convém averiguar a quem interessa o contorno de uma análise política, o perfil criado de uma personalidade, o sentido de um levante popular ou o alcance de uma medida econômica. O leitor e o espectador atentos ao que leem ou veem não têm o direito de colocar de lado seu senso crítico e tomar a notícia como espelho fiel da “realidade”. Antes de julgarmos “real” o “fato” que já está interpretado diante de nossos olhos, convém reconhecermos o ângulo pelo qual o fato se apresenta como indiscutível e como se compõe, por palavras ou imagens, a perspectiva pela qual uma bem particular “realidade” quer se impor para nós, dispensando-nos de discutir o ponto de vista pelo qual se construiu uma informação.

                                                                                                       (Tibério Gaspar, inédito

Observam-se plenamente as normas de concordância verbal e a adequada articulação entre os tempos e os modos na frase:

Alternativas
Comentários
  • A) Atinássemos / Seríamos

    B) Passarmos / Incutiram / Estaremos / Enunciaram

    C) Correta

    D) Houvéssemos / Caberiam / Teríamos

    E) Costumamos / Seria / Traduzem / Ocorreram

     

    Qualquer erro, por favor me avisem. Abraços e bons estudos a todos.

  •  a) Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se produz as notícias, não seremos (SERÍAMOS) tentados a confundir uma reportagem com a realidade mesma. 

     b) Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de vista que neles se incutiram, estamos(ESTAREMOS) interpretando também a perspectiva pela qual se enunciaram. 

     c) Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu. CORRETA

     d) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiam (CABERIAM) aos indivíduos nomeados, teremos (TERÍAMOS) de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. 

     e) O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria senão confundir o que se traduzem nas palavras com os fatos que efetivamente ocorreriam (OCORRERAM)

  • MUITA MALDADE.

  • GABARITO: C

     

    Vejamos na ordem direta:

     

    "O reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa."

  • Na alternativa E, creio que o verbo traduzir também não se deveria flexionar, pois remete ao sujeito "que" (o que se traduz nas palavras = aquilo que se traduz).

  •  d) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiam aos indivíduos nomeados, teremos de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. 

    Acredito que a frase deveria ficar assim: Se houvéssemos acreditado... teríamos de inculpar...

    Mas uma coisa é certa: O verbo Caber NÃO FICA NO PLURAL, como alguns pensam, o que já torna a alternativa errada. Vejamos :

    Com relação ao verbo CABER o certo é permanecer no singular, pois o verbo concorda com o sujeito RESPONSABILIDADE. Ou seja: A responsabilidade CABE aos indivíduos. 

  • Gab. B - Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu. 

  • A FCC adora esculhambar com a ordem direta dos períodos pra dificultar a vida dos aluninhos. Não é fácil essa vida de concurseiro.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • GABARITO C 

     

    Uma breve observação: 

     

    Acredito que o erro da alternativa (d) está ligada à concordância também, observe: 

     

    (d) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiam (Aqui o verbo obrigatoriamente deveria estar no singular) aos indivíduos nomeados, teremos de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. 

     

    O que é que cabia? A responsabilidade 

     

    Bons estudos!

  • A) Atinássemos / Seríamos (futuro do pretérito - condicional)

    B) Passarmos / Incutiram / Estaremos (futuro do presente) / Enunciaram

    C) Correta

    D) Houvéssemos / Caberia (futuro do pretérito - condicional)Teríamos

    E) Costumamos / Seria / Traduzem / Ocorreram (pretérito/passado perfeito)

     

    Futuro do pretérito/passado pode adicionar "talvez" para conjugar  ex.: estariam/estaríamos

    Futturo do subjuntivo pode adicionar "quando" antes de conjugar ex.: estivermos/estiverem

  • Além de ser a resposta correta, é uma importante lição para os amantes da leitura.

     

    Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu. 

  • No caso da letra A, o verbo "produz" não deveria concordar com "as notícias"?

     

    Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se produzem as notícias, não seríamos tentados a confundir uma reportagem com a realidade mesma. 

     

     

    No caso da letra B, o verbo "incutir" não deveria concordar com "o ponto de vista"? 

     

    Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de vista que neles se incutiu, estaremos interpretando também a perspectiva pela qual se enunciaram. 

     

     

    Alguém poderia me ajudar?

  • Em complemento aos comentários dos colegas, tratando-se de regência verbal, pontuo:

     

    * Acredito que na letra 'a' também temos uma partícula apassivadora no trecho: que se produz as notícias ...  Veja que é possível transformar essa oração para a voz passiva analitica sem perda de sentido: que as notícias são produzidas (verbo ser + participio do verbo). Portanto, o verbo 'produz' deveria concordar com o sujeito 'as notícias', resultando em: que se produzem as notícias

     

    * Acredito que na letra 'b' temos o pronome relativo 'que', funcionando como sujeito da oração projetando o substantivo 'ponto de vista' na oração seguinte, e também temos uma voz passiva sintética no trecho, marcada pela partícula apassivadora: mas o ponto de vista que neles se incutiram... Portanto, o verbo deverá concordar com o sujeito, resultando em: mas o ponto de vista que neles se incutiu

  • o que eu achei mais dificil na questão foi:

    a)- As noticias produzem (noticias=sujeito do verbo produzir)

    e)-  traduz "nas" palavras. Não existe sujeto preposicionado.

  • ponto de vista que neles (nos fatos) se incutiu

     

     

     

  • Concordo com o colega a respeito disso: 

    GABARITO C 

     

    Uma breve observação: 

     

    Acredito que o erro da alternativa (d) está ligada à concordância também, observe: 

    (d) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiam (Aqui o verbo obrigatoriamente deveria estar no singular) aos indivíduos nomeados, teremos de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. 

