Entendi a C como tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades (princípio da ISONOMIA), ou seja, "tratar de forma diferenciada a partir de suas necessidades", para mim soou como respeitar as diferenças, inclusive pela continuação do enunciado: "sempre valorizando e respeitando as diferenças!".
Questão confusa, ambígua e questionável.
A "C" é a mais correta e não a incorreta.
São
reconhecidos três paradigmas de diversidade: (1) discriminação-e-justiça, (2) acesso-elegitimidade
e (3) aprendizagem-e-efetividade.
No primeiro paradigma, denominado discriminação-e-justiça, a inclusão de pessoas diferentes na organização é tida apenas como uma forma de justiça social, o cumprimento de normas estabelecidas, a fim de aumentar a representatividade, na organização, da diversidade existente na sociedade (Thomas & Ely, 2002). Po
O segundo paradigma, acesso-e-legitimidade, encontra-se em um nível mais elaborado de reconhecimento do valor da diversidade, apesar de não ser o ideal, pois reconhece a força crescente dos grupos historicament discriminados, de modo que o seu acesso à organização é dado em termos de negócios, como forma de mostrar à sociedade que a
empresa adota a diferença, mesmo que ainda seja pautada pela visão do outro como exótico
(Thomas & Ely, 2002).
O paradigma mais complexo, aprendizagem-e-efetividade, é o que se busca quando se gerencia a diversidade. Após se ter reconhecido a necessidade de se fazer justiça social (discriminação-e-justiça) e de reconhecer o valor das diferenças culturais (acesso-elegitimidade), é necessário transformar as diferenças em uma característica orgânica da organização e dos grupos que a compõem, de modo que todas as pessoas sejam tratadas de forma justa e com oportunidades iguais, independentemente de suas diferenças, e que suas opiniões e perspectivas sejam consideradas igualmente parte dos valores, normas, processos e metas da organização, a ponto de os integrantes dessa organização poderem afirmar que “todos nós somos uma mesma equipe, com as nossas diferenças – e não apesar delas” (Torres & Pérez-Nebra, 2002, p. 13).