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A teoria da meta e do caminho, também conhecida como teoria caminho-meta, foi desenvolvida por Robert House e Martins Evans em 1971[1], e recebeu esse nome devido ao fato de acreditar que o líder influencia as percepções dos subordinados, tanto nas metas de trabalho como nas metas pessoais, e é ele que ajuda a encontrar os caminhos para realizá-las.
Essa teoria foca no líder, no liderado e na tarefa e foi desenvolvida com base em estudos da Universidade de Ohio e da Teoria da Expectativa, para esclarecer como o comportamento do líder pode contribuir no desempenho de seus subordinados e influenciar comportamentos, satisfação e motivação
O líder deve manipular as três variáveis motivacionais, que são apresentadas na Teoria da Expectativa[3], chamadas de VIEs (Valências, Instrumentalidades e Expectativas).
Valências: identificar ou criar uma atração sobre determinado resultado que atue no indivíduo ou na sua satisfação em atingi-lo.
Instrumentalidades: manipular a relação entre a execução de uma ação pelo liderado e a experimentação do resultado, para que o desempenho do liderado seja elevado e que se tenha bons retornos.
Expectativas: reduzir ou eliminar as barreiras que possam impedir o alcance do objetivo, o que causaria frustrações aos liderados, de forma que o esforço deliberado seja menor e que se atinja bons desempenhos.
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há quatro estilos de comportamentos que podem ser adotados pelos líderes a fim de manipularem as três variáveis motivacionais
Liderança diretiva - o líder é autoritário e é ele quem determina o que será feito. As vantagens do comportamento diretivo é que apresenta diretrizes específicas, esclarece regras e procedimentos, assim os liderados sabem o que devem fazer por meio de planejamento e coordenação de trabalho. Um exemplo seria o esclarecimento dos padrões pelos quais serão avaliados. A aceitação desse estilo de liderança pelos subordinados depende das tarefas executadas por eles. Esse tipo de liderança contribui para a motivação, satisfação e desempenho dos subordinados quando o trabalho é realizador, porém não há clareza de suas demandas. Para trabalhos que não trazem satisfação, mas possuem tarefas bem definidas, essa liderança não é aconselhável.
Liderança encorajadora - o líder é acessível e se preocupa genuinamente pelos seus subordinados. Esse estilo de liderança resulta na satisfação somente quando a tarefa é estruturada. É especialmente necessária sob condições nas quais as relações ou tarefas são fisicamente ou psicologicamente estressantes, pois aumentaria a segurança psicológica. As relações de apoio entre líder e liderado, supostamente, aumentam a qualidade dos relacionamentos, pois tal comportamento do líder ajuda a compensar as condições adversas, com suporte psicológico e social, diminuindo assim as ansiedades e melhorando a autoestima dos liderados.
Liderança participativa - o líder consulta e utiliza das sugestões de seus subordinados em suas tomadas de decisão, esse estilo é satisfatório quando a tarefa não é padronizada e rotineira e os seguidores não são autoritários. Esse estilo de liderança, quando bem aplicado e aceito, pode resultar no aumento de esforços, envolvimento, comprometimento e desempenhos individuais.
Liderança orientada para a realização - o líder fixa metas desafiadoras e confia em seus liderados. Essa liderança apresenta melhorias no desempenho quando os seguidores são dedicados as metas e incentiva os liderados a terem confiança em sua habilidade, para que se desafiem e assumam riscos. É indicada quando a equipe possui alto grau de responsabilidade individual e controle sobre o trabalho.
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Letra (a)
Segundo DuBrin (2006) o líder precisa escolher entre quatro diferentes estilos de liderança para lidar com as demandas contingenciais de uma dada situação:
▪ liderança diretiva
▪ liderança de apoio
▪ liderança participativa e,
▪ liderança orientada pela realização
▪ Liderança diretiva – envolve estabelecer diretrizes sobre padrões e comunicar expectativas. Nesta liderança o subordinado sabe o que se espera dele, o líder programa o trabalho a ser feito e dá a direção.
▪ Liderança de apoio – dá ênfase e demonstra a preocupação com o bem-estar dos membros e desenvolve relacionamento mutuamente satisfatório. Nesta, o líder é amigável e demonstra interesse pelas necessidades dos subordinados.
▪ Liderança participativa – consulta os subordinados e utiliza as sugestões antes de tomar uma decisão.
▪ Liderança orientada pela realização – determina metas desafiadoras procura levar seus subordinados ao seu mais alto nível de desempenho, promove a melhoria do trabalho e espera que os integrantes do grupo assumam responsabilidades.
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Gostaria de saber porque a letra c não pode ser considerada correta?
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Adriana Trindade:
A liderança diretiva pode ser percebida como redundante por liderados com grande capacidade de percepção ou com razoável experiência
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IADES tirou as questões do artigo abaixo:
Influência da liderança na equipe de trabalho
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/influencia-da-lideranca-na-equipe-de-trabalho/79242/
a) A liderança diretiva propicia maior satisfação quando as tarefas são ambíguas ou estressantes do que quando são altamente estruturadas e planejadas.
"Presume-se que quando as tarefas são imprecisas ou estressantes a liderança diretiva leva uma maior satisfação do que quando as tarefas são altamente estruturadas e planejadas."
b) A liderança apoiadora acarreta um desempenho mais baixo e menor satisfação quando os funcionários realizam tarefas estruturadas.
"Quando os funcionários realizam tarefas estruturadas a liderança apoiadora proporciona uma maior satisfação e melhor desempenho do grupo."
c) A liderança diretiva é bem recebida entre funcionários com grande capacidade percebida ou com experiência considerável.
"A liderança diretiva é percebida como redundante entre funcionários com grande capacidade percebida ou que possui experiência considerável."
d) Os funcionários com centro de controle interno ficam mais satisfeitos com o estilo de liderança voltado para a conquista.
"A liderança participativa proporciona maior satisfação para os funcionários com centro de controle interno."
e) A liderança apoiadora aumenta as expectativas dos funcionários de que os esforços propiciarão melhor desempenho quando as tarefas forem estruturadas.
"A liderança orientada para a conquista faz aumentar as expectativas dos funcionários no sentido que esforços conduzidos terão um melhor desempenho quando as tarefas foram estruturadas de maneira ambígua."
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Essa questão foi tirada do livro do Stephen Robbins, comportamento organizacional. Onde ele explica algumas previsões baseadas na teoria da meta e do caminho de House:
- A liderança diretiva leva a uma maior satisfação quando as tarefas são ambíguas ou estressantes do que quando são altamente estruturadas e planejadas.
- A liderança apoiadora leva a um melhor desempenho e a uma maior satisfação quando os funcionários realizam tarefas estruturadas.
- A liderança diretiva pode ser percebida como redundante entre funcionários com grande capacidade percebida ou com experiência considerável.
- Os funcionários com centro de controle interno ficam mais satisfeitos com o estilo participativo de liderança.
- A liderança orientada para a conquista (ou resultados) aumenta as expectativas dos funcionários de que os esforços conduzirão a um melhor desempenho quando as tarefas foram estruturadas de maneira ambígua.