SóProvas


ID
240238
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Acerca das emoções no ambiente de trabalho, julgue os itens
subsequentes.

A adoção de estratégia defensiva, resultante da dinâmica frustração-regressão, em circunstâncias de enfrentamento de situações de inadequação social e baixa produtividade, gera nos indivíduos sentimento de inferioridade e impotência.

Alternativas
Comentários
  • O texto abaixo pode esclarecer um pouco:

    Estratégias defensivas surgem com o sofrimento e, por meio delas, os trabalhadores conseguem minimizar a percepção que têm das pressões organizacionais. De vítimas passivas, os trabalhadores passam a agentes ativos de um desafio. Os sujeitos, experimentando cada um por si um sofrimento único, seriam capazes de unir esforços para construir uma estratégia defensiva comum. A diferença entre o mecanismo de defesa individual e a estratégia coletiva é que o primeiro está interiorizado, persiste mesmo sem a presença física de outros, enquanto a segunda não se sustenta se não tiver um consenso, depende de fatores externos. A estratégia defensiva torna-se, muitas vezes, preciosa para os trabalhadores. O sofrimento é essencialmente o resultado do enfraquecimento da estratégia defensiva, e não consequência do trabalho. Essas estratégias funcionam também como sistema de seleção psicológica de trabalhadores, eliminando aqueles que se mostram reticentes (Abdoucheli & Jayet, 1994).

    Fonte: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1678-51772009000400005&script=sci_arttext
  • Então o erro é dizer que é a adoção da estratégia defensiva que gera nos indivíduos sentimento de inferioridade e impotência, pois o que gerou isso na verdade foram as circunstâncias de enfrentamento de situações de inadequação social e baixa produtividade. As defesas estariam ajudando, não piorando. É isso?
  • Segundo Dejours (1996), há 2 tipos de estratégias defensivas: a criativa e a patogênica.

    A elaboração de estratégias criativas favorece a saúde do sujeito e, consequentemente, sua produção.

     

    (FONTE:https://www.youtube.com/watch?v=YXaCbqNLkqA - 9':13").

     

     

    * GABARITO: ERRADO.

     

    Abçs.

  • Dessa forma, Dejours (1996) faz uma diferenciação entre sofrimento criativo e sofrimento patogênico, em que o primeiro constitui-se da elaboração de estratégias criativas que, em geral, favorecem à saúde do sujeito e à produção. Com isso, o autor argumenta que não se deve negar o sofrimento do sujeito, pois é inevitável, mas o sofrimento criativo possibilita a transformação desse estado em criatividade, contribuindo para a resistência do sujeito à desestabilização. Já aquele considerado patogênico caracteriza o sofrimento que gera alguma solução desfavorável à saúde, no sentido de que o sujeito pode estar em vias de adoecimento ou já estar adoecido.O trabalhador lida com esse sofrimento utilizando-se de alguns recursos chamados de estratégias defensivas, que podem ser tanto individuais quanto coletivas.

     

    Uma divisão ainda mais específica sobre as estratégias defensivas é feita por Dejours (2004), em que ele as classifica em defesas (a) de proteção, (b) de adaptação e (c) de exploração. As defesas de proteção são formas de pensar e agir de modo a proteger-se do sofrimento advindo do trabalho e fazem com que esse sofrimento seja racionalizado ou evitado. Com isso, essas defesas auxiliam o trabalhador a tornar-se alheio às causas do sofrimento, tendo por consequências a intensificação deste ou o adoecimento. Já as defesas de adaptação e de exploração estão relacionadas à submissão aos desejos de produção da organização, em que o trabalhador se sujeita a comportamentos inconscientes que atendam à produção e ao funcionamento, por vezes, perverso da organização do trabalho (Mendes, 2007). 

    ou seja, não vi em nenhum momento falar sobre gerar inferioridade e impotência...