    O que é que cabia? A responsabilidade 

    E também na letra b, o correto seria: Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de vista que neles se INCUTIU (o ponto de vista)ESTAREMOS interpretando também a perspectiva pela qual se enunciaram."

  • Dobradinha verbal, respectivamente -> Futuro do Presente do Indicativo + Futuro do Subjuntivo. 

    Gabarito C 

  • Colegas,

     

    Penso que, com vistas a uma reescrita ainda mais correta da sentença, poderia existir também esta possibilidade na letra "E":

     

    E) Costumamos / É / Traduzem / Ocorreram

     

    O que acham? 

  •  a) Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se produzEM as notícias, não SERÍAMOS tentados a confundir uma reportagem com a realidade mesma. 

     

     b) Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de vista que neles se incutiram, ESTAREMOS interpretando também a perspectiva pela qual se enunciaram. 

     

     c) Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu. 

     

     d) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados CABIA aos indivíduos nomeados, TERÍAMOS de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. 

     

     e) O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria senão confundir o que se TRADUZ nas palavras com os fatos que efetivamente OCORREM OU OCORRERAM.

  •                                                      Cuidado!!!

    D) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiam (CABERIA) aos indivíduos nomeados, teremos(TERÍAMOS) de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. 

    A responsabilidade aqui é o sujeito da oração / È a responsabilidade que CABE aos indivíduos e não nós que cabemos ao indivíduos e muito menos DOS FATOS NOTICIADOS pois está preposicionado!!!

     PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO SE CONJUGA COM O VERBO NO FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO (NESSE CASO) NÃO DO PRETÉRITO IMPERFEITO (CABIA)   

    NÃO CONFUNDEM COM OUTROS SENTIDOS IGUAL EM:

    SUGERI A VOCÊ QUE NÃO VENDESSE. (PRET. IMPERFEITO DO INDICATIVO C/ PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO)

    ESPERAVA QUE FOSSE VOCÊ. ( PRETÉRITO PERFEITO C/ PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO)

     

                                                                          "Que falte tudo menos Deus para lutar por nós"

  • a) Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se produzEM as notícias, não SERÍAMOS tentados a confundir uma reportagem com a realidade mesma. ERRADO

     

    b) Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de vista que neles se incutiram, ESTAREMOS interpretando também a perspectiva pela qual se enunciaram. ERRADO

     

    c) Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu. CORRETO.

    Ordem direta: O reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa.

     

    d) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiA aos indivíduos nomeados, TERÍAMOS de inculpar os inocentes e inocentar os culpados. ERRADO

     

    e) O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria senão confundir o que se TRADUZ nas palavras com os fatos que efetivamente OCORRERAMERRADO

  • Perguntinha do capiroto hem...li, reli, reli e reli pra poder acertar...infelizmente dia da prova não temos todo o tempo do mundo!

  • A) atinássemos - seríamos ou atinemos - seremos;

    B) passarmos - estaremos ou passamos - estamos;

    D) houvéssemos - teríamos;

    E) costumamos - ocorrem (traduz)

  • Se eu pudesse, te ajudaria = pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo (vulgo condicional).

  • SUBJUNTIVOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO DECORA SÁPORRA

     

    Que eu possa fazer isso-> presente do subjuntivo

    Se eu pudesse fazer isso -> pretérito imperfeito do subjuntivo

    Quando eu puder fazer isso -> futuro do subjuntivo

  • QUE NEM A AMIGA FALOU AI EM CIMA, NAOOOOOOOOOOOOO CONFUNDA pretérito imperfeito do subjuntivo com pretérito imperfeito do indicativo. Segue esquema:

     

    Segue um mnemônico para o Pretérito Imperfeito do Indicativo:

    "Era ele que vinha dando vaia" + punha + tinha

     

    inha era imperfeito

     

    Era = Verbo "Ser" passa a ser "era".

     

    Vinha = Verbo "Vir" passa a ser "vinha" (VÁLIDO PARA SEUS DERIVADOS).

     

    Va = Verbos terminados em "ar" ou "or" passam a ser terminados em "va".

     

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir" passam a ser terminados em "ia" (NÃO CONFUNDIR COM "RIA" QUE É FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO).

     

    Punha = Verbo "Pôr" passa a ser "punha" (VÁLIDO PARA SEUS DERIVADOS).

     

    Tinha = Verbo "Ter" passa a ser "tinha" (VÁLIDO PARA SEUS DERIVADOS).

     

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir".

     

    Punha = Verbo "Pôr".

     

    Tinha = Verbo "Ter".

     

     

    * Constituir -> Constituía = Pretérito Imperfeito do Indicativo.

     

     

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

     

     

     Sufocava -> (Pretérito Imperfeito do Indicativo).

     

     

    Aprofundaria = Futuro do Pretérito do Indicativo.

     

     

     Valorizam = Presente do Indicativo.

     

     

     Partilhara = Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.

     

     

     É destituída = tempo composto (ser/estar + particípio).

  • Colegas! É simples o que vou falar...mas fez toda a diferença. A conjugação do verbo é fundamental, porém o emprego das vírgulas define a questão. Tem termo deslocado para confundir e é o gabarito! Letra C

     

     

     

  • O texto é sensacional

  • Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se produz as notícias, não seremos (seríamos) tentados a confundir uma reportagem com a realidade mesma.

    Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de vista que neles se incutiram, estamos (estaremos) interpretando também a perspectiva pela qual se enunciaram.

    Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu. (gab)

    Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabiam aos indivíduos nomeados, teremos (teríamos) de inculpar os inocentes e inocentar os culpados.

    O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria (será) senão confundir o que se traduzem nas palavras com os fatos que efetivamente ocorreriam.

  • finalmente acertei uma questao desse tipo.. agua mole, pedra dura..