Questão 2466946

• Banca: UFES
• Órgão: UFES
• Ano: 2014
• Provas: UFES - 2014 - UFES - Técnico em Restauração
• Disciplina: Arquitetura
• Assuntos: Intervenções Contemporâneas; Patrimônio Arquitetônico e Cultural; Teoria e História do Patrimônio

Sobre o conceito de reversibilidade abordado, na Teoria Contemporânea da Restauração, por Salvador Muñoz Viñas, é INCORRETO afirmar:

• A. As limitações impostas para se alcançar a reversibilidade têm levado à introdução de conceitos paralelos como o de eliminabilidade ou retratabilidade, ou ao relaxamento desses requisitos.
• B. A exigência de reversibilidade é muito maior nas etapas iniciais do que nas etapas finais da restauração.
• C. O conceito de retratabilidade foi introduzido por Appelbaum, em 1987, como sendo mais útil para avaliar tratamentos do que a ideia de reversibilidade.
• D. A eliminabilidade proposta por Charteris consistiria na possibilidade de retirar os materiais aplicados, sendo similar às antigas definições materiais de reversibilidade.
• E. Os restauradores devem simplesmente maximizar a relação entre efeitos positivos e negativos de sua intervenção e aceitar a irreversibilidade de muitos materiais e tratamentos empregados.

Gabarito: B

Comentários

• Gab. B

  Complementando....

  Salvador Muñoz Viñas faz crítica a alguns princípios clássicos defendidos, sobretudo por Brandi.Vinãs discute e pondera alguns conceitos como:

  1º. LEGIBILIDADE: “[...] a restauração não pode restituir a legibilidade do objeto, mas privilegia uma das possíveis leituras em detrimento de outras” (VIÑAS, 2003, p. 117). 

  2º AUTENTICIDADE/originalidade: só é possível resgatar a autenticidade do que é presente no objeto, pois é o único estado real e verdadeiro que pode ser atingido. O restante é testemunho de sua história, pois o estado autêntico está embutido em cada tempo com a alteração dos materiais e a pretensão do artista (VIÑAS, 2003, p.83-96}. 

  3º. REVERSIBILIDADE: “[...] dificilmente pode-se optar por materiais que sejam totalmente reversíveis ou irreversíveis” (VIÑAS,2003, p. 109). A reversibilidade de um material depende de muitas circunstâncias alheias ao produto usado, sendo mais prudente pensar em termos do “grau” de reversibilidade que um determinado material tem ao ser aplicado mediante o processo em um objeto específico (VIÑAS, 2003).