Para
resolução da questão em análise, faz-se necessário o conhecimento dos modelos
de Administração Pública.
Diante
disso, vamos a uma breve contextualização do modelo de administração pública.
O Estado patrimonial (patrimonialismo) foi o primeiro modelo de
administração pública e sua principal característica é a confusão entre bem
público e bem pessoal, pois neste modelo tudo que pertencia ao Estado,
pertencia ao príncipe também.
Lado outro, na burocracia há clara distinção entre bem público e
privado. Neste sentido, segundo
o PDRAE (1995), a Administração Pública burocrática surge na
segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de
combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. "Constituem princípios
orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira,
a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder
racional-legal". (apud PALUDO, 2013,
p. 63).
Por
conseguinte, a Nova Administração Pública (Gerencialismo) foi um conjunto de
teorias surgidas nos anos 70, que orientavam reformas na administração pública
baseadas nos princípios gerenciais das empresas privadas, ou seja, buscava-se
trazer a mesma eficiência e eficácia do ambiente privado para o público.
No
Brasil, Segundo Paludo, "o novo modelo de administração gerencial teve
início na era Fernando Henrique Cardoso (1995), e tinha o firme propósito
de que o Estado deveria coordenar e regular a economia, e, finalmente, começa a
reforma da administração rumo ao modelo gerencial.". (PALUDO, 2013, p. 94).
Ante o exposto, vamos analisar cada alternativa.
A) Errado, pois é a Administração
Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época
do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo
patrimonialista.
B) Errado, pois é no modelo burocrático que o interesse
estatal era confundido com o interesse público.
C) Errado, pois o controle e o poder racional-legal são características
marcantes do modelo burocrático.
D)
Certo, pois a administração pública baseava-se nos princípios gerenciais das
empresas privadas, ou seja, buscava-se trazer a mesma eficiência e eficácia do
ambiente privado para o público.
E) Errado, pois o modelo que utiliza o Estado como uma extensão do
poder do soberano é o patrimonialista.
Fonte:
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. 3ª ed.
– Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Gabarito do Professor: Letra D